terça-feira, 30 de novembro de 2010

Guerra do Rio - Origem do conflito

Ainda nem bem passou a empolgação pela vitória das "forças legais" sobre os "criminosos", no Rio, começam a estourar as histórias nada altruístas. A notícia abaixo está no Jornal Tribuna da Imprensa Online:

Serviços de inteligência daqui e do exterior têm informações seguras de que a onda de violência no Rio de Janeiro resultou de um impasse nas negociações financeiras entre policiais corruptos e representantes de chefes de quadrilha.
Os bandidos teriam quebrado o pacto de não-agressão porque se recusaram a reajustar a tabela de propinas pagas às autoridades.
Não passa de mero ilusionismo a versão do governo Serginho Cabral de que a onda de violência foi provocada pelo Comando Vermelho por causa da implantação de Unidades de Polícia Pacificadora, as famosas UPPs.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Rio: a senhora liberdade abriu as asas sobre nós

O GLOBO
Rabiscado por uma moradora do Complexo do Alemão e depositado numa caixinha de fósforo, os versos de um samba imortalizado pela Imperatriz Leopoldinense — escola de samba da região — que pede por liberdade se tornou realidade ontem num dos maiores conjuntos de favelas do Rio.
Depois de pelo menos 30 anos de domínio do tráfico, a polícia do Rio, com tropas das Forças Armadas, levou pouco mais de uma hora para chegar ao alto do maciço.
Foram momentos de intensa expectativa. Mas, logo, um dos momentos mais marcantes e emocionantes dos últimos dias de ataques de terror, e contra-ataques das forças de segurança, seria presenciado: a Bandeira do Brasil tremulava soberana sobre uma laje, uma imagem que já entrou para a história da cidade.
— O Alemão era o coração do mal — disse, no fim do dia, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, traduzindo em poucas palavras o significado da vitória.
Ao contrário do que se temia, o banho de sangue não aconteceu. Os 2.600 homens do Estado "varreram tudo o que estava pela frente" como prometido na véspera, depois de 24 horas de um ultimato em que se aguardou a rendição dos bandidos entrincheirados, sem ferir um inocente sequer. A operação foi exemplar.
Nas contas das baixas, três mortos, apenas do lado dos bandidos. No início da manhã, houve confrontos. Mas, em seguida, os policiais teriam pleno domínio da região de mais difícil acesso, conhecida como Areal. Ali, já se dava como certo o sucesso da missão que alguns achavam ser impossível.
À medida em que os policiais progrediam morro acima, o mito de que no Alemão estava a quadrilha mais temida do Comando Vermelho rolava morro abaixo.
Centenas de bandidos que fugiram para lá, depois das incursões na Vila Cruzeiro, na Penha, deram nova demonstração de que jogavam para a plateia ao exibir fuzis e fazer sinais ameaçadores do bunker. Cara a cara com os policiais, o comportamento mudou muito. Como ratos, chegaram a tentar fugir pelo esgoto.
Prova de que a aparente valentia não resistiu à pressão foi a prisão do traficante Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu.
Condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes e foragido da Justiça, ele estava visivelmente abatido ao ser detido. Um detalhe não passou despercebido: ele tinha urinado nas calças.

Guerra do Rio - Vitória do bem

Policiais militares fixam a bandeira brasileira no ponto mais alto do Complexo do Alemão, neste domingo (28), simbolizando a retomada do território, até então ocupado por traficantes. (Foto: Sérgio Morais/Reuters).

Guerra do Rio - Fuga estabanada

(Reprodução/TV Globo)

Quando os tanques da Marinha adentraram a Vila Cruzeiro, na manhã da quinta-feira (25), os traficantes bateram em retirada, rumo ao Complexo do Alemão. 

Durante o trajeto, um dos criminosos é atingido por um tiro disparado por policiais e é arrastado por um comparsa para o outro lado da pista de chão batido.

"Eles não tinham tática de fuga. Foi meio que no desespero", disse Marcos do Val, instrutor da Swat, ao comentar a fuga.

