quarta-feira, 30 de junho de 2010

FICHA LIMPA – TCU absolve Neudo Campos


O grupo governista agora pode se desesperar. Nada mais impede que o deputado federal Neudo Campos (PP-RR) siga com sua candidatura nestas eleições rumo ao Governo de Roraima. Na tarde desta quarta-feira (30), o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, por um placar 5 a 3, absolver Neudo Campos da condenação que o incluía na Lei da Ficha Limpa e o impedia de concorrer.


Com essa decisão, o deputado Neudo Campos está livre para registrar sua candidatura ao Governo de Roraima, homologada na convenção do PP ocorrida no último sábado (26), no Centro de Tradições Gaúchas (CTG).

O TCU condenou Neudo Campos em 2001 por supostas irregularidades num convênio com oGoverno Federal para obras na BR-174. A absolvição foi confirmada na votação de recursos impetrados pelos advogados do parlamentar em 2006 e 2009. Nesta quarta-feira o TCU aprovou o último recurso possível a Neudo, que conseguiu reverter a condenação.

Votaram contra os ministros Benjamin Zymler, Walton Alencar e José Jorge; e a favor, Valmir Campelo, José Múcio, Raimundo Carreiro, Augusto Nardes e Aroldo Cedraz, que foi o relator do caso.

“A justiça tarda, mas não falha. Eu tinha certeza da minha inocência e me condenaram antes por questões políticas, o que foi um absurdo. Eu sempre tive fé e agora foi feita justiça”, disse Neudo Campos em nota enviada à imprensa.

WIRISMAR RAMOS – (e-mail: wirismar@gmail.com)

terça-feira, 29 de junho de 2010

BATER PALMAS E AS ESCRITURAS

Por Ludgero Morais

As palmas como expressão de culto, na celebração no templo, não encontra qualquer respaldo nas Escrituras. O livro dos Salmos descreve o louvor dos crentes e o louvor universal. Descreve também manifestações próprias de culto como igreja que eram, e outras manifestações musicais e artísticas e folclórica como povo-estado que também eram.

O culto no tabernáculo ou no templo do Velho Testamento, por sua vez, era o mais impeditivo possível. Seguia-se uma liturgia rígida. A mobília e os utensílios do templo foram rigorosamente prescritos. Somente os sacerdotes cantavam (os 280 cantores levitas, homens vocacionados para este fim). Os instrumentistas eram ordenados, de uma única tribo, e ninguém mais.

Somente o sumo-sacerdote entrava uma vez por ano no santo dos santos.Nem todos os instrumentos eram permitidos no templo, somente alguns próprios para o culto. Os homens comuns do povo assistiam a tudo de longe, as mulheres ainda mais longe em seu próprio lugar, os estrangeiros por detrás do muro da separação que existia para afastá-los ainda mais.

Todos estes longe do átrio onde a celebração se dava. Tudo era impedimento. Então, tomar o Salmo 47 no seu versículo 1, que está no contexto do Velho Testamento (“Batei palmas, todos os povos; celebrai a Deus...”) como se o culto do Velho Testamento seguisse à vontade, nos parece um equívoco pelos argumentos anteriores e também porque este Salmo está se referindo ao louvor universal, não do templo.

No templo jamais se bateu palmas; até hoje as sinagogas judaicas não o fazem. E este é o único texto que fala de aplaudir, de bater palmas como expressão de louvor. No mesmo contexto, o Salmo 98.8 determina que “os rios batam palmas,...”. (Isaias 55.12 trás a mesma idéia). O Salmo 150 determina que “todo ser que respira louve ao Senhor.”, mas nós não trazemos um animal, que evidentemente respira, para o templo, o que seria uma abominação ao Senhor.

Os animais trazidos em sacrifício eram oferecidos fora do átrio, e mesmo assim, representavam a Cristo que é o “Cordeiro que foi morto de uma vez por todas”, acabando com todos os sacrifícios sanguinolentos de animais. Assim, no Novo Testamento não existe nem sequer esta possibilidade.

A totalidade das outras referências bíblicas sobre palmas não se refere a expressão de louvor, mas de zombaria, escárnio, ódio, e também uma delas, de homenagens humanas. Vejamos. Números 24.10 fala da ira de Balaque que se acendeu contra Balaão, “e bateu ele as suas palmas.” Em II Reis 11.12 encontramos a coroação de Joás, quando eles “bateram palmas”, em homenagem ao novo rei.

Em Jó 27.23, encontramos a descrição da sorte dos perversos com a seguinte afirmação: “à sua queda lhe batem palmas, à saída o apupam com assobios.”, se referindo a vaias. Em Jó 34.37, encontramos: “Pois ao seu pecado acrescenta rebelião, entre nós, com desprezo, bate ele palmas, e multiplica as suas palavras contra Deus.”

Lamentações 2.15 fala do escárnio sofrido por Jerusalém: “Todos os que passam pelo caminho batem palmas,assobiam e meneiam a cabeça sobre a filha de Jerusalém:...”, vaias, e levantar de ombros como dizendo “nem te ligo”. Ezequiel tem duas referências a Deus como batendo palmas, mas Ele o faz em ódio contra Israel (Ezequiel 21.17; 22,13).

O texto de 21.17, por exemplo, diz: “Também eu baterei as minhas palmas uma na outra e desafogarei o meu furor; eu, o Senhor, é que falei.”. As duas outras referências ali são sempre em tom de zombaria (6.14; 21.14).

Naum 3.19 é o último versículo desta profecia e também fala pela última vez em bater palmas no Velho Testamento, também em tom de zombaria, de asco: “Não há remédio para a tua ferida; e tua chaga é incurável; todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?”.

Neste caso específico encontramos a ruína de Nínive e a maldição que sobre esta cidade foi derramada. Enquanto estava ela doente de morte, com uma chaga incurável, todos “baterão palmas” sobre ela, impingindo maior aflição pelo barulho das palmas e seu ritmo infernal.

O livro dos Salmos fala uma única vez de “aplaudir”, em 49.13, falando sobre o proceder dos seguidores dos estultos que “aplaudem o que eles dizem.”

No Novo Testamento não há nenhuma referência ao bater de palmas, muito menos em relação a uma atitude cúltica, porque, enquanto o Velho Testamento era repleto de gestos como “colocar o rosto em terra”, o “rasgar as vestes”, o “colocar cinza sobre a cabeça”, o “vestir-se de pano de saco”, etc. etc, o Novo Testamento nos chama a um culto racional conforme orienta Paulo em Romanos 12.1: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”.

Esta expressão “Logiken Latria” – (culto racional), fala de um culto supra-sensual, um culto que não requer recursos como a dança (que nunca foi permitida no templo do Velho Testamento como expressão de culto), ou sequer as palmas, menos ainda das outras expressões gestuais.

As palmas para marcar o ritmo da música, devem ser observadas dentro de um contexto da música como um todo. A música para a adoração é composta de harmonia, melodia; ritmo e letra. Cada uma destas partes atinge um aspecto do nosso ser.

A harmonia atinge o nosso senso do belo, pela quantidade de sons, que, tal como a diversidade das cores e seus matizes, chamam a nossa atenção para a beleza; a melodia toca as nossas emoções; a letra tange a nossa inteligência, a razão; o ritmo, por sua vez, apela para o nosso corpo, o que por si só não é mal, absolutamente.

Nosso coração bate em ritmo, nossos passos são dentro de ritmo. Todas estas partes, então, devem promover a integridade da música e a integridade do ser que adora. Uma música melosa, melodiosa se torna excessivamente romântica, sentimental, o que não é próprio para o culto.

(Extraído de http://batistastradicionais.blogspot.com/2009/05/bater-palmas-e-as-escrituras.html, em 29 de junho de 2010)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sobre política...

O deputado e ex-governador Neudo Campos (Foto) teve o nome referendado na convenção do seu partido, o PP, coligado com o PSB, PMN, PTB, PTC, PT e PSC, ocorrida nestes sábado (26), para concorrer a eleição para governador do estado.

Os partidos mais importantes desse bloco é o PSB do prefeito de Boa Vista Iradilson Sampaio e o PTB, que tem em Mozarildo Cavalcanti o seu maior prócer.

Há, porém, uma pedra no meio do caminho de Neudo. Chama-se Lei da Ficha Limpa. A gente sabe que para toda doença há remédio. Mas, e se, nesse caso, o doente estiver realmente em fase terminal?

Aí, surgem duas alternativas. A primeira, seria Mozarildo herdar os votos de Neudo, que, pelo que tudo indica, é o queridinho dos eleitores. A segunda hipótese, seria a candidata a vice de Neudo, a deputada estadual Marília Pinto, assumir o timão da campanha.

O certo é que muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte. Quanto a reais possibilidades, não sinto isso nas candidaturas do PSol (Robert Dagon) nem do PHS (Petrônio Araújo), ambos lançados em convenção partidária também neste sábado.

Amanhã será a vez da convenção do PSDB lançar candidato à reeleição o atual governador José de Anchieta Júnior, que tem como companheiro de chapa o deputado federal Francisco Rodrigues. Com mais essa definição, Roraima fecha em quatro o número de candidatos ao governo.

E a vida continua...

A lição da ratoeira

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.

Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!!
A galinha disse:

- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e disse:

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!

- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:

- O quê? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira...

Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher... O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital.

Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.

O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.

Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Moral da História:

Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.

Somos um só Povo. O problema de um é o problema de todos! Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos.

Deus é Deus

(Mensagem recebida por e-mail)

Um jovem cumpria o seu dever cívico prestando serviço ao exército, mas era ridicularizado por ser cristão. Um dia o seu superior hierárquico, na intenção de humilhá-lo na frente do pelotão, pregou-lhe uma peça...

- Soldado Coelho, venha até aqui!

- Pois não Senhor.

- Segure essa chave. Agora vá até aquele jipe e o estacione ali na frente.

- Mas senhor, o senhor sabe perfeitamente que eu não sei dirigir.

- Soldado Coelho, eu não lhe perguntei nada. Vá até o jipe e faça o que eu lhe ordenei...

- Mas senhor, eu não sei dirigir!

- Então peça ajuda ao seu Deus. Mostre-nos que Ele existe.

O soldado não temendo, pegou a chave das mãos do seu superior e foi até o veículo. Entrou, sentou-se no banco do motorista e imediatamente começou sua oração.

"Senhor, tu sabes que eu não sei dirigir. Guie as minhas mãos e mostre a essas pessoas a sua fidelidade. Eu confio em Ti e sei que podes me ajudar. Amém."

O garoto, manobrou o veículo e estacionou perfeitamente como queria o seu superior. Ao sair do veículo, viu todo o pelotão chorando e alguns de joelhos...

