terça-feira, 28 de agosto de 2007

De Mulas e Cultura

O Programa Red de Escuelas Rurales Emprendedoras, da Universidad Valle del Momboy, da Venezuela, está inovando. Usa mulas para disseminar conhecimento e cultura. Põe livros em lombos dos animais e sai distribuindo em comunidades rurais de Valle del Momboy, no município de Vallera.

A iniciativa rendeu o prêmio "Arturo Uslar Pietri”, oferecido pelo Jornal El Diário de Caracas. Dá até para a gente imitar por aqui. Já pensou numa mula carregada de livros para distribuir nos cafundós do Orinduque, heim? (Fonte: http://bleog.wordpress.com/2007/08/27/mulas-disseminam-conhecimento-na-venezuela/).

Sem comparação

Guitarras que me perdoem, mas um violão bem solado, não há com que se comparar. Manassés Guerra (Gospel), Turíbio Santos e Sebastião Tapajós -aluno do grande mestre espanhol Emilio Pujol- que o digam. Meu pai, Sílvio Chagas, hoje com 94 anos, foi um exímio violonista. Ganhou muito dinheiro tocando em festas no interior de Rondônia e do Acre. Eu não tiro nem um lá ou um fá daquelas cordas. Infelizmente.

Canoa da Alegria

Numa canoa que cabe apenas oito, como colocar 13 e a danada não fazer água? É póssível. O teste foi feito na tarde de hoje (27), início da noite. Eu vi. Não foi ninguém que me contou, não. Pode até ser que ninguém tenha me visto no local, mas meus olhos estavam lá. Com certeza...

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Bom ficar esperto...

Por volta das 11 horas de hoje (23), o STF liberou a entrada de fotógrafos no recinto da sessão que julga se aceita ou não a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra os 40 acusados de participação no esquema do mensalão, cujo chefe da quadrilha é o ex-ministro José Dirceu (PT), segundo o procurador Antônio Fernando de Souza.

A permanência de fotógrafos no local foi impedida na sessão de hoje em razão de, ontem (22), dois deles terem conseguido fotografar os laptops dos ministros Carmem Lúcia e Ricardo Lewandowski (Lewando o quê?), no momento em que conversavam animadamente via intranet do Tribunal, durante a sessão, falando mais do que deviam.

O episódio, publicado com requintes de detalhes pelo jornal O Globo, edição de hoje, não passou despercebido. O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) usou a tribuna do Senado para exigir explicações dos dois ministros, fato, aliás, que todos nós brasileiros gostaríamos de fazer.

Ainda bem que o presidente da mais alta Corte de Justiça do País teve o bom senso de recuar. Sua atitude inicial denotava nada mais que um ato escrachado de revanchismo, sentimento descabido por completo dentro do Estado de Direito que embala o País.

Salutar é que pessoas investidas de autoridade evitem cometer atos impróprios, seja falando (Marta “Relaxa e Goza” Suplicy), seja escrevendo no laptop ou mesmo gesticulando numa sala deserta (Marco Aurélio “Top-Top-Top” Garcia).

É por essas e outras que o Brasil começa a se manifestar. O movimento “Cansei!” está aí para comprovar. Trata-se de mobilização latente. Não tão exacerbada quanto a dos “Caras Pintadas” da era Collor. Mas vem comendo pelas beiradas.

O importante não é conseguir escapar de ser pego com as calças nas mãos, mas sim, ter certeza de que não dará oportunidade a que isso aconteça. Aliás, atos dessa natureza em nada acrescentam e só servem para jogar mais combustível na fogueira da descrença total nos homens e públicos (quis dizer homens e mulheres).

Bom ficar esperto...

Por volta das 11 horas de hoje (23), o STF liberou a entrada de fotógrafos no recinto da sessão que julga se aceita ou não a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra os 40 acusados de participação no esquema do mensalão, cujo chefe da quadrilha é o ex-ministro José Dirceu (PT), segundo o procurador Antônio Fernando de Souza.

