segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Quanta petulância!

Por Francisco Espiridião Jornalista metido a besta publicou livreco, em 2004, intitulado “Até quando? Estripulias de um governo equivocado”. Abordava, de maneira boçal e açodada, as primeiras ações do governo do PT, classificando-as, veja só, de “equivocadas”. Como se a nova elite governamental, estribada na grande estrela vermelha, não soubesse o que estava fazendo. Na sua bestial autossuficiência, o desalentado escriba dizia que da forma como o país era governado caminhava, fatalmente, a passos largos, rumo ao caos. Quanto engano!

Citava, em uma das crônicas, a metáfora do sujeito em queda livre do alto de um prédio de 30 andares. Ao passar pelo 20º, perguntam-no como está se sentindo. Ele responde: “Até aqui, tudo bem”. Quão enganado estava o pretenso escritor! Ao longo do governo do PT nada foi como dantes na história deste país.

A dívida interna nunca chegou aos três trilhões de reais; a segurança pública jamais esteve tão garantida ao cidadão como nos dias atuais; a saúde pública brasileira em boas mãos, ouvidos e estetoscópios. Nada de filas. Flui aos moldes dos ares progressistas do primeiro mundo.

Estradas, portos e aeroportos mais eficientes, impossível; energia elétrica, artigo que abunda. E como é barata! Falta d'água, então, só a da marchinha de carnaval composta por Luiz Antônio e Jota Júnior, na década de 1950. “Lata d'água na cabeça, lá vai Maria. Sobe o morro e não se cansa, pela mão leva a criança, lá vai Maria...”

Na era petista é chique falar e escrever errado. "Vou ao mossar". Deu para entender, que mal faz? As redações do Enem estão aí para mostrar. Gasolina... Ah, a gasolina! Qual o problema, gente, se somos autossuficientes em petróleo? Afinal, quem tem um pré-sal pode reclamar de quê?

Lembram-se de quando o finado bolivariano Hugo Chávez nos qualificou como o mais novo integrante da Opepe, a organização dos países exportadores de petróleo? Pois é. E pensar que aquele jornalistazinho de meia tigela chamou o governo petista de “equivocado”...

Tem mais: viram como temos crescido? O PIB que o diga. E com razão. O primeiro-mandatário da áurea era petista recomendava, enfim, que o brasileiro comprasse às largas. O consumismo, imagina, levaria o país às alturas. É claro que ele sabia o que estava dizendo. Afinal, essa história de multidões de brasileiros inadimplentes, hoje, não passa de história da carochinha.

O consumismo exacerbado não podia dar em outra: fábricas em franco crescimento, pátios das montadoras de veículos vazios, amplo emprego, enfim, desenvolvimento a todo vapor. Inflação, dragão morto. Corrupção... que corrupção?

Ora, vejam... o jornalistazinho ainda mantém seu livreco – o tal de “Até quando? Estripulias de um governo equivocado” - à venda na livraria da Megafarma da Avenida Capitão Júlio Bezerra. Quanta petulância!

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