600 mil pessoas por ano no mundo por exposição à fumaça de cigarro, diz OMS

Um estudo feito pela Organização Mundial de Saúde informa que mais de 600 mil fumantes passivos morrem por ano no mundo vítimas de doenças relacionadas à exposição ao fumo, sendo que 165 mil são crianças.

O estudo foi feito em 192 países, incluindo o Brasil. As mulheres são as principais fumantes passivas, com 47% das mortes. As crianças aparecem em segundo lugar com 28% e os homens em terceiro com 26%.

As principais causas de morte dos fumantes passivos são problemas cardíacos, infecções respiratórias, asma e câncer de pulmão.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Guerra do Rio

No fim da tarde desta sexta-feira, carros blindados da Polícia Militar foram atacados na Favela da Grota, no Complexo do Alemão, na Penha. Houve troca de tiros quando a polícia tentava entrar na comunidade. Moradores correm, tentando se proteger do tiroteio. (Foto: EFE/Terra)  

Os pobres pagam as dívidas, os ricos dão calote

Do G1 - O portal de noticias da globo - Paulo Coelho


Um dos diretores da Schwab Foundation é do paquistanês Mohammad Yunus, fundador do Grameen Bank. Yunus teve uma ideia simples e genial: ao invés de dar esmola, fazia empréstimos mínimos, em torno de 10 ou 20 dólares (chamados micro-créditos) às pessoas que lhe pediam dinheiro na rua. Embora não pedisse qualquer garantia, as pessoas usavam este dinheiro para criar algo, e logo pagavam o empréstimo, com juros pequenos.

Roshaneh Zafar utilizou a inspiração do Grameen Bank (hoje em dia uma instituição enorme, mas que ainda se mantém fiel aos seus princípios), e oferece em média 75 dólares para aqueles que precisam abrir um novo negócio. Como o pobre sempre é honesto e paga o que deve, a Fundação Kashf já tem aproximadamente 45.400 clientes originários de áreas pobres do Paquistão; apenas uma minoria insignificante deixou de honrar seus compromissos

Guerra do Rio - Palavra de especialista

(Transcrito do Blog Alertatotal)

O Rio de Janeiro, hoje, parece o cenário de mais um novo filme Tropa de Elite mas, infelizmente, a realidade é bem diferente da ficção. O Brasil tem lei de combate ao crime organizado, mas não tem procedimento. Com isso, o Estado acaba se tornando refém do Congresso para implementar medidas de segurança mais severas. Os projetos não caminham sequer para votação”.

Assim resume o criminalista Antonio Gonçalves - especialista em Criminologia Internacional: ênfase em Novas armas contra o terrorismo pelo Instituto Superiore Internazionale di Scienze Criminali, Siracusa (Itália) - sobre o conflito na cidade do Rio de Janeiro.

Gonçalves acredita que a solução ainda estará longe de ser resolvida enquanto não existir uma análise mais rápida sobre as questões urgentes, no que tange a segurança nos projetos de lei pendentes no Congresso:

São Paulo parou em 2006 pelas ondas de ataques do crime organizado, hoje o Rio de Janeiro também está parado. O que o Congresso vai esperar para criar subsídios para Estados poderem trabalhar em função da segurança, protegendo o cidadão?”, questiona.

Guerra do Rio


  
Engana-se quem pensa que a foto acima é ficção a la Tropa de Elite 2. Trata-se da crua realidade. Dois menores apreendidos após incendiarem um carro no bairro de Ipanema.  Ao todo, até o início da madrugada desta sexta-feira, os bandidos atearam fogo a 21 ônibus e microônibus, 15 carros de passeio, 5 vans e kombis, 3 caminhões e 1 moto.  Até às 10h desta sexta-feira, a Polícia contabilizava 39 mortos, todos bandidos. Apenas um PM ferido a bala.   

‘Papel da imprensa é criticar o governo’ afirma sociólogo

Do jornal O Globo


Magnoli contesta argumentos de ministro da Secom

O sociólogo Demétrio Magnoli criticou, no Seminário sobre Liberdade de Imprensa, os argumentos usados pelo governo para defender a discussão sobre regulação da mídia.

