terça-feira, 31 de julho de 2012

Proposta modesta: vamos comer as nossas crianças

Por Frei Betto
_
É objeto de tristeza, para quem anda por esta grande cidade ou viaja pelo interior, ver ruas, estradas e portas de casebres apinhadas de mendigas seguidas de três, quatro ou seis crianças esfarrapadas, importunando os passantes com pedidos de esmolas. Essas mães, incapazes de ganhar a vida com trabalho honesto, são obrigadas a gastar todo o seu tempo a vagar a esmo, implorando o sustento de seus desvalidos filhinhos que, ao crescerem, tornam-se ladrões por falta de trabalho. (...)

A questão portanto é: como essas crianças serão criadas e sustentadas? (...) Essas crianças raramente conseguem ganhar a vida roubando antes dos seis anos de idade, excetuando os extraordinariamente precoces. (...) Foi-me informado por um americano de grande saber, que faz parte de meu círculo de amizades em Londres, que uma criancinha sadia e bem alimentada é, com um ano de idade, um alimento dos mais deliciosos, nutritivos e saudáveis, quer ensopada, assada ou cozida, e não tenho dúvidas de que ela poderá também ser preparada como fricassé ou ragu. (...)

Uma criança dará para dois pratos no caso de um jantar para amigos e, numa refeição em família, os quartos dianteiros e traseiros serão suficientes para a preparação de um prato razoável que, se temperado com sal e pimenta, poderá ser aproveitado no quarto dia como um ótimo cozido, especialmente no inverno. (...)

Reconheço que esse alimento será um tanto caro e, desse modo, muito adequado para os proprietários de terras, os quais, já tendo devorado a maioria dos pais, são os que têm mais direito sobre os filhos. A carne da criança poderá ser encontrada o ano todo, com maior abundância em março. (...) Aqueles que forem mais econômicos (como reconheço que os tempos atuais o exigem), poderão esfolar a carcaça cuja pele, artificialmente preparada, se prestará à confecção de admiráveis luvas para senhoras e botas de verão para cavalheiros refinados.

Quanto às nossas cidades, poder-se-á estabelecer matadouros para este propósito nas áreas mais convenientes; e podemos assegurar que açougueiros não faltarão, embora eu raramente recomende que as crianças sejam compradas vivas e preparadas imediatamente após o abate, como o fazemos com o porco assado. (...)

A falta de carne poderia muito bem ser suprida pelos corpos de jovens rapazes e raparigas com idade não superior a quatorze anos nem inferior a doze, tamanho o número de crianças de ambos os sexos em todas as regiões que estão morrendo de fome por falta de trabalho e ocupação. Isso, é claro, a critério de seus pais, se vivos, ou, caso contrário, de seus parentes mais próximos. Mas, com a deferência devida a um amigo tão excelente e um patriota tão digno, não posso estar de pleno acordo com suas idéias. Isso porque, quanto aos machos, meu amigo americano assegurou-me, a partir de experiência freqüente, que a carne dos mesmos era geralmente dura e magra, devido aos contínuos exercícios, e que seu sabor era desagradável, e engordá-los não resolveria o problema. Quanto às fêmeas, isso seria, eu creio, com humilde submissão, uma perda para o público, pois elas próprias logo se tornariam reprodutoras; além disso, não é improvável que algumas pessoas escrupulosas poderiam vir a censurar tal prática (embora muito injustamente) como sendo um tanto cruel, o que, eu confesso, sempre foi para mim a mais forte objeção contra qualquer projeto, por mais bem intencionado que fosse. (...)

Algumas pessoas de espírito desalentado sentem grande preocupação com o imenso número de pobres que são velhos, enfermos ou aleijados e têm-me solicitado que eu empregue meus pensamentos em descobrir que caminho tomar para aliviar a nação de um ônus tão penoso. Mas essa questão não me causa a menor preocupação, pois é fato sabido que essas pessoas estão, a cada dia, morrendo e apodrecendo, por causa do frio e da fome, da imundície e dos vermes, tão rápido quanto se possa esperar. Quanto aos jovens trabalhadores, eles estão agora em condições quase tão promissoras quanto essas: eles não conseguem trabalho e, conseqüentemente, definham por falta de alimento, a tal ponto que, se a qualquer momento forem porventura contratados para o trabalho comum, não terão forças para executá-lo. E assim o país, e eles próprios, estão bem próximos de serem salvos dos males que virão. (...)

Esse alimento traria igualmente grande clientela para os hotéis, onde os cozinheiros certamente teriam a prudência de tentar obter as melhores receitas para o seu perfeito preparo; em conseqüência, teriam seus estabelecimentos freqüentados por todos os finos cavalheiros que se orgulham de seus conhecimentos na arte de comer bem, e um cozinheiro habilidoso, que sabe como satisfazer seus fregueses, inventará maneiras de cobrar por esses pratos o que ele quiser e bem entender. (...)

Veríamos em breve mulheres casadas disputando honestamente qual delas poderia trazer ao mercado a criança mais gorda. Os homens tornar-se-iam tão afetuosos para com suas mulheres, durante a gravidez, como o são agora para com suas éguas e vacas prenhes ou suas porcas prestes a parir; não as espancariam ou chutariam (prática, aliás, muito freqüente) com medo de um aborto.

