Por Francisco Espiridião
Está na hora de dar um breque nesse trem. Chega de
tantas notícias de bebês, crianças e adolescentes estuprados. Não dá mais para deglutir
diariamente tantas e tamanhas histórias de terror, capazes de assombrar até monstros
desvestidos de caráter e que habitam nos esgotos da moralidade.
Essas histórias ocorrem não tão longe de nós, mas
sim em nossa própria cidade. Fatos horrorosos envolvendo seres humanos
totalmente indefesos, a exemplo do caso publicado neste Jornal de Roraima, em sua edição da última segunda-feira.
Na página 6 do caderno B, consta que um pai, jovem
ainda, de 24 anos de idade, submetera o próprio filho, bebê, de apenas 1 ano e
dois meses de idade (jamais 1,2 ano), a sevícias e toda sorte de violência
sexual.
Apesar da negativa do pai, o escangalho foi
confirmado em exame de conjunção carnal realizado por técnicos do Instituto de
Medicina Legal (IML).
Nesse caso, o bebê foi levado ao Hospital da Criança
Santo Antônio, com suspeitas de assaduras. Lá, médicos detectaram vestígios de
abuso sexual e alertaram a mãe, que denunciou à Polícia.
Como esse episódio, tantos outros já foram
detectados, em que os agressores são pessoas próximas das vítimas – pais, padrastos,
irmãos, tios, etc.
Parece que nada inibe a atuação de pessoas com esse
tipo de patologia. Desvio que se convencionou chamar, equivocadamente, pelo
pomposo e afetuoso apelido de pedofilia.
Analisando o termo pedofilia, tal como é tratado em
nossa sociedade, chega-se ao entendimento de tratar-se mesmo de um crasso erro
de definição.
Dissecando
etimologicamente, tal como se estabelece hoje, configura-se um redondo contrassenso.
A palavra é formada por dois termos emprestados da extinta língua latina, mãe do
português – a última flor inculta e bela, segundo o poeta –, entre tantas
outras.
Paidós, que
significa criança,
e filéo – amar fraternalmente. Dada a definição dessas duas palavras
formadoras de pedofilia, subentende-se como um erro fenomenal considerar-se tal
desvio “um grande amor por crianças”. Esse pretenso amor, causador de tantas e
tamanhas desgraças no seio da sociedade.
Como
citado acima, nada inibe a sanha indizível de tais indivíduos. O distúrbio,
como se vê diariamente na mídia, não está restrito a uma determinada parcela da
sociedade. Ou seja, a mais desprivilegiada ou a de maior poder aquisitivo e de
mando.
Aflora
tanto em palácios como em taperas. Não se pode estabelecer em qual desses
ambientes ele tem maior expressividade.
Nem
mesmo o destino dos menos favorecidos – já que os do andar de cima permanecem homiziados
em celas de “estado maior” – é capaz de
inibir a libido pernóstica dos viciados morais.
Sim,
porque ao serem lançados dentro dos caldeirões do casarão de Monte Cristo,
neguinho – simples força de expressão, gente, nenhum preconceito com os de
minha cor – vira mulherzinha de última categoria – aqui também nada contra as
mulheres de verdade.
Com a palavra, psicólogos, sociólogos e outros que se aventurem em dar uma resposta à sociedade. Acabar com o fenômeno é mera utopia, sabemos todos. Mas, que pelo menos o entendamos. Parafraseando o Macaco, aquele que está sempre certo, eu só queria entender...
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