Para ele, interesses políticos do governo contaminam o que deveria ser uma discussão de Estado. Ele lembrou, por exemplo, que o próprio presidente Lula disse que a imprensa atua como partido.

— O governo tem obrigação de garantir a concorrência em setores da economia. Mas, quando se trata de informação e jornalismo, o governo é lado. O papel da imprensa é criticar o governo, este, o anterior e o próximo. Não é missão do governo assegurar a liberdade de imprensa, porque ele é parte interessada. Isso é papel do Estado. E a distinção entre governo e Estado desaparece com frases como "é função do governo promover a liberdade de imprensa", ou no discurso que diz que a imprensa é um partido politico. Isso é posição de um governo que tem dificuldade de distinguir entre governo e Estado ou entre corrente política e poder público — disse Magnoli.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Justificativa de matuto

A Puliça Rodoviária Federal abordou um matuto em alta velocidade, dirigindo uma Ford Rural Willys Ano 1973 na rodovia BR-230. Segue a conversa do pulicial e do matuto:

Pulicial: Bonita Rural, né?

Matuto: Bunita e ligera!

Pulicial: O senhor tá com gracinha?

Matuto: Tô não, tô com Ritinha, a irmã dela...

Pulicial: O senhor tem carteira de habilitação?

Matuto: Tenho não, faz dois anos que tento tirar...

Pulicial: Cadê o cinto de segurança?

Matuto: Tá lá atrás na mala, amarrando o bujão...

Pulicial: E cadê o documento do carro?

Matuto: Minino, a placa que é ferro tá nesse estado, imagina o documento que é de papel!

Pulicial: Apois o senhor vai levar cenzinho pra casa (R$ 100 de multa)!

Matuto: Cenzinho??? Tá vendida, pode ficar com a Rural.

Garota que namorava escondida é espancada pelos pais e morre em SP

Do G1 SP, com informações da TV Tem

Uma adolescente de 15 anos morreu na madrugada desta quarta-feira (24) após ser espancada pelos pais em Cafelândia, a 412 km de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, a garota foi agredida porque namorava escondida da família.

Na noite de terça (23), ainda de acordo com a polícia, os pais da garota a viram com um rapaz em uma praça da cidade. Ao chegar em casa, a jovem levou golpes de cinta e chutes; um dos pontapés atingiu sua cabeça.

Terminada a agressão, a família foi dormir. Os pais acordaram no meio da madrugada e encontraram a jovem tremendo e passando mal. Ela foi levada a um hospital em Lins, também no interior do estado. Por conta do grave estado de saúde, foi transferida para um centro médico em Bauru, onde morreu.

O corpo da adolescente foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Bauru. Um laudo irá precisar a exata causa de sua morte. O pai foi preso e a mãe, internada em um hospital em estado de choque.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mancada

No artigo que está no ar no Fontebrasil, cometi uma mancada das grandes. Joguei no meio das unidades de saúde que comportam internações os postos de saúde.

Nada a ver. Onde já se viu alguém ficar internado num posto de saúde? Só se for para morrer mais depressa. Nesses locais faltam até mesmo os remédios da farmácia popular.

Chuveiro

Chamar o árbitro da partida de “veado” depois de mandá-lo “tomar...” é realmente falta grave. Ainda por cima, o descontrole do atleta prejudicou em demasia a própria equipe, o São Paulo. Isso não se faz, Richarlyson!

Bancos

Gostei da decisão do Ministério Público Estadual de estabelecer um prazo para que as agências bancárias se adéquem às normas de acessibilidade.

O que sofrem os cadeirantes com a falta de rampas, não só na porta dos bancos, mas da maioria das instituições públicas, é brincadeira.

Mas precisava ser esse prazo tão longo assim? Será que os bancos, ganhando tanto – o lucro líquido das instituições tangencia a meia dezena de R$ bilhões – não teriam condições de providenciar essas rampas com um pouco mais de pressa?

Louvação ao porco

Não é por nada não, mas acho que estão exorbitando do cacófato em nossos jornais. Por exemplo, todo dia é feita uma verdadeira louvação ao porco.