- O que houve gente? - perguntou o soldado.

- Nós queremos o teu Deus, Coelho. Como fazemos para tê-lo? Perguntou o seu superior.

- Basta aceitá-lo como seu Senhor e Salvador. Mas por que todos decidiram aceitar o meu Deus?

O superior pegou o soldado pela gola da camisa, caminhou com ele até o jipe enxugando suas lágrimas. Chegando lá, levantou o capô do veículo e o mesmo estava sem o motor!

DEUS CUIDA DOS SEUS E NÃO PERMITE QUE NINGUÉM NOS HUMILHE. SEJA VOCÊ TAMBÉM UMA SEMENTE DE JESUS E VOCÊ SEMPRE COLHERÁ O BEM!

Espere...

No tempo de Deus (que não é o seu) aquilo que você tanto almeja ser-lhe-à dado. Se você está passando por provas, não se desespere. O Senhor está formando seu caráter e no tempo certo Ele lhe dará a vitória. Deus tem visto suas lutas! Deus diz que elas estão chegando ao fim.

DEUS É DEUS...

VIOLÊNCIA SEXUAL NA ÁFRICA DO SUL

Quem assiste à transmissão dos jogos da Copa e vê tanta alegria entre os sul-africanos não imagina o tamanho da sujeira guardada debaixo do tapete no que se refere à perversões sexuais, com ênfase especialmente para o número de estupros praticados. 

Os números são eloquentes. Uma pesquisa patrocinada pelo próprio governo sul-africano mostrou que, em 2007, houve 75,6 estupros por grupo de 100 mil habitantes - cinco vezes o registrado na cidade de São Paulo. 

Nos 12 meses contados a partir de abril de 2008, foram mais de 70 mil queixas de crimes sexuais, aumento de 10,5% em relação ao período anterior. Calcula-se que sejam muito mais, pois é comum que as vítimas de estupro se recusem a prestar queixa.

Segundo a organização não-governamental Pessoas Contra o Abuso de Mulheres, apenas um em cada nove estupros na África do Sul é denunciado à polícia. Entre eles, apenas 7% terminam em condenação.  Índices mais chocantes dão conta de um estupro a cada 30 segundos no país, ou 1,2 milhão de estupros por ano. 

Uma pesquisa divulgada no ano passado pelo Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul, com base em entrevistas com 1.738 homens, aponta que um em cada quatro homens das Províncias de KwaZulu-Natal e do Cabo Oriental estaria envolvido em agressões sexuais, entendidas como sexo não consentido ou tentativa.

(F.Zanini/L.Capriglione - Ilustríssima - Folha de SP, 27)

domingo, 27 de junho de 2010

sábado, 26 de junho de 2010

Vida de Oleiro

Foto: Autoria Própria

Margem esquerda do rio Branco, em frente a Boa Vista, local conhecido como Vila Vintém. Em tempos de baixa do rio, a área é usada por oleiros que sobrevivem da fabricação de tijolos. É de lá que saem mais de 60% da produção de tijolos a alimentar a construção civil da Capital. Este ano, só o cocuruto de poucas taperas ficou de fora.

Ontem à tarde, indo para a Cidade Santa Cecília, conversei com alguns trabalhadores que deixaram debaixo d'água além das esperanças, milheiros e milheiros de tijolos queimados, além de muitos pertences pessoais, como fogões, redes, etc.

Não toparam ser fotografados, mas se queixavam que estão sem trabalhar desde março, quando as águas subiram de supetão. Todos os anos eles apostam no inverno fraco. Ficam resistindo à decisão de deixar o local até o último momento.

No ano passado, o inverno foi fraco e não foram obrigados a abandonar o local. Já neste ano, as águas vieram de enxurrada. Não deu tempo de retirar a produção e muito menos os pertences pessoais.

Ainda está debaixo d'água algo em torno de 50 milheiros de tijolos queimados, que não se deterioram com a enchente. É incrível, mas alguns me disseram que estão retirando os tijolos de pouquinho. Uns ficam dentro da canoa puxando, enquanto outros amarram os tijolos embaixo d'água. Haja fôlego!

Segunda-feira farei uma visita ao local para ver como é que se realiza a tal operação resgate de tijolos queimados e afogados.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Copa X Política

E os aloprados, hein? Desde que a Copa do Mundo começou, no dia 11 passado, nenhum deles aprontou das suas. Já estou com saudade de má notícia na área política.

Assim, seria bom que a Copa durasse até depois das eleições. O País parava, mas, em compensação, estaríamos livres do Horário Eleitoral Gratuito. Né não? 

Não empolgou

A seleção brasileira está classificada para as oitavas de final, que já começam amanhã. Mesmo assim, o que apresentou hoje em campo, contra Portugal, não conseguiu plantar no torcedor uma confiança plena de sua atuação capaz de levá-la ao pódium.

No jogo de hoje, com Portugal, o que ficou claro foi a insegurança dos jogadores, muitos deles entrando em zona de conflito com o adversário, caso de Felipe Melo, que sofreu agressão do luso-brasileiro Pepe e revidou à altura.

Apesar de todo o sufoco - não para a seleção, que ao entrar em campo já estava classificada, mas para o torcedor que queria ver o legítimo futebol brasileiro em campo e não viu -, resta-me a certeza de que o melhor em campo foi um brasileiro, o veterano Lúcio, que soube impor o devido respeito na zaga. Valeu!

Enquanto o futebol brasileiro não diz o que foi fazer na Terra do Sol Nascente, congelemos em nossas retinas o alegre futebol do Japão, mostrado na tarde de ontem. Dá-lhe Honda!

Organismos em desserviço ao Brasil

O governador Anchieta Junior rasgou o verbo, durante a solenidade de entrega de concessões de termos de posse a empresários do Distrito Industrial, na noite de quinta-feira (24), contra entidades do governo federal que, segundo ele, buscam atravancar o desenvolvimento de Roraima.

Entre estas, Anchieta citou textualmente a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Para o governador, esses organismos, todos da área federal, não estão a serviço do País. Mais atrapalham do que beneficiam o Estado, com suas decisões monocráticas, muitas delas tomadas à revelia da alta cúpula do governo.

Anchieta disse que, para acabar com a farra das demarcações de terras indígenas no Estado, pretende mandar em breve à Assembléia Legislativa um projeto afirmando que qualquer ação nesse sentido terá de passar pelo crivo da Assembléia.

Eu Garanto!

O senador Romero Jucá garantiu ontem, durante solenidade no Distrito Industrial, que não haverá mais demarcação de terra indígena em Roraima.

É, né?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

AL e PE receberão de Lula três vezes menos que o Haiti

Nossas tragédias não repercutem no exterior. Deve ser por isso que o presidente Lula vai liberar só R$ 100 milhões (56 milhões de dólares) para reconstruir cidades de Alagoas e Pernambuco devastadas pelas enchentes, mas doou o triplo, ou seja, R$ 297 milhões (167 milhões de dólares), para a reconstrução do Haiti, após o terremoto. São 41 mortos confirmados e só em Alagoas há mais de seiscentos desaparecidas. (Coluna Cláudio Humberto, de hoje).

O povo pensa que dossiê é um doce

Por Arnaldo Jabor

Não me esqueço de um ataque de riso, muitos anos atrás, quando ouvi a autocrítica de um alto dirigente do PC da China, durante a revolução cultural. Quem foi? Lin Piao? Não me lembro. A "autocrítica" era um dos velhos hábitos comunas, uma espécie de confissão católico-vermelha, só que aos berros diante das massas. E o dirigente se criticou: "Eu sou um cão imperialista, eu sou o verme dos arrozais da China, eu sou a vergonha do comandante Mao..."

Queria de volta as autocríticas do tempo de Mao. Queria ver o Marco Aurélio Garcia, por exemplo, bater no peito se confessando: "Eu sou a praga do cerrado, eu sou um bolchevista fingindo de democrata. Acabei com o prestígio de Lula lá fora, beijando o Armadinejad, isolei o Brasil e provavelmente perderemos mais de US$ 3 bilhões em benefícios que os Estados Unidos nos davam para exportações, além da sobretaxa do etanol, que será mantida!"

Depois que conseguiram entrar no Estado, através do Lula, os velhos esquerdistas perderam a aura mística, a beleza romântica que tinham na clandestinidade que os santificava. Eu conheci muitos heróis, sonhando realmente com a revolução, mesmo que utópica, mas honestos, sacrificando-se, morrendo. O comunista romântico não vemos mais.

Hoje, eles não se consideram eleitos por uma democracia, mas guerreiros políticos que "tomaram" o poder. Vemos isso nos milhares de insultos no twitter, emails e bloguinhos que espoucam na internet. Recebo centenas, como outros jornalistas. São apavorantes os bilhetes na web: ofensas e ameaças. Não há uma luta por ideais, mas uma resistência carregada de ódio e medo daqueles que podem, eventualmente, tirar seus privilégios: os "canalhas neoliberais"...

Esses quadrilheiros usurparam os melhores conceitos da verdadeira esquerda que pensa o Brasil no mundo atual, uma esquerda reformada pelas crises internas e externas, que se conscientizou dos erros da agenda clássica.

Eles injuriam e difamam o melhor pensamento de uma esquerda contemporânea, em nome de uma "verdade" deformada que teimam em manter. Esse crime abstrato muitos intelectuais e artistas não vêem, por temor ou ignorância. Falam de um lugar que seria da "esquerda", mas que é o lugar de baixos interesses pelegos, de boquinhas a defender ? uma versão de socialismo decaída em populismo. Se dizem de esquerda, mas são de direita, para usar seus termos.

Não só pilharam bilhões de reais de aparelhos do Estado, em chantagem com empresários, em fundos de pensão, contratos falsos, mas roubaram também nossos mais generosos sentimentos. E não é só a mentira que é vergonhosa. É a arrogância com que mentem, ao se apropriar do controle da inflação e de todas as reformas que o governo anterior lhes deixou, que eles chamam de "herança maldita".

Não há mais "autocrítica". Hoje temos o desmentido. O "desmentido" é o arrependimento do "se colar colou". Quando uma ação revolucionária dá "chabu", basta desmentir e ainda dizer que foi tudo invenção da vítima. Assim foi o caso Celso Daniel, o caso dos "aloprados" de São Paulo, das cuecas, tudo. "Nunca antes" um partido tomou o poder no Brasil e montou um esquema assim, um plano secreto de "desapropriação" do Estado, para fundar um "outro Estado" ou para ficar 20 anos no poder.

E agora no caso do "dossiê" contra o PSDB e Serra, mentem tranquilos: é a ''mentira revolucionária". Lembro-me do Lula rindo do dossiê dos "aloprados", dizendo: "Deixa pra lá... o povo nem entende o que é dossiê... pensa que é doce de batata... de abóbora..."

