sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A amizade e o amor

João Bosco Leal*

Em um determinado dia, recebi de meu filho um Whatsapp que dizia: Pai veja essa mensagem: 
Um jovem recém-casado estava sentado num sofá, num dia quente e úmido, bebericando chá gelado, durante uma visita ao seu pai. Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho. 

- Nunca se esqueça de seus amigos! - aconselhou. Serão mais importantes à medida que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos. 

Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles... 
Que estranho conselho! (Pensou o jovem). Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza, minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo de que necessito para dar sentido à minha vida! 

Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos. À medida que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. À medida que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e seus mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida. 

Só passados cerca de 50 anos, ele realmente entendia o que o pai queria dizer: 

O Tempo passa. A vida acontece. A distância separa. As crianças crescem. Os empregos vão e vêm. O amor fica mais frouxo. As pessoas não fazem o que deveriam fazer. O coração se rompe. Os pais morrem. Os colegas esquecem os favores. As carreiras terminam. Os filhos seguem a sua vida como você tão bem ensinou. 

Mas os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros existam entre vocês. Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, e abençoando sua vida! 

E quando a velhice chega, não existe papo mais gostoso do que o dos velhos amigos... As histórias e recordações dos tempos vividos juntos, das viagens, das férias, das noitadas, das paqueras... Ah! tempo bom que não volta mais... Não volta, mas pode ser lembrado numa boa conversa debaixo da sombra de uma árvore, deitado na rede de uma varanda confortável ou à mesa de um restaurante, regada a um bom vinho, não com um desconhecido, mas com os velhos amigos. 

Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante, nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros!  

Meu filho termina então a mensagem dizendo: Lembrei-me do senhor, que além de pai, é um grande amigo! Respondi: Obrigado meu filho. Eu também te adoro, como filho e como amigo. Deus te abençoe sempre. E ele: Amém! Bjs! 

Todos sabem o quanto é rara a existência de uma amizade verdadeira e penso que o amor é como uma delas, dessas que durante a vida só conseguimos construir muito poucas, raríssimas vezes. 

O amor surge de uma paixão irresistível, cresce, e só se torna maduro, verdadeiro, após a existência e consolidação da amizade, cumplicidade e companheirismo entre os dois.
*Jornalista, escritor e empresário

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

“NA AMAZÔNIA SÓ NÃO TEM BAIANO”, DIZ EX-LÍDER DOS GARIMPEIROS DA REGIÃO


José Altino Machado, 66, ganhou fama internacional ao liderar, nos anos 80, a legião de 40 mil garimpeiros que invadiu as terras dos índios ianomami em Roraima. Também já foi acusado de usar propriedades e aviões particulares, bens acumulados na mineração, para ajudar fazendeiros e madeireiros a invadirem a Terra do Meio, no Pará.
O ex-presidente da União dos Garimpeiros da Amazônia, tantas vezes acusado de genocídio contra os ianomami, vive em Governador Valadares (MG), onde nasceu, e se dedica a criar gado tabapoã e a produzir milho. Mas o fazendeiro não deixa de acompanhar e de dar pitaco sobre o que se passa na Amazônia, como ontem, quando o Supremo Tribunal Federal começou a julgar a ação contra a demarcação da Raposa Serra do Sol, que colocou em pé de guerra índios e agricultores de Roraima.
O julgamento no STF significa a vitória da falta de cultura e da falta de verdade histórica. Antes de mexer em qualquer questão indígena, a sociedade brasileira deveria decidir o que os índios serão para o Brasil. Eles formarão uma nação, eles serão nacionais? Eles terão deveres ou não pertencerão ao país? Essas questões precisam ser solucionadas antes – disse Altino Machado em entrevista ao Blog da Amazônia.
Como líder dos garimperios, Machado era tão ou mais radical que Paulo César Quartiero, o líder dos arrozeiros de Roraima. Mas o que é a Amazônia para esse mineiro que começou a aventura em busca de ouro quando tinha apenas 25 anos de idade e que se tornou num dos personagens mais controversos da história recente da ocupação da região?
Na Amazônia só não tem baiano, que é uma outra raça brasileira. A Amazônia é uma região de pessoas para lá de excepcionais. Ela suga de todas as regiões as pessoas mais rebeldes do sistema social brasileiro, que não aceitam a mendicância, o comando ditatorial de governos. Para a Amazônia se vai pela alma para enfrentar outra fronteira de vida. Na Amazônia, a gente é avaliado pelo que a gente é e não pelo que a gente tem. Essa é a grande diferença da Amazônia em relação ao resto do mundo. Lá só tem quem trabalha, lá só tem quem sabe, quem faz. É por isso que a Amazônia não acomoda baiano.

Leia a entrevista com o xará do blogueiro:

Como o senhor acompanhou o voto do relator, no STF, em manter a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol e pela retirada dos arrozeiros?

O julgamento no STF significa a vitoria da falta de cultura e da falta de verdade histórica. Antes de mexer em qualquer questão indígena, a sociedade brasileira deveria decidir o que os índios serão para o Brasil. Eles formarão uma nação, eles serão nacionais? Eles terão deveres ou não pertencerão ao país? Essas questões precisam ser solucionadas antes. Quanto ao voto do relator, tem gente que não nasceu para estar no Supremo Tribunal Federal. É a impressão que aquele ministro passa com um voto político.