É por conta disso, por conta daquilo, por conta daquilo outro que não acaba mais. Chega a doer no ouvido. E isso ninguém vê.

Urgente! Prendam os acidentes!

Eu acho que os acidentes estão indo longe demais. Daqui a pouco a saída será mesmo pegar estes tais destrambelhados agentes do mal e lançá-los indistintamente no xilindró. Já não dá mais para aguentar a chacina que promovem em Roraima.

Só para ficar no curto espaço de tempo delimitado entre o fim de semana passado e hoje, terça-feira, os benditos acidentes destroçaram a vida de pelo menos quatro pessoas.

No jornal de ontem (segunda-feira) a manchete era: “Acidentes de trânsito matam duas pessoas na BR-401 no fim de semana”. Matéria secundária na edição de hoje traz como título: “Acidentes matam mais 2; número de vítimas chega a 142 este ano”, quase um avião da Gol.

E ninguém prende estes danados acidentes!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A saúde sob o tapete

Por Francisco Espiridião

Entre 2005 e 2009, o país perdeu 3,9% dos estabelecimentos de saúde com internação. Isso significa tão-somente a bagatela de 280 oportunidades a menos para o brasileiro de conseguir uma internação digna para tratamento de suas agruras na área da saúde, setor que, aliás, já não andava e nem anda tão bem das pernas assim.

Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a perda ocorreu no setor privado, enquanto que, no público – hospitais e postos de saúde –, houve um incremento da ordem de 4,1%.

Trocando em números, na rede particular, foram eliminadas 392 unidades, ao mesmo tempo em que, no público, houve um aumento de 112 unidades. Nessa brincadeira, sumiram na fumaça 11.214 leitos.

Salvo engano, isso seria motivo para minuciosa análise que ainda não consegui visualizar. Não sei se por condescendência com os estratosféricos níveis do moribundo governo Lula, cuja aprovação bate nas nuvens, ou por não ser, de fato, pertinente.

No popular, a iniciativa privada visa o lucro, pouco importando o segmento em questão. Se estabelecimentos destinados à internação de doentes fecham sistematicamente as portas é porque perderam a capacidade de gerar lucros expressivos que lhes justifiquem a perenidade.

E se, por conseguinte, o setor não gera os dividendos esperados é porque não existe um segmento social nele interessado. É aí que se vislumbra o calcanhar de Aquiles.

Duas grandes questões saltam aos olhos. A primeira: será que o serviço prestado pelo setor público está mesmo ali, na ilharga do seu congênere oferecido pelos países do Primeiro-Mundo? Se é verdade – o que não parece – teríamos todos de dar a mão à palmatória, reconhecendo que o presidente Lula da Silva é mesmo “O cara!”.
A segunda, que parece a mais plausível, e, por isso mesmo a causa maior de desconfiança nos níveis de aprovação do governo, é que a população no geral, e em particular a classe média, perdeu poder aquisitivo a ponto de se desfazer do plano de saúde que lhe permitia buscar internação digna em estabelecimentos da rede privada de saúde.
Enquanto a discussão dormita sob o tapete, prossigamos navegando nesse mar agitado de nossas vicissitudes cotidianas, fingindo que ninguém neste país morre em macas improvisadas nos malcheirosos corredores de hospitais, onde falta de tudo, do médico até o mais simples medicamento.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

SEU LUNGA

Seu Lunga dava uma bela surra no filho e o menino gritava:
- Tá bom, pai! Tá bom, pai! Tá bom, pai!
- Tá bom? Quando tiver ruim, você me avisa, que eu paro.

PARA NUNCA ESQUECER

(Solda, 7/6/89)

vai meu amigo
desta vez
eu não vou contigo

a morte
é um vício
muito antigo
só que nunca
aconteceu
comigo

pode ir
que eu não ligo
eu fico por aqui
separando
o tijolo do trigo

(Transcrito do Blog do Zé Beto)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mulher cristã é condenada à morte no Paquistão

Um tribunal do Paquistão condenou à morte nesta quinta-feira (11) uma mulher cristã, mãe de cinco filhos, acusada de blasfêmia. O veredito provocou a revolta de grupos de defesa dos direitos humanos.