Como não têm um programa moderno para o Brasil, a não ser o imaginário sarapatel de ideologias que vão de um leninismo mal lido, passando por um getulismo tardio, uma recauchutagem de JK fora de época, eles escondem sua incompetência se dedicado à parte "espiritual" da velha ideologia: controle, fiscalização, tutela, espionagem e censura.

Agora, estamos assistindo ao início da "porrada revolucionária", com os "militantes" atacando os "inimigos" do povo. É o zelo dos peões, dos pés-de-poeira, que se acham os guerreiros de uma missão bélica para impedir que os burgueses do PSDB ganhem ? (se aliam ao Sarney e Collor e dizem que Serra e FHC, que passaram mais de uma década no exílio são "fascistas neo liberais"... Pode?)

Os brutamontes da militância se acham imbuídos de uma missão sagrada: "Eu taquei um pé nos cornos daquele tucano filho de uma égua, esfreguei a cara dele no chão até ele gritar "Viva a Dilma!" É isso que é golpe de esquerda, não é, companheiro?"

Outro feito dos bolchevo-pelegos no poder é a desmoralização do escândalo. As verdades e delitos aparecem, mas, por negaças, recursos políticos e protelações o escândalo definha, entra em agonia e morre. Quantos já houve? Stalin apagava das fotos os membros do partido que ele expurgava; portanto, nunca existiram. Tudo é absolvido pela "mentira revolucionária", porque ela vem por uma "boa causa".

Quase todos esses cacoetes derivam de um sentimento: "Somos superiores." Quando eu era estudante, um dirigente do PC dizia sempre: "Não estamos com a doutrina certa? Então... é só aplicá-la." Essa "certeza superior" é encontradiça em homens-bomba, em bispos vermelhos. O autoritarismo e a truculência não são privilégio de fascistas.

A única revolução no Brasil seria o enxugamento de um Estado que come a nação, com gastos crescentes e que só tem para investir 1,5% do PIB. A única revolução seria administrativa, apontada para a educação e para as reformas institucionais, já que, graças a Deus, a macroeconomia herdada foi mantida e a economia mundial se dirige a países emergentes.

O Brasil está pronto para decolar, se modernizar e essa gente quer segurar o avião em nome de interesses de um patrimonialismo de Estado e de um socialismo morto que, em seu delírio, acham que virá. Como recomendou Stedile a seus "sem-terra": "Tenham filhos; eles vão conhecer o socialismo..."

Arnaldo Jabor é crítico, cineasta e jornalista carioca. Artigo publicado originalmente nos jornais O Globo e Estado de S. Paulo de 22 junho 2010.

TÁXI

Esta eu recebi por e-mail:

Uma mulher, de táxi, com a filha de 11 anos, andam à noite.

No caminho, a menina vê mulheres rodando bolsinha.

- Mãe, o que aquelas mulheres estão fazendo?

- Esperando seus maridos saírem do trabalho.

O taxista rindo diz:

- Fale a verdade para a garota... Elas são prostitutas, estão esperando clientes que lhes paguem para fazer sexo!!!

Todos ficam calados até que a menina pergunta:

- Aquelas mulheres também tem filhos, mamãe?

- Claro filha!... Como você acha que nascem os taxistas?

Moral da história:

NUNCA SE META NA CONVERSA DOS OUTROS...

Desforra

A vitória de 2 a 1 dos Bafana Bafana sobre a França, eliminando-a do campeonato mudial, na manhã de ontem (hora de Brasília), foi mais que uma simples vitória em campo.

Representou a desforra de Carlos Alberto Parreira sobre o técnico Raymond Domenech. Domenech tirou Parreira da competição em 2006 e, agora, Parreira tira Domenech. Tudo inguar, diria Zequinha Neto. 

O pior de tudo foi a descortesia e falta de esportividade demonstrada pelo francês. Recusou-se a apertar a mão de Parreira, quando este veio lhe cumprimentar, após a partida.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Pescoço cortado

Com 16 votos a favor, 3 contra e 3 abstenções, a Câmara Legislativa do Distrito Federal decidiu cassar nesta terça-feira (22) o mandato da deputada peemedebista Eurides Brito, flagrada colocando dinheiro na bolsa durante a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.

É mais uma demonstração de que a moralidade está saindo das trevas e pondo a cara às claras. Não adiantaram os expedientes usados pela infratora, como conseguir que a votação fosse secreta e coisa e tal. Seu pescoço rolou, assim como ainda vão rolar outros mais.

O Brasil das grandes catástrofes

O Brasil entrou mesmo no rol dos países a abrigar grandes catástrofes. A última assola nestes dias dois estados nordestinos, onde chuva geralmente era artigo de luxo. Dezenas de cidades estão sob estado de emergência.

As enchentes já desabrigam 73 mil pessoas de 22 municípios de Alagoas. Em Pernambuco, são 41 os municípios atingidos pela fúria das águas.

Na terra de Eduardo Campos, são 24.552 pessoas desalojadas -- recolhidas em casas de amigos e parentes-- e 17.800 desabrigadas -- em abrigos públicos.

Cidades inteiras foram engolidas pelas águas tanto num quanto no outro estado. Alagoas e Pernambuco juntos contabilizam hoje 41 mortos.

Só em Alagoas, os desaparecidos ultrapassam a casa dos 600 (números oficiais, mas há quem acredite que chegam facilmente a 1.000  pessoas).

França, a primeira das grandes a deixar o barco

O jogo terminou mesmo com a derrota da França para a seleção dona da Casa, a África do Sul. É a primeira seleção do seleto grupo de sete campeãs mundiais (Brasil, Alemanha, Uruguai, Argentina, Itália e Inglaterra) a ser desclassificada ainda na primeira fase do certame.

Começo do fim ou o fim do começo?

Por Osmar José de Barros Ribeiro (em 16 Mai 2010)

Às vésperas de uma eleição que por um bom tempo decidirá dos destinos do País, está difícil entender, em toda a sua extensão, o somatório de problemas com os quais se debate a sociedade brasileira. São questões /de toda ordem, seja qual for a Expressão do Poder que se considere. A pequena parcela preocupada com o futuro assiste, atarantada, o afirmado pelos principais candidatos que, tendo tomado caminhos ligeiramente distintos, apenas divergem na forma de enfrentar os desafios. Tudo faz crer que nada mudará num futuro próximo.

A verdade inconteste é que desde a “constituição-cidadã”, trazendo para os brasileiros mais direitos que deveres, assistimos, sobretudo nos últimos oito anos, ao crescimento exponencial das idéias “politicamente corretas”, importadas diretamente dos centros de poder mundial. Por conta delas são promovidas medidas que vão, a pouco e pouco, destruindo a coesão nacional. Algumas, apenas como exemplo: a luta de classes, o racismo disfarçado de “justiça social” (seja lá o que for que implique tal expressão), o não cumprimento da lei por parte de movimentos ditos sociais, a segregação dos índios em imensas reservas, a criação de colcoses destinados aos que se dizem descendentes dos escravos; a pregação não tão velada do homossexualismo e outras barbaridades que são motivo de vergonha e desânimo.

Enquanto a infraestrutura brasileira carece de recursos para fazer com que a economia cresça, perdoamos dívidas, investimos na recuperação de portos em Cuba e na implantação do metrô em Caracas, doamos linhas de transmissão de energia ao Paraguai, cedemos às exigências comerciais argentinas no âmbito do Mercosul e, docilmente, aceitamos que expropriem nossos bens no exterior, tudo em nome de ajudarmos países mais pobres que o nosso, esquecidos de que, dentro das fronteiras nacionais, tais recursos seriam muito melhor empregados. Por conta dos favores prodigalizados pelo governo federal, a inflação, a custo dominada em anos passados, ameaça voltar.

Em busca de projeção internacional, além de ideologicamente motivado, nosso governo apóia o que de mais retrógrado existe na face da terra: ditaduras como as existentes na Venezuela, em Cuba, na Líbia, no Irã e na Coréia do Norte, enquanto afronta, desnecessária e inutilmente, os Estados Unidos na questão hondurenha e propõe a substituição da OEA por outro órgão que os exclua e ao Canadá. Paralelamente, na busca de afirmar uma liderança que muito em breve será contestada pelos vizinhos e dentro do melhor espírito do Foro de São Paulo, avançou na criação da UNASUL e, cúmulo dos cúmulos, heresia que ninguém contestou, deu à bandeira comercial do Mercosul direito às honras reservadas à Bandeira Nacional.

Procura-se, ainda que por vias transversas, apequenar as Forças Armadas, transformá-las em instrumento de governos transitórios em lugar de instrumentos do Estado. Com os vencimentos achatados e ultrapassados por outras carreiras, vem sendo constante a tentativa de fazer com que elas, até hoje respeitadas e admiradas pela sociedade, sejam vistas como ineficientes, despreparadas, e, razão de indignação e revolta, envolvidas em corrupção.

Porém, de tudo o mais assustador, é a verdadeira lavagem cerebral que, de há muitos anos, vem sendo promovida na juventude brasileira, dos cursos de alfabetização à universidade. Nossa História é reescrita de forma mentirosa, ao arrepio de uma vasta documentação e, num passe de mágica, bandidos são transformados em heróis, nossa expansão territorial é mostrada como colonialista, a conquista da Amazônia é quase razão de vergonha. Os fatos são destorcidos ao bel-prazer de professores que foram envenenados pelas teorias marxistas e, dessa forma, apresentados aos estudantes.

Tudo faz crer que caminhamos para um regime totalitário. Estaremos vivendo o fim do começo ou o começo do fim? Só o futuro dirá.

Casa dividida

E a França, a grande França, segue perdendo para os donos da Casa. Jã são 2 gols marcados pelos Bafana, Bafana. O terceiro foi anulado. Isso mostra o nível de desentendimento interno.

Jornalismo na terra de Makunaima

(Entrevista publicada originalmente no Blog Cultura de Roraima e Afins) 

Bastidores da imprensa roraimense de 1985 a 2005 dão o tom do livro “Histórias de Redação – vinte anos de jornalismo na terra de Makunaima”, lançado pelo jornalista Francisco Espiridião. O livro está à venda em livrarias e bancas de Boa Vista. Qualquer coisa, liga e compra direto dele no (95) 9113-7367 ou faz pedidos direto no blog. Confere agora a entrevista com seu Espidi, como também é chamado o senhor da foto abaixo:



Cultura de Roraima - Me diz o que te dá mais prazer: ser jornalista ou escritor. O motivo também.


