quarta-feira, 21 de março de 2012

A Justiça... que Justiça?

“A Justiça brasileira não manda o rico ser preso. Se o juiz de baixo manda prender, o do tribunal manda soltar. Não nos iludamos com o discurso do cadeião”, alertou o jurista Luiz Flávio Gomes, membro da Comissão de Reforma do Código de Processo Penal, durante o II Congresso Contra a Corrupção, realizado em São Paulo, no sábado (18/3/2012).

Luiz Flávio se diz “descrente” com a Justiça brasileira e afirma que só com soluções mais dinâmicas, como o acordo entre acusação e acusado, será possível punir corruptos com rapidez e reduzir a sensação de impunidade.

Eu tenho a mesma opinião. A Justiça só funciona mesmo quando o réu é pobre. Contra um ladrão de galinha ou uma mulher que rouba num supermerdado um pacote de bolacha para matar a fome dos filhos, aí sim, seus tentáculos são fortes e ágeis. A cadeia é certa nesses casos. Rico, aí já são outros quinhentos.

Digo isso com conhecimento de causa. Ganhei na Justiça do Trabalho uma causa que o juiz determinou que o patrão me pagasse em 10 parcelas. O patrão pagou cinco parcelas e depois, tchau. Procurei a Justiça e fui informado que o patrão não possuía nada na sua conta bancária que pudesse ser arrestado para me pagar. Mesmo sendo ele construtor (iniciativa privada) e presidente de uma das entidades do Sistema S.

Não adiantou o chororô de minha parte. Tudo ficou por isso mesmo. Fiquei sem receber e, se quisesse mais, teria que reclamar ao bispo.

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