sábado, 29 de setembro de 2007

Baixaria togada

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa protagonizaram nesta quinta-feira (27) um bate-boca público, com ofensas das duas partes.

Foi durante a sessão plenária, que foi transmitida ao vivo pela TV Justiça.

No momento mais tenso, Barbosa repreendeu Mendes por tentar mudar o resultado de um julgamento já concluído e, com isso, beneficiar servidores de Minas Gerais contratados ou promovidos de forma irregular:

"Isso é jeitinho. Temos que acabar com isso".

Mendes retrucou vociferando que o colega não tinha condições de lhe dar "lição de moral". Barbosa se manteve calado, sem resposta.

Dia de vaiar corrupto

Dezessete capitais e cidades brasileiras realizam hoje, sábado (29 de setembro) uma mobilização pelo resgate da ética e da moral na vida pública. Infelizmente Boa Vista ficou de fora dessa.

A proposta do movimento é vaiar todos os corruptos e gritar "FORA! Por um Brasil melhor para nossos descendentes. Mais segurança pública, reaparelhamento das FFAA, CADEIA PARA CRIMINOSO! PUNIR AO RIGOR DA LEI!"

Privatizando a Amazônia

Por Luis Gonzaga de Paulo (*)

Na cara dura, o governo anunciou nesta semana seu mirabolante plano para salvar a Amazônia: privatizá-la. Isso mesmo! O que o governo do partido dos companheiros, tão avesso à privatização - aliás, como a todo o restante das práticas de outros partidos que acabou incorporando, aprimorando e ainda reclamando a autoria - acaba de anunciar, não pode ser chamado de outro nome senão de a privatização da Amazônia.

É mais do que preocupante. Há pouco, sob orientação desse mesmo governo, o Brasil se declarou favorável ao reconhecimento de nações indígenas praticamente autônomas, dentro das quais nem mesmo as Forças Armadas poderão agir... Ainda não é lei. Ainda. Considerando que quase 10% do território nacional já é composto de reservas, coincidentemente instaladas em pontos geográficos estratégicos ou sobre imensas jazidas, dá para imaginar o que pode acontecer em um futuro não muito distante: Já pensou?

A "República Bolivariana Raposa Serra do Sol", por exemplo, seria um magnífico exemplo de democracia e "socialismo". Afinal, se o "índio cocaleiro" pode conduzir a revolução bolivariana na Bolívia, qualquer outro índio também o poderá, não? Não vão faltar repúblicas...

Voltando à Amazônia, seria cômico se não fosse trágico. O plano mirabolante é permitir o "manejo sustentado" que pressupõe a extração de madeira, entre outras atividades. Lógico, tudo controlado pelo governo. Por esse mesmo governo, que não consegue controlar absolutamente nada na situação atual, da biopirataria ao tráfico de drogas e invasão por narcoguerrilheiros, passando por queimadas, grilagem, desmatamento, extração ilegal e contrabando de madeira, pedras preciosas e ouro.

Apesar disso tudo, o governo achou a solução: leiloar a guarda de lotes da Amazônia para a iniciativa privada... E eu que achava que eram lorotas as histórias de ONGs estrangeiras que arrecadavam fundos para "comprar" a Amazônia... Ótimo negócio, esse!!! Sou favorável à privatização. Incondicional. Deveria restar ao governo apenas as funções legislativas e judiciárias, policias, forças armadas e agências regulatórias. Nem educação, nem saúde, nem previdência...

Quanto menos governo, menos impostos, menos corrupção. Entretanto, nesse caso em específico, duas coisas chamam a atenção: a naturalidade com que os outrora anti-privatistas anunciaram a solução mágica, e a excessiva confiança no sucesso do processo todo, como se fosse a coisa mais simples e natural possível. Algo assim como o famoso ovo de Colombo, que só não foi implementado por governos anteriores por incompetência e falta de vontade política. É o governo Lula, tão original, privatizando a Amazônia!

