Tivemos
recentemente um período eleitoral eivado de ofensas. Era na mídia, nos comícios
e em propagandas pelos logradouros públicos. Ninguém pensava em seu telhado de
vidro e sacudia pedregulhos de infâmias no telhado dos outros. Uma verdadeira negação
da decência que se via e ouvia por toda parte, tudo em nome do progresso e de
promessas ludibriadoras contra a nossa gente. Quanto descalabro e quanta
insensatez! O povo não sabe mais em quem acreditar. As decepções são amargas e
sofridas e fica a comunidade padecendo de um martírio que parece não chegar ao
fim. A situação é caótica aos olhos de todos. Não se tem segurança pública em
lugar nenhum. A mídia mostra com freqüência chacinas de famílias humildes, que
são exterminadas por bandidos sem compromisso com a vida, que, covardemente
matam e ficam acobertadas na impunidade sorrindo dos atos nefandos praticados.
O Estado perdeu o controle da marginalidade. Quantas famílias chorando a perda
dos entes queridos que se foram. O ser
humano vive desesperado enfrentando obstáculos de toda natureza. Um trânsito
maluco cruel solapando vidas de seres inocentes, com veículos dirigidos por
drogados, embriagados e por idiotas apressadinhos em alta velocidade. São muitos
fatores responsáveis por essas ignorâncias todas. Viver nas grandes cidades é
enfrentar desafios de toda natureza. A saúde pública caótica. Os hospitais
abarrotados de gente morrendo a míngua carecendo de alguém para acudir. Uns deitados no piso do prédio do hospital,
outros em maca gemendo a mercê da própria sorte. Nas estradas o dilema é o
mesmo com situações vexatórias de toda natureza. Nenhum alívio que possa
sopitar no coração desse povo martirizado.
O transporte público é outro pesadelo
crucial para a nossa gente. Ônibus abarrotados de indivíduos pendurados como
podem. E como se não bastasse, vem a ação dos vândalos incendiando os ônibus e
saqueando o comércio numa ação ardilosa a toda prova. Viver na cidade grande é
uma maratona cruel. Enfrenta-se o conglomerado de gente louca, a violência dos
marginais e do trânsito. A precariedade da segurança e da saúde pública. E como
se não bastasse, uma inflação devoradora corroendo as economias, que já são
minguadas de nossa gente. E falta tudo a um só tempo. Até a água preciosa nas
torneiras para as necessidades básicas já não se faz presente. É uma situação
crítica e deplorável. As escolas estão se desmoronando. Ensino precário com
professores ganhando um salário de fome e agredidos por alunos sobre o efeito
de entorpecentes, que desmoralizam o mestre e tiram a vida daqueles que se insurge
contra a baderna. A seca castigando várias regiões do País e suas conseqüências
são danosas por onde passa. O ser humano
parece andar de olhos vendados e não acorda do pesadelo letárgico das coisas
ruins que está acontecendo em sua volta, porque anda em desobediência às Leis Divinas.
Está voltado tão somente para as vaidades do mundo; dos prazeres da carne e
esquece-se do sofrimento que poderá fazer padecer eternamente. Como castigo de
Deus, surgiu o HIV, que vem dizimando vidas pelo mundo afora e outras doenças
perniciosas que surgem aos olhos de todos. Ultimamente apareceu o vírus ebola
exterminando vidas humanas por onde vai passando e sua ação deletéria na África
tem sido sofrida demais e, agora, ameaçando estender seus tentáculos perniciosos
para outras regiões do mundo, causando uma inquietação geral na humanidade.
Todavia, o
pior de todos os microrganismos existentes na humanidade, é o vírus truculento
da corrupção, que tem uma ação devastadora sem igual. É de uma pandemia voraz, cuja virulência é destruidora por onde
passa e vem exterminando estruturas, raças, órgãos públicos, atingindo sem
compaixão todas as camadas sociais, das mais humildes às mais célebres no
contexto nacional e mundial. O vírus truculento da corrupção é de uma sagacidade
sem limite e vem atravessando séculos da humanidade, sem a descoberta de nenhuma
antitoxina capaz de neutralizar a sua nociva virulência. E assim caminha a
humanidade tão exposta à ação de um vírus fatal, que deixa o erário cada vez
mais pobre e, como decorrência, muitas riquezas espúrias que vão surgindo, de
indivíduos inescrupulosos pelo Brasil e pelo mundo afora, e a nossa gente
humilde fica cada vez mais pobre e desguarnecida de tudo. A maioria, vítima
fatal pela debilidade que ostenta. É um sofrimento que parece não ter fim. As
mazelas que ocorrem são práticas da infâmia, da desídia e da maldade de uma gente
escroque, inescrupulosa e desumana. As conseqüências desastrosas recaem nas
pessoas indefesas, fracas e desprotegidas. A vida dos brasileiros está sofrida
demais pelas razões explicitadas. O filósofo grego procurava pelas ruas de
Atenas em plena luz do dia e com uma lâmpada acesa, um homem de bem, honesto e
virtuoso e lamentava que sua procura fosse frustrante e desanimadora.
Na Rede social, Alexandre Garcia, da Rede
Globo de Televisão, em seu bate e rebate comenta sobre a pior situação
financeira pela qual atravessa o Brasil na conjuntura atual, a mais crítica já
existente em todas as épocas, com uma dívida das contas públicas no valor de
três trilhões, cento e trinta e dois bilhões de reais, e afiança que essa
montanha de dinheiro terá de ser paga por todos nós brasileiros,
indistintamente. E já tivemos aumento da energia elétrica. Dos combustíveis e
de outros que indubitavelmente virão. É uma situação danosa, caótica, amarga de
tirar o sono e o fôlego de qualquer vivente, pelo resgate de uma dívida que não
foi contraída pela nossa comunidade. Pobre de nós seres humanos dotados de boa
fé, que acreditamos excessivamente em todas as promessas, até mesmo nas que são
ardilosamente prometidas, numa prova cabal da esperança que se desmorona
sutilmente uma atrás da outra. Que pena!
Sou
brasileiro e com muito orgulho nordestino Piauiense de Alto Longá. Amo minha
Pátria de todo coração e desejo vê-la sempre mais pujante, forte e altaneira,
representada pelo Pendão que ostenta as cores vibrantes do verde, amarelo azul
e branco, que traduzem o amor varonil cultivado pelos meus predecessores,
aqueles que me ensinaram a amá-la e defendê-la com o sacrifício da própria vida
se necessário for. E faço com orgulho a citação do grande poeta brasileiro
nordestino da Bahia Castro Alves: “Auriverde pendão da minha terra. Que a brisa
do Brasil beija e balança. Estandarte que a luz do sol encerra. E as promessas
divinas da esperança.” É uma linda evocação de amor a nossa Pátria formosa,
gigante e bela, orgulho de todos nós que a amamos vibrantemente no âmago de
nossos corações. “Lembra-te, Senhor, das tuas misericórdias e das tuas
bondades, que são desde a eternidade.” (Salmos 25.6).
Boa Vista – Roraima,
15 de Novembro de 2014
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Francisco de Assis Campos Saraiva
Um cidadão do bem Nordestino, Piauiense,
Que ama sua Pátria com a força genuína de
seu coração
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