A permanência de fotógrafos no local foi impedida na sessão de hoje em razão de, ontem (22), dois deles terem conseguido fotografar os laptops dos ministros Carmem Lúcia e Ricardo Lewandowski (Lewando o quê?), no momento em que conversavam animadamente via intranet do Tribunal, durante a sessão, falando mais do que deviam.

O episódio, publicado com requintes de detalhes pelo jornal O Globo, edição de hoje, não passou despercebido. O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) usou a tribuna do Senado para exigir explicações dos dois ministros, fato, aliás, que todos nós brasileiros gostaríamos de fazer.

Ainda bem que o presidente da mais alta Corte de Justiça do País teve o bom senso de recuar. Sua atitude inicial denotava nada mais que um ato escrachado de revanchismo, sentimento descabido por completo dentro do Estado de Direito que embala o País.

Salutar é que pessoas investidas de autoridade evitem cometer atos impróprios, seja falando (Marta “Relaxa e Goza” Suplicy), seja escrevendo no laptop ou mesmo gesticulando numa sala deserta (Marco Aurélio “Top-Top-Top” Garcia).

É por essas e outras que o Brasil começa a se manifestar. O movimento “Cansei!” está aí para comprovar. Trata-se de mobilização latente. Não tão exacerbada quanto a dos “Caras Pintadas” da era Collor. Mas vem comendo pelas beiradas.

O importante não é conseguir escapar de ser pego com as calças nas mãos, mas sim, ter certeza de que não dará oportunidade a que isso aconteça. Aliás, atos dessa natureza em nada acrescentam e só servem para jogar mais combustível na fogueira da descrença total nos homens e públicos (quis dizer homens e mulheres).

O Suicídio de Vargas

Hoje completa 53 anos. No dia 24 de agosto de 1954, o então presidente Getúlio Vargas cometeu suicídio no Palácio do Catete, com um tiro de revólver no peito. Deixou uma carta-testamento, em que denunciava forças ocultas e terminou com a frase saio da vida para entrar na história. A carta de Vargas foi transmitida por rádio, para todo o Brasil.

Faleceu o pastor e professor Darci Dusilek

O Pastor Darci Dusilek morreu no dia 16 de agosto. Era bacharel em Teologia (STBSB, 1968), Filosofia e Letras (Universidade de Mogi das Cruzes, 1974), e possuía curso de especialização em Documentação Científica (UFRJ, 1972) e mestrado em Ciência da Informação (UFRJ, 1974). Líder batista atuante, foi diretor da Visão Mundial, pastor da IB Itacuruçá, presidente da Ordem dos Pastores Batista do Brasil e da Convenção Batista Brasileira.

Emitente escritor

Como escritor, o Pastor Dusilek publicou várias obras, entre elas destacamos: Teologia ao Alcance de todos - inclusive você; A igreja; Modelos de Igreja no Novo Testamento; A Arte da Investigação Criadora: Uma Introdução à Metodologia Cientifica, Marcas da Igreja; Oásis no Deserto; Amargura ou amar cura?; A Nova Vida em Cristo; e O que Deus sabe sobre o meu futuro?

Professor emérito

Atualmente era diretor da Escola de Teologia da Universidade do Grande Rio "Prof. José de Souza Herdy" (UNIGRANRIO) e professor de teologia sistemática do STBSB e do Seminário Batista de Duque de Caxias. Oremos por sua esposa Nancy Dusilek e seus filhos, pr. Sérgio Dusilek e Heloísa Gonçalves Dusilek.

Caso Renan

A contabilidade rural do presidente do Senado "implica em resultado fictício", segundo os peritos da Polícia Federal. O laudo diz ainda que o rebanho se multiplicou ao longo dos últimos anos, mas sem registros de despesas para manter a criação de gado nas fazendas.

Outra coisa errada

Documentos analisados pelos peritos revelaram que Renan Calheiros não declarou ao fisco um empréstimo de 178 mil reais, tomado em 2005 da Costa Dourada Veículos, empresa que presta serviço a órgãos públicos em Alagoas.