(*) Luis Gonzaga de Paulo, 41, é Especialista em Segurança da Informação pela UNIRIO, graduado em Eletrônica e Telecomunicações pela UTFPR e Gerente de Projetos de Tecnologia e Segurança da Informação. É sócio da ETI.BR (http://www.eti-br.com.br) onde atua como Consultor. Mantém o Blog do Gonzaga (http://www.gonzagatheblogger.blogspot.com), dedicado à exposição de seus pontos de vista sobre diversos assuntos, incluindo a política, e sua home page (http://www.gonzaga.eti.br) mais voltada a assuntos mais pragmáticos.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Entropia

Matéria publicada na Folha de Boa Vista de hoje tem tudo para gerar controvérsias as mais gritantes no meio evangélico de um modo geral – inclua-se aí denominações tradicionais, pentecostais e também , e principalmente, as neopentecostais.

A Câmara de Vereadores de Boa Vista acaba de aprovar e o Prefeito Iradilson Sampaio sancionou na noite de ontem (quarta-feira, 26) a Lei Municipal 977, que institui o Dia Municipal da Marcha para Jesus e dá outras providências.

O Projeto teve origem no meio pentecostal e neopentecostal, à frente uma comissão da Jocum (Jovens Com Uma Missão).

O joelho do porco está em que, primeiro, sendo o País laico, por que denominações evangélicas precisariam recorrer ao Poder Público para angariar recursos para o exercício daquilo que acreditam ser a ordem de Jesus: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura?

Segundo: Todos os evangélicos reclamam da instituição do dia 12 de outubro, entre outros, como “Dia Santo”, com origem na Igreja Católica. Com feriado e tudo na folhinha (ih, que antigo, ninguém mais sabe o que é uma folhinha. Calendário, tá bom).

Dizem enfáticos: “Não deve existir um dia dedicado a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, quando o Brasil deve, constitucionalmente, manter a separação explícita e implícita entre Estado de Religião”.

Se é assim, e assim é, vejo aqui uma grande entropia. Para os outros não pode. Para nós pode. Ou, “já que os católicos fazem suas festas com o dinheiro público (Carnaval, Festas Juninas etc), por que não podemos fazer as nossas?”.

Bom ver que, se os outros fazem errado, isso não deve ser, de maneira nenhuma, justificativa para que eu também o faça.

Acredito um tanto infeliz a decisão dos evangélicos de levarem as autoridades constituídas a criarem o Dia Municipal da Marcha para Jesus, bem como a possibilidade de inclusão da data para auferir vantagens orçamentárias. Não só infeliz, mas também erética.

Que tal seguirmos o ensinamento do Mestre dos mestres, que disse: “A César o que é de César e a Deus o que é de Deus”?

Os recursos para a realização de qualquer coisa na obra de Deus está no bolso de Seus filhos. Afinal, somos ou não filhos do dono do ouro e da prata (Ageu)? Precisamos sair de pires na mão sendo tão ricos assim?

Para pensar...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Não ao desmembramento do Brasil

(*) Por Adriano Benayon

Tem tido repercussão – embora a mídia não toque no assunto - matéria publicada pelo Movimento de Solidariedade Ibero-Americana (MSIA), em 19 do corrente, sobre preparativos do ministro da Defesa para expulsar brasileiros não-índios da região da Raposa Serra do Sol, em Roraima, situada junto às fronteiras com a Guiana e a Venezuela.

A ação da Polícia Federal seria para este mês, com a participação de 500 agentes federais, prevendo-se resistência armada da população local. Trata-se de operação de natureza militar inexeqüível sem a participação das Forças Armadas.

Ora, não pode estar de acordo com tal violência quem quer que respeite seu País, como é o caso do general Maynard Santa Rosa. Ele declarou que o Exército não recomenda a invasão. Foi, por isso, demitido do cargo de secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa. Em 04 de setembro, O Globo publicara declarações do General de que as Forças Armadas resistem em dar apoio à Polícia Federal para a retirada dos brasileiros.

Também foi demitido de importante cargo no Ministério da Defesa o general Rômulo Bini Pereira. Além disso, na ABIN foram afastados o Diretor-Geral, Marcos Buzanelli, e o gerente em Roraima, Cel. Gélio Fregapani, todos por serem contrários à intervenção na Raposa do Sol.