Muitas outras vantagens podem ser enumeradas. Por exemplo, o acréscimo de algumas milhares de carcaças a nossas exportações de carne de gado em barris, a propagação da carne suína e o aperfeiçoamento de se fazer toucinho de boa qualidade, do qual estamos tão necessitados devido ao grande extermínio de porcos —tão freqüentes em nossas mesas, mas que, de modo algum, se comparam, em sabor ou magnificência, a uma gordinha criança de um ano que, assada inteira, fará bela figura numa recepção oferecida pelo senhor prefeito ou qualquer outra comemoração pública. Deixo de mencionar muitas outras vantagens, pois aprecio a concisão.

Supondo que mil famílias desta cidade venham a ser consumidoras freqüentes de carne de criança, fora outras que a comeriam em ocasiões festivas, especialmente casamentos e batizados, calculo que o consumo (...) poderia chegar a vinte mil carcaças por ano. (...) Não consigo pensar em objeção alguma que possa vir a ser levantada contra esta proposta. (...) Portanto, que não me venham falar de outros expedientes: de tributar nossos proprietários de terras que, delas ausentes, somente lhes aufere os lucros. (...)

Desejo que os políticos, a quem desagrada minha iniciativa, e que talvez tenham a ousadia de tentar discuti-la, perguntem antes aos pais desses mortais se eles hoje não considerariam uma grande felicidade terem sido vendidos como comida na idade de um ano, da forma que ora proponho, e desta maneira evitado a perpétua sucessão de desgraças pela qual tiveram que passar, devido à opressão dos proprietários de terras, à impossibilidade de pagar o aluguel, sem dinheiro nem ofício, à falta dos meios de subsistência mais básicos, teto e roupas para abrigá-los das inclemências do tempo e à perspectiva inevitável de legar à sua prole misérias semelhantes ou ainda maiores.

Declaro, com toda sinceridade de meu coração, que não sou movido pelo menor interesse pessoal ao tentar incentivar essa tão necessária tarefa, não tendo outro motivo senão o bem público de meu país, através do progresso de nosso comércio, do cuidado de nossas crianças, do alívio para os pobres, dando também algum prazer aos ricos. Não tenho filhos, através dos quais possa lucrar um só centavo.

(O texto acima, reproduzido com alguns cortes, mas sem adição, é obra de Jonatham Swift (1667-1745), que o escreveu em 1729. Este autor satírico de língua inglesa é, também, autor de As Viagens de Gulliver.)

Márcio Thomaz Bastos deixa defesa de Cachoeira

O escritório do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos deixa nesta terça-feira (31/7) a defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. De acordo com a advogada Dora Cavalcanti Cordani, que pertence ao escritório, a petição informando a saída do caso será protocolada hoje.

Ela informou ainda que a saída não guarda relação com a suposta tentativa de suborno por parte da mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça. Segundo a advogada, já havia um acordo com a família de Cachoeira que previa a saída após as audiências na 11ª Vara Federal em Goiânia ocorridas na semana passada.

Leia mais

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O CRENTE AVESTRUZ

(*) Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Éramos um grupo de cinco, indo a Calçoene. Saímos três de Macapá, passamos em Ferreira Gomes onde pegamos o casal missionário, e paramos em Tartarugalzinho. Abastecemos, tomamos um café sofrível, e espairecemos um pouco. O lugar é interessante. Além do leite de búfala, há avestruzes. Êta bicho esquisito!


Comentei que Deus pôs coisas bonitas no mundo, mas também cada coisa feia! Hipopótamo, lacraia, escorpião e o avestruz. Mais de dois metros de altura, pescoço fino, enrugado, cabeça pequena com penas escassas, bico feio, e um pé pra lá de horrível. Quando se distribuiu feiura no mundo, o avestruz pulou na frente e gritou: “Eu, primeiro eu! Quero tudo!”.

Quando saíamos, um dos membros de nossa equipe me perguntou se eu conhecia o crente avestruz. E explicou: “É aquele que come de tudo, sem selecionar nada!”. Sim, conheço muitos crentes avestruzes. Assistem tudo que é programa que se diz evangélico, leem tudo que lhe cai às mãos, sem senso crítico, fazem uma salada de conceitos e depois vão regurgitar em sua igreja.

Um crente avestruz se encantou com a ideia de orar pelos anjos para fortalecê-los, com base em um sermão que torceu Daniel 10.20. Quando sua igreja não quis, ele saiu e organizou um movimento de intercessão angelical. O problema é que o regurgitamento do crente avestruz acaba saindo e cai nos demais que não querem a esquisitice de que ele se alimentou. E termina no gabinete pastoral, que recebe toda sorte de “avestruzice”. Pastor ouve cada uma!

As pessoas não querem a simplicidade do evangelho (1Co 15.1-4). Paulo já receava que os cristãos se desviassem da simplicidade que há em Cristo (2Co 11.3). Os avestruzes de hoje querem novidades e “coisas tremendas”. São fascinados pelo bizarro. Seu evangelho é mais enfeitado que jegue de cigano.

