Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 5.5.13
Quando morava em Campinas, um amigo da Amazônia
me visitou. De lá foi à casa de um parente, em Artur Alvim, perto da
estação do metrô Corínthians-Itaquera. Sabia que era no fim da linha.
Sua mente registrou que era a última estação. Entrando no metrô ele viu
Jabaquara, como última estação. Jabaquara também é o fim da linha, mas
Norte-Sul. Artur Alvim, aonde meu amigo ia, é a penúltima estação, antes
de Itaquera, na direção Leste-Oeste.
Fim da tarde, ei-lo
perdido no Jabaquara, com aquele trânsito! Um frio de 13 graus, e ele
com roupa da Amazônia. Um pequeno equívoco, um destino diferente. Após
muitas peripécias, no final, deu tudo certo. Mas foi duro!
Isso acontece na vida espiritual. A pessoa pode estar
sinceramente convicta de estar certa, e terminar longe do pretendido. É
bem intencionada, sincera, mas errada. Porque uma pessoa pode estar
sinceramente errada. Meu amigo cria sinceramente que estava indo para
onde presumia, mas terminou longe. Perdeu uma hora. Ele pôde consertar.
Mas na área espiritual há erros sem conserto.
A pessoa confia nas boas obras. Pensa que elas a
levarão para o céu. Mas obras não salvam. A Bíblia diz: “Pois vocês são
salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de
Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9). Depender
das obras para chegar ao céu é tomar o metrô errado. Elas não levam até
lá.
Outros usam a religião como seu bilhete: “Eu já tenho
uma religião”. Ou “Eu creio em Deus”. A Bíblia diz: “Você crê que
existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios crêem – e tremem!”
(Tg 2.19). Não basta crer que Deus existe.
Outros dizem: “Eu sinto no meu coração”. Diz Jeremias
17.9: “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é
incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?”. Como daltônico, aprendi a
não comprar roupas sem estar acompanhado. Uma vez comprei um terno
vermelho (desses de cantor de roque). Pensei que era marrom. Estava
sinceramente convicto que era marrom. Não era. Nossos sentidos nos
enganam. Não é o que sentimos, mesmo com sinceridade.
Como ter certeza de que se está no caminho certo?
Crendo em Jesus, e seguindo-o. Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade
e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (Jo 14.6). Com ele não
há enganos. Ele é a encarnação da verdade. Nem erros, pois ele nunca
cometeu algum. Ele é o único caminho para o Pai: “Pois há um só Deus e
um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus” (1Tm 2.5).
Tenha cuidado com seu bilhete de metrô espiritual.
Não tome o trem errado. Não embarque sem ter certeza. E certeza, só
Jesus pode dar. Vale a pena confiar nele, de todo coração.
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