Solitária cruz perdida em meio à vegetação rasteira, no mais alto da serra de Tepequém. Para descobrir esse que eu considero um achado arqueológico é necessário, antes de tudo, a sensibilidade, o desejo de reencontrar o tempo que se perdeu na névoa que envolve a paisagem paradisíaca.
Rompendo as agruras das efemérides, a cruz solitária indica que ali, em tempos de outrora, fora um campo santo a guardar sonhos e esperanças que se desfizeram nas sombras de uma vida severina, plagiando João Cabral de Melo Neto.
Outras covas devem permanecer dormitando sob o denso tapete verde-seco. A foto faz parte do acervo do amigo fotojornalista Bruno Garmatz, que, gentilmente, me cedeu para ilustrar parte da história que conto no post acima.
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