Mas os direitos indígenas não estão expressos na Constituição?

Não. Nem as terras são deles. Elas pertencem à União. As comunidades indígenas e seus defensores que me desculpem, mas os índios são uma reles utopia. Eles pregam que devem permanecer com uma cultura, como estão, porém quando um comeu uma branca civilizada, do nosso meio, na forma cultural como os caiapó fazem sexo, foi condenado à cadeia como estuprador. Fizeram isso só para que todo mundo veja que se pode condenar, pois ninguém foi buscá-lo para cumprir a pena. Dos índios ou para eles, tudo o que temos elaborado é em relação ao que eles tem direito. Jamais o que eles significam e são em relação à União nacional. Nunca procuramos dar-lhes autonomia total e definida ou então, por outro lado, providenciamos carteira de identidade para todos. Aí ficaria bem mais fácil terem seus direitos assegurados, sem esbulho. O pior de tudo é que, aculturados, ficarão sem ter o que fazer ou angariar subsistência com isso.

Como o senhor viu o ex-ministro Francisco Rezek, advogado dos arrozeiros, criticando duramente os garimpeiros que ocuparam Roraima nos 80 e 90?

Rezek é o exemplo clássico do academicismo que existe no Brasil, cuja maioria tem medo do povo. E o que estava lá em Roraima, naqueles anos, era o povo. Ele tem todas as razões do mundo para não se dar bem com a gente. Ele não estava preparado para ser chanceler, como não estava preparado para ser ministro do Supremo Tribunal Federal, quando deu uma vitória a Fernando Collor contra o apresentador Sílvio Santos. Ali ele recebeu como prêmio o posto de chanceler do Brasil. Mas não fez nada quando um avião civil foi derrubado pela Colômbia e seus ocupantes, garimpeiros brasileiros, foram assassinados.

A situação em Roraima pode ter impacto em outras regiões da Amazônia?

Lá é mais grave. Ali está acontecendo o começo da africanização do Brasil. Estão misturando duas etnias antagônicas, que não se toleram. A lei pode reconhecer direito original, mas não pode conceder direito original. Em que pese os direitos originais defendidos pelo jurista Dalmo Dalari, os macuxi não têm direitos originais porque nem são índios brasileiros. Eles migraram da costa do Caribe quando foram perseguidos pela colonização espanhola. Os macuxi foram responsáveis pelo maior genocídio de índios contra índios no Brasil. Quase dizimaram os wapixana. E a questão continua: metade quer a divisão da Raposa Serra do Sol e outra metade não quer. Essa rivalidade vai permanecer. Eles, entre si, têm mais rivalidade do que para com o branco. O que ninguém mostra na imprensa é que a Consolata, missão religiosa católica, possui 35 mil reses. Eles nunca esconderam isso, mas ninguém publica. O que está acontecendo já é uma disputa econômica. Da mesma forma que os índios querem mogno mais abaixo, na Amazônia, lá em Roraima querem minas de diamantes. As áreas deles agora têm que ir até onde tem garimpo, onde tem pasto mais verde e diamante.

Eles não têm direito de explorar esses recursos?

Acho que têm, sim. Por isso é que eu acho que, antes de qualquer coisa, é preciso definir o que os índios são para evitar que sejam tomados bens de outros. Para evitar que sejam atropelados os direitos dos outros, precisamos definir quem eles são. Após isso, se define o que deve ser devolvido, o que se entrega a eles, o que os transforma em responsáveis.

E o projeto para exploração mineral em áreas indígenas?

Esse projeto que tramita no Congresso Nacional é uma bobagem, falácia. Ninguém fará contrato com quem não tem obrigação nenhuma em cumpri-lo. Índio é inimputável. É o único povo da terra que carrega o seu direito em trânsito. Para onde eles se movimentam, para onde ele vão, a área se torna deles. Precisamos de leis que digam onde o branco não pode estar nas áreas deles, onde nós não podemos adentrar. Do contrário, nenhuma lei ou autoridade pode obrigá-los a ficar dentro de suas áreas. Foi o caso dos ianomami, que são apenas 7 mil e nunca ocuparam uma área daquele tamanho. Aquilo não existe. Com a chegada do garimpo, a área implodiu porque os índios acorreram, por uma questão de subsistência, para os postos onde estavam os garimpeiros. Isso fazia com se espalhassem de forma mais extensa na área. Então onde não existia índio passou a existir e a área foi sendo ampliada. Boa parte dos macuxi foi trazida das Guianas para o Brasil pela Consolata nos anos 70. Quando a Polícia Federal enyrou no caso foi dito em defesa deles que índio não tem pátria. Então a gente fica sem saber o tamanho dessa coisa.

Como o senhor avalia a política ambiental sob o comando do ministro Carlos Minc?