A matéria do MSIA alude à inquietação que se aprofunda nas Forças Armadas brasileiras, sendo iminente grave crise institucional se a presidência da República insistir em atribuir-lhes a desonrosa missão. É o caso de evocar a petição do Marechal Deodoro à Princesa Isabel de que liberasse o Exército da inglória tarefa de capitão do mato na perseguição a escravos foragidos.

Hoje querem envolver as Forças Armadas em ação de guerra contra brasileiros que defendem o direito de ficar nas terras em que vivem e trabalham legalmente há dezenas de anos. É difícil conceber afronta mais grave ao povo brasileiro e deslustre maior para as Forças Armadas.

Os índios da Serra do Sol são aculturados, muitos têm cartão de identidade e título de eleitor. Alto percentual, e majoritário entre os macuxis, a principal etnia, é contrário à separação do território. Esta é imposta por entidades estrangeiras a serviço dos donos do poder mundial, ávidos por monopolizar a fabulosa riqueza mineral do subsolo da área. É de notar, que, em abril de 2005, a retirada da população “não-índia” por agentes federais foi obstada por índios.

Expulsar moradores de suas terras, porque não são índios, constitui crime de tipo nazista. É agir em conformidade com o princípio racista. É violência combinada com discriminação racial, além de odiosa, inacreditável em razão da grande mestiçagem.

Que pretendem fazer? Como vão definir quem é índio? Fazendo exames de DNA? Ou julgando não-índios os que se consideram brasileiros?

Aí está. Querem que o Exército faça derramar muito sangue para separar do território nacional mais uma região estratégica. Ora, isso é crime tipificado no Código Penal Militar. Diz o art. 142 do CPM: “Tentar: III – internacionalizar, por qualquer meio, região ou parte do território nacional. Pena – reclusão, de quinze a trinta anos, para os cabeças; de dez a vinte anos para os demais agentes.”

Os envolvidos na preparação do genocídio e os desinformados alegam que não há cessão de território e que a Constituição prevê reservas indígenas. Mas só não vê a ação de potências hegemônicas na região quem não se quer informar. Há farta documentação sobre as atividades de ONGs e de outras entidades que desviam para o exterior preciosos recursos minerais em várias partes da Amazônia. Fazem-no antes mesmo de se acabar oficialmente com a jurisdição brasileira sobre os territórios saqueados.

Uma das razões de não se evitar a pilhagem é a míngua de recursos do Orçamento para as FFAA. Mais de 2 trilhões de reais, em valor atualizado, desde 1988, foram gastos com o serviço da dívida pública formada pela capitalização de juros absurdamente altos. Ver: http://paginas.terra.com.br/educacao/adrianobenayon/

Para quê, senão para assegurar em definitivo a continuidade da pirataria, demarcar, em faixa contínua, mais uma reserva “indígena”, exatamente sobre subsolo dos mais ricos do Planeta, numa área cujo tamanho está em gritante desproporção com a diminuta população indígena?

A Raposa do Sol tem 1.747.000 hectares, ou seja, 17,5 mil km2 quadrados, e 18.700 índios: um por km2. No pretenso território ianomâmi, destinaram-se a 8 mil índios, em Roraima e no Amazonas, 9,4 milhões de hectares (94 mil km2), formando, com a área contígua da Venezuela, um território de 180 mil km2. Cometeram também o crime cominado pelo Código Penal Militar os responsáveis pela portaria, no governo Collor, que criou a reserva “ianomâmi.”

Como informou Sebastião Nery (Tribuna da Imprensa 24.06.2006), há um "governo ianomâmi no exílio, presidido por um norte-americano de Massachusetts, com Parlamento de 18 membros, sob a presidência de um alemão; do tal governo, faz parte um índio, dito brasileiro, chamado Iacota”. E: “O saudoso embaixador Geraldo Nascimento e Silva ‘localizou em Londres um escritório que coletava recursos em nome dos ianomâmis, recém-emancipados (sic), para promover a causa indígena’ ".

Agora, em 12 de setembro de 2007, a Assembléia-Geral das Nações Unidas aprovou a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, adotada em 26.06.2006 pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU.