O alimento simples do evangelho tem substância, alimenta bem e dá saúde. Para que inventar? A Palavra de Deus é suficiente. É dela que devemos extrair nosso alimento. “Come este livro!” (Ez 3.1 e Ap 10.9) mostram que é do Livro que vem de Deus que devemos nos alimentar. Nada de gurus, caboclos evangélicos de reza forte, exotismos ou descobertas que nunca alguém viu em dois mil anos de cristianismo.

Não vá atrás de invenções e novidades, nem coma e beba qualquer coisa espiritual. Não seja um crente avestruz. Alimente-se sadiamente. Seja seletivo.
(*) Isaltino Gomes Coelho Filho é pastor da Igreja Batista Central de Macapá (recebido por e-mail)

As mães e suas crias

(*) Por João Bosco Leal

Tanto entre os humanos quanto entre os animais, existem mães e mães. Entre nós há as que trabalham e as que não, as que bebem, usam drogas, são prostitutas, não se respeitam, mas mesmo estas merecem e normalmente são respeitadas por seus filhos.

No mundo animal, há vacas que protegem suas crias de qualquer um, que lutam desesperadamente contra quaisquer predadores para não perder sua cria, e as que simplesmente observam a mesma ser devorada por outros animais.

Outras que abandonam seus bezerros logo ao nascer, deixando-os à própria sorte, os chamados “guachos”, que, se encontrados a tempo por um humano, muitas vezes tornam-se mais fortes do que seus contemporâneos, mesmo tendo crescido sem nenhum “afago” materno.

As galinhas cobrem com as asas os pintinhos recém-nascidos, para que não sejam devorados por gaviões e para que não sofram com a chuva e o frio. Existem, porém, aves que raramente chocam o próprio ovo, como as galinhas d’angola, os marrecos e outras, que por esse motivo, são de difícil procriação.

Entre os suínos e caninos, o filhote que, desde os primeiros momentos de vida, tendo que disputar as tetas com os irmãos, se esforça para mamar mais e fica cada dia mais forte que seus irmãos, que não se esforçaram, e por isso ficam cada vez mais fracos.

Algumas mães, entretanto, suprem seus filhos de todas as necessidades que estejam ao seu alcance, mesmo quando o “filhinho" ou a "filhinha” já são adultos, mas assim como nos animais, essa superproteção cria um ser fraco, que por nunca haver lutado por nada, quando essa mãe não estiver mais presente, terá muitas dificuldades para sobreviver num mundo onde há disputas por tudo.

Ao contrário de ajudar, elas proporcionaram um enorme prejuízo a esses filhos, que sempre perderão, em todos os sentidos, para os que cresceram fortes por terem tido de buscar, sem ajuda, o que necessitavam.

No entanto, sem sua proteção e tendo que buscar seu próprio sustento e programar seu futuro sabendo que nada mais será ganho, aprenderá, ainda que tardiamente, assim como aquele filho ou filha que foi desamparado, mal tratado, abandonado e até mesmo desprezado por essa mãe, que por ter lutado sozinho por sua sobrevivência e aprendizado, tornou-se um adulto mais forte e para ele nada mudará quando essa mãe partir.

Por isso e por mais que seja dolorido, assim como ocorre em todo o reino animal, em determinado momento as mães necessitam desmamar seus filhos, pois aquelas que contrariando a natureza, escolhem dar proteção a um filho normalmente fracassam em seu sonho, e fazem fracassar o filho protegido.

Perceber esse erro, certamente gera uma enorme sensação de fracasso na mãe para a qual seu filho protegido obteria somente sucessos, e essa descoberta normalmente provoca um distanciamento cada vez maior desta mãe com o filho que ela desprezou e que hoje é um forte.

Os que lutaram com suas próprias mãos, certamente criarão seus filhos assim, dando-lhes amor, carinho e apoio, mas ensinando-lhes a buscar seu lugar ao sol com seu próprio esforço, pois o mundo não passará a mão na cabeça de ninguém, quando não tiverem mais a retaguarda dos pais.

E quando a grande maioria fizer o mesmo, nascerá uma nova geração de homens e mulheres fortes, que construirão o futuro de um grande país, deixando de lado e para trás os fracos que criaram filhos e nações fracas.

As nações são o resultado de como as mães criaram seus filhos nas décadas anteriores.

*Jornalista, escritor e produtor rural; www.joaoboscoleal.com.br

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Guajará-Mirim x Guayará-Merim

A parte inferior desta foto mostra a Pérola do Mamoré, a linda e bucólica Guajará-Mirim que me viu nascer, mais de meio século atrás. A parte superior é a coirmã boliviana Guayará-Merim. As duas ilhas que escondem uma da outra marcam a exuberância do rio Mamoré. Guajará-Mirim, em tupi-guarani significa "Cachoeira Pequena". É a cidade mais antiga do interior do estado de Rondônia e o maior município em extensão territorial - quase 25 mil quilômetros quadrados. Possui uma população de 41.656 habitantes (IBGE 2010).