Papéis prejudicam senador

A perícia da Polícia Federal nos documentos de Renan Calheiros acabou por reforçar outra denúncia contra o presidente do Senado: a de que recorreu a laranjas, entre eles Tito Uchôa, para se tornar sócio de emissoras de rádio e jornais em Alagoas.

Presente para o filho

O dinheiro usado por Renan Calheiros Filho -conhecido como Renanzinho- para se tornar sócio do Sistema Costa Dourada de Radiodifusão e montar a Correio Gráfica é do pai dele. Ou seja, o presidente do Senado financiou os dois negócios da família.

Os olhos de cada um

Seria ótimo se a perícia nos documentos do presidente do Senado, Renan Calheiros, dissesse categoricamente se o senador é culpado ou inocente. As discussões sobre o caso estariam encerradas, o destino de Renan determinado. Mas não é bem assim.

Depende do ângulo

Na perícia, é possível ver tão-somente o que se quer ver. A oposição vê o atestado de culpa de Renan, já os aliados facilmente acham as frases que confirmam suas teses. Tudo depende dos olhos de cada um. Os causos de Renan ainda vão dar muito pano para manga.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Nicotina

A busca desenfreada pelo lucro no setor tabagista não tem limites. Nos Estados Unidos, o nível de nicotina encontrado nos cigarros subiu 10% nos últimos seis anos, o que torna mais difícil para os fumantes largarem o hábito e mais fácil para os novatos adquirirem o vício, de acordo com relatório divulgado pelo Departamento de Saúde do Estado de Massachusetts.

Chavismo

Por mais que negue, o terceiro mandato de Lula está em marcha. Não existe, no PT, um candidato natural, alguém de que se fale ser candidato inconteste à sucessão do presidente Lula. Com uma oposição claudicante, será fácil, fácil.

Mudança de hábito


Acabou-se o que era doce. Os bancos, acostumados a liberar empréstimos sem a menor garantia a qualquer correntista que tivesse conta-salário, agora terão que pensar duas vezes antes de fazê-lo. É que já não mais poderão bloquear a conta-salário do indigitado tomador do empréstimo para saldar as parcelas.


Só na Justiça

A decisão é do Superior Tribunal de Justiça, pela unanimidade de seus ministros. Ao conceder empréstimo a trabalhadores – de qualquer esfera, funcionários públicos, iniciativa privada ou aposentados –, os bancos não poderão mais contar com “favas contadas” na recepção das parcelas. Caso se registre inadimplência, terão que recorrer à Justiça para receber o que julgam de direito.

O Brasil tem jeito

Digna de encômios a iniciativa da Prefeitura de Boa Vista, através da Secretaria Municipal de Educação. Está implantando nas escolas municipais o Projeto de Letramento. Ensina o aluno a aplicar na vida o que aprende na escola. Coisa de Primeiro Mundo.

Falência Múltipla

O mensalão, que começa a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mostra que no Brasil é assim: dinheiro demais para uma meia-dúzia de apaniguados e de menos para a grande maioria da população, que tem de conviver com estradas intrafegáveis, saúde na UTI, escolas que produzem no máximo analfabetos funcionais, gente dormindo pelas calçadas, medo de ir à esquina et coetera.

Refúgio dos Aflitos

A Primeira Igreja Batista Brasileira do Sul da Flórida (Estados Unidos) é o refúgio de brasileiros em terras do Tio Sam. Localizada no bairro chique de Boca Raton (Flórida), a Igreja disponibiliza seus sete hectares para o serviço social em prol daqueles que se encontram longe de casa, longe do consolo familiar.

Ambiente familiar

Além das atividades evangélicas, na qual se destacam os dois cultos aos domingos: às 9 da manhã e às 7 da noite, com pregações da Palavra de Deus proferidas pelo pastor Silair Almeida, a Igreja realiza um programa tentacular de assistência comunitária, que inclui promoções, festas, reuniões de congraçamento, ensino, distribuição de publicações, enfim, faz com que o brasileiro se sinta feliz, num ambiente de família.