A Declaração diz, no art. 3º, que “os povos indígenas têm direito à autodeterminação e, assim, a determinar o seu status político”. Isso implica que podem escolher fazer parte do Estado que quiserem e/ou declarar sua independência formal, outro modo de anexação de fato por potências hegemônicas.

Que outras áreas “indígenas” já tenham sido criadas, não desonera os responsáveis pela demarcação da Raposa do Sol. Ao contrário, o crime é ainda mais grave. Por duas razões. A primeira é que a repetição consolida o abandono da soberania nacional, princípio basilar da Constituição.

A segunda razão é que a entrega não ocorrerá sem o emprego das Forças Armadas do País contra seus próprios nacionais. Pergunta-se: é legítimo cumprir ordem contrária às bases da existência nacional, como a soberania, a integridade do território e a dignidade das Forças Armadas?

(*) Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”. Editora Escrituras: www.escrituras.com.br

sábado, 22 de setembro de 2007

Exército da Coréia do Norte ordena a erradicação da religião

De acordo com informações de agências de notícias internacionais, o comando do Exército da Coréia do Norte ordenou expressamente aos soldados e oficiais que expurguem a religião, mais especificamente o cristianismo, do meio militar o quanto antes.

Um folheto informativo preparado pelo departamento de propaganda, intitulado "Salvando Nossos Soldados da Ameaça de Religião", reconhece que a “religião está se espalhando como um câncer dentro das forças armadas da Coréia do Norte, cuja missão é defender o socialismo", diz o texto.

Para os dirigentes do Exército norte-coreano, a religião necessita ser extirpada de seu meio porque simboliza uma “invasão” de seus inimigos ao redor do mundo em sua cultura socialista.

Trechos do folheto

“Nós não deveríamos ler documentos, ver vídeos e ouvir radiotransmissões ou materiais auditivos feitos pelos inimigos. Eles estão colocando espiões dentro de delegações internacionais que entram em nossas fronteiras para difundir as religiões deles e convicções supersticiosas, que corrompem o socialismo, para ganhar nossos cidadãos para o lado deles”.

Cristãos recebem tratamento mais duro

A adoração religiosa é permitida na Coréia do Norte, contanto que seja dirigida à personalidade do ditador Kim Jong-Il e ao pai dele, Kim Il-Sung. Os que não prestam o “culto personalista” são perseguidos freqüentemente de forma brutal e violenta. Além disso, qualquer pessoa que se ocupar de atividade missionária, seja qual for o tipo, receberá tratamento semelhante.

Com o fim da guerra coreana, em 1953, aproximadamente 300 mil cristãos desapareceram no Norte. Aproximadamente 100 mil estão sobrevivendo em campos de trabalhos forçados, onde passam fome e são torturados. Muitos não resistem e morrem. Segundo informações, os cristãos são separados nas prisões para que sofram um tratamento ainda mais severo.

Oremos...

Pela vida dos cristãos no país. A Coréia do Norte é o país mais fechado do mundo para a pregação do Evangelho. O regime comunista, que oprime a população, persegue duramente os cristãos e outras religiões sob a alegação de serem supersticiosas e dominadas pelos inimigos. Na verdade, escondem por trás dessas desculpas que a solução para a Coréia do Norte é a liberdade.
(Notícia publicada no site da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira, em 20 de setembro de 2007 – www.jmm.org.br/)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Fisioterapia

Lendo a matéria da Janini Marques, na Folha de hoje, sobre fisioterapia, lembro de uma constatação que fiz no mês passado. Não tem bom. Um dia você vai fazer a bendita fisioterapia. Meu dia chegou. Mês passado fui obrigado a fazer 15 sessões numa das clínicas particulares da cidade.

O resultado não foi lá muito animador. Continuo sentindo as dores causadas por uma calcificação no ombro direito, advinda de bursite não tratada.

Mas estava em boa companhia. Musas de minha mocidade estavam lá, ao meu lado. Submetendo-se à crioterapia, ultrassom, ondas curtas etc e tal. A idade é mesmo implacável. Para todos.

