domingo, 27 de fevereiro de 2011

E, por falar nisso...

FRANCISCO ESPIRIDIÃO

A Folha de S.Paulo publicou matéria neste domingo (27) sobre o imbróglio Cesare Battisti. Diz a reportagem que uma comissão formada por técnicos da Advocacia Geral da União e do Ministério da Justiça “se debruça sobre o caso para encontrar uma saída” para a não extradição do terrorista italiano.

Vejo nessa insistência pelo menos uma tisna, cheirando a crime de lesa-pátria. O atentado estaria exatamente em o Governo petista gastar recursos oriundos de impostos dos brasileiros na defesa extemporânea e desnecessária de uma pessoa condenada em seu país de origem pelo cometimento de crimes comuns – quatro assassinatos.

Que interesse o governo brasileiro tem para querer a ferro e fogo manter esse criminoso em território nacional? Seria o mesmo que o ex-presidente Lula expressou em 2009, ao chamar de “irmão e amigo” o ditador Muamar Kaddafi, esse celerado que agora joga sua artilharia sobre o povo líbio, nas praças?

A história parece aquela de “se ficar o bicho come, se correr o bicho pega”. Se a decisão for pela permanência no Brasil, Battisti terá de ser imediatamente posto em liberdade. Seria uma solução muito fácil. Simplória, até. Mas...

Ocorre que Battisti foi preso, em 2007, ao entrar no País, em razão de os documentos que ostentava na época serem falsificados. Sem passaporte legal, como, então, o homem poderá pedir visto de permanência no Brasil? Será que a Itália expediria um passaporte assim, no afogadilho? Sei não...

Mengão campeão

Com gol de falta de Ronaldinho, comemorado ao estilo "Bonde do Mengão sem Freio”, o Flamengo acaba de sagrar-se campeão da Taça Guanabara 2011. Essa é a sétima vez que a Taça fica na Gávea. Nas seis primeiras, sagrou-se também campeão estadual. Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!

Necessidade...

A produção cultural de Roraima é tamanha a ponto de termos não só duas casas especializadas – o Teatro Carlos Gomes, no Centro, e o do Sesc-Mecejana. Urge, pois, a construção de um terceiro espaço para a apresentação das inúmeras peças teatrais que borbulham no mundo criativo local.

...Urgente

A nova casa será na Avenida Glaycom de Paiva, ali na subida, defronte ao elefante b.., digo, prédio branco de 12 (ou seria 13?) andares. E vai atender pelo pomposo nome de Teatro Municipal. Obras em andamento.

Tiririca e a piada

O deputado federal Tiririca será um dos membros da Comissão de Educação e Cultura da Câmara. Piada? Tá rindo de quê? Olha o respeito! Preconceito dá cadeia! O próprio Tiririca fez força para ser indicado. E o seu partido, o PR, não se fez de rogado: confirmou. Justificativa: não se trata apenas de educação, mas também de cultura. Então...

E os concursos, heim?

Quando teremos um concurso público garantido no Estado? Daqueles que tenha começo meio e fim, com os aprovados nomeados etc. e tal? Os últimos tempos têm sido pródigos em certames que, longe de chegar ao objetivo, empacam pelo caminho, feito jumento ruim. Já está parecendo brincadeira. Ou seria uma forma de se arrecadar dinheiro fácil?

Vitorino Pinto urgente!

Ruas em péssimo estado, com asfaltamento desgastado, fazendo a festa das oficinas mecânicas abundam em Boa Vista. Quero aqui, entretanto, dar uma dica de uma mais crítica ainda: a Vitorino Pinto, no 31 de Março. Operação tapa-buracos por ali passa vergonha.

Enxugando gelo

Os esforços no setor de segurança pública tem sido imensos. O trabalho executado pelo secretário-general Monteiro e equipe é extenuante, porém, insuficiente diante da onda de criminalidade. Não se pode mais trafegar a pé pelas ruas da periferia sem correr o risco de ser molestado.

Belo Monte

A construção da hidrelétrica em terras paraenses parou antes mesmo de começar. A turma do meio ambiente é mesmo poderosa. De lascar! E se essas ideias tivessem fôlego de vida durante o período militar? Como seria o país hoje? Um marasmo total, por certo. Seríamos mais necessitados que qualquer republiqueta africana.

Enquanto isso...

Guido Mantega disse que o País não pode crescer muito, não. Tem de ficar mesmo aí na casa dos 5% ao ano. Pergunta retoricamente o ministro: – Afinal, para que crescer mais do que isso, se não temos mão de obra qualificada nem infraestrutura suficiente (energia elétrica, por exemplo)?

Outra do ministro

O Brasil continua uma colônia: exporta matéria prima e importa produtos beneficiados com altíssimo valor agregado. Palavras do ministro Guido Mantega, em entrevista à Folha de S.Paulo, neste domingo. E justifica: “Não importa, (exportar matéria prima) é o que no momento deu lucro”.