Espidi - Acredito que escrever é mesmo algo reconfortante, seja matéria jornalística ou uma obra literária. Para o escritor, a veia poética não é tudo, mas parece 100%. Para quem não a tem, o meu caso, o jornalismo parece mais fascinante. Você não precisa criar nada. Os fatos vêm até você, cabendo apenas interpretá-los e pô-los no papel. No máximo, usa-se de um pouco de perspicácia na investigação. Acho que ser jornalista é mais fácil que ser escritor. Eu gosto. Principalmente quando o fato jornalístico é empolgante. Dá adrenalina...


CdRR- Um livro sobre política, outro sobre jornalismo. Como escolhes os temas?

Espidi - Nas minhas duas únicas incursões como escritor, ainda que capenga, reconheço, o jornalismo sempre esteve presente. Afinal, não sei fazer outra coisa fora do jornalismo. Os temas escolhidos são sempre dentro dessa área. A política é muito instigante, rende. O mesmo acontece com o cotidiano. Histórias de Redação é uma grande reportagem.


CdRR- O que é mais difícil: escrever um livro ou publicá-lo?

Espidi - Escrever um livro para mim foi um momento único. Eu suava frio, escrevia e não gostava, apagava tudo, tornava a escrever, desistia, em seguida retomava o projeto, enfim, uma luta intensa comigo mesmo. O ato de escrever foi difícil, confesso. Mais difícil, porém, foi publicá-lo. Principalmente por não dispor de recursos nem patrocinador. Ninguém quer pôr dinheiro num projeto desses. Ler não dá lucro no aqui e agora. A dificuldade está, inclusive, no setor público. Tem dinheiro para gravar disco de forró, carnaval, centro de tradições... mas para publicar um livro o buraco é mais embaixo. Principalmente se você não é um Paulo Coelho, nem frequenta a mesa do rei.

CdRR- Um conselho para quem pretende ser escritor em Roraima.

Espidi - Escrever um livro é difícil. Se fosse fácil não teria graça nenhuma. Se você tem uma idéia na cabeça e acha que ela vale um cruzado, vá em frente. Mostre que é capaz. Com jeito você chega lá. Depois, se não vender tudo – este foi o caso do meu primeiro livro, já no segundo não fui tão bobo assim, fiz pequena quantidade –, você guarda para mostrar aos netos. Verá que vale a pena.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

(Poema de Carlos Drummond de Andrade)

sábado, 19 de junho de 2010

Rondônia: Aids e “racismo ambiental” ameaçam os quilombolas na Reserva Biológica do Vale do Guaporé

ALTINO MACHADO - Direto de Porto Velho (RO)

De 150 exames de Aids coletados neste ano no Vale do Guaporé, 80 apresentaram resultado positivo. O governo de Rondônia tentou manter a informação em sigilo até a véspera deste 13 de Maio, data do 121º ano de assinatura da Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil.

Pode-se dizer que os dados fazem parte daquilo que alguns chamam de “processo de africanização” de Rondônia. O Vale do Guaporé é marcado por uma paradisíaca Reserva Biológica povoada por comunidades ribeirinhas, indígenas e remanescentes de quilombo cuja territorialidade é vital para sobrevivência e organização.

Os dados sobre a elevada incidência de Aids foram coletados pelo Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais (Ipepatro) e encaminhados à Secretaria Estadual de Saúde. Dois pesquisadores do Ipepatro confirmaram os números à reportagem, porém se recusaram a comentá-los sob o argumento de que a questão é de competência da Secretaria de Saúde.

A coordenadora estadual do programa DST/Aids, Eliana Alves da Silva Mendes, foi procurada com insistência pela reportagem. Ela não atendeu a mais de 20 ligações nem respondeu mensagem de texto enviada para o celular com pedido para que se pronunciasse a respeito da situação de saúde no Vale do Guaporé.

A reportagem apurou que três prostíbulos funcionaram na região nos últimos anos e que as populações ribeirinhas costumam auxiliar turistas que pescam na Reserva Biológica. Com freqüência, a área também é percorrida por políticos e empresários do Estado, que costumam se relacionar com as mulheres do lugar, a quem chamam pejorativamente de “piranhas de barranco”.

A Reserva Biológica do Vale do Guaporé foi criada em 1982 e seu plano de manejo elaborado dois anos depois. Com 603 mil hectares, está localizada à margem direita do rio Guaporé, ao sudoeste do Estado.

Após anos de intensas pesquisas, o professor Marco Antonio Domingues Teixeira, do Departamento de História da Universidade Federal de Rondônia (Unir), é o maior estudioso no Estado da vida nas comunidades remanescentes de quilombo no Vale do Guaporé.

- As condições de vida da população de Santo Antônio se igualam aos padrões de miséria das regiões mais pobres da África. Casas construídas em palha, absolutamente desprovidas de mobília e de qualquer tipo de conforto, ausência total de acesso aos benefícios da civilização no século XXI. Dentro das casas. começamos a fazer outro tipo de pesquisa, recentemente, junto com pesquisadores do Ipepatro. Foram coletados barbeiros e já há dois casos diagnosticados de mal de Chagas. Há uma possibilidade aventada de que uma parte considerável da comunidade esteja contaminada pela doença. Se isso se confirma, é uma bomba na questão sanitária e médica dentro do Estado de Rondônia - afirma Teixeira em entrevista exclusiva ao Blog da Amazônia.

Santo Antônio do Guaporé é uma comunidade de pretos descendentes de antigos quilombolas transportados pelos portugueses para a região durante o ciclo do ouro em Vila Bela e no Guaporé. Teixeira explica que as populações descendentes de escravos coloniais do Vale do Guaporé preferem utilizar o termo preto ao termo negro. Segundo os moradores, negro os reduz à escravidão, enquanto preto implica no reconhecimento de sua liberdade.

A comunidade existe há mais de dois séculos e garantiu a ocupação territorial para o Brasil nesta área de fronteira com outros povos. Sobreviveram como pequenos agricultores e extrativistas, vivendo sob os regimes de enchente e vazante das várzeas do rio.

Segundo Teixeira, a comunidade está ameaçada pela criação da Reserva Biológica do Guaporé, que abrange áreas que incluem terras da comunidade, que passou a sofrer um processo de expulsão.

- A comunidade passou a ser vítima de uma situação de intolerância ambiental, isto é, aquilo que alguns antropólogo chamam de racismo ambiental - acrescenta o pesquisador da Unir.

Leia os melhores trechos da entrevista:

Qual a situação das áreas quilombolas em Rondônia?

A situação hoje é de início de um processo de reconhecimento e regularização fundiária. Temos aproximadamente 12 comunidades identificadas, sendo que sete delas receberam certificação reconhecimento pela Fundação Palmares. Três estão em procedimentos de regularização dos territórios junto ao Incra. Dessas três, somente a comunidade de Jesus, localizada no Vale do Rio São Miguel, teve as suas terras tituladas. Pedras Negras está sobreposta a uma área de Reserva Extrativista. Por isso, o processo anda bem lentamente, embora a situação seja promissora porque o governo estadual não criou obstáculos ao reconhecimento das terras.

Quantas pessoas existem nessas comunidades?

Isso é muito flutuante. A comunidade de Jesus, por exemplo, é uma grande família, com 70 e poucas pessoas, todas descendentes de um único casal. Pedras Negras, no auge do período da borracha até a década de 70, chegou a ter 97 famílias. Hoje tem apenas 20 famílias. Era uma localidade com cinco grandes comércios e cartório. Hoje não existe mais nada disso. Mas Pedras Negras ainda leva a vantagem de que tem luz elétrica, uma escola e um posto de saúde.

Onde a situação é mais grave?

É em Santo Antônio do Guaporé. Nós temos documentação sobre sua existência há mais de 200 anos. Na década de 1980, quando foi criado o Estado de Rondônia, uma das medidas tomadas foi a criação da Reserva Biológica do Guaporé, que se sobrepôs à área onde viviam populações de remanescentes de quilombos e onde viviam duas populações indígenas, os puruborá e os miguelem. À época, o extinto IBDF procedeu a retirada dessas populações. Isso aconteceu sem que tenham sido indenizadas e reassentadas. Foram jogados para onde bem quisessem ir, o que dizimou as comunidades. Santo Antônio bateu pé e não saiu. A partir disso, passou a ser vítima de uma situação de intolerância ambiental, isto é, o que alguns antropólogo também chama de racismo ambiental. Santo Antônio perde uma série de direitos, de liberdades constitucionais. A escola permaneceu fechada durante muito tempo e hoje funciona numa situação de total precariedade. A população perdeu o direito a ter luz elétrica, o que é um contracenso, pois a sede do Ibama na Reserva Biológica tem luz elétrica com moto a gasolina poluindo do mesmo jeito. Além disso, a comunidade perdeu o posto de saúde e tem suas atividades de caça e pesca restringidas pelo órgão ambiental. A criação de animais foi parcialmente proibida. Os animais quadrúpedes foram retirados. Hoje, só se pode criar aves. Santo Antônio padece de uma série de problemas estruturais. A questão da moradia é muito grave. Eles só podem construir suas casas em palha porque podem sofrer processos caso construam suas casas usando madeira ilegal numa área biológica. A alegação principal do Ibama é que a comunidade ocupa a área mais preservada da reserva biológica. É um contrasenso também porque a área só é a mais preservada da reserva biológica porque eles estão ali, há 200 anos, protegendo aquelas terras.

O que aconteceu com todas as áreas onde as populações foram expulsas?

Nas áreas onde não havia populações ou das quais as populações foram expulsas, os madeireiros entraram e depredaram a reserva.

Quais as condições de vida dessas comunidades na atualidade?

As condições de vida da população de Santo Antônio, hoje, elas se igualam aos padrões de miséria das regiões mais pobre da África. Casas construídas em palha, absolutamente desprovidas de mobília e de qualquer tipo de conforto, ausência total de acesso aos benefícios da civilização no século XXI. Para se livrar, por exemplo, das hordas de mosquitos, têm que queimar palha de coco, panos velhos, o que provoca uma incidência gigantesca de doenças pulmonares e cegueira precoce. Esses males já foram estudados em sociedades de coleta da borracha e sabe-se dos danos causados aos seringueiros com aquele tipo de fumaça. Em Santo Antônio se convive com isso o tempo inteiro. Dentro das casas, começamos a fazer outro tipo de pesquisa recentemente, junto com pesquisadores do Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais. Foram coletados barbeiros e já há dois casos diagnosticados de mal de Chagas. Há uma possibilidade de que uma parte considerável da comunidade esteja contaminada pela doença. Se isso se confirma, é uma bomba na questão sanitária e médica dentro do Estado de Rondônia.