Lei da Homofobia

Palavra Do Presidente Da Convenção Batista Brasileira

20 de Maio de 2007

MANIFESTO À NAÇÃO SOBRE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E A ORIENTAÇÃO SEXUAL DO POVO BRASILEIRO

Diante da tramitação no Senado Federal do Projeto de Lei PLC 122/2006, aprovado pela Câmara dos Deputados, (PLC 503/2001), que pretende punir como crime qualquer tipo de reprovação ao homossexualismo, o Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira, reunido na cidade do Rio de Janeiro, decidiu manifestar sua preocupação com o futuro da sociedade brasileira, caso a lei venha a ser aprovada.

Preocupa ao povo batista a aprovação de uma lei que privilegia uma minoria em detrimento do direito de todos. Reconhecemos o direito dos homossexuais ao tratamento digno e igualitário, ao tempo em que defendemos a liberdade fundamental de formar e exprimir juízos favoráveis ou desfavoráveis nas questões de orientação sexual.

Entendem os batistas que a aprovação do referido Projeto de Lei pode resultar no aumento da subversão de valores morais e espirituais que destroem a família - célula mater da sociedade - e enfraquecem a nação brasileira. Por isto, decidimos vir a público reafirmar nossas posições tradicionais e históricas sobre os princípios e valores que sustentam a liberdade de consciência, as religiões e a vida em sociedade.

1. Cremos que cada pessoa tem direito, outorgado por Deus, de ser reconhecida e aceita como indivíduo sem distinção de raça, cor, credo ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial. Cada pessoa foi criada à imagem de Deus, razão porque merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita.

2. Cremos no direito à liberdade de consciência e de expressão religiosa. Cada pessoa é plenamente livre perante Deus em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como de testemunhar sua fé religiosa, propagar e ensinar a verdade como a entenda, e até de mudar sua crença, sempre respeitando direitos e convicções dos outros.

3. Cremos que cada pessoa é preciosa, insubstituível e moralmente responsável perante Deus e o próximo. Cremos no direito à liberdade de escolha e aprovação dos princípios e valores que regem a convivência e a conduta na família e na sociedade.

4. Cremos que Deus criou cada pessoa como ser humano, macho ou fêmea, com direitos iguais e diferenças sexuais. Essa diferença baseia-se na constituição física, na forma de ser, de perceber o mundo, de reagir e de relacionar-se. Deus criou, assim, o macho e a fêmea, para que se completem e cooperem com ele na criação e na formação da humanidade.

Não podendo nos calar diante do alto risco de degradação social e do surgimento de perseguição religiosa motivada por aqueles que se sentirem discriminados:

1. Conclamamos a todos os representantes do povo no Senado e em todas as instâncias da República, a todos os cidadãos e lideres de instituições sociais e religiosas, bem como aos pais e formadores de opinião, que se unam para defender o respeito à pessoa e a garantia dos direitos individuais, lutando a favor de uma sociedade onde impere a dignidade e os direitos individuais.

2. Conclamamos a todos os cristãos a proclamarem e a ensinarem toda a verdade, conforme revelada nas Sagradas Escrituras, inclusive as orientações da Palavra de Deus sobre a natureza da sexualidade humana. Não podemos negar que Deus, o Senhor dos senhores, justo juiz de toda a terra, condena a prática homossexual, mas aceita a pessoa, oferecendo-lhe perdão e graça que restauram a dignidade humana. (Deuteronômio 10.17; Salmo 7.11; 75.7; 94:2 e Romanos 1.18-31; 5.8 e 8.1ss).

3. Conclamamos a todos os cidadãos a cultivarem convivência pacífica e manifestações de afetividade que respeitem o próximo e mantenham a dignidade e pudor nas relações sociais. Reconhecemos que uma pessoa não tem o direito de coibir a escolha sexual de outra. No entanto, essa norma não pode impedir que o cidadão tenha o direito de considerar impróprio e inconveniente, ou de qualificar como imoral ou inaceitável o comportamento homossexual.

