domingo, 4 de dezembro de 2011

Viva comunidade é só emoção

O Rafael é mais um dos alunos matriculados no Viva Comunidade. Acaba de completar seu primeiro aninho de vida. Descobrimos que ele tem uma disfunção em sua mãozinha esquerda e está fazendo fisioterapia e terapia ocupacional naquele espaço de reabilitação.

Na noite deste sábado (3), a Cristina foi com ele prestigiar o trabalho artístico apresentado pelos seus coleguinhas. Trata-se da II Mostra de Artes, que teve como tema "Viva a Vida". Voltou de lá encantada.

No ano passado, eu fui escalado para fazer a cobertura da primeira edição do evento, que aconteceu no Teatro do Sesc/Mecejana.

Fiquei tão emocionado que não me contive: repassei, confesso, todo o meu sentimento para o texto. Transcrevo-o aqui, agora.
 
O original está no site do governo: http://www.portal.rr.gov.br/arn/index.php?option=com_content&task=view&id=6282&Itemid=53

MOSTRA DE DANÇA DO VIVA COMUNIDADE EMOCIONOU OS PRESENTES

Francisco Espiridião/Secom

A I Mostra de Dança, protagonizada por crianças, adolescentes e adultos portadores de necessidades especiais atendidos pelo Programa Viva Comunidade, da Secretaria Extraordinária de Promoção Humana e Desenvolvimento (Sephd), foi um espetáculo como poucos já vistos em Boa Vista. Aconteceu na noite dessa sexta-feira (3), no teatro do Sesc/Mecejana.

Com o slogan “Asas para quem tem rodas e flores para quem quer viver”, a Mostra emocionou os presentes, levando muitos a expressar o sentimento de alegria por meio do choro. A primeira parte da mostra foi o Baby Ballet, a realização de sonhos de meninas que almejam ser bailarinas, não importando as condições adversas. Protagonizaram a apresentação pequenas bailarinas (de 3 a 6 anos).

A magia que o Viva Comunidade – Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência – constrói na vida dos pouco mais de 350 assistidos foi expressa também na segunda apresentação da noite, o Ballet Andantes, com a peça intitulada “As fadas”. A terceira, exibiu o Hip Hop, com o tema “A alegria que descobrimos em cada olhar, em cada momento mágico”.

As emoções tiveram prosseguimento com as turmas da percussão, do teatro, do “Ballet Cadeirantes” e do coral e musicalização. As apresentações foram fruto do empenho dos professores Anez Martins, Ruy Lavor, Adriana Coelho, Jéssica Ribeiro, Karen Barroso e Joandson Jorge.

EFICIÊNCIA – O trabalho realizado pelo governo do estado, por meio dos técnicos da Sephd, goza do reconhecimento da clientela. A avó da menina Kamille Pinheiro da Cruz, Francisca Pinheiro Nóbrega, assegura que os avanços são constantes. Kamille começou a freqüentar o Viva Comunidade quando tinha dois anos. Hoje está com quatro.

Acometida de paralisia cerebral (PC), cuja descoberta se deu ao término do primeiro ano de vida, quando começou o tratamento ainda em Manaus, a menina hoje faz coisas que antes era impensável. Entre tantas, abrir a mão, mexer as perninhas, segurar o pescoço e, o principal, Kamille sabe o que quer. “Se ela não quer uma comida, dá dicas e a gente, que trata com ela no dia a dia, entende logo”.

Carlos Eduardo, o Cadu para os íntimos, é uma das figuras mais populares do Centro. Está lá desde os 15 dias de nascido. Hoje, aos quatro anos, goza de todas as faculdades mentais, estuda e, segundo sua mãe, Eliene Silva, está se preparando para ser um cidadão de bem, útil à sociedade. A síndrome de down? Bem, essa é apenas um detalhe, diz Eliene.

ESPECIAIS – A primeira dama do estado e titular da Sepdh, Shéridan Anchieta, ao término das apresentações, disse estar sentindo tudo o que um ser humano pode sentir de bom: orgulho, emoção, admiração...

Ela aproveitou para agradecer a equipe que faz o Programa Viva Comunidade, que tem dedicado a vida para oferecer àqueles mais necessitados momentos de felicidade e, no dia a dia, uma vida cada vez mais saudável. “Especiais aqui somos todos nós, que podemos viver esse momento de extrema felicidade”, disse a primeira dama.

"Peço a Deus que continue a nos iluminar para que possamos continuar com esse trabalho”, expressou a primeira dama, ressaltando que a convivência diária com os assistidos pelo programa tem servido para que ela aprenda cada dia mais sobre respeito, solidariedade, calor humano.

O governador José de Anchieta disse se sentir emocionado por poder vivenciar aquele momento, onde a palavra de ordem é a superação do ser humano diante de suas deficiências. “É isso o que pretendemos continuar fazendo para o bem de todas as pessoas do nosso estado”, disse. “E vamos fazer muito mais”, concluiu.

VIVA – O Programa Viva Comunidade funciona na Avenida São Sebastião, nas proximidades da Avenida General Ataíde Teive, Bairro Santa Tereza, nos períodos da manhã e tarde. É um projeto de inclusão social que atende hoje pouco mais de 350 pessoas no âmbito da saúde da pessoa com necessidades especiais.

Os participantes contam com atendimento de fisioterapeutas, psicólogos, médicos, fonoaudiólogos, assistentes sociais e outros profissionais especializados, capacitados a oferecer à clientela diariamente atividades esportivas, culturais e de acessos à rede de assistência social.

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