Eu acho a Marina Silva um doce de pessoa. Quanto ao Carlos Minc, conheci esse rapaz no Rio de Janeiro há muitos anos. Ele tem um currículo bom e imaginava que fosse corresponder ao histórico de resistência contra a ditadura etc. Mas vejo que a magia da cadeira do poder mexeu com a cabeça dele. Esperava-se que ele apresentasse um projeto de como as coisas devem funcionar e não de paralisação. Ele já chegou falando em guarda ambiental, isto é, ele copiou Fernando Collor: um orgasmo a cada continência de um general de quatro estrelas. Mas não pensem eles que a Amazônia vai ficar aí para espaço verde ou par ser invadida amanhã por quem quer que seja. Custa muito dinheiro fazer uma ação militar.

O que é a Amazônia?

Na Amazônia só não tem baiano, que é uma outra raça brasileira. A Amazônia é uma região de pessoas para lá de excepcionais. Ela suga de todas as regiões as pessoas mais rebeldes do sistema social brasileiro, que não aceitam a mendicância, o comando ditatorial de governos. Para a Amazônia se vai pela alma para enfrentar outra fronteira de vida. Na Amazônia, a gente é avaliado pelo que a gente é e não pelo que a gente tem. Essa é a grande diferença da Amazônia em relação ao resto do mundo. Lá só tem quem trabalha, lá só tem quem sabe, quem faz. É por isso que a Amazônia não acomoda baiano. E não tendo sesta, não tem como baiano ficar. Baiano gosta de dormir e acordar tarde. O único baiano na Amazônia que não deu para nada e virou senador foi meu amigo Ademir Andrade. Mas o grande problema mesmo é saber quem são os índios. Quem são os índios e como vamos tratá-los? Quais os direitos que vamos dar a eles? Qual a possibilidade de entendimento que vamos ter com eles? Eu conheço uma sociedade indígena infinitamente melhor do que a maioria das pessoas que fazem as leis dela.

Publicado em 27 de setembro de 2008 em: https://wiltreze.wordpress.com/author/wiltreze/page/91/

sábado, 28 de novembro de 2015

Oremos por nossos governantes

O País está emborcando. É lama pra todo lado. Lama das barragens de Mariana engolindo cidades e destruindo rios, matando peixes e exterminando praias importantes do mar do Espírito Santo.

É lama subindo no Congresso e rumando com uma velocidade um tanto célere para os gabinetes mais importantes da República, no Palácio do Planalto.

Mas tudo isso não é nada diante da grandiosidade de Deus. A Bíblia diz que nós devemos orar pelos nossos governantes.

E que não há autoridade que não tenha sido imposta por Deus. Até a presidente Dilma foi posta por Deus para governar a nação brasileira.

Diante disso, não há o que espraguejar, muito menos desejar mal a ela. Isso, porque o Senhor sabe a razão que O levou a colocá-la no pedestal do País. Ir contra ela é ir contra Deus.

E todos que se levantaram contra Deus, caíram. E como foi grande a sua queda.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

DIVÓRCIO


Por Arnaldo Jabor

Meus amigos separados não cansam de perguntar como consegui ficar casado 30 anos com a mesma mulher. As mulheres sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo. Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue:

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém aguenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que casei três vezes com a mesma mulher.

Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes que eu. O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.

O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal.

De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido. Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?

Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?

Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?

Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares novos e desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo, a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.

Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.

Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.

Mas se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal “estabilidade do casamento” nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos.

A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma “relação estável”, mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, porque não fazer na própria família?

É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo interessante par. Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário se casar de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

Como vê, NÃO EXISTE MÁGICA – EXISTE COMPROMISSO, COMPROMETIMENTO E TRABALHO – é isso que salva casamentos e famílias.”

segunda-feira, 13 de julho de 2015



LEMBRANÇAS MEMORÁVEIS QUE O TEMPO ETERNIZA

Por Francisco de Assis Campos Saraiva (*)
                         