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Banco ainda cobra pacote que deveria ser gratuito

LUCIELE VELLUTO

Os correntistas de bancos públicos e privados do País têm a opção de não pagar nada ao optar pelo pacote de serviços essenciais oferecidos pela instituição. Esse direito é garantido aos consumidores desde 2008, mas nem todos os bancos estão dispostos a cumpri-lo. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que dois dos seis principais bancos no País não abrem esse tipo de conta.

O teste feito pela entidade de defesa do consumidor foi realizado em março deste ano. No fim do ano passado, o Idec abriu conta nos seis principais bancos que atuam no varejo financeiro no País – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú e Santander – e nenhuma entidade ofereceu a possibilidade do pacote essencial no primeiro momento.

Leia Mais

Tarifa de energia elétrica deve cair 10%

A tarifa de energia elétrica deve cair 10%. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Segundo ele, o governo enviará ao Congresso uma Medida Provisória que corta todos os encargos do setor elétrico e que prorroga as concessões. Essas medidas poderão provocar a redução na tarifa do consumidor.

“Vamos prorrogar mais uma vez as concessões de energia elétrica, mas tudo isso com o princípio mantido da modicidade tarifária, que será intenso. Os encargos setoriais serão extintos. Este é o caminho para realmente fazer cair o preço da energia”, afirmou Lobão.

O ministro de Minas e Energia informou ainda que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda estuda o impacto que o corte nos encargos terá na conta de energia do consumidor e da indústria.

“A redução que nós estamos prevendo e que está sendo examinada, avaliada e calculada pela Aneel pode chegar a 10% ou um pouco mais”, disse.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O relógio e a natureza

Por João Bosco Leal

O relógio biológico, presente em todos os seres vivos, determina seu batimento cardíaco, a atividade digestiva, a produção de hormônios, tudo regulado pela exposição à luz da hemoglobina, que leva ao cérebro a informação de ser dia ou noite, e que se repete praticamente nos mesmos horários, em um ciclo de 24 horas, o que deu origem a uma busca incessante, pelo homem, da medição do tempo.


Desde a Antiguidade, quando os egípicios e babilônios perceberam que o Sol provocava sombra sob os objetos e que durante o dia esta se movia, variando de posição e tamanho, os homens primitivos passaram a utilizar a sombra do próprio corpo para estimar o tempo, mas logo perceberam que com uma vareta espetada verticalmente no solo, podiam fazer as mesmas estimativas.

A partir dessa observação veio a criação do Gnômon - a parte do relógio solar que possibilita a projeção da sombra - e estava então estabelecido o que seria o início de todos os relógios solares posteriormente surgidos, uma das mais antigas invenções humanas, e origem de todos os atuais relógios.

Existem relatos creditando essa invenção a Anaximandro de Mileto, mas Heródoto dava este crédito aos babilônios, que posteriormente teriam repassado aos gregos os conhecimentos da esfera celeste, do gnômon e das doze partes do dia e Anaximandro seria apenas seu introdutor na Grécia, assim como na China Shen Kuo teria aferido e melhorado o gnômon.

Após os relógios de sol, em torno do século 16 a.C., na Babilônia e no Egito surgiram alguns relógios rústicos de água (clepsidras) e os de areia (ampulhetas), mas seu aparecimento na Judéia só foi relatado em torno de 600 a.C.

O primeiro relógio mecânico, um complexo sistema de engrenagens e 60 baldes de água, correspondentes a 60 segundos, e que realizava uma reviravolta total em 24 horas, foi desenvolvido pelo monge budista chinês Yi Xing, em 725 a.C., e apesar de no mundo ocidental ter-se o papa Silvestre II como inventor do primeiro relógio mecânico, outra indicação de que os primeiros deles foram inventados pelos asiáticos é o relato histórico de que em 797 o Califa de Bagdá presenteou Carlos Magno com um elefante asiático, chamado Abul-Abbas e junto a este um relógio mecânico de onde saía um pássaro anunciando as horas.

Após essa invenção, estes passaram pelas mãos de muitos aperfeiçoadores, até que por volta de 1500, na cidade de Nuremberg, Pedro Heinlein fabricou o primeiro relógio de bolso - durante muito tempo o símbolo da aristocracia -, e em 1595 Galileu Galilei descobriu a Lei do Pêndulo.

Desde então surgiu uma variedade enorme de técnicas para registrar a passagem do tempo, como os relógios de pêndulo, os automáticos, cronômetros, de quartzo, digitais e os atômicos, os mais precisos atualmente existentes.

Durante conversas de Santos Dumont com seu amigo Louis Cartier, aquele comentou uma necessidade sua e este, com auxílio do mestre relojoeiro Edmond Jaeger, em 1904, criou o protótipo do primeiro relógio de pulso, para auxiliar Dumont ver as horas sem a necessidade de retirar as mãos dos comandos da aeronave.

Com essa breve história podemos entender como, através de máquinas, o ser humano está sempre em busca do que a natureza sempre lhe ofereceu. Milhares de séculos já se passaram em busca de marcadores cada vez mais precisos do tempo, como os atuais relógicos atômicos, mas durante o mesmo período o relógio biológico e as sombras provocadas pelo sol em nada foram alterados.

Em qualquer setor, por maior que seja a tecnologia utilizada, o homem está a milênios de distância da perfeição da natureza.

