Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
(Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 13.1.13)
Por vezes, a solução é tão simples, e não vemos. Um
pouco mais de bom senso no trato, cautela nos negócios, moderação nas
palavras, equilíbrio nas atitudes, e muitas dificuldades seriam
evitadas. Não agimos corretamente e dá uma dor de cabeça!
Em outras ocasiões, o problema não dependeu de
nós. Mas está lá, e é uma dor de cabeça incessante. Não temos segurança
na vida, ou falta tranquilidade em certos momentos. Bate um desconforto,
a sensação de que falta alguma coisa que não sabemos explicar. Talvez o
que o poeta Cruz e Souza chamou de “saudade do infinito”. Algo que
desconhecemos faz uma falta danada!
(Recebido por e-mail)
A vida de Jesus foi vivida sob tensão. A oposição
da liderança judaica crescia diariamente. Os discípulos lutavam por
poder e não entendiam seus ensinos. Os familiares pensaram que ele era
louco. A multidão não o entendia plenamente e quis fazê-lo rei. Sua vida
não foi indolor, sem problema algum. Foi agitada, mesmo sendo ele Filho
de Deus. Mas em meio a toda tensão vemos um homem seguro, confiante no
cuidado do Pai. Eis sua oração junto ao túmulo de Lázaro: “Pai, graças
te dou, porque me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves…” (Jo 11.41-42)!
Jesus entregava tudo ao Pai e confiava no seu poder de tudo resolver.
Dirá alguém que isto é banal. É sim. É tão
simples como usar o número correto do colarinho para evitar desconforto.
Mas é a essência da fé cristã. Deus ouve, Deus responde, Deus age. O
que me espanta não é que seja simples. É a distância entre nosso
discurso sobre fé e a incapacidade que muitos têm em descansar na fé.
Espanta-me a pouca capacidade de entregar-nos a ela, crendo que “tu
sempre me ouves”.
Você está com alguma dor de cabeça? Não a
cefaleia, mas um problema que não consegue deslindar nem ver saída? O
que tenho a dizer é banal, tão banal quanto usar o número de colarinho
correto. Mas vá lá: já entregou a Deus?
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