Ao despertar na data de hoje, me vi voando sobre as asas infinitas do tempo e ali me encontrei com aquele jovem adolescente de 17 anos de idade que, vindo de Alto Longá – Piauí iniciava sua vida profissional na linda metrópole de Fortaleza, terra de José de Alencar e outros mestres da cultura. Era início de Junho de 1955 e lá estou eu prestando serviços na terceira filial das Casas Novas de Gutemberg Teles e Companhia à Rua Floriano Peixoto, região centralda linda cidade. Às 10h00, aproximadamente, fomos rápido para frente do comércio para ver passar a comitiva do Marechal Juarez Távora, que era candidato a Presidência da República naquele ano eleitoral. Em dado momento, no meio da folia, me deparei com Pedro Santos (Pedrinho), meu então colega de estudo no Ginásio Desembargador Antônio Costa, de Melo Magalhães e Domício Magalhães, no início da década de cinquenta, em Teresina – Piauí. E o encontro foi de forteemoção entre nós. E perguntei-lhe o que estava fazendo em Fortaleza? Disse-me que tinha vindo atender o anúncio do Exército, que estava recrutando jovens voluntários de até 17 anos e seis meses de idade para compor o efetivo inicial do 4º Batalhão Ferroviário, que havia sido criado recentemente, com sede em Crateús – Ceará. O Pedrinho, como era chamado carinhosamente pelos amigos, tinha a minha idade e ali mesmo combinamos para nos encontrar na sede do Quartel General da Décima Região Militar, onde o recrutamento estava sendo realizado. Naquele ínterim, o colega de trabalho Ermeudo Monteiro, também da mesma idade, ficou animado e juntos nos apresentamos naquele Quartel General, onde fomos submetidos aos exames médicos, físicos e complementares, exames que aconteceram naquela manhã de Segunda Feira como havíamos combinado. E apesar de tenso como estávamos, fomos recrutados para incorporação, com data marcada para o dia 7 de julho de 1955, uma quinta feira.
                        Eu e o Ermeudo Monteiro voltamos alegres para o trabalho e cientificamos ao Senhor Ondil, gerente da Empresa Comercial, de que havíamos sido convocados para servir ao Exército e na data previamente estabelecida, estávamos nos apresentando na Hospedaria Getúlio Vargas, no Bairro de São Gerardo, onde seria o nosso Quartel provisório até que as instalações definitivas do mesmo fossem concluídas em Crateús, onde nos juntaríamos aos demais companheiros que ali se encontravam. Nova vida e no interior do Acantonamento Provisório daquela Hospedaria, permanecemos por trinta dias ininterruptos, chamado período de adaptação, com tempo marcado para todas as atividades que aconteciam no dia-a-dia, sob a égide da disciplina e da hierarquia. Novos chefes e instrutores e bons companheiros que, juntos, comungavam de todas as tarefas que nos eram pertinentes. O Comandante da Companhia (Companhia de Comando e Serviços) era o Capitão João Ferreira de Almeida, um exímio atirador e muito bem se relacionava com a tropa que sabiamente comandava. O Comandante do Destacamento era o Capitão Márcio Martins Antunes, de temperamento mais rígido com a tropa. Cito alguns dos Oficiais Subalternos da Companhia: Ten João Alberto Lopes, Noé Rebello de Araújo Neto, José Hidemburgo de Castro Nogueira, Francisco Sobreira de Alencar e outros. Sargentos Instrutores: João Batista Ortiz, João Batista Alves, Carlos Praciano de Souza, Antônio Silva, Edson Sá, Nobin Kamada e outros. Era um período de sacrifício como soldado recruta, mas de muitos sonhos e projetos que se desenhavam em nossa mente, como ocorre a todo jovem adolescente que despontapara a vida.
                        Toda segunda feira de cada semana, o Cap. João de Almeida, na formatura matinal, procurava ouvir as reclamações e reivindicação de todos nós recrutaque estavam se adaptando a uma nova vida longe da família e com dificuldades peculiares pertinentes a cada um. Havia reclamações diversas e até os que se queixavam das refeições, das possíveis falhas às vezes encontradas. Lembro-me bem de fatos bisonhos, de reclamações que terminavam em risos com a tropa. O recruta José da Silva, apelidado e Feira Livre, natural de Calcaia, disse para o Comandante da Companhia “que o café da manhã lhe ofendia quando o pão era pouco”. Era um cara engraçado, que procurava se divertir com os companheiros da maneira mais simples, alegre e humilde possível. No intervalo da noite, antes do toque de silêncio, ficávamos ouvindo as músicas de Luís Gonzaga através dos alto-falantes dos bairros circunvizinhos, que era em moda daquele período. Os companheiros Francisco Valdenor Barbosa e Francisco Laércio de Vasconcelos Fontenele, ambos cearenses e de saudosa memória, era com quem mais me identificava e com os quais trocava ideias verdejantesnaqueles intervalos de noitesmemoráveis para nós. Decorrido o Período de Adaptação, tivemos a primeira folga do final de semana, exceto para os que se encontravam escalados para a Guarda do Acantonamento. E saímos orgulhosos envergando aquela farda verde-oliva, como lídimos defensores de nossa Pátria Querida. Cheguei ao Hotel Macapá, no centro de Fortaleza, onde eu era hospedado e ali me apresentei a D. Olímpia, proprietária do Hotel, que me tinha como filho e eu a tinha como Mãe, pelo carinho e amizade com que nos tratávamos reciprocamente. E ficou deveras orgulhosa quando me viu envergando aquela farda de cor verde-oliva com desvanecimento e altivez. A minha verdadeira Mãe, a D. Marica Saraiva, que orava por mim diariamente em Alto Longá e que acompanhava todos os passos de minha existência, ficou feliz com minha condição de soldado do Exército Brasileiro, onde começava uma nova vida para mim, base sólida de minha trajetória profissional militar nos trinta anos que passei no seio da caserna. Os amigos da Firma onde trabalhava antes de incorporarao Exército, ficaram também alegres: O querido amigo-irmão Otávio Sousa, Piauiense de Piripiri, Leôncio, Luciano, Pires,Edmilson, Campelo e os demais, que me deram o incentivo de que necessitava.