Consulado

Esse ambiente aconchegante conseguiu dobrar até mesmo o Consulado-Geral do Brasil naquele Estado. Uma vez por semana, às quartas-feiras, o Consulado instala nas dependências da Igreja uma unidade itinerante. Lá, atende brasileiros que se acham em busca de algum tipo de socorro.

Vida dura de imigrante ilegal

-- Se soubessem da dureza que iam encontrar aqui, eles não viriam -–, diz o cônsul-geral do Brasil em Miami, embaixador João Almino, falando sobre as mais diversas dificuldades enfrentadas por brasileiros que entram ilegalmente no país. O pior para um imigrante ilegal é o fato de não encontrar trabalho antes de o dinheiro acabar, ficando exposto à triste sina de se ver preso pelo rigoroso serviço de imigração.

Seriedade

Ao eleger a igreja do pastor Silair para instalar a unidade itinerante, o consulado levou em conta, obviamente, a localização e o imenso espaço disponível, o maior de uma igreja brasileira na Flórida, talvez no País. Mas pesou, acima de tudo, o sólido conceito de seriedade que goza essa igreja junto à comunidade brasileira.

O agir de Deus

A Primeira Igreja Batista Brasileira do Sul da Flórida foi organizada em 1991 com apenas cinco pessoas, em uma pequena casa com algumas cadeiras, conforme comenta o pastor Silair, com modéstia. Graças ao agir de Deus, hoje, a igreja distribui comida e roupa a necessitados e empresta até carro usado para os que acabam de chegar, uma vez que o transporte coletivo é uma raridade na Flórida. As atividades religiosas e de assistência pelo Consulado-geral atingem milhares de imigrantes brasileiros. (Fonte: http://odia.terra.com.br/mundo/htm/geral_119025.asp)

domingo, 19 de agosto de 2007

Olho vivo

"A partir de quarta, o STF decidirá se aceitará dar início a uma ação penal contra os 40 denunciados, se excluirá alguns da acusação feita pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, em março de 2006 ou se rejeitará a denúncia como um todo."

Nunca se sabe...

O texto acima faz parte do artigo do colunista Kennedy Alencar, da Folha Online, deste domingo, sobre o julgamento dos mensaleiros pelo Supremo Tribunal Federal. Rejeitar a denúncia como um todo, a princípio, parece praticamente impossível, pois parte dos acusados já confessou delitos como prática de caixa dois. Mas nunca se sabe, né?

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Mulher de malandro

É dolorido ver a "Última flor do Lácio, inculta e bela" tão maltratada assim. Dói na vista ler "Presentei seu pai..." em vez de "Presenteie seu pai..." em fulgente outdoor postado na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, bem defronte à entrada do Parque Anauá.

O mesmo pecado ocorre quando se lê "Saborei", (segunda pessoa do plural do modo imperativo do verbo saborear mais capenga não se viu ainda, arrgh!) postado numa placa publicitária defronte ao Cine Super K, no Complexo Airton Senna.

Isso, no entanto, não é de hoje, não. Quando Olavo Bilac escreveu que a última flor do Lácio é inculta, porém bela, fazia alusão triste e incômoda àqueles que tratam a língua portuguesa, a última das filhas do latim, como mulher de malandro, que precisa apanhar à vontade. E como batem na pobrezinha...

Mesmo assim podemos dizer:

"Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!"

domingo, 12 de agosto de 2007

Antropologia da danação

Leia reportagem de Leonardo Coutinho na VEJA desta semana. Tribos brasileiras ainda praticam o infanticídio. O texto traz histórias de arrepiar. Impressionante é que tal prática, acreditem, é tolerada por antropólogos e indigenistas da Funai (Fundação Nacional do Índio) sob o argumento de que impedi-la corresponderia a interferir na cultura dos índios. Treze 13 etnias ainda eliminam as crianças que apresentam alguma deficiência. Segundo levantamento da Fundação Nacional de Saúde, só os ianomâmis mataram, entre 2004 e 2006, um total de 201 crianças. O que dizer desses “especialistas” que se calam diante da morte? Seu relativismo cultural os torna cúmplices de homicídio. (Blog do Reinaldo Azevedo, 11/8)