Asia Bibi, de 45 anos, recebeu sua sentença em uma corte de Nankana, na Província central de Punjab.

O Paquistão jamais executou um réu por blasfêmia, mas o juiz ditou a condenação com base em leis locais provenientes da sharia, o código penal muçulmano. (Leia mais)

Tiririca passa em teste no TRE/SP

Transcrito da coluna Claudio Humberto, às 15h31 desta quinta-feira, 11

O deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR), o palhaço Tiririca, conseguiu ler e escrever no teste de alfabetização feito nesta quinta-feira pela Justiça Eleitoral.

Segundo o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Walter de Almeida Guilherme, ele fez um ditado tirado de um livro editado pelo tribunal: "Justiça Eleitoral, uma retrospectiva".

Ele teve que escrever: "A promulgação do Código Eleitoral, em fevereiro de 1932, trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral".

Tiririca ainda foi obrigado a ler uma notícia de jornal e teve de fazer uma interpretação do que leu e escreveu.

Comento

Está, assim, assegurada a vontade popular. Afinal, 1,3 milhão de votos não devem ser jogados fora em qualquer democracia do mundo. Ou não seria democracia.

Caso Panamericano - BC fará varredura em balanços de bancos

Do Valor Econômico
 
O diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Alvir Hoffmann, afirmou que a autoridade monetária encontrou duplicidades de carteiras de crédito nos balanços do Banco PanAmericano e de outros bancos.
 
A instituição controlada pelo grupo Silvio Santos teria vendido carteiras a outros bancos, mas não teria promovido a baixa contábil em seus demonstrativos financeiros.
 
A constatação foi feita pelo BC a partir da análise dos balanços do segundo trimestre de diversas instituições financeiras, realizada há cerca de seis semanas.
 
"Como é possível uma carteira de crédito ser vendida e não ser baixada do balanço de quem vendeu?" questionou Hoffmann em entrevista coletiva.
 
Ele afirmou que o BC não teme efeito dominó no sistema financeiro, mas a diretoria da autoridade monetária está estudando uma forma de fazer uma varredura mais profunda nos balanços dos bancos, justamente para detectar se há repetição desse problema em outras instituições.
 
O BC autorizou a compra de 35% do capital total do PanAmericano pela estatal federal Caixa Econômica Federal (CEF) em meados deste ano e, nesta terça-feira, foi divulgado que o banco controlado pelo Grupo Sílvio Santos tinha um rombo de cerca de R$ 2,5 bilhões.
 
Por isso, o grupo empresarial recorreu ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que emprestou R$ 2,5 bilhões para sanear o banco. Em troca, o fundo recebeu como garantia todas as empresas do grupo SS. inclusive o canal de TV.
 

Para entender o caso do Banco Panamericano

O dia em que Sílvio Santos fez a imprensa de boba
Sílvio Santos não poderá mais repetir o seu famoso bordão: “Quem quer dinheiro?”.
 
Abriu-se na sexta-feira o baú de infelicidades do mais famoso animador de auditório da TV brasileira, dono do SBT, a terceira maior rede do país no ranking de audiência, transmitida por 106 emissoras (15 próprias e 91 afiliadas).
 
O seu banco, o Panamericano, queria dinheiro, muito dinheiro, para cobrir o rombo de 2,5 bilhões de reais no seu balanço fraudado.
 
O banco de SS repassava carteiras de créditos de suas operações para outros bancos, mas não contabilizava essa transferência no balanço, que justificaria hoje o bordão de Santos no programa Tentação: ”Vale dez reais?”
 
No melhor estilo Lula, Sílvio Santos apressou-se a declarar: “Eu não sabia de nada”.
 
A fraude do lucro inflado no banco do apresentador de Topa Tudo por Dinheiro representa 40% dos ativos do Panamericano, que somam R$ 6,5 bilhões, e passou batido por uma das mais respeitadas empresas de auditoria do mercado, a Deloitte.
 
A solução engenhosa para sair da enrascada estava embutida num dos bordões mais conhecidos de SS: “Vem pra cá, vem pra cá”.
 
