Esta semana foi aberta com ares de esperança. Cerca de 500 pessoas
se espremeram no Espaço Nobre, no bairro São Francisco, para assistir ao
lançamento do Movimento Roraima Forte, uma iniciativa do senador Romero Jucá,
encampada pelo Executivo do Estado e dos municípios, assim como pelo Poder
Legislativo das duas esferas.
Não há como se negar que a festa promovida no início da
noite de segunda-feira tenha sido algo inédito por estas bandas e, quiçá, no
País. Nada menos que lideranças de 15 partidos políticos se desvestiram de suas
idiossincrasias e abraçaram a ideia de que, por mais que já se tenha feito,
ainda há muito por se fazer em benefício do Estado e de sua gente.
O slogan do movimento é “A União é o nosso Norte”, o que
equivale a dizer “Unidos somos mais fortes”. Tanto um como o outro, pode até
soar como um clichê, mas nada há de mais verdadeiro, especialmente quando se
trata de política, a arte do convencimento. Não se faz política com a faca entre
os dentes.
Queira-se ou não, há de se reconhecer o poder aglutinador do
senador Romero Jucá. Há de se reconhecer também a performance e desempenho
administrativos com que se tem havido o governador José de Anchieta,
incrementando a cada dia a infraestrutura do Estado.
Estão aí para provar as obras de saneamento básico da
capital, o recapeamento de ruas, o asfaltamento de vicinais – coisa que nenhum
outro governante local ousou fazer –, a interiorização da energia em 69 KV, já
preparando terreno para a chegada do linhão de Tucuruí, em 2016, enfim, muito
se fez até aqui.
Mas nem tudo é possível se fazer de forma unilateral. Muita
coisa aponta a necessidade da união de forças vivas. E é nesse contexto que a
proposta do senador Romero Jucá tem seu mérito maior. Política é algo que
precisa ser visto como ciência. Não é exata, posto tratar de entendimentos
vários – olhares vesgos, outros retilíneos. Mas todos dentro de um só diapasão.
E esse diapasão ficou claro como água límpida ao longo de
todo o encontro de segunda-feira à noite. A palavra de ordem foi sobejamente
repetida pelo coordenador do movimento: avançar. “Já avançamos muito, mas ainda
há muito espaço para se avançar”, dizia Romero Jucá.
O primeiro quartel de século de existência de Roraima como
unidade autônoma foi, como já se disse, usado para se criar a infraestrutura
necessária, ou seja, os primeiros passos de uma criança aprendendo a andar.
Muitas quedas e muitos levantares.
Quem é de Roraima ou aqui vive há mais de 30 anos, sabe que
quando se asfaltava um ínfimo pedaço de rua era algo que merecia solenidade com
banda de música e fogos de artifício. Hoje, a cidade, que cresceu feito a
produção de maxixe em pé de serra, é outra.
Boa Vista e todo o Estado, apresentam novas demandas a ser
satisfeitas. E isso, só se fará, primeiro com a anuência de Cristo, o Salvador
– “Sem mim nada podeis fazer.” Segundo, com o entendimento entre os homens. Com
a aglutinação de forças. Quem remar contra, pode se arrepender mais tarde.
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