Além disso, o que mais?

As casas não podem ser reformadas. A escola está caindo, o centro comunitário também. Como a comunidade está hoje numa área de reserva biológica, o poder público alega que, por conta das determinações do Ibama, não pode reformar nada. O próprio Ibama inviabiliza uma série de iniciativas da comunidade. Não se pode alfabetizar o adulto porque ele tem que trabalhar durante o dia. Ele teria que ser alfabetizado durante a noite, mas não se pode ter energia elétrica e ele permanece na ignorância.

No dia 2 de junho será realizada uma reunião da Câmara de Conciliação da Presidência da República…

Essa é uma Câmara composta por diversos órgãos do governo federal, como a Fundação Palamares e Incra, que são instituições favoráveis à causa de regularização fundiária das terras de quilombo, além de outros órgão que não favoráveis, como o Ministério do Meio Ambiente. Advocacia Geral da União e o Ibama. Há um conflito anunciado. Temos aqui uma comunidade que reside ali muito antes da criação da Reserva Biológica do Vale do Guaporé. Se alguém invadiu alguma coisa, com certeza foi a Reserva Biológica que invadiu a área dos quilombolas. É uma situação complexa porque todo mundo é a favor da preservação ambiental, mas isso não pode ser feito ao custo da sobrevivência de uma população que, se transferida de local ou manejada, vai perder a sua identidade, a sua cultura, os seus vínculos com o meio ambiente.

O que tem acontecido com as pessoas que foram retiradas ou saíram das comunidades quilombolas de Rondônia?

Os homens adultos viraram, quando conseguiram, empregados de sítios, caseiros, capinadores de terrenos. As mulheres foram ser empregadas domésticas e os jovens caíram na prostituição e no tráfico de drogas, povoando as prisões de Guajará-Mirim.

Como é a relação dos remanescentes de quilombo com a sociedade envolvente?

Há um desconhecimento e um descaso por parte da sociedade em relação ao problema do quilombola. Isso é histórico também. Quando o governo militar projetou a colonização de Rondônia, ignorou as populações ribeirinhas. Doou para o colonos as terras que eram ocupadas pelos ribeirinhos e não estavam regularizadas em questão de titulação fundiária. Essas populações foram ignoradas, como é o caso da comunidade de Jesus, que ocupava uma área muito maior do que tem hoje. Antes do processo de regularização fundiária, viu as suas terras minguarem a dois lotes, como proposta dos fazendeiros que tomaram tudo, especialmente os seringais e os castanhais. Outra questão importante envolve a perda acentuada da identidade cultural. Isso é observado no Vale do Guaporé, inclusive em manifestações tradicionalíssimas como a festa do divino, que tem sido descaracterizada progressivamente. Perdem a identidade amazônica pela identidade sulista e perdem a capacidade de relacionar de forma sadia e equilibrada com o meio ambiente.

Apesar de tudo isso, ainda existe horizonte?

Eu vejo com bons olhos o trabalho do Incra, embora eu ache esse trabalho muito lento. Mas é indispensável que haja a regularização territorial. A terra de quilombo não se transforma em uma propriedade privada. Cada quilombola tem o seu lote. Ela é uma terra de uso comum. São áreas de coleta e manejo, o que contribui para preservar o espaço natural. Santo Antonio, por exemplo, é uma muralha de defesa da Reserva Biológica do Guaporé e não um inimigo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sou brasileiro, só isso!

O Brasil quer ser "Um país de todos", como dita a propaganda do governo. Porém, cada vez mais brasileiros procuram negar essa condição.

Ao invés de buscar a igualdade de todos, como quer fazer crer a Constituição de 1988, busca-se, de forma escancarada, quebrar a homogeneidade cultural, criando-se guetos, a exemplo do recém aprovado Estatuto da Igualdade Racial.

Sou negro, mas não me considero fisgado pela “mosca azul”, politicamente correta, que atende pelo famigerado epíteto de “afrodescendente”.

Sou brasileiro, sem demais pechas! É assim que quero ser reconhecido. Repudio qualquer instrumento que busque me taxar de maneira diversa.

Não me interessa nenhum estatuto que insista em me conceder beneplácitos que extrapole a minha condição de filho da pátria!

Sou um indivíduo dotado de inteligência, de dois braços, duas pernas, dois olhos, dois ouvidos e, principalmente, de dignidade.

Quero disputar tudo de igual para igual com qualquer patrício, seja ele branco, pardo, amarelo, ou encarnado. Sem privilégios espúrios.

Ao invés de perder tempo com essas marmotas, os parlamentares brasileiros deviam olhar para os bolsões de miséria existentes no País, buscando como eliminá-los.

A educação está aí, a gritar com tamanha ignorância. A tão propalada Reforma Tributária também seria prática bem mais interessante que aprovar estatutos fajutos, verdadeiras filigranas.

É inadmissível que o brasileiro - branco, preto, pardo, amarelo e até o encarnado - trabalhe quase cinco meses (para ser mais exato, 148 dias) do ano tão-somente para pagar impostos.

Especialmente, quando se sabe que toda essa montanha de dinheiro - arrecadada de maneira extorsiva - jamais voltará para a população em forma de benefícios.

O brasileiro hoje perde tempo brigando por bijuterias, enquanto o seu ouro é vergonhosamente expropriado. E ninguém diz nada!

Por muito menos - apenas 20%, o quinto, a chamada Derrama - nossos ancestrais deflagraram a Inconfidência Mineira durante o período colonial.

Não prego aqui nenhuma Inconfidência, muito menos aos moldes do século XXI. Até porque não seria fácil encontrar hoje um Tiradentes. Mas, convenhamos, algo precisa ser feito. E rápido.

E que não seja a aprovação de estatutos segregacionistas, a exemplo do que se viu nesta quarta-feira. Algo vergonhoso!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

TSE decide que Ficha Limpa também barra candidatos condenados antes da lei

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) votou na noite desta quinta-feira (17) a validade da Lei 135/2010, conhecida como Ficha Limpa, para processos iniciados antes de sua vigência. Seis ministros votaram a favor e um contra. O ministro Marco Aurélio Mello foi o voto contrário. (Leia mais)

Proibido o uso de celular em agência bancária

Dentro de um prazo de 90 dias, será terminantemente proibido usar telefone celular dentro de agência bancária. Quem desobedecer terá como pena a apreensão do aparelho, que será devolvido na saída do recinto.

No caso de alguma resistência, a polícia poderá ser chamada, para garantir a execução da lei, que foi aprovada na Câmara, sancionada pelo prefeito e publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (17).

Para ter validade, a lei precisará estar estampada em cartazes afixados em locais visíveis dentro da agência bancária. Pode-se tomar como modelo a frase abaixo: 

“É proibida a utilização de telefone celular ou equipamento similar no interior deste estabelecimento, ficando o infrator sujeito à ocorrência policial”.

Calma: isso tudo não é em Boa Vista, e sim na cidade de Curitiba, capital do Paraná.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Quanto é mesmo?

Quanto é mesmo R$ 3.577,00 vezes 3?

E o que se pensar sobre o fato de João e Janete Capiberibe terem perdido (cassados pela Justiça Eleitoral) os mandatos de senador e deputada federal, respectivamente, em razão de uma denúncia de terem comprado dois (só dois) votos, lá em Macapá?

E quanto custou mesmo cada voto comprado pelos Capiberibe?

Respondo: míseros R$ 26,00.

Como é injusta essa Justiça, não?

Olha a prova do...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Falando de calote...

Revendo alguns livros que ganhavam mofo na estante, deparei-me com um troféu que guardo para a posteridade. Um cheque no valor de R$ 3.577,00, expedido em 31 de janeiro de 2007. O troféu esteve o tempo todo sem fundos.

Foi-me passado pelo excelentíssimo senhor deputado estadual pequenininho Zé Reinaldo, aquele que é maior sentado que em pé.

Aliás, o seu tamanho é proporcional ao seu potencial de enrolão. O cheque era a 8.ª parcela de um total de dez, relativo ao acerto de contas trabalhistas do extinto Jornal BrasilNorte. A sentença foi dada pela Justiça do Trabalho.

Mesmo com a chancela de um meritíssimo juiz, o trato não foi cumprido. E ficou tudo por isso mesmo. Mais uma prova de que a Justiça pode muito, mas não pode tudo.

Zé Reinaldo não só não honrou a oitava parcela da sentença, como também não pagou as restantes. Ah, deputadozinho caloteiro, hein...

E o seu Rivaldo Neves, impoluto presidente da Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER), também tem lá sua parcela de culpa nessa história. O cheque foi assinado por ele.

Dando uma de joão-sem-braço, coloquei no cheque a indicação "Bom para o dia 9/jun/2010" e depositei na minha conta. No dia seguinte, o banco me liga e diz que aquilo e nada era a mesma coisa. A validade de um cheque é de apenas seis meses.

Que a sociedade roraimense saiba quem são alguns de nossos líderes. Bons tratantes!

Aposentados em alta

Ponto para o presidente Lula, por ter sancionado o reajuste de 7,72% para os aposentados.

A aprovação do presidente bateu de frente com os ministros das áreas econômica e previdenciária, que diziam não haver caixa para tanto.

Se necessário, que se faça cortes nos orçamentos. Cortes racionais. Não em pontos nevrálgicos, como a saúde e segurança.

Ganhamos!

Ô joguinho furreca!

Ganhamos, mas a Selecinha ainda não convenceu, não.

Mas vamos em frente. Pragmaticamente, o que interessa mesmo é o resultado.

 Brasil 2 X 1 Coreia do Norte. Poderia ser de 4, 5 a zero! Mas, fazer o quê, né?

 Ganhamos! É o que importa.

La nave va

Toda expectativa é pouca em torno da estréia da Seleção Canarinho no Mundial de 2010, que acontece daqui a pouco.

Meio desacredita, em razão da maneira como foi convocada, contra tudo e contra todos, mesmo assim, a esperança de vitória é grande.

Vitória não só nessa primeira fase - que, por ser a chave composta de seleções de pouco potencial ofensivo, parece mesmo melzinho na chupeta -, mas até a grande final do campeonato.

A hora é torcer. Torcer muito!!!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A flor

No intervalo dos afazeres inerentes à preparação de outra pessoa, uma pausa
para admirar a expressão de beleza que só a natureza sabe criar.

E, afinal, o que foi que Lula fez em seus dois mandatos?

"Para o Brasil seguir mudando, e a vida de seu povo ficar cada vez melhor, é preciso investir em SEGURANÇA PÚBLICA. Isso exige uma ação planejada e concentrada de segurança nas áreas urbanas. É preciso lutar contra o crime organizado. Contra o roubo de cargas. Contra o tráfico de armas e de drogas. Contra a praga destruidora do crack. O crack avança sobre a população de forma devastadora. É um crime contra a juventude, contra a família, contra a sociedade e contra a nação."

