terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Pizza no ponto


Quando o presidente Lula respondeu "Todos são bons pizzaiolos", sobre os senadores, a uma jornalista que lhe perguntara sobre a possibilidade de a CPI do Congresso para apurar roubos, falcatruas e coisas do gênero na Petrobras, ele sabia do que estava falando.

É como se tivesse dizendo: "Eu conheço meu eleitorado". E mais: "Os senadores são todos da minha laia".

Não deu outra. Como num passe de mágica, o principal pizzaiolo, Romero Jucá, transformou o imbróglio numa deliciosa (para eles) pizza. Com muita honra, a pizza saiu no ponto. Sem queimar nem nada.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Lição aos moços



Em João Pessoa, no final dos anos 60, havia um baiano conhecido como "Mocidade".

O apelido derivou do seu gosto de participar ativamente no centro da cidade de manifestações políticas promovidas por estudantes.

Era um tipo maduro, inteligente, com razoável cultura e oratória incendiária. Não trabalhava. Vivia de quem lhe pagasse as contas.

Uma vez eleito governador da Paraíba, João Agripino, tio do atual senador José Agripino Maia (DEM-RN), tomou-se de amores por Mocidade.

Admirava seus ditos populares e o raciocínio rápido. Dava-lhe trocados e roupas. E mais tarde ofereceu-lhe abrigo. Mocidade passou a dormir no alojamento da Casa Militar no Palácio da Redenção, sede do governo do Estado.

Quando se sentia aborrecido ou exausto, Agripino relaxava conversando longamente com ele.

Certo dia, o secretário de Segurança Pública telefonou para Agripino a propósito de uma manifestação estudantil que ameaçava escapar ao seu controle.

"Os estudantes estão fazendo confusão no Ponto Cem Réis”, contou o secretário.

O Ponto Cem Réis era uma espécie de Cinelândia de João Pessoa. Equivalia também à Boca Maldita de Curitiba porque era freqüentado por deputados, secretários do governo e políticos de outros Estados em visita à Paraíba.

- Não prenda ninguém - ordenou Agripino, um dos líderes da ala liberal da então extinta União Democrática Nacional (UDN).

“Mas o senhor sabe quem lidera a manifestação, sabe? Quer saber?” – insistiu o secretário com raiva.

E foi logo dizendo antes mesmo de obter o consentimento do governador: “É o Mocidade. Está agitando e falando muito mal do governo.”.

Sem hesitar, Agripino ordenou: “Então prenda ele. Prenda e traga à minha presença”.

Esperto, Mocidade escapou de ser preso. E à noite, ao chegar mais tarde do que de costume para dormir com os seguranças do governador, foi convocado por ele para um encontro na ala residencial do palácio.

“Mocidade, quem paga sua comida?” - perguntou Agripino enquanto acendia um cigarro.

“Bem, é o senhor, não é?” – devolveu Mocidade, desconfiado e à espera do pior.

“Não. Quem paga é o governo da Paraíba”, observou Agripino sem alterar o tom da voz.

Mocidade concordou com um maneio da cabeça.

“Quem lhe dá um teto?” - prosseguiu Agripino, certo de que em pouco tempo Mocidade estaria encurralado.

“Bem, nesse caso é o governo” – ele respondeu. “É isso mesmo”, avalizou Agripino.

Em seguida fez uma pausa, deu um trago no cigarro e encaixou o golpe sem disfarçar mais a irritação: “E como é que o senhor, logo o senhor, tem coragem de ir para as ruas falar mal do governo, do meu governo?”

A resposta não demorou.

Mocidade passou a mão direita sobre os cabelos, tomou fôlego, olhou dentro dos olhos de Agripino e disse – sem empáfia, mas também sem subserviência:

- Sabe o que é mesmo doutor? É que governo foi feito para apanhar.

Feliz Ano Novo com eleições gerais!