Foi o que ele disse ao governo Lula, que foi lá para o SBT em apuros, já que tinha interesse no caso — a Caixa Econômica Federal adquiriu no ano passado 49% das ações do banco –, por meio do camarada FGC, o Fundo Garantidor de Crédito, mantido pelos bancos mas sensível a apelos federais. Sobretudo quando o Banco Central recomenda que apóie determinadas operações.
 
O FGC, a quem SS ofereceu 44 empresas de seu grupo como garantia, disse que a recomendação de socorro feita pelo Banco Central tinha por objetivo evitar o “risco sistêmico” que poderia abalar a área financeira do país.
 
Quando o PT de Lula era oposição, essa desculpa do PSDB de FHC era motivo de zombaria para a inclemente confraria petista.
 
O sempre bem informado Guilherme Barros, colunista de economia do portal iG, informou que o BC, ao contrário de Lula e de Silvio Santos, sabia de “inconsistência contábil” no Panamericano há dois meses, ou seja, desde setembro.
 
Foi examente em setembro, uma quarta-feira, 22, dez dias antes do primeiro turno da eleição presidencial, que Sílvio Santos visitou Lula inesperadamente no Palácio do Planalto, causando o alvoroço previsível.
Naquele dia, o sorridente SS avisou que estava ali apenas para convidar o presidente para a abertura do Teleton, um programa que arrecada recursos para crianças e adolescentes com necessidades especiais.
 
No embalo, ainda arrancou uma doação de R$ 12 mil de Lula.
 
Silvio atropelou a agenda presidencial, tirando do caminho uma reunião prevista para aquele horário justamente com Henrique Meirelles, o presidente camarada do BC que dois meses depois seria fiador do SOS para SS.
 
O que espanta, neste processo, é a inconsistência sistêmica da imprensa brasileira, que cobriu burocraticamente a surpreendente visita de SS ao Planalto: “Não venho aqui desde o governo Itamar Franco”, avisou ele, ou seja, fazia já 18 anos.
 
E os repórteres e editores engoliram, em seco, a explicação boboca sobre o Teleton. Se não fosse tão preguiçoso, habituado ao declaratório e ao oficialiesco, um jornalismo esperto poderia ter percebido ali as fagulhas do rolo do Panamericano que enfiou o FGC, o governo e Sílvio Santos no mesmo baú de desinformação e incertezas.
 
O desprezo de SS pela notícia já faz parte do folcore nacional. Na noite de 17 de julho de 2007, as maiores redes de TV do país interromperam a cobertura dos Jogos Panamericanos do Rio para mostrar as primeiras imagens fumegantes do Airbus da TAM que explodiu no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O SBT foi o último a informar sobre a tragédia.
 
Nem Bin Laden conseguiu desfazer o sorriso de plástico de SS. No 11 de setembro de 2001, o dia do maior ataque terrorista da história, que as TVs do mundo inteiro cobriram ao vivo para o mundo estarrecido, o SBT continuou, impávido, a transmitir sua programação normal, quebrada apenas por breves flashes de plantão nos horários comerciais.
 
Naquele dia, o SBT atingiu um dos menores índices de audiência de sua história. Prova de que o povo, apesar de Sílvio Santos e alguns de nossos jornalistas, não é bobo.

Olha eu aqui!

Esperado com carinho havia nove meses, Rafael desembarcou neste mundão ontem (7h40 do dia 10 de novembro de 2010), para a alegria de todos - papais, vovôs, titios e, ainda que disfarçadamente, do priminho Francisco.

Nossos sinceros agradecimentos ao Senhor Jesus, em primeiro lugar, pelo alento que concedeu aos nossos corações diante da afirmação de que se tratava de gravidez de alto risco.

Agradecemos também aos irmãos que nos ajudaram em oração, e por fim, à doutora Sônia Coelho e sua equipe, do Hospital Unimed, pelas mãos de quem Rafael veio à luz, pela competência que, com certeza, foi-lhes dada por Deus.

Que o Senhor te abençoe e te guarde, Rafael. O Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante o Seu rosto, e te dê a paz. Amém (Números 6.24-26).