João Bosco Leal é Jornalista, escritor e produtor rural; www.joaoboscoleal.com.br

sexta-feira, 20 de julho de 2012

VERGONHA E IMPUNIDADE

Ana Arraes, mãe do governador Eduardo Campos, dá a sua grande contribuição à impunidade dos mensaleiros; TCU se desmoraliza! É um escracho! Vejam o que o atual ministro da Justiça tem a ver com isso. Por Reinaldo Azevedo A história que vocês lerão abaixo tem aspectos verdadeiramente sórdidos e é coisa típica de República bananeira. A ministra Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União que foi, vamos dizer, “nomeada” pelo filho, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), armou uma patuscada no tribunal e foi seguida por seus pares. Leiam o que narra Marta Salomon, no Estadão. Volto depois. O Tribunal de Contas da União considerou regular o contrato milionário da empresa de publicidade DNA, de Marcos Valério Fernandes de Souza, com o Banco do Brasil. O contrato é uma das bases da acusação da Procuradoria-Geral da República contra o empresário mineiro no julgamento do mensalão, marcado para agosto. A decisão referente ao contrato de R$ 153 milhões para serviços a serem realizados pela agência em 2003 foi tomada pelo plenário do TCU no início deste mês, a partir de relatório da ministra Ana Arraes – mãe do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos. O acórdão do tribunal pode aliviar as responsabilidades de Marcos Valério no julgamento do Supremo Tribunal Federal. Principal sócio da agência DNA, o empresário mineiro é apontado como operador do mensalão. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República, contratos das agências de publicidade de Marcos Valério com órgãos públicos e estatais serviam de garantia e fonte de recursos para financiar o esquema de pagamentos de políticos aliados do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se da essência do escândalo, revelado em 2005. As denúncias desencadeadas pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB) provocaram a queda das cúpulas do PT, do PP e do PL (hoje PR), além da cassação do mandato do denunciante e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, segundo quem não houve compra de votos, apenas caixa 2 de campanha. Em seu relatório, Ana Arraes argumenta que uma lei aprovada em 2010 com novas regras para a contratação de agências de publicidade pela administração pública esvaziara a irregularidade apontada anteriormente pelo próprio TCU. Um dos artigos da lei diz que as regras alcançariam “contratos já encerrados”. Esse artigo foi usado pela ministra do tribunal para considerar “regulares” as prestações de contas do contrato do Banco do Brasil com a DNA Propaganda Ltda. Divergência O voto de Ana Arraes, acompanhado pelos demais ministros do TCU, contraria o parecer técnico do tribunal. Procurador do Ministério Público junto ao TCU, Paulo Bugarin, defendeu, assim como o relatório técnico, que fosse reafirmada a condenação das contas em decorrência da apropriação indevida das chamadas “bonificações de volume”, uma espécie de gratificação paga pelos veículos de comunicação, valores que a agência DNA deveria ter repassado ao Banco do Brasil. “Não vislumbro no presente caso a aplicação da lei que alterou o ordenamento jurídico, indicando como receita própria das agências de publicidade os planos de incentivo concedidos por veículos de divulgação”, afirmou ontem o procurador. “Não somente porque o contrato foi formalizado e executado antes da edição da nova lei, como em face da existência de expressa cláusula contratual que destinava tal verba ao Banco do Brasil”, completou Bugarin. (…) O TCU investigou 17 contratos de publicidade com órgãos e empresas da administração pública no período de cinco anos, entre 2000 e 2005. Relatório consolidado apontou prejuízo aos cofres públicos de R$ 106,2 milhões, produto de falhas de contrato ou irregularidades, como o superfaturamento de serviços. O relatório, aprovado em 2006, chegou a pedir o fim das publicidades institucionais no País. (…) Voltei De uma coisa essa gente não pode ser acusada: de falta de método. Ao contrário: a determinação com que se organiza para transformar o Brasil num curral é impressionante. Que prova de talento! Sabem quem foi o autor da lei que abriu a brecha para Ana Arraes dar o seu “parecer”? José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça. Sabem quem a sancionou? Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. O que é a tal “bonificação por volume”? São descontos oferecidos pelos veículos de comunicação às agências para a veiculação de anúncios. Pela lei anterior, eles deveriam ser repassados às estatais . O TCU constatou que a agência de Marcos Valério — o empresário era a fonte dos recursos do mensalão — não fazia o repasse. O prejuízo aos cofres públicos só nessa operação, segundo o TCU, foi de R$ 106,2 milhões. Pois bem, a “lei” inventada por Cardozo mudava a regra: as agências poderiam ficar com o dinheiro do desconto e pronto! Pior: a lei passaria a valer também para contratos já encerrados. Entenderam? José Eduardo assinou um projeto, sancionado de bom grado por Lula, que, na prática, tornava legal a ilegalidade praticada por Valério. José Eduardo Cardozo é magnânimo. Uma lei não pode retroagir para punir ninguém. Mas pode retroagir para beneficiar. E ele fez uma que beneficia Marcos Valério. É por isso que é considerado uma das reservas morais do petismo, ora essa! Dilma o chamava, carinhosamente, de um dos seus “Três Porquinhos”. Os outros dois eram Antonio Palocci, que deixou o governo, e José Eduardo Dutra, que está pendurado numa diretoria da Petrobras. Qual é o busílis? O desenho era óbvio, não? Marcos Valério pegava a dinheirama das estatais e depois fazia “empréstimos” para o PT. Uma das estatais era justamente o Banco do Brasil. Agora Ana Arraes, com endosso de outros ministros, diz que tudo foi regular, entenderam? Quer-se, assim, reforçar a tese de que o dinheiro do mensalão não era público. É evidente que os advogados dos mensaleiros tentarão usar isso a favor dos seus clientes. Eles não tinham uma notícia tão boa desde que o processo começou. Ana Arraes demonstra que não foi nomeada por acaso e que Lula sabia bem o que estava fazendo quando entrou com tudo na sua campanha. Só para registro: Aécio Neves também foi um entusiasmado cabo eleitoral da ministra. Campos é apontado por muitos como uma espécie de novidade e de renovação da política. É mesmo? Eis um episódio a demonstrar que ele é jovem, mas não novo! Nada mais antigo do que o que se viu no TCU. Manobras dessa qualidade fariam corar a República Velha. A 15 dias do início do julgamento do mensalão, uma das operações mais descaradas de desvio de recursos públicos para os mensaleiros recebeu a chance de “nada consta” do TCU. É a nossa elite política “progressista”! Caberá ao STF dizer se existe pecado do lado de baixo do Equador! Se decidir que não há, não vai adiantar Deus ter piedade dos brasileiros.