                        No dia 7 de Janeiro de 1956, sábado, nós, integrantes da Companhia de Comando e Serviços do 4º Batalhão Ferroviário, com sede em Crateús-Ceará, embarcamos de trem para aquela cidade, onde as instalações já haviam sido concluídas em suas edificações. A cidade nos esperava com muita festa e animação e podemos afirmar que foi a maior solenidade que Crateús vivenciou em sua existência até aquela época, com muita música e fogos de artifícios, que foram jubilosamente lançados em nossa chegada. Foi uma movimentação carinhosa de grande porte que aconteceu naquela humilde cidade, de gente amiga, que nos aplaudiu com imensa alegria e a grande festa com que nos homenageou. O Primeiro Comandante do Batalhão era o Coronel José Liberato Souto Maior e o Subcomandante o Ten Cel. Clovis Alexandrino Nogueira. Na segunda feira o Batalhão nos prestou grande homenagem. Era a Companhia de Comando e Serviços que se incorporava ao efetivo da Unidade Militar, o 4º Batalhão Ferroviário.Em minha primeira visita à cidade, fiz amizade com a Senhora D. Maroca, por intermédio do companheiro de incorporação Davino Rodrigues de Souza, filho da terra que nos acolhia. Nos finais de semana, quando de folga, ficava na residência de D. Maroca, eu e mais quatro companheiros da corporação. Dava-nos a alimentação e lavava as nossas roupas. No final domês efetuávamos o pagamento correspondente. Que pessoa maravilhosa a D. Maroca, que fazia o papel de Mãe cuidadosa e zelosa com todos nós. Crateús, a terra do Médico Dr. José Olavo, de saudosa memória, que inestimável serviço prestou àquela comunidade a que tanto se devotava de coração. Crateús, à época, era uma cidade pacata, hospitaleira, que tinhacomo entretenimento, nos finais de semana, aquela dança animada no Centro Esportivo, que rolava vibrantemente no coração da cidade, movimentando a todos que ali se encontravam. Ou então um banho gostoso no açude púbico da Cidade, que movimentava muita gente em cada domingo que transcorria.  Posteriormente foi criado o Crateús Clube. Estudei na Escola de Comércio Padre Juvêncio e trenei os alunos da minha turma na Escola para as festividades de 7 de Setembro que se aproximavam.
                        Havia sido promovido a graduação de cabo, quando deixei Crateús, transferido para os Órgãos de Comando do 1º Grupamento de Engenharia, em João Pessoa, para ser promovido a 3º Sargento. Deixei a cidade com muita saudade e na noite de quatro de Setembro de 1956, não dormi e fiquei no apartamentocom os amigos em confraternização de despedida e na madrugada, que já era dia 5, foram me deixar na Estação Ferroviária, onde assistiram o meu embarque de trem para Fortaleza. Viajei no mesmo dia, cedo da noite, para João Pessoa, no ônibus Expresso de Luxo, que passava em Capina Grande com destino a Recife. Naquela cidade, peguei outro ônibus para João Pessoa, chegando ao cair da tarde do dia 6 naquela cidade. Fiquei no bairro de Cruz das Armas, numa Pensão onde se hospedava companheiros do 15º Regimento de Infantaria. No dia 7 fui ao centro dacidade, onde assisti o desfile em comemoração a grande data. Apresentei-me no 1º Grupamento de Engenharia na manhã do dia 10, segunda feira, pronto para o serviço. Na capital das Acácias começava uma nova vida para mim. Tinha 19 anos de idade e minha ascensão profissional começava a se iluminar paulatinamente. Na Capital Paraibana passei 14 anos de minha preciosa existência, onde casei, me formei e consegui realizar belos sonhos de minha existência. Casei em 1966 e em 1968 terminei a Faculdade na Universidade Federal da Paraíba. Em Janeiro de 1970 fui para o Rio de Janeiro Cursar a Escola de Saúde do Exército. Na época eu era 2º Sargento e já entrei na Escola como 1º Tenente Aluno. No final do ano conclui o Curso em 1º lugar e recebi a Medalha Marechal Hermes – Aplicação e Estudos. Fui o orador da turma, onde, no jantar de confraternização da Praia Vermelha, no Restaurante Roda Viva, fiz uma saudação de despedida eloquente, fazendo verter lágrimas nos olhos de alguns familiarese companheiros presentes.
                        Nesta data de sete de Julho de 2015, terça feira, completa 60 anos que, orgulhosamente, ingressei nas fileiras do Exército. Um marco histórico de saudade e de muitas recordações para mim. Uma lição de vida, que espero um dia contar melhor,numa oportunidade mais razoável de escrever um livro sobre os anais de minha existência. Sei que muitos companheiros daquela época já estão na eternidade, para quem reverenciamos uma homenagem in memoriam, com o preito da saudade que ficará para sempre em nossos corações. Tenho notícias de poucosque ainda estão em nosso meio: José Newton Fernandes, bem sucedido, que mora com a família em São Paulo, Capital, para quem enviamos o nosso fraternal abraço, meu e de minha família, incluindo os 10 netos que nos dão muita alegria e felicidade. Renato Saraiva de Mesquita Melo, que mora também em São Paulo com a família,para quem enviamos a nossa confraternização de amizade e apreço. Francisco Cândido Sobrinho, que mora com a família em Fortaleza, com quem também nos confraternizamos com júbilo e amizade. Francisco Almeida, que mora no interior de Ubajara – Ceará, com a família, para quem enviamos o nosso carinho e apreço. Divulgo no seio desta nobre família do Facebook, rogando aos companheiros dessa turma legendária que ainda estão em nosso convívio ou de familiares que possam nos dar notícias dos mesmos, que se comuniquem comigo: E-mail: ldalmada@hotmail.comou pelos telefones: 031-95 - 3623-O472e 3623-0485.  Dependendo do resultado obtido, poderemos até marcar uma data de reencontro da boa turma no local e data previamente escolhidos. Uma leve advertência para no E-mail: ldalmada (é l de lei e não I de ideal).
                        Concluo minha exaltação de amor a cada irmão, rogando humildemente que seja bondoso e fraternal com o nosso semelhante. Não busque perfeição em ninguém porque ela inexiste. Perdoeas ofensas, porque esta virtude é de pleno agrado do  Pai Eterno. Se você não tem a capacidade de perdoar, Deus também não lhe perdoará tampouco e sua vida ficará atribulada nos horizontes da convivência humana que prossegue. Exerça a virtude da gratidão, que é a mais nobre e porta aberta para as demais virtudes. Você crescerá com a prática salutar da humildade. Mostre humildemente suas origens de natureza simples e não tenha vergonha de externar de onde você veio. Foi à base salutar de seu desenvolvimento e progresso, sob o amparo e a proteção de Deus em todas as suas atividades, porque você procurou sempre fazer a vontade do nosso Soberano Senhor e Criador de todas as coisas. Não tenha vergonha de sua idade. Os grandes Profetas de Deus viveram em longevidade e gozaram de saúde plena em sua velhice. Tenha paciência na aflição e suporte com perseverança, porque isso é do agrado de nosso Pai Celestial. “Como é feliz o homem a quem Deus corrige; portanto, não desprezea disciplina do Todo-poderoso. Pois ele fere, mas trata do ferido; ele machuca, mas suas mãos também curam”. (Jó 5.17-18).