O texto acima é um pequeno trecho do discurso da ex-ministra e candidata do PT à Presidência. Falando assim, parece que Dilma quis dizer mesmo que Lula não fez nada de bom no governo no setor da segurança pública. E vai ver, não fez mesmo. Né não?

domingo, 13 de junho de 2010

Calor terrível

(Está na Coluna Claudio Humberto de hoje)

Presidente da Assembléia Legislativa de Roraima, Mecias de Jesus (PR) dá trabalho ao senador Romero Jucá (PMDB). Ele quer desbancar o favoritismo de Jucá e pode até vencer a eleição para o governo.

Um autêntico campeão


Todo campeão de Judô tem uma mãe dedicada dando o suporte.

Com o Francisco Espiridião Neto, um autêntico faixa azul, não poderia ser diferente.

Olha ele aí. Esse menino vai longe. Os adversários que se cuidem!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Começoooooooou!

Até que enfim, a Copa começou!

Dois jogos marcaram o primeiro dia de disputas. Dois empates.

A surpresa ficou por conta dos donos da casa, a África do Sul. A Bafana Bafana endureceu o jogo, segurou o México durante todo o primeiro tempo e começou o segundo ganhando de 1 X 0.

Depois de sofrer penâlti não marcado pelo juiz e bola no pé da trave, cedeu o empate já quase no fim do jogo.

Foi só o primeiro teste. Outros jogos virão para Felipão mostrar seu cacife.

Já no segundo jogo, à tarde, Uruguai e França não saíram do zero a zero.

Amanhã tem mais.

Vale o que Stalinácio quer, e acabou-se!

O Diretório Nacional do PT aprovou nesta sexta-feira (11) apoio a candidatura à reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB), no Maranhão.

A cúpula decidiu revogar a decisão tomada no encontro do diretório estadual petista, que tinha decidido apoiar a candidatura do deputado Flávio Dino (PCdoB) ao governo estadual.

PMDB aceita registro da pré-candidatura a presidente de Requião

A cúpula do PMDB decidiu aceitar o registro da pré-candidatura do ex-governador do Paraná Roberto Requião à Presidência da República.
Com isso, a convenção nacional do partido, que será realizada neste sábado (12), vai decidir no voto se lança candidato próprio ou se apoia a candidatura de aliança com o PT, apoiando Dilma Rousseff e com o presidente do partido, Michel Temer, como vice.

O peemedebista do Distrito Federal Antônio Pedreira também teve seu registro de pré-candidatura aprovado.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

E daí?

Gosto muito de ler Avery Veríssimo, no Twitter.

Não entendo nada. O linguajar é regado a desvairado xenofilismo.

Na minha repulsiva ignorância (alguns dizem santa), fico boiando o tempo todo.

Mas gosto.

O problema é meu!

VIDA INTELIGENTE

Problema com a célula artificial é que após criar a vida, o homem vai levar um tapinha nas costas: Agora é tua vez, cuida de tudo, dirá Deus (Avery Veríssimo).

Caminhada lenta enxuga até 3 kg em 7 dias

A atividade controla o apetite, reduz a barriga e firma pernas e bumbum mais depressa do que a marcha intensa

Por Andréa Soares e Isabela Leal

Fotos: Eduardo Svezia
Vanessa Scalise conquistou o corpo
dos sonhos. Foto: Eduardo Svezia

Parece milagre, mas não é. O exercício em ritmo lento desencadeia uma reação química no corpo que intensifica a perda de peso. De acordo com pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, ocorre diminuição na produção do hormônio responsável por estimular o apetite (a leptina), o que reduz os picos de fome.

''Todo gasto energético rápido tende a ser compensado por uma enorme vontade de comer. A vantagem da perda de energia lenta e gradativa é a adaptação do apetite'', explica o metabologista Roberto Carlos Burini, professor do Centro de Metabolismo em Exercício e Nutrição da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

E mais: passos lentos aumentam a produção do hormônio que prolonga a sensação de barriga cheia. ''Uma molécula de aminoácido age no cérebro criando a impressão de que o organismo está satisfeito'', explica a nutricionista funcional Daniela Jobst, de São Paulo.

A caminhada lenta ainda reduz 146% mais gordura abdominal do que a normal, garantem pesquisas da Universidade de Michigan, além de favorecer o emagrecimento por outro motivo: ''Ela causa o aumento da substância que ativa no organismo a queima de gordura, chamada catecolamina'', destaca o nutrólogo Edson Credidio, professor da pós-graduação da Sociedade Brasileira de Nutroterapia Funcional e Dietética, ligada à Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Além de ganhar um abdome retinho, você pode ter pernas modeladas e mais musculosas. A explicação é simples: ''Quando o ritmo é intenso, os níveis do hormônio do estresse, o chamado cortisol, são elevados e acabam retirando proteína dos músculos, o que reduz a massa muscular'', afirma o médico fisiologista do exercício Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Já o personal trainer Marcelo Garcia, que supervisionou as mulheres desta reportagem e é proprietário do Espaço Personal, de São Paulo, afirma: ''Em sete dias de caminhada lenta, quem não tem nenhum condicionamento físico pode conquistar pernas até três vezes mais enrijecidas''.

Mas para esse exercício surtir efeito, é essencial que você respire certo, porque o tempo entre a inspiração e a expiração é que vai determinar o ritmo das passadas e ajudá-la a se concentrar no movimento. O ciclo respiratório é o mesmo utilizado no Pilates (técnica de conscientização corporal). Ou seja, você inspira pouco e solta lenta e profundamente pela boca, concentrando a força de saída do ar no abdome.

''Um bom truque para sentir o movimento é empurrar o ar pela garganta. A cada três passos, puxe o ar pelas narinas e solte-o pela boca'', ensina o professor Marcelo Garcia. Dessa forma há maior liberação e assimilação de endorfina, hormônio do bem-estar, e estímulo do músculo transverso, que sustenta a barriga. Ao ser trabalhado, favorece a perda de medidas da região.

(Transcrito do site mdemulher.abril.com.br)

MG: fundadora chama PT de ‘farsa’ e decide abandonar o partido

Foto
SANDRA STARLING
Fundadora do PT, Sandra Starling abandonou nesta quarta (9) o partido pela “imposição” do nome de Hélio Costa (PMDB) como candidato da aliança com o PMDB ao governo de Minas Gerais.

Em artigo publicado no jornal O Tempo, Starling lembra que a convenção do PT tinha decidido pelo nome de Fernando Pimentel e não pela “imposição do PMDB”.

Starling disse que está “decepcionada” com o partido e concluiu: “pensei que ficaria no PT até meu último dia de vida. Mas não aceito fazer parte de uma farsa”.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Lei que permite castração química de pedófilos entra em vigor

Calma gente! a notícia ainda não diz respeito ao Brasil. A lei entrou em vigor, sim, mas do outro lado do Mundo, na Polônia. Veja como foi: 

A lei que permite castrar quimicamente os condenados por delitos de pedofilia e incesto entrou hoje em vigor, após ser aprovada pelo Parlamento nacional e o Senado na Polônia.

Pela norma, aqueles que cometeram delitos deverão submeter-se a um tratamento médico quando deixarem a prisão, embora antes de decretar a medida os juízes terão que consultar a opinião de psiquiatras e contar com a sua aprovação.

Tais remédios têm o objetivo de reduzir a libido e, portanto, a possibilidade de reincidência.

Organizações pró-direitos humanos fizeram fortes críticas à lei, proposta pelo primeiro-ministro, o liberal Donald Tusk, após uma série de casos de pedofilia que comoveu o país, entre estes o caso "Fritzl polonês", um homem que tinha mantido a filha adolescente fechada em casa e submetida a contínuas violações.

Tusk chegou a manifestar que os pedófilos e os que comentem incesto são "degenerados" e "desumanos", por isso não merecem os mesmos direitos dos demais.

A nova legislação deixará a Polônia com as normas mais rígidas da Europa para punir a pedofilia.

Já pensou se ela é aprovada também no Brasil? Casos como o do monstro preso semana passada aqui em Boa Vista, por abusar de uma criança de seis anos, sua própria filha, não mais aconteceriam.

As leis e a chacota

Mais uma desmoralização da Lei brasileira. A corrida pelo uso da cadeirinha nos veículos é emblemática. Aprovada em 2008, o prazo final para entrar em vigor era 9 de junho de 2010, hoje.

Na véspera, o Governo decide adiar o prazo para que a dita-cuja passe a valer. A justificativa: não há no mercado cadeirinha para todos os pais adquirirem.

A nova data da entrada em vigor agora é 1.º de setembro. Esperar para ver se vai vigorar mesmo.

A minha pergunta é: os dois anos que antecederam a primeira data prevista para entrar em vigor, desde que a resolução do Conselho Nacional de Trânsito foi aprovada, foi tempo insuficiente para que o mercado se preparasse?

Respondo: num país onde o presidente da República é o primeiro a fazer chacota das leis, esperar o que?

terça-feira, 8 de junho de 2010

Adiada a obrigatoriedade do uso da cadeirinha no transporte de crianças

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu nesta terça-feira (8) prorrogar o prazo para a obrigatoriedade do uso de assentos infantis especiais para crianças com até 7 anos e meio de idade no banco traseiro dos veículos de passeio. A medida estava marcada para entrar em vigor nesta quarta-feira (9). (Leia mais)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Nossos governantes

Por: Olavo de Carvalho, filósofo

Desafio o governo Lula e seus 60 intelectuaizinhos de estimação, os partidos de esquerda, o dr. Baltasar Garzón e todos os camelôs de direitos humanos a provar que qualquer das afirmações seguintes não corresponde aos fatos:

1. Todos os militantes de esquerda mortos pela repressão à guerrilha eram pessoas envolvidas de algum modo na luta armada. Entre as vítimas do terrorismo, ao contrário, houve civis inocentes, que nada tinham a ver com a encrenca.

2. Mesmo depois de subir na vida e tomar o governo, tornando-se poderosos e não raro milionários, os terroristas jamais esboçaram um pedido de perdão aos familiares dessas vítimas, muito menos tentaram lhes dar alguma compensação moral ou material. Nada, absolutamente nada, sugere que algum dia tenham sequer pensado nessas pessoas como seres humanos; no máximo, como detalhes irrisórios da grande epopéia revolucionária. Em contrapartida, querem que a opinião pública se comova até às lágrimas com o mal sobrevindo a eles próprios em retaliação pelos seus crimes, como se a violência sofrida em resposta à violência fosse coisa mais absurda e chocante do que a morte vinda do nada, sem motivo nem razão.

