Por Francisco Espiridião
Êta governinho bão, siô! Concedeu desconto na
conta de energia elétrica, legal, não? Uma festa para o consumidor. Detalhe: a
dita redução só vai beneficiar a população no mês de março.
O anúncio informal do tal desconto aconteceu em
outubro do ano passado, antes das eleições. Imediatamente, as empresas
fornecedoras, que de bestas não têm nada, trataram de aumentar a tarifa.
Agora, a presidente anuncia oficialmente o
desconto, que, naturalmente, será sutilmente compensado pelos aumentos
praticados pelas empresas, diga-se, sob as bênçãos da Aneel.
Antes que o brasileiro sinta no bolso o impacto
da redução do preço da energia, eis que este mesmo governo decide aumentar a
gasolina, o álcool e o diesel. Reajustes de aplicação imediata.
Em Boa Vista, já tem posto de combustível
vendendo o litro da gasolina a R$ 3,04. Ou seja, a sorridente dona Dilma deu
com uma mão e tomou com as duas.
Pior é o seu ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Para ele, o aumento dos combustíveis "é uma pequena
correção que não vai atrapalhar ninguém".
É mesmo? Será que os transportes de produtos por
este Brasilzão de Deus não vão ser onerados pelos 5,4% de reajuste no litro do óleo
diesel?
E dona Dilma, onde está que não aparece? Será
que ela terá coragem de ir à TV, em rede nacional, explicar o porquê do reajuste,
imitando o que fez com o anúncio da redução da tarifa de energia elétrica?
Fica aqui a sugestão. O brasileiro quer ouvir de
sua líder maior uma justificativa. Qualquer que seja, porque pagando essa indigesta
conta ele já está.
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