Boa Vista - Roraima, 7 de Julho de 2015.

(*) Oficial R1 do Exército e Empresário,Titular e Diretor Técnico do Lab. Lobo D’Almada, Membro da ALB e da ALLCHE. E-mail: ldalmada@hotmail.com

quinta-feira, 2 de abril de 2015

VERGONHA: Governo Dilma dá calote na OEA para transferir para a Unasur, dos bolivarianos…

Por Leonardo Courinho, na VEJA.com:

No governo petista, a diplomacia brasileira perdeu a sua relevância na defesa dos interesses nacionais e se transformou em uma peça de defesa da ideologia do partido que está no poder. Ano após ano, o Brasil foi ampliando o seu alinhamento com o chamado “bolivarianismo”, o populismo de esquerda inaugurado pelo falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e imitado em maior ou menor grau na Argentina, na Bolívia, no Equador e na Nicarágua. Esse alinhamento exige o gradual afastamento dos Estados Unidos, país que no discurso bolivariano é apontado como a causa de todos os males da região.
No ano passado, o Brasil deu um passo drástico no esfriamento das relações com os Estados Unidos, ao se recusar a pagar a sua contribuição obrigatória à Organização dos Estados Americanos (OEA), entidade que reúne as nações das Américas do Sul, Central e do Norte. Dos 8,1 milhões de dólares esperados, o Brasil depositou apenas 1 dólar, conforme revelou o jornal Folha de S.Paulo em janeiro passado. Para este ano, são previstas contribuições de 10 milhões de dólares, mas até o momento o Brasil não realizou nenhum repasse para organização.
Acreditava-se que o calote era resultado de um contingenciamento do orçamento do Itamaraty. No entanto, a reportagem de VEJA fez uma análise das transferências internacionais realizadas nos últimos anos e descobriu um curiosa coincidência: no ano passado, o Brasil transferiu para União das Nações Latino Americanas (Unasul) 16,24 milhões de reais – o equivalente a mais de 6 milhões de dólares, considerando a cotação nas datas dos pagamentos. O repasse para a Unasul foi mais que o dobro do previsto no Orçamento da União aprovado pelo Congresso: 7,2 milhões de reais. Em 2013, a contribuição brasileira para a Unasul, entidade multilateral criada por Hugo Chávez, foi de apenas 344.000 reais. O calote na OEA, portanto, é intencional. Não faltou dinheiro. Simplesmente, a diplomacia petista optou por privilegiar a Unasul e negligenciar a OEA.
Esse processo começou em 2011, quando a Unasul foi criada com o intuito de excluir os Estados Unidos, o Canadá e o México das discussões regionais. Em abril daquele ano, a presidente Dilma Rousseff determinou que Ruy Casaes, embaixador brasileiro na OEA, fosse chamado de volta a Brasília em protesto contra a manifestação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pedindo asuspensão das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Desde então, o Brasil tem apenas um representante interino na organização, Breno Dias Costa. Para o ex-embaixador do Panamá na OEA, Guillermo Cochez, a entidade é vítima de um processo de esvaziamento liderado pela Venezuela e do qual o Brasil faz parte. “É triste ver uma potência regional como o Brasil deixar-se guiar por uma política externa contrária aos valores democráticos”, diz Cochez.
No ano passado, quando a então deputada Maria Corina Machado tentou levar para o âmbito da OEA o debate sobre a violência contra manifestantes que invadiram as ruas da Venezuela contra o regime chavista, o representante brasileiro se uniu ao coro dos chavistas para desqualificar o depoimento da venezuelana e para impedir que ele acontecesse em reunião aberta. Breno Dias da Costa disse, na ocasião: “O objetivo desta reunião não é transformá-la em um circo para o público externo, como alguns representantes mostraram que querem fazer.” O episódio demonstrou que o governo brasileiro não apenas não aceita ser criticado em questões de direitos humanos, como toma as dores quando o mesmo acontece com a Venezuela.
Para governos que não gostam de críticas, a Unasul é o clube perfeito. Toda vez que é chamada para “mediar” a crise política na Venezuela, a organização dedica-se basicamente a endossar as acusações feitas pelo presidente Nicolás Maduro à oposição e silencia sobre o fato de que há presos políticos no país.