4. Conclamamos aos lideres e membros das igrejas a acolherem todas as pessoas, "sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição" (Artigo II da Declaração Universal dos Direitos Humanos). E que, além do acolhimento afetivo, dêem orientação espiritual aos que livremente pedirem ajuda, em sua busca da verdade e de transformação de vida. A aprovação de uma lei não pode ferir os direitos estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, que afirma: "Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras". (Artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos)

Conscientes de nossa cidadania, dever moral e espiritual, devemos fazer tudo o que for possível e justo para construir uma sociedade firmada nos valores éticos e espirituais, inspirados nas Sagradas Escrituras. Só assim livraremos o Brasil da degradação moral e da perseguição religiosa, bem como deixaremos um legado de justiça, paz e prosperidade para as futuras gerações.

Rio de Janeiro, maio de 2007

Pr Oliveira de Araújo
Presidente da Convenção Batista Brasileira

Dia da Árvore

Hoje é Dia da Árvore. Enquanto os Meninos do Dedo Verde da Prefeitura de Boa Vista aproveitaram a data para plantar nada menos que 3 mil mudas de buritis nas margens do Igarapé Macuxi, aquele que mora na baixada antes de chegar à entrada da Base Aérea, o meu vizinho decidiu matar uma frondosa árvore fincada na calçada de sua casa. Uma pena. Deixou a bichinha toda pelada. De propósito.

Artigo

Dize-me com quem andas...

(*) Pr. Roberto Amorim de Menezes

“Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau.” Pv. 13:20

Desconfio de toda companhia que precisa ser mantida em oculto. Pode-se esconder o amor por diferentes razões: pecado, proteção, medo, mas viver o amor em segredo não é vivê-lo em toda a sua plenitude. Revelar-se é uma característica de quem ama.

A experiência do apóstolo Pedro, diante do “tu estavas com Jesus”, mostra que nos momentos mais difíceis da vida, seremos todos desafiados a revelar o nome daquele ao lado de quem andamos. Por trás de cada dor ou enfermidade se esconde a pergunta – “com quem andas?”

Quando Davi se preparava para enfrentar o gigante filisteu, ele afirmou que lutaria na companhia do Senhor – “Eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos” (I Sm 17:45).

Moisés foi orientado a revelar a companhia do Senhor quando indagado pelo povo de Israel – “O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros” (Ex 3:14).

Amós respondeu a Amazias que exercia o seu ministério na companhia daquele que o chamou – “O Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel” (Am 7:14).

Pedro, no entanto, quando indagado, respondeu – “Mulher, não o conheço...” (Lc 22:57). Triste resposta para quem um dia afirmou que sempre andaria ao lado de Jesus, ainda que isto lhe custasse a própria vida.

Existe um paralelo interessante entre a sabedoria popular e o texto de Provérbios. Enquanto aquele assevera que a resposta ao “dize-me com quem andas” indica que tipo de pessoa eu sou – “...e eu te direi quem és”, o texto do livro sagrado ensina que a resposta a esta questão vai acabar revelando o tipo de pessoa que irei me tornar – “será sábio,... se tornará mau”.

É preciso fazer a escolha certa. Aquele que caminha ao meu lado pode despertar o lado mais brilhante ou sombrio de minha alma Por falar nisso,... “dize-me, com quem andas?”

(*) Líder da Igreja Batista do Farol, Maceió - AL

Tudo pela CPMF

Em três dias, o Planalto liberou R$ 68,8 milhões em emendas parlamentares. Tudo em busca do alciamento pela aprovação da CPMF prorrogada até 2011.

Além da bendida Contribuição (Permanente), a bancada do PMDB ameaça abertamente se rebelar devido às dificuldades para emplacar seu indicado à diretoria internacional da Petrobrás.

As diretorias do Banco do Nordeste (BNB) e da Companhia Docas de São Paulo, que administra o Porto de Santos, já foram trocadas esta semana.

Cargos na Petrobras também foram negociados com políticos, acirrando-se a disputa entre PT, PMDB e PP por postos na diretoria.

Sem Perdão

O DEMOCRATAS não vai perdoar os três deputados que contrariaram a orientação partidária e engrossaram o grupo aliado. A direção do partido ameaça expulsar os deputados Bispo Rodovalho, do Distrito Federal e os mineiros Lael Varela e Edmar Moreira.

Traição também no Governo

Entre os aliados, traições também ocorreram, mesmo diante da operação de guerra montada pelo Palácio do Planalto. No PMDB, oito deputados votaram contra a renovação da CPMF, entre os quais os capixabas Rita Camata e Lelo Coimbra.