 Ainda nem abriu os olhos, mas já impõe respeito no pedaço: Tomem cuidado comigo!
Os papais corujas Karen Cristina e Eduardo. Foi sublime ver o marmajão de mais de 1,80m derramando lágrimas de embevecimento, ao contemplar pela primeira vez o rosto do filho.
Marinheira de segunda viagem, a vovó Eliana não se continha nos afagos ao Rafael. Só o Francisco, por despeito, claro, achou-o "um pouco feinho, né?" Sem razão. Pensa que está perdendo terreno. Bobagem!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Inep inapto

Mais uma vez, o tal do Enem dá um tapa com luva de pelica nas autoridades da área educativa federal.

Mais uma vez, o concurso mostrou que o Ministério da Educação é incompetente para aplicar uma provinha boba.

Acho que tem de tirar do Inep a competência para aplicação do bendito concurso. O Inep prova que é inapto.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Epidemia de malária mata pelo menos 17 indígenas yanomami na Venezuela


No Brasil, a Terra Indígena Yanomami se divide entre os estados de Amazonas e Roraima. (Foto: Editoria de Arte G1)

Do Globo Amazônia, com agências internacionais

Ao menos 17 indígenas yanomami da Venezuela morreram em uma epidemia de malária nos últimos três meses. A informação foi passada à agência de notícias Associated Press (AP) pelo diretor regional de saúde no estado venezuelano do Amazonas, Miguel Hernandez.

Segundo o funcionário, um time de especialistas visitou três áreas remotas na reserva Yanomami na Venezuela, confirmando as mortes em entrevistas com indígenas em aldeias. A estimativa é menor do que a apresentada na semana passada por funcionários de saúde indígena que também estiveram nas aldeias e conversaram com lideranças. De acordo com eles, cerca de 50 índios morreram.

Em entrevista à AP, Hernandez disse que uma nova análise confirmou o menor número de mortes e que o governo medicou mais de 150 pessoas contra a malária em três aldeias.

Segundo ele, os médicos confirmaram a doença em 60 indígenas entre 91 pacientes que eram tratados por diarreia ou problemas respiratórios. O acompanhamento será feito em outras visitas neste mês.
Os povos yanomami vivem entre a Venezuela e o Brasil, onde habitam áreas do Amazonas e de Roraima, e têm organismo fraco contra doenças que não são comuns entre indígenas, como a gripe. As doenças podem ser transmitidas por invasores das reservas, geralmente garimpeiros e madeireiros.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Flamarion vai à lona

E a luta de Flamarion Portela (PTC) para se segurar no cargo de deputado estadual continua.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou ontem, quarta-feira (3), o registro de sua candidatura.

Não se respeitou nem mesmo a vontade popular, que lhe concedeu 2.295 votos na última eleição, em 3 de outubro.

O plenário do TSE manteve a decisão do ministro relator do caso, Marcelo Ribeiro.

A luta, no entanto,ainda não chegou ao fim. Flamarion pode jogar suas fichas junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Dupla penalização

Flamarion Portela foi vice no segundo mandato de Neudo Campos . Assumiu o governo em maio de 2002 e conseguiu se reeleger naquele mesmo ano.

Perdeu o governo em dezembro de 2004 para o governador Ottomar Pinto, num processo de  compra de votos e uso da máquina pública nas eleições de 2002.

Essa mesma cassação agora lhe tira o direito de assumir a cadeira de deputado na Assembléia Legislativa, em 2011.

Desfecho que, sob o meu olhar vesgo -- de quem não entende coisa nenhuma do fumus boni juris --, parece penalizar o suplicante duas vezes pelo mesmo pecado.

Homem de peito

Marido da senadora eleita Angela Portela (PT), Flamarion entrou para a história como o governador que deu início à institucionalização do Poder Executivo.

Teve peito para fazer concurso público para preenchimento de cargos nos diversos setores da administração.

Até o seu governo, a praxe no estado era a da mendicância de cargos comissionados. As pessoas disputavam o emprego na base do QI -- Quem Indica.

Concursado, o servidor tem todas as garantias para dar curso à vida sem grandes sobressaltos.