Por Danilo Fariello, no Globo:

A Queiroz Galvão demitiu nesta quarta-feira cerca de 70 funcionários e colocou em aviso prévio mais de mil trabalhadores do Complexo Esportivo de Deodoro, que sediará 11 modalidades da Olimpíada no próximo ano. A obra teve início em 2014 e será convertida em um parque depois dos Jogos. Do total de trabalhadores avisados sobre o risco de demissão hoje, cerca de 500 têm de cumprir os 30 dias de aviso prévio previstos em lei e outros 500 foram comunicados informalmente, uma vez que estão em período de experiência e podem ser desligados mais rapidamente. Estes foram avisados nesta quarta-feira de que podem ser afastados já na próxima semana, se não houver perspectiva de pagamento.
Responsável pela obra, a construtora vem sofrendo com atrasos em pagamentos devidos pela Prefeitura do Rio, que repassa recursos federais para o empreendimento. Segundo fontes do mercado, a Queiroz Galvão teria recebido no começo do ano um único pagamento de cerca de R$ 60 milhões, mas outros R$ 80 milhões já deveriam ter sido pagos à empresa desde o começo do ano por avanços na obra, com orçamento total de R$ 640 milhões.
O ritmo do empreendimento está adequado para sua conclusão antes da Olimpíada, mas, se os pagamentos não forem colocados em dia até o fim de abril, os funcionários em aviso prévio poderão efetivamente ser dispensados a partir dos próximos dias, a começar por aqueles em experiência. Os mil trabalhadores informados hoje sobre a situação do consórcio, composto por Queiroz Galvão (99%) e OAS (1%) compõem praticamente 100% da mão de obra envolvida diretamente na construção do complexo. As demissões efetivas, portanto, colocariam em risco a sua conclusão para a realização dos jogos.
Segundo fontes do mercado, a situação do complexo esportivo não é a única em que a Queiroz Galvão vive nessa situação delicada. Pagamentos com origem no orçamento federal também estão em atraso para a conclusão do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Baixada Santista, onde outros cerca de 450 trabalhadores foram colocados em aviso prévio nesta quarta-feira e mais 70 foram demitidos. No consórcio desse empreendimento estão Queiroz Galvão (66%) e Trail Infraestrutura (34%). Este empreendimento de mobilidade urbana faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e recebeu o último pagamento ainda em 2014. Procurada, a Queiroz Galvão, empresa envolvida na operação Lava Jato, não quis se manifestar.
A Caixa Econômica informou que, nos dois empreendimentos, não possui relação direta com os construtores, apesar de repassar recursos para a Prefeitura do Rio, caso da obra de Deodoro, e com o governo de São Paulo, caso do VLT. “O banco esclarece que existem recursos disponíveis para liberação na conta dos empreendimentos.” O banco indica, ainda, que “para as etapas de obras que tiveram projetos alterados, a Caixa aguarda a regularização da documentação para que possa analisar e liberar os recursos”. A regularização desses documentos seria, portanto, de responsabilidade da prefeitura carioca e do estado paulista. A Prefeitura do Rio e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), que está à frente do VLT, ainda não se manifestaram sobre a situação.
Segundo o Ministério das Cidades, que acompanha as obras do VLT, nos últimos meses o governo de São Paulo “está solucionando questões técnicas e contratuais no projeto com a Caixa, o que diminuiu o ritmo da obra”. De acordo com o ministério, até o momento o governo federal já liberou R$ 208 milhões dos R$ 400 milhões prometidos para o VLT. O governo paulista já repassou outros R$ 269 milhões, informou a Pasta. Quanto ao empreendimento de Deodoro, o Ministério do Esporte informou que “não há nenhum corte de recursos federais para as obras olímpicas” e que “a Caixa aprovou duas medições recentes que somam R$ 25 milhões, cujos pagamentos estão autorizados”.

Desafio a Jean Wyllys


O NOVO BRASIL NOVO QUE AS ESQUERDAS GOSTARIAM DE SUFOCAR. OU: KIM, 19, ESMAGA JEAN WYLLYS, 41

Kim Kataguiri é jovem, sim. Tem 19 anos. É um dos integrantes do “Movimento Brasil Livre”, que, junto com outros grupos, têm convocado as manifestações de protesto contra a presidente Dilma e cobrado o impeachment nas ruas.