terça-feira, 17 de julho de 2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Momento Cult

Eliana em momento de pura concentração: ler é o melhor alimento para a alma e o espírito.

Os homens de preto

Jornalistas Gilvan Costa, presidente do Sindicato dos Jornalistas de Roraima; este blogueiro; Ivo Gallindo, secretário de Comunicação da Prefeitura de Boa Vista; e Gustavo Abreu, secretário-adjunto de Comunicação do governo de Roraima, todos contemplados com o título Cidadão Boa-Vistense, concedido pela Câmara Municipal de Boa Vista, em 23 de janeiro deste ano de 2012.

PRESENTE DE DEUS OU PROPRIEDADE DE DEUS?

Por Isaltino Gomes Coelho Filho

(Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 15 de julho de 2012 - Recebido por e-mail) 

Um dia desses vi uma pintura num veículo: “Foi Deus quem deu!”. Entendi a mensagem que o proprietário queria transmitir. Ele reconhecia que Deus lhe proporcionara uma bênção material. No caso, aquele carro.

Mais tarde pus-me a meditar no caso. Respeitosamente, não me soa o reconhecimento correto. Na realidade, há mais de mundano que de espiritual na frase.  Ela não expressa apenas o reconhecimento de que foi uma bênção, mas traz certo ufanismo. Afinal, conheço bem o movimento evangélico de hoje e sei da ênfase que ele coloca em bens materiais como sinal da aprovação divina. Quem é suficientemente bom aos olhos de Deus recebe bênçãos materiais. A doutrina da graça tem sido varrida para longe pelo neopentecostalismo. É um tal de “declarar”, “exigir seus direitos”, “reivindicar” que se vê uma total ignorância do que seja graça. Consequentemente, do que seja o evangelho. Quando alguém diz “Foi Deus quem me deu” pode muito bem estar dizendo: “Viu? Fui um bom menino, e Papai do Céu me deu de presente!”. Vejo tanto ufanismo com bens materiais! Muitos evangélicos parecem mais ligados em Mamom, o pseudo-deus das riquezas, que em Jesus Cristo.

O correto não é “Foi Deus quem deu!”. Porque se somos mesmo cristãos, nada é nosso, e tudo é dele. As coisas que nos vêm às nossas mãos, na realidade não são nossas, mas dele. Estão conosco para nosso uso, mas prestaremos contas delas, porque não somos proprietários, mas servos e mordomos (Lc 12.37 e 42) e despenseiros (1Pe 4.10). Alguns acham que são donos e assim dão migalhas dos bens, do tempo, das emoções e dos afetos para Deus. Amam os bens e dizem que Deus lhes deu.

Se você realmente é uma pessoa que entregou a vida (e não apenas o louvor) a Jesus, nada do que você tem é seu, mas é dele. As pessoas se lembram do Salmo 24.1 quando querem reivindicar coisas como “filhas do Rei”. Se tudo é dele, somos dele e nossas coisas são dele.

Sua vida é dele? Então seu carro não foi presente dele, mas é dele. Sua casa é dele. Seus filhos são dele.
Sua carreira é dele. Se ainda não entendeu isso, cante o hino 422 do Hinário Para o Culto Cristão: “Tudo o que sou e o que vier a ser eu ofereço a Deus”. Em um ato de culto ofereça a Deus o que é dele por direito. Que seja de fato.

