Setenta e cinco por cento
da população mundial consome o dobro da quantidade de sódio (sal)
recomendada pela Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em
inglês), de acordo com o relatório apresentado no encontro da entidade.
A
ingestão global de sódio, de comidas prontas, sal de mesa e molho de
soja chegou à média de 4g por dia em 2010 — a Organização Mundial da
Saúde (OMS) recomenda menos de 2g por dia, e a AHA, menos de 1,5g por
dia.
- Pela primeira vez as informações sobre ingestão de sódio por
país, idade e gênero está disponível - diz o autor do estudo Saman
Fahimi, cientista visitante do departamento de epidemiologia da Escola
de Saúde Pública da Universidade de Harvard, em Boston.
As doenças
cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo; o excesso de
sal aumenta a pressão arterial, que é o maior fator para o
desenvolvimento das doenças do coração.
Entre homens e mulheres, a média
de ingestão de sal superou os índices saudáveis em quase todos os
países, segundo os pesquisadores. O Cazaquistão teve a maior média de
consumo, de 6g por dia, seguido pelas ilhas Maurício e pelo Uzbequistão,
com um pouco menos.
O Quênia e o Malaui tiveram a média mais baixa de
ingestão, de cerca de 2g por dia. Nos EUA a média de ingestão é de 3,6g
por dia. De 187 países, 181, representando 99% da população mundial,
consomem mais sal que o recomendado pela OMS; e 119 países, ou 88% da
população mundial, superam a ingestão de 1g por dia.
Todos os países,
com exceção do Quênia, excedem a recomendação da AHA de 1,5g de sódio
por dia.
Os pesquisadores analisaram 247 pesquisas de ingestão de sódio
por adultos para estimar o consumo estratificado por idade, gênero,
região e nação entre 1990 e 2010 como parte do 2010 Global Burden of
Diseases Study, um estudo internacional feito por 488 cientistas de 303
instituições em 50 países.
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