CPMF Não!

Pesquisa CNI/Ibope mostra que 54% dos entrevistados são contrários à CPMF. Apenas 5% disseram ser favoráveis à prorrogação.

Outros 12% defendem que o imposto seja reduzido gradativamente até sua extinção.

Controvérsia

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Marcio Pochmann, diz que os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios não permitem afirmar que a desigualdade social está sendo reduzida no Brasil, como tem sido interpretado pelo governo.

Os dados da PNAD mostram apenas, segundo Pochmann, que há uma melhor distribuição da renda do trabalho, mas o mesmo não pode ser dito sobre o conjunto da renda do País.

O Amigo Livro

"Que bom ler os livros, saber das coisas. Não só ver como saber o que há por trás delas, ou a razão pelas quais elas existem. O prazer da leitura. Com um bom livro você enfrenta noites de solidão na Patagônia e vence qualquer depressão – se conseguir abrir o livro, claro" (Danuza Leão, em sua coluna dominical na Folha de S. Paulo).

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Sem fantasia

"Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir." (Martinho Lutero)

Artigo

O sagrado pelo profano

Por Francisco Espiridião

É chover no molhado dizer que o mundo está em constante transformação. Todo mundo (nós, os cristãos, devíamos ser diferentes) concorda que não se pode mais criar filhos como os pais foram criados. É também muito difundida a idéia de que, em pleno terceiro milênio, não se deve alimentar certos paradigmas de moral e ética. “Coisa do passado”. A ética hoje é outra. O mundo evoluiu e quem não acompanhar essa evolução fica para trás. Transforma-se em “museu”. É “quadrado”.

Mas em meio a tantas evoluções, em meio a tantas mudanças de paradigmas, há de se ter a plena consciência para saber discernir o que é transformação para melhorar a condição de vida da humanidade, haja vista a celeridade do desenvolvimento da ciência, em contraste com o que muda para provocar a degeneração desta mesma humanidade - veja a discussão sobre a criação do clone humano, idéia, aliás, nada nova. Aldous Huxley já preconizava o assunto em seu "Admirável Mundo Novo", da década de 1930 do século passado.

A quebra de preconceitos é arma bastante eficaz, que vem sendo usada com maestria por Satanás para estabelecer seu reino com força e eficácia, dia após dia. Um exemplo? “O que é isso? Estamos em pleno terceiro milênio. Em meio a tanta ciência e tecnologia, é descabido discriminar o homossexual. Temos que aceitá-lo como ele é. Afinal, todos têm o direito de escolher suas preferências sexuais”. Certo? Nem tanto. Aceitá-lo até é possível. Concordar, aí já são outros quinhentos.

A Bíblia diz que a homossexualidade, antes de um defeito congênito, é conseqüência do pecado do ser humano (Romanos 1:18-28). Bom lembrar que a Organização Mundial de Saúde a descaracterizou como doença congênita. É compreensível que se deva respeitar o direito de escolha, mesmo que torta, da tendência sexual de cada indivíduo. Mas daí a concordar com ela parece um tanto demais. Afinal, a homossexualidade está inserida nos padrões condenáveis à luz da Palavra de Deus.

A homossexualidade é pecado. E como tal, deve ser combatida e não relativizada, conforme querem nos fazer acreditar. É preciso ficar claro que Deus ama o pecador, mas abomina o pecado. Portanto, nem tudo está perdido. A pregação clara de Jesus em seu ministério terreno foi: “Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Marcos 1:15).

Relativizar o pecado é entregar-se à dissolução e, como conseqüência, à ruína. Foi assim com o Império Romano. Foi assim com o Egito Antigo. Foi assim com Constantinopla. Tudo leva a crer que o fenômeno da derrocada começa a se repetir nos dias atuais com os Estados Unidos da América.

Verificando a História, facilmente se constata ser ela farta nos exemplos de grandes potências que caíram quando passaram a contemporizar com o pecado. Divididos por volta do ano 933 antes de Cristo, os reinados teocráticos de Israel e Judá tiveram por bem banalizar o pecado no meio do povo. A gente dos dois reinos – do Norte e do Sul - preferiu deixar de servir ao Deus criador e passou a seguir seus próprios desejos e impulsos. Resultado: tiveram que bater de frente com os sanguinários assírios e babilônios.