Atualização da 15h02 - Do leitor Marcos Cordeiro de Andrade: "Fui contemporâneo de Mocidade em João Pessoa, na época, estudante do Liceu. Manifestação estudantil que se prezava tinha que ter Mocidade à frente. Com seu terno amarrotado, um número maior que o seu - presente de políticos admiradores, ex-secundaristas também - levava sempre um calhamaço de papéis debaixo do braço contendo poemas, citações e discursos de José Américo de Almeida, com que nos deleitava."

(Publicado originalmente no Blog do Noblat)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Lula e Dilma vivem a sua fase de ‘terroristas sociais’

JOSIAS DE SOUZA

Corria o ano de 2002. Acossada pelo tônico que as pesquisas serviam a Lula, seus rivais inudaram a praça de boatos.

Eleito, Lula mandaria ao lixo a Lei de Responsabilidade Fiscal, sapateraria sobre os contratos e atearia fogo à estabilidade da moeda.

No calor da refrega, a Goldman Sachs, casa bancária dos EUA, criou o ‘Lulômetro’.

Engenhosa equação. Destinava-se a medir a influência do ‘risco-Lula’ sobre a cotação do dólar. Estimava-se que poderia bater em R$ 4.

Para desfazer a macumba, Lula saiu-se com a célebre carta ao povo brasileiro. No texto, informou seria para o mercado uma vovozinha, não o lobo mau.

Pois bem. Eleito, Lula revelou-se um cultor da responsabilidade fiscal. Para espancar as dúvidas, confiou a uma raposa tucana (Meirelles) o galinheiro do BC.

No curso do mandato, a turma papeleira da Goldman Sachs levou os EUA à breca, arrastando o mundo para o buraco.

Hoje, o pessoal de Meirelles sua a camisa para tentar içar o dólar, em fase de derretimento, para patamar acima os R$ 2.

Vítima do terror mercadológico de 2002, Lula ensaia para a peça de 2010 um papel de terrorista social.

Há coisa de dois meses, na pele de neo-Getúlio, Lula encomendara a um grupo de ministros a redação da CLS (Consolidação das Leis sociais).

Uma maneira de evitar que, no pós-Lula, presidentes aventureiros se animem a anular benefícios que ajudam a encher a geladeira das famílias pobres.

Nesta quarta (23), discursando para catadores de papel, em são Paulo, Lula jogou no ar o tucanômetro.

Insinuou que, elegendo um oposicionista, o país Brasil passaria a flertar com o risco de estagnação dos avanços sociais.

Pediu pressa na conversão de prédios públicos abandonados em moradias para os sem-teto.

"A gente tem que se dedicar, porque não sabemos o que pode acontecer no país", disse, em timbre enigmático.
Lembrou que, no Natal de 2010, ao encontrar-se de novo com os catadores, já será “rei posto”. Sem mencionar-lhe o nome, sugeriu que só Dilma Rousseff pode salvar:
"Quando eu vier aqui, em dezembro do ano que vem, já tem outra pessoa eleita, já sou rei posto, e rei posto não pode mais fazer promessa...
“...[...] De qualquer forma, se for quem penso que vai ser, podemos trazer junto aqui, para fazer promessas".
Na véspera, a própria Dilma levara o apocalipse social aos lábios. Dissera que sua derrota representaria um retrocesso para o país. Coisa feia.
Ao amarrar uma bomba social na cintura do tucanato, Lula e Dilma informam à platéia: vão a 2010 dispostos a tudo –da grosseria à desonestidade intelectual.
Mais um pouco e tentarão convencer Regina Duarte a levar a cara à TV para dizer que tem muito medo do José Serra.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Hoje é Natal!

Esta noite, enquanto muitos estarão comemorando não sabem o quê - talvez o Bom Velhinho, Hô, Hô, Hô -, nós, cristãos, estaremos reverenciando o nascimento daquele que veio para salvar a humanidade.

Aquele que teve como nome Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Aquele que, mesmo sabendo o que o esperava, não dobrou caminho, indo até o fim, até a morte, e morte na cruz.

Aliás, morte na cruz, para um judeu - Jesus era judeu - era a pior morte possível. Somente os proscritos - os desterrados, a escória da sociedade - a experimentavam.

Certa vez, ao