3. Bradam diariamente contra o crime de tortura, como se não soubessem que aprisionar à força um não-combatente e mantê-lo em cárcere privado sob constante ameaça de morte é um ato de tortura, ainda mais grave, pelo terror inesperado com que surpreende a vítima, do que cobrir de pancadas um combatente preso que ao menos sabe por que está apanhando. Contrariando a lógica, o senso comum, os Dez Mandamentos e toda a jurisprudência universal, acham que explodir pessoas a esmo é menos criminoso do que maltratar quem as explodiu.

4. Mesmo sabendo que mataram dezenas de inocentes, jamais se arrependeram de seus crimes. O máximo de nobreza que alcançam é admitir que a época não está propícia para cometê-los de novo – e esperam que esta confissão de oportunismo tático seja aceita como prova de seus sentimentos pacíficos e humanitários.

5. Consideram-se heróis, mas nunca explicaram o que pode haver de especialmente heróico em ocultar uma bomba-relógio sob um banco de aeroporto, em aterrorizar funcionárias de banco esfregando-lhes uma metralhadora na cara, em armar tocaia para matar um homem desarmado diante da mulher e do filho ou em esmigalhar a coronhadas a cabeça de um prisioneiro amarrado – sendo estes somente alguns dos seus feitos presumidamente gloriosos.

6. Dizem que lutavam pela democracia, mas nunca explicaram como poderiam criá-la com a ajuda da ditadura mais sangrenta do continente, nem por que essa ditadura estaria tão ansiosa em dar aos habitantes de uma terra estrangeira a liberdade que ela negava tão completamente aos cidadãos do seu próprio país.

7. Sabem perfeitamente que, para cada um dos seus que morria nas mãos da polícia brasileira, pelo menos 300 eram mortos no mesmo instante pela ditadura que armava e financiava a sua maldita guerrilha. Mas nunca mostraram uma só gota de sentimento de culpa ante o preço que sua pretensa luta pela liberdade custou aos prisioneiros políticos cubanos.

Desses sete fatos decorrem algumas conclusões incontornáveis. Esses homens têm uma idéia errada, tanto dos seus próprios méritos quanto da insignificância alheia. Acham que surrar assassinos é crime hediondo, mas matar transeuntes é inócuo acidente de percurso (e recusam-se, é claro, a aplicar o mesmo atenuante às mortes de civis em tempo de guerra, se as bombas são americanas). São hipersensíveis às suas próprias dores, mesmo quando desejaram o risco de sofrê-las, e indiferentes à dor de quem jamais a procurou nem mereceu.. Procedem, em suma, como se tivessem o monopólio não só da dignidade humana, mas do direito à compaixão. Qualquer tratado de psiquiatria forense lhes mostrará que esse modo de sentir é característico de criminosos sociopatas, ególatras e sem consciência moral.
Não tenham ilusões.

sábado, 5 de junho de 2010

Para refletir

Pesquisa do Ibope encomendada pela Rede Globo e jornal O Estado de S. Paulo (Estadão), divulgada hoje (5-6), mostra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com 75% de aprovação popular. Isso quer dizer o quê? Nada, absolutamente.

Quando deixou o governo, o então presidente Emílio Garrastuzu Médici, considerado o mais cruel de todos os presidentes militares - endureceu o regime de exceção, suprimiu a liberdade de imprensa, etc. -, tinha 7% a mais de popularidade que Lula. Seu governo era aprovado por 82% dos brasileiros.

Veja que durante o Governo Médici (1969-1974), "o Brasil crescia de 8,5% a 10% ao ano, o consumo alcançava níveis nunca antes vistos neste país, a bolsa de valores batia recordes, o governo investia em grandes obras como a Transamazônica e a Ponte Rio-Niterói" (Revista Veja 2-6-10). Já o PAC de Lula, há muito está emPACado.

No Governo Médici, foi concluído o acordo com o Paraguai para a construção da maior hidrelétrica do Mundo, a Itaipu Binacional, criado o Mobral e o Projeto Rondon, entre outras novidades na área social. 

Ao contrário de Lula, Médici chegou a ser aplaudido durante a realização de um jogo de futebol em pleno Estádio Mário Filho, o Macaranã, no Rio de Janeiro, lotado, numa época em que eram proibidas as manifestações populares, principalmente reivindicações salariais por trabalhadores. 

Níveis altíssimos de popularidade, portanto, valem tanto quanto uma nota de três reais. Não querem dizer nada. O vento leva.

Reboca o homem, meu!

E o presidente sacrossanto Lula da Silva, hein? Foi multado ontem, pela quinta vez, por propaganda eleitoral extemporânea em favor de sua candidata, a guerrilheira Dulce Maia, mais conhecida como Dilma Rousseff.

Acho que, como todas as faltas cometidas foram graves, ele acaba de perder a carteira. Aliás, creio mesmo que ele precisa urgentemente é ser rebocado para o pátio do Detran. Né não?

O poder dos poderosos

Sentiram só como neste país tudo é feito para beneficiar os poderosos? E ainda querem que eles, os poderosos, andem direitinho, dentro da lei. Em outras palavras, nos trilhos.

O inquérito que investigava crimes de desvio de contribuições previdenciárias descontadas de funcionários, falsidade ideológica e crimes contra a ordem tributária, todos praticados por determinado senador, foi trancado no Supremo Tribunal Federal.

A razão? Ora, o inquérito foi aberto por um "ordinário" delegado da Polícia Federal por determinação do Ministério Público Federal. Quem teria autoridade para pedir a abertura do bendito inquérito era tão-somente o Procurador Geral da República, e sob controle direto do Supremo.

Trocando em miúdos - e usando as próprias palavras do ministro Gilmar Mendes, do STF -, um "ordinário inquérito policial" (ordinário aqui é igual a de péssima qualidade, eu acho, né?) é insuficiente para levar a julgamento um membro do Congresso Nacional.

E depois vem a Constituição querendo que eu acredite naquela conversa mole de que todos são iguais perante a Lei. Me engana que eu gosto!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sem maniqueísmo, mas vale para reflexão (II)

Cinco milhões de pessoas marchando para Jesus, em São Paulo. Nenhum incidente, segundo confirmou a Polícia Militar de São Paulo (G1 - Globo).

Em Boa Vista, numa festinha boba que não deve ter reunido sequer 1.000 pessoas (estou sendo bastante otimista), dois crimes bárbaros na madrugada de domingo para segunda-feira (31/5): um adolescente morto e outro ferido gravemente, a tiros.

Aí, vem-nos à mente alguns motivos para reflexão: primeiro, o que faziam dois adolescentes livres, leves e soltos, perdidos na noite de Boa Vista?

Segundo: por que os pais não exigiram que eles estivessem em casa, dormindo, em segurança àquela altura da madrugada? Terceiro: não é mais proibida a presença de crianças e adolescentes nesses ambientes, altas horas?

Quarto e paro por aqui: acabar com as festinhas seria a saída? Nessa eu quero meter o meu bedelho. Minha resposta é categórica: não necessariamente!

Afinal, todos têm o livre arbítrio e sabem o que querem para suas vidas. Uma alternativa é cultuar o nome de Jesus na marcha em seu nome, num templo ou mesmo em casa. Afinal, Ele é digno de toda honra e glória.

Mas, também, todos estão livres para se esbaldarem na buraqueira. Quem opta por essa segunda alternativa precisa saber a que está se expondo.

Não devia ser assim, mas, invariavelmente, no mundão muitos extrapolam as regras de convivência social, a ponto de cometerem descalabros que tantas dores e angústias causam aos semelhantes.

A escolha é livre. As consequencias, nem tanto.

Alea jacta est!

Sem maniqueísmo, mas vale para reflexão

Cerca de cinco milhões de pessoas participaram neste Corpus Christi (3/6) da Marcha para Jesus, em São Paulo. Foram percorridos pela multidão pouco mais 4 quilômetros. A festa, que começou às 10 horas com a partida da marcha, terminou por volta das 21 h, com apresentações de músicas evangélicas, na Praça Bagatelle.

"O apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo, afirmou em entrevista à imprensa que o número de pessoas "correspondeu à expectativa". Disse também que NENHUM INCIDENTE FOI REGISTRADO DURANTE O PERCURSO. A PM CONFIRMA A INFORMAÇÃO. Segundo a corporação, o evento transcorre sem problemas." (G1-SP).

No próximo domingo será a vez da Parada Gay, na mesma cidade de São Paulo e, espera-se, com a mesma quantidade de pessoas. Será que a Polícia vai registrar incidentes?

Pode não

Tá lá desse jeitinho mesmo, no blog do ongueiro Jorge Serrão, o alertatotal.net, de quarta-feira (2):

"Problemas para o empresário televisivo Romero Jucá – que anda com dificuldades políticas para se reeleger senador.

"O cidadão Geraldo Magela Fernandes da Rocha promete ingressar no Supremo Tribunal Federal com mandado de segurança visando a anulação imediata da Portaria 1030 de 2009, que transferiu, ilegal e irregularmente, a RTV Canal 08 de Boa Vista - RR, de uma Fundação sem fins lucrativos para uma Empresa Comercial pertencente ao filho do Senador Romero Jucá.

"A Advogada da União, Socorro Janaina M. Leonardo, foi notificada sobre o “descumprimento dos artigos 42, 44, 48 e 49 da Lei 9784 de 1999, que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública, por parte do Ministério das Comunicações, com relação a decisão do requerimento que originou o Processo MC 53000.015447/2010, que tramita no Ministério das Comunicações desde o dia 30 de março de 2010”."

Sem templo e sem altar. Mas pensar é preciso

Artigo publicado no Alerta Total – www.alertatotal.net, 2-6-2010

Por Nadir Cabral

Ouvi a pouco que é iminente restaurar intelectualmente a religião, e isso lembra a visita do Papa João Paulo II ao Brasil, o qual observou que a fé dos brasileiros é emocional, lúdica, estética.

É fácil perceber isto. O brasileiro vai à igreja ou a outro templo religioso para se sentir bem. É uma espécie de religião de autoajuda, onde fala-se e ouve-se o que se quer ouvir e falar.

Em algum lugar do passado houve um desvio do caminho da retidão e o povo brasileiro perdeu-se num labirinto de mentira e de autoengano. Ninguém quer ouvir do pregador a proposta da conversão, da entrega, do sacrifício e do rompimento com o mundo.

Atualmente, os erros de uma denominação servem de fiança para que outras se firmem em face dos seguidores. Concordo com Padre Paulo Ricardo quando diz que “qualquer pedaço de pau serve pra bater na Igreja Católica”.