Nada seu é seu. Tudo seu é dele. Reconheça isso e viva isso antes que ele, insatisfeito com sua visão, dê a outro: “Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos” (Mt 25.28). Lembra-se desta história? Aconteceu quando o senhor chegou e chamou os servos à prestação de contas (Mt 25.19). Demorou, mas veio. Você é apenas servo, e não senhor. Quando ele vier, que não chame você de “servo inútil”.

sábado, 14 de julho de 2012

Charge do Duke (O Tempo)

AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA

Por Carlos Chagas (Tribuna da Internet)


Apelou o ex-presidente Fernando Henrique para a galhofa, quando perguntado sobre se doaria para alguma instituição de caridade o milhão de dólares que recebeu como prêmio da biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.

Respondeu que já estava doando mais de 27% da quantia para o governo brasileiro, a título de impostos. E até tripudiou acrescentando esperar que fossem bem gastos.

Ora, quem mais aumentou impostos no país senão o sociólogo? Se tem alguma reclamação a fazer, dirija-se ao período em que governou o Brasil…

Dez soluções para melhorar o Brasil, segundo o primeiro-ministro da China

Por Nelio Jacob
Circula na internet uma postagem atribuída ao jornalista Joelmir Beting, noticiando que o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, ao visitar o Brasil,  surpreendeu pelo conhecimento que tem sobre nosso país. Devido o aumento da amizade e dos negócios entre Brasil e China, ele vem estudando a cultura, o povo, o desenvolvimento e o governo de nosso país nos últimos 5 anos. Por isso, teria aproveitado a visita de acordos comerciais para lançar algumas sugestões que, segundo ele, foram responsáveis pelas mudanças e pelo crescimento estrondoso da China nos últimos anos.

Segundo o suposto Joelmir Beting, durante uma de suas conversas com a Presidente Dilma e seus ministros, Wen foi enfático no que ele chama de “Solução para os paises emergentes”, que é o caso do Brasil, China, Índia e outros países que entraram em grande fase de crescimento nos últimos anos, sendo a China a líder absoluta nessa fila.

O que o ministro teria apontado para um país como o Brasil desponte a crescer fortemente??? Sugeriu mudanças imediatas na administração do país, sendo a principal delas, a eliminação de fatores hipócritas, onde as leis insistem em ver o lado teórico e não o prático e real de suas consequèncias, sendo que, para isso o país terá que sofrer mudanças drásticas em seus pontos de vista atuais, como fez a China nos últimos 20 anos, sendo os 10 principais os que se seguem, segundo o suposto jornalista Joelmir Beting.


1) PENA DE MORTE PARA CRIMES HEDIONDOS COMPROVADOS:
Fundamento: Um governo tem que deixar de lado a hipocrisia quando toca neste assunto, um criminoso não pode ser tratado como celebridade, criminosos reincidentes já tiveram sua chance de mudar e não mudaram, portanto, não merecem tanto empenho do governo, nem a sociedade honesta e trabalhadora merece conviver com tamanha impunidade e medo, citou alguns exemplos bem claros: Maníaco do Parque, Lindeberg, Suzane Richthofen, Beira Mar, Elias Maluco etc.

Eliminando os bandidos mais perigosos, os demais terão mais receio em praticarem seus crimes, isso refletirá imediatamente na segurança pública do país e na sociedade, principalmente na redução drástica com os gastos públicos em segurança. A longo prazo isso também reflete na cultura e comportamento de um povo.

2) PUNIÇÃO SEVERA PARA POLÍTICOS CORRUPTOS:
Fundamento: É estarrecedor saber que o Brasil tem o 2º maior índice de corrupção do mundo, perdendo apenas para a Nigéria, porém, comparando os dois países, o Brasil está em uma situação bem pior, já que não pune nenhum político corrupto como deveria.

O Brasil é o único país do mundo que não tem absolutamente nenhum político preso por corrupção, portanto, está clara a razão dessa praga (a corrupção) estar cada vez pior no país, já que nenhuma providência é tomada, na China, corrupção comprovada é punida com pena de morte ou prisão perpétua, além é óbvio, da imediata devolução aos cofres públicos dos valores roubados. O ministro chinês fez uma pequena citação que apenas nos últimos 5 anos, o Brasil já computou um desvio de verbas públicas de quase 100 bilhões de reais, o que permitiria investimentos de reflexo nacional. Ou seja, algo está errado e precisa ser mudado imediatamente.

3) QUINTUPLICAR O INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO:
Fundamento: Um país que quer crescer precisa produzir os melhores profissionais do mundo e isso só é possível quando o país investe no mínimo 5 vezes mais do que o Brasil tem investido hoje em educação.
Caso contrário, o país fica emperrado, aqueles que poderiam ser grandes profissionais, acabam perdidos no mercado de trabalho por falta da base que deveria prepará-los, com o tempo, é normal a mão de obra especializada passar a ser importada, o que vem ocorrendo a cada vez mais no Brasil, principalmente nos últimos 5 anos quando o país passou a crescer em passos mais largos.

4) REDUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA E REFORMA IMEDIATA:
Fundamento: A China e outros países desenvolvidos como os EUA já comprovaram que o crescimento do país não necessita da exploração das suas indústrias e empresas em geral, bem pelo contrário, o estado precisa ser aliado e não inimigo das empresas.