Israel e Judá eram o povo de Deus. Mesmo assim, ambos os reinados foram terrivelmente abalados. Isso, por conta da falta de compromisso com o Senhor dos senhores. Preferiram entender e agir como se fossem um povo avançado, que não podia mais seguir as claras e edificantes determinações divinas. Elas eram ultrapassadas para o seu tempo.

Vivemos dias parecidos. Disse Rui Barbosa, em sua cátedra, que chegaria o dia em que o homem teria vergonha de ser honesto. Parece ser esse o contexto em que vivemos. Todos se queixam dos poderosos de Brasília que roubam o erário público. Mas os mesmos que fazem tais reclamações dão um “jeitinho” para não pagar tudo aquilo que devem ao Imposto de Renda.

Todos falam da falta de cidadania, ao mesmo tempo em que não têm paciência de esperar o sinal vermelho tornar-se verde no cruzamento. Avançam-no sem escrúpulo nem culpa.

A família é algo que está se tornando supérfluo. Os casamentos de hoje já nascem fadados ao fracasso. “Vou-me casar. Se não der certo a gente separa”. A idéia preconcebida de desagregação matrimonial está intrínseca nos preparativos das núpcias. Aliás, ela é uma componente muito importante em todo o contexto, tal como o vestido de noiva. Não pode faltar.

Mas será que é isso que diz a palavra de Deus? Por certo que não. “Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19: 4-6).

É ledo engano pensar que a Lei 9.278, de maio de 1996, a conhecida Lei do Concumbinato, veio para eliminar de vez o casamento. Na verdade, longe disso, ela trata de união estável para efeito de partilha de bens no caso de separação, seja por contencioso, seja por morte.

É lamentável a constatação de que essa malfadada lei – que contraria preceitos bíblicos, posto que legisla sobre uma situação pecaminosa – esteja levando ao engano tantas pessoas de boa-fé. Até mesmo pastores ligados às Convenções Batistas Estaduais e Brasileira. Há casos em que a igreja, interpretando errada e açodadamente a Lei do Concumbinato, aceitou batizar casais que vivem maritalmente, sem que, para isso, tivessem passado pelo preceito sagrado do matrimônio (Hebreus 13:4).

Não é demais, pois, recomendar a todos nós que, antes de interpretarmos ao nosso modo preceitos legais, quaisquer que sejam, busquemos os preceitos bíblicos. Sempre embalados pela oração, pois o Espírito Santo se encarregará de nos mostrar o melhor caminho a seguir. E assim, jamais trocaremos o sagrado pelo profano, apesar deste ser mais prazeroso.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

O tarado do mosquitinho da dengue

A proliferação da dengue no Brasil preocupa a Organização Mundial da Saúde.

A OMS alerta que o problema não será solucionado se não houver profunda mudança na infra-estrutura sanitária das grandes cidades do País e teme que o atual surto possa superar o de 2002, ano em que o Brasil teve recorde de casos.

De janeiro a julho houve 438.949 contaminações, 45,12% mais em relação ao mesmo período de 2006.Claro, a culpa é do mosquito, que é um maníaco sexual, e se reproduz sem parar, prejudicando o excelente trabalho de nossos burocratas do setor de saúde pública na prevenção à Dengue.

Enquanto isso...

O mosquitinho tarado só não está encontrando vez em Boa Vista.

De janeiro a setembro de 2006, foram realizadas 1.627 notificações e confirmados 567 casos. No mesmo período deste ano, houve 1.297 notificações e apenas 340 casos confirmados.

Nesse período, a Prefeitura recolheu mais de 1,1 milhão de prováveis criadouros do Aedes aegipty dentro das residências de Boa Vista.

Isso significa que, por mais que a Prefeitura trabalhe, ela precisa contar com a ajuda da população no combate ao Aedes aegypti.

Mesmo assim, a situação de Boa Vista no tocante à doença ainda é bem melhor que a média nacional.

Menos mal.