segunda-feira, 18 de março de 2013

Marina não é inocente

Por Gélio Fregapani
É difícil acreditar que a Marina Silva seja uma pessoa ingênua e de boas intenções, que não tenha optado, conscientemente, por defender os interesses das grandes potências que exercem o domínio econômico do mundo e pretendem o império político sob o comando anglo-americano. Só resta perguntar o porquê desse internacionalismo dela, revestido da mensagem de salvar a natureza.  Talvez seja por ambição de poder, mesmo sem aptidão para exercê-lo. Talvez por desejo de enriquecer, mesmo com corrupção, conforme já aventou o Deputado Aldo Rebelo em público. Talvez ainda chantageada por malfeitos anteriores que não devem vir a público.
Ela se tornou uma figura homenageada pelos grandes do mundo, mas sobretudo, do eixo Washington-Londres. Seus admiradores lembram sua  origem modesta, mas não se pode dizer que ela tenha mantido a “consciência de classe” pois suas alianças são próprias dos aproveitadores. Entretanto, isto pode ter influído no deslumbramento pelos afagos e homenagens que recebe do exterior. Se ela mantivesse a consciência de classe, desconfiaria desses mimos. Para dizer a verdade, bastaria a consciência de Pátria.


Desnacionalização - Transnacionais adquirem, num processo crescente, ativos no Brasil e se estabelecem aqui sem nos permitir a absorção de tecnologia e do know-how vitais para o desenvolvimento e ainda contam com financiamentos do BNDES, a juros baixos, ou negativos, e isenção de impostos por vários anos, e ainda tem os ‘entendidos’ que ousam dizer que somos a 6ª. ou a 7ª. economia do mundo... parecem não ver que o nosso parque industrial e parte considerável de nossas fazendas de soja, milho, cana e laranja já se encontram na posse, mansa e pacífica, desses 'investidores' alienígenas.

Ou aprendemos com o pragmatismo chinês ou continuaremos a ver aquele país crescer vertiginosamente enquanto, mambembes, engatinhamos, nos reduzindo a uma expressão geográfica.
Injustiça - Adolfo Esbel, hoje com 86 anos, foi o último a ser expulso da Raposa / Serra do Sol, em 2009. Já passados quase 4 anos, com a garantia de que todos seriam reassentados em áreas de reforma agrária ou de regularização fundiária. Até hoje, claro, não foi. Adolfo nasceu lá e lá passou toda a sua vida.  O chamam de invasor. Já que lhe restava pouco tempo de vida, devia ter resistido até a vitória ou a morte. O mesmo acontecerá com os produtores rurais do Mato Grosso, se não resistirem.
 
A mania de falar mal de nós mesmos - políticos e analfabetos políticos , inclusive professores não se cansam de repetir que "a nossa desgraça “foi termos sido colonizados pelos portugueses". Ao comparar, não sabem analisar as circunstâncias especiais da colonização norte-americana. Não lhes ocorre olhar a República da Guiana nem o Suriname.
Renan - A quase totalidade da nossa população deseja o Renan fora da Presidência do Senado. Motivos não faltam, mas naquele ninho de ratos seria substituído por outro melhor?

Ele começou por cortar salários dos senadores. Se era para agradar, conseguiu. (Ao povo, não aos senadores, claro). Esta atitude fez brotar uma tênue esperança: que na ânsia de neutralizar a aversão popular ele passe a fazer coisas certas. 
Assim, reza a tradição oral que na Revolução Francesa teria sido escolhido o maior ladrão de Paris para chefe da polícia, e ele, para refazer a sua imagem, acabou com todos os roubos da cidade, tornando-se um herói.

Poderá acontecer com o Renan?  É difícil, mas quem sabe...
Gelio Fregapani é escritor e Coronel da Reserva do EB, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia. (Transcrito do site www.alertatotal.net).

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