Seus vídeos e textos estão na Internet. É inteligente, culto e articulado — e me dispenso de dizer “para a idade”. Há pessoas, como diria Antero de Quental, que, se tivessem 50 anos a menos, justificariam, com a juventude, a sua estupidez. Com o que já sabe, Kim estaria bem na fita ainda que tivesse 50 a mais. Esse moço é uma das evidências de que o país tem futuro.
No vídeo abaixo, ele passa uma descompostura vexaminosa no deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Tanto mais vergonhosa porque o parlamentar resolveu usar a juventude de Kim para desqualificá-lo.
Bem, o rapaz o chamou para o debate e para um cotejo de bibliografias.
Jean Wyllys vai sair correndo, é claro!

sexta-feira, 6 de março de 2015

O dia em que a vaca foi pro brejo

A coisa está feia. A inflação acumulada em um ano já rompeu a casa dos 7%. E caminha altaneira para os 8%, de acordo com divulgação feita pelo IBGE, hoje. Mas isso é só o prenúncio das nuvens negras que insistem em pairar sobre o Palácio do Planalto.

Ainda hoje, também, a ex-ministra de Lula e de Dilma, Marta Suplicy (senadora pelo PT), rasgou o verbo. Disse, em artigo publicado na Folha - a de S. Paulo - que o governo reuniu as duas condições necessárias para levar a "vaca (país) pro brejo": a negação da realidade e trabalhar com estratégia errada.

Marta ressalta, no artigo, o fato de a presidente Dilma, ainda candidata à reeleição, haver lançado mão da mentira, ancorada num trabalho de marketing que mandou às burras a inteligência de brasileiros de todas as classes sociais.

"Afunda-se o país e a reeleição navega num mar de inverdades, propaganda enganosa cobrindo uma realidade econômica tenebrosa, desconhecida pela maioria da população", explica a senadora pelo... PT de São Paulo.

E segue: "Os brasileiros passam a ter conhecimento dos desmandos na condução da Petrobras. O noticiário televisivo é seguido pelo povo como uma novela, sem ser possível a digestão de tanta roubalheira. Sistêmica! Por anos".

Depois dessa, talvez seja mais fácil segurar no braço um carro de Fórmula 1 a 300 Km/h que manter a senadora no partido do "Sapo Barbudo".

Tanto lá como cá

Nesta semana, o grupo terrorista Estado Islâmico atacou um museu e devastou um sítio arqueológico do século XIII a.C. no Iraque, levando o governo daquele país a pedir uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir como proteger a herança cultural do país. 

Ontem, em uma ação criminosa, cerca de mil mulheres do Movimento dos Sem-terra depredaram e destruíram mudas de árvores transgênicas que eram objeto de pesquisa há quinze anos no interior de São Paulo. 

O "exército" de mulheres invadiu e ocupou um centro de pesquisa da FutureGene, empresa do grupo Suzano Papel e Celulose, em Itapetininga (SP). 

Obscurantismo, ignorância, fanatismo e extremismo lá, o mesmo cá. E o ex-presidente ainda quer que esse pessoal incendeie o país?

terça-feira, 3 de março de 2015

Os melhores complementos sugeridos pelos comentaristas para a frase “Depois de acusar o ex-presidente de ter criado o Petrolão, Dilma vai revelar que FHC …”

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… abriu uma loja de picaretas ao lado do Muro de Berlim em 1989
… afundou o Titanic
… ajudou Henrique Pizzolato a fugir para a Itália
… apresentou Rosemary Noronha a Lula
… arquitetou a chacina do Charlie Hebdo
… assaltou o Banco Central
… articulou o golpe militar de 1964
… causou o tsunami na Indonésia
… colocou fogo em Roma (e espalhou que foi Nero)
… come o brigadeiro antes do Parabéns em todas as festas de aniversário
… convenceu Eva a comer a maçã
… dedurou Tiradentes
… desencadeou a Revolução Farroupilha
… deu a primeira punhalada em Júlio César
… é o chefão do “Estado Islâmico”
…  emprestou dinheiro para a construção do porto de Mariel, em Cuba
… encomendou à FIFA aqueles 7 a 1 da Alemanha contra o Brasil na Copa de 2014.
… escondeu o petróleo brasileiro debaixo do pré-sal
… está por trás da trama contra o Comendador José Alfredo
… faliu a lojinha de R$ 1,99 da Dilma
… financiou a compra do primeiro carrão de Eike Batista
… foi o responsável pela equipe médica que cuidou de Tancredo Neves
… foi o responsável pela separação dos Beatles
… foi o responsável pelo atentado ao Papa João Paulo II
… foi o responsável pelo fracasso da Missão Apolo 13
… foi o responsável pelo meteoro que eliminou os dinossauros
… foi professor de português e matemática de Dilma Rousseff
… fundou o Foro de São Paulo
… fundou o PT
… grafitou a cara de Hugo Chávez nos Arcos do Jânio
… lançou a bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki
… liderou a greve dos caminhoneiros
… matou a mãe do Bambi
… matou Abel
… matou o prefeito Celso Daniel
… matou o prefeito Toninho do PT
… matou Getúlio Vargas
… matou John Kennedy
… matou John Lennon
… matou Laura Palmer
… matou o Mar Morto
… matou o promotor argentino Alberto Nisman
… matou Odete Roitman
… matou PC Farias
… organizou os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001
… organizou o tour de Al Bendine e Val Marchiore por Buenos Aires
… planejou a seca no Sudeste
… roubou o cofre do Ademar de Barros
… subornou a Portuguesa para escalar o Héverton no campeonato brasileiro de 2013
… votou na Dilma