O povo que se diz religioso está cego para o fato de que a “besta” descrita na bíblia, cujo significado é “Poder”, ainda está a crer que seja o papado essa tal “besta”. Acordem. Atentem para o poder político. Quem defende o aborto, a liberação de drogas, o desmantelamento da família, o fim da propriedade privada e da fé?

A “prostituta” do Apocalipse traja-se de vermelho púrpura, mas não se engane. Não é o tom de vermelho do paramento de Sua Santidade. Subentende-se que o Papa Bento XVI, defende a vida, a família e a fé cristã em toda a sua essência, por isso é criticado, caluniado e até execrado não só no Brasil, mas mundo afora.

Ser cristão é politicamente incorreto. Escarnecem de Cristo a ponto de culpá-lo até pela Inquisição e os “cristãos” parecem vencidos diante desse flagrante desatino.

No livro “Introdução ao Cristianismo”, o Cardeal Ratzinger, atual Papa, expõe de maneira muito lúcida, elegante e inteligente o verdadeiro significado histórico da presença de Cristo na Terra. O livro é uma preciosidade. A pessoa que deseja descobrir verdadeiramente o motivo de sua crença deve torná-lo “livro de cabeceira”.

Só para se ter uma idéia da importância desse livro e de como ele se presta a fortalecer e a confirmar a fé cristã, no final do capítulo dois, onde o autor discorre longamente sobre os “desdobramentos da profissão de fé e a natureza do culto cristão”, há um relato sobre o livro “A República”, de Platão.

No relato ele comenta “a imagem do justo crucificado”, delineada por Platão, 400 a.C. Quais seriam as características “de um homem totalmente justo neste mundo”? Platão conclui que “a justiça de um homem só é perfeita e comprovada quando aceita as aparências da injustiça, porque só assim ficaria provado que ele não se importa com a opinião dos outros, mas apenas com a justiça pela justiça”.

Assim, segundo Platão, “o verdadeiro justo deve ser um incompreendido e perseguido”. E continua: “Eles dirão que o justo, tal como o representei, será açoitado, torturado, acorrentado, terá os olhos queimados, e que, finalmente, tendo sofrido todos os males, será crucificado...” Ecce homo”. Eis o homem! Jesus Cristo! A verdade do ser humano é a mentira. “Todos os homens são mentirosos”, Salmos, 116, 11. O Maligno não suporta o justo.

“A verdade do homem está na sua insistência em querer derrubar a verdade”. A cruz revela exatamente o que é o homem: dura cerviz (cabeça dura, imbecil, tolo), incircunciso de coração e de ouvido, traidor, homicida e resistente ao Espírito Santo. Esses “mimos” são de Santo Estevão, o primeiro mártir cristão. Mas também revela o que é Deus: amor infinito e incompreensível à criatura humana.

E, por falar em mártir, a impressão que se tem é a de que eles não mais existem. Engano. O século XX foi o século que mais martirizou cristãos, seja na Espanha, no México, na pessoa de Hitler, Stálin e associados.

Cristãos estão sendo martirizados agora em quantidade maior do que o foram os primeiros cristãos. Mas Deus parece impassível diante de tantos martírios. Martírios físicos, sim. Porém, muito mais abundantes em caráter moral. É proibido ser cristão. É proibido orar em nome de Jesus. Ofende as minorias. Não se pode ser cristão, professar a fé cristã. O que é isso afinal? Cristo morreu por todos ou por muitos?
Assim como Elias ironizou e ridicularizou os sacerdotes de Baal: “Gritai mais forte, é um deus, tem preocupações, necessitou ausentar-se, teve de sair; talvez esteja dormindo e é preciso despertá-lo!” (IRs, 18:27). Isso acontece hoje! Estão fazendo a mesma coisa com o Cristianismo!

Não é de arrepiar que essa mesma situação recaia sobre os cristãos nesse momento? Deus parece não ouvir os gritos. Qual a raiz desse ataque sistemático à Igreja Católica no mundo todo? Qual a razão de a Grande Mídia se empenhar tanto em destruir a fé cristã? Quem está financiando esse projeto? Você é capaz de se sentir seguro nesse mundo? Onde está o motivo de tantos insultos e escárnio à Pessoa que “julga o ser humano, salvando-o?”

O Cristianismo é a única fonte da qual emana as formas de responsabilidade comum dentro do mundo. Nunca foi ensinado ao cristão os caminhos de superação do mundo, porque isso é impossível. O mundo não é apenas maia, aparência. O mundo é real.

O que está a acontecer nesse exato momento é que desviaram o eixo de entendimento do que seja real. O mundo existe! Lamento informar. Só Cristo venceu o Mundo. Ele é a verdade. E isso significa que para se viver de verdade, usufruir de uma vida abundante e plena, é necessário que se enxergue o mundo na perspectiva que Cristo enxergou. Isso é a verdade. “Jesus é a meta para a qual fomos criados”.

Pilatos não obteve resposta quando perguntou a Jesus “o que é a verdade?” justamente porque não estava em condições de receber a resposta. “Uma lei constitutiva da mente humana concede ao erro o privilégio de ser mais breve do que a sua retificação”. Nunca se vence o diabo com os métodos do diabo.

Não se esqueça de que, “nos dias que correm, a simples adesão a um novo preconceito faz um sujeito se sentir livre de preconceitos”. Igrejas vazias, paredes vazias, mentes vazias. Tudo esvaziado de verdade e conteúdo.

Naquela trágica sexta-feira, o túmulo emudeceu Jesus. Seus seguidores se sentiram desamparados e amedrontados. O sábado que se seguiu à crucificação foi o mais longo de toda a eternidade! Deus estava em silencio! A sensação era a de profundo abandono. Muitos seguidores de Cristo devem ter pensado: fui seguidor de um executado, de um derrotado que não se defendeu das acusações a ele impostas.

O pensamento que segue é bastante complexo e teológico demais para quem nada entende de teologia, porém, quando Jesus padecendo na cruz em seus instantes finais exclama: “Deus, Deus, porque me abandonastes?”, e esse é o momento em que o texto bíblico diz: “Desceu aos infernos”, sente-se muito mais que um arrepio, mas um verdadeiro pavor ao imaginar que o amor de Deus é tão insensato que Ele é capaz de passar pela experiência de descer até aos mais profundos abismos infernais para resgatar a alma humana de seu pecado.

E que se tal fato não tivesse ocorrido, todos estariam condenados à morte eterna. Jesus desceu ao sheol, morreu de verdade. Acredite. Não saiu da cruz vivo, como diz alguns ateus metidos a escritores, ou alguns demônios na pele de Deus.

O ser humano é tão vil que foi capaz de matar Deus, não uma vez, mas duas. Nietzsche, também não o fez?

Mas chegou o domingo da ressurreição. E só é capaz de aceitar isto quem tem juízo, quem não está contaminado pelo cientificismo idiota que manda na mente humana atualmente.

Deus não nos abandonou. Deus nos fala através de seu silêncio. Não apenas fala, mas grita também. Os sofrimentos impostos aos cristãos de hoje não são diferentes daqueles impostos aos cristãos dos primeiros tempos. O que muda é a perspectiva de entendimento.

O aparente silêncio de Deus em face aos dias de tempestade e escuridão pelos quais vêm sofrendo os cristãos pode ser um sinal de iminente transformação.

“Deus não é somente a Palavra inteligível que vai ao nosso encontro, ele é também aquele fundo sigiloso e inacessível, incompreendido e incompreensível que foge à nossa percepção”.
“É mais fácil morrer do que pensar”, diz o filósofo. Esforcemo-nos pelo pensar.
Nadir Cabral é Professora Universitária.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Dilma está sob o efeito da Lei de Murphy

(*) Elio Gaspari

A nação petista está diante de uma manifestação virulenta de uma versão 2.0 da Lei de Murphy: “Quando uma coisa pode dar errado ela dá errado. Quando uma coisa pode dar certo para nosso adversário, ela dá certo”.

Em poucas semanas, tudo o que podia dar errado para Dilma Rousseff errado deu. Uma visita ao túmulo de Tancredo Neves acabou em encrenca. (Quem se lembra de outra pessoa criticada por visitar cemitério?)

Arriscou fazer uma omelete diante da apresentadora Luciana Gimenez e contentou-se com ovos mexidos. A mocinha da Passeata dos Cem Mil não era ela, mas Norma Bengell.

Ciro Gomes, que em 2005 foi um dos administradores da crise do mensalão, saiu da campanha presidencial atirando em Dilma e massageando José Serra, o “mais preparado, mais legítimo, mais capaz”.

Ciro conhece sua ex-colega de Ministério: “Durante meses, amanheci todos os dias às 7 da manhã no Planalto. Eu, Dilma Rousseff e Marcio Thomaz Bastos. A gente passava a manhã inteira debatendo a crise, procurando saídas para o problema. Depois, despachávamos com Lula”, contou ele à repórter Daniela Pinheiro.

José Serra entrou em campo livre das chuvas, com um PSDB unido, beijou Aécio Neves, subiu nas pesquisas e, muito provavelmente, está numa linha ascendente.

Serra propôs a criação de um ministério da Segurança e viu-se aplaudido. Se outro candidato fizesse o mesmo, seria acusado de oferecer o mais surrado e inútil dos emplastros burocráticos. (Como o PT criou o Ministério da Pesca, é melhor que evite o tema.)

Os efeitos da Lei de Murphy 2.0 são sempre transitórios. Ora as coisas começam a dar certo, ora dão errado para o adversário, mas para que isso aconteça é preciso que o candidato faça alguma coisa.

Até hoje Dilma Rousseff apresentou-se como a candidata de Lula e perguntou a um grupo de entrevistadores da revista “Época”: “Vocês acham que eu tenho cara de poste?” Como não há postes com cara de Dilma, a frase é boa, mas não quer dizer nada.

Faltam seis meses para a eleição, e ela ainda não mostrou um rosto. Ganha uma viagem de ida a Cuba quem puder escrever 20 linhas sobre o tema “O que ela traz de novo?”

A ideia de que seja possível avançar na campanha sem responder a essa pergunta é suicida. Supor que o problema possa ser resolvido em conversas com Lula, a quem chamou de “Grande Mestre”, presume que Nosso Guia tem os poderes de Yoda, o sábio de “Guerra nas Estrelas”.

Uma conversa de Dilma com Lula só será decisiva a partir das angústias e dificuldades que ela tiver contado ao padrinho.

Se o PT e Dilma Rousseff acreditam que vencerão pela força de uma gravidade eleitoral de Lula, o mês de maio começa com uma advertência: há muita roda e pouca baiana.

(*) Jornalista