Menino Flanio Macedo, 9 anos, foi morto em ritual macabro e teve o corpo separado da cabeça
Foto: Wenyson Aubiérgio/JC Imagem
Revoltados com o crime
ocorrido com o menino Flanio da Silva Macedo, 9 anos, que foi abusado
sexualmente, morto e teve a cabeça separada do corpo em ritual macabro,
moradores de Brejo da Madre de Deus, no Agreste do Estado, promoveram um
verdadeiro quebra-quebra em algumas residências da cidade nesta quinta
(12). De acordo com informações da polícia, os manifestantes invadiram e
destruíram casas de pessoas que, segundo julgam, podem estar ligadas ao
crime por praticarem cultos religiosos de matriz afrodescendente.
Pelo menos seis residências já foram
invadidas e quebradas. O principal alvo dos ataques são locais que
possuem imagens de santos, já que chegou-se a vincular o crime a ritual
religioso, fato descartado, pelo menos por enquanto.
À tarde, houve reforço no policiamento
na cidade, com a chegada de dois helicópteros e mais carros da Polícia.
Com isso, o clima de revolta diminuiu e pelo menos uma pessoa foi
detida. Cerca de cinco casas foram incendiadas pelos manifestantes, e de
acordo com o Corpo de Bombeiros, um caminhão-tanque precisou ser
deslocado à cidade de Santa Cruz do Capibaribe para controlar as chamas.
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O enterro de Flanio estava marcado para a
manhã desta quinta, mas houve um atraso na liberação do corpo no
Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife. O sepultamento deve
acontecer na tarde desta quinta, mas ainda não foi confirmado.
O crime aconteceu durante o final de
semana passado. Flanio foi encontrado na terça-feira (12), na zona rural
do distrito de São Domingos, em Brejo da Madre de Deus. Segundo a
polícia, cinco pessoas praticaram o crime. O casal Genival Rafael da
Costa, 62, e Maria Edleuza da Silva, 51, confessou o crime e está preso.
Também foram detidos na noite de ontem Ednaldo Justo dos Santos, 33, e
Edilson da Costa Silva, 31. A polícia procura um pai de santo, apontado
pelo casal como outro envolvido.
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