Afinal, é do trabalho destas empresas que o país tira seu sustendo para crescer e devolver em qualidade de vida para seus cidadãos, a carga tributária do Brasil é injusta e desorganizada e enquanto não houver uma mudança drástica, as empresas não conseguirão competir com o mercado externo e o interno ficará emperrado como já é.

5) REDUÇÃO DOS SALÁRIOS DOS POLÍTICOS BRASILEIROS:
Fundamento: Os Brasil tem os políticos mais caros do mundo, isso ocorre pela cultura da malandragem instalada após a democrácia desorganizada que tomou posse a partir dos anos 90 e pela falta de regras no quesito salário do político. O político precisa entender que é um funcionário público como qualquer outro, com a função de empregar seu trabalho e seus conhecimentos em prol do seu país e não um “rei” como se vêem atualmente, a constituição precisa definir um teto salarial compatível com os demais funcionários públicos e a partir dai, os aumentos seguirem o salário mínimo padrão do país.

Na China um deputado custa menos de 10% do que um deputado brasileiro. A revolta da nação com essa balbúrdia com o dinheiro público, com o abuso de mega-salários, sem a devida correspondência em soluções para o povo, causa ainda mais prejuízos ao estado, pois um povo sentindo-se roubado pelos seus líderes políticos, perde a percepção do que é certo, justo, honesto e honrado.

6) DESBUROCRATIZAÇÃO IMEDIATA:
Fundamento: O Brasil sempre foi o país mais complexo em matéria de negociação. Segundo Wen, a China é hoje o maior exportador de manufaturados do mundo, ultrapassando os EUA em 2010 e, sem nenhuma dúvida, a China e os EUA consideram o Brasil, o país mais burocrata, tanto na importação, quanto exportação, além é claro, do seu mercado interno.

Para tudo existem dezenas de barreiras impedindo a negocição que acabam em muitas vezes barrando o desenvolvimento das empresas e refletindo diretamente no desenvolvimento do país, isso é um caso urgente para ser solucionado.

7) RECUPERAÇÃO DO APAGÃO DE INVESTIMENTOS:
Fundamento: O Brasil sofreu um forte apagão de investimentos nos últimos 50 anos, isso é um fato comprovado, investimentos em infraestrutura, educação, cultura e praticamente todas as demais áreas relacionadas ao estado, isso impediu o crescimento do país e seguirá impedindo por no mínimo mais 50 anos se o Brasil não tomar atitudes fortes hoje.

O Brasil tem tudo para ser um grande líder mundial, tem território, não sofre desastres naturais severos, vive em paz com o resto do mundo, mostrou-se inteligente ao sair ileso da grande crise financeira de 2008, porém, precisa ter a coragem de superar suas adversidades políticas e aprender investir corretamente naquilo que mais necessita.

8) INVESTIR NA MUDANÇA DE CULTURA DO POVO:
Fundamento: A grande massa do povo brasileiro não acredita mais no governo, nem nos seus políticos, não respeita as instituições, não acredita em suas leis, nem na sua própria cultura, acostumou-se com a desordem governamental e passou a ver como normal as notícias trágicas sobre corrupção, violência etc.
Portanto, o Brasil precisa investir na cultura brasileira, iniciando pelas escolas, empresas, igrejas, instituições públicas e assim por diante, começando pela educação patriótica, afinal, um grande povo precisa amar e honrar seu grande país, senão é invevitável que à longo prazo, comecem surgir milícias armadas na busca de espaço e poder paralelo ao governo, ainda mais, sendo o Brasil um país de proporções continentais como é.

9) INVESTIR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA IMEDIATAMENTE:
Fundamento: Proporcionalmente, o Brasil investe menos de 8% do que a China em ciência e tecnologia, isso começou a ter forte reflexo no país nos últimos 5 anos, quando o Brasil passou a crescer e aparecer no mundo como um país emergente e que vai crescer muito a partir de agora.

Porém, não tem engenheiria de qualidade, não tem medicina de qualidade, tecnologia de qualidade, não tem profissionais com formação de qualidade para concorrer com os países desenvolvidos que encontram-se mais de 20 anos a frente do Brasil, isso é um fato e precisa ser visto imediatamente, pois reflete diretamente no desenvolvimento de toda nação.

10) MENORIDADE PENAL E TRABALHISTA A PARTIR DE 16 ANOS:
Fundamento: O Brasil é um dos poucos países que ainda possuem a cultura de tratar jovens de 15 a 18 anos como crianças, não responsáveis pelos seus atos, além de proibi-las de oferecer sua mão de obra, isso é erro fatal para toda a sociedade, afinal, o Brasil, assim como a grande maioria dos paises, estão envelhecendo e precisam mais do que nunca de mão de obra renovada.

Essa contradição hipócrita da lei, serve apenas para criar bandidos perigosos, que ao atingirem 18 anos, estão formados para o crime, já que não puderam trabalhar e buscaram apenas no crime sua formação. Na China, jovens tem permissão do governo para trabalhar normalmente (não apenas como estagiários como no Brasil) a partir dos 15 anos, desde que continuem estudando e, sim, respondem pelos seus crimes normalmente, como qualquer adulto com mais de 18 anos.

Marcha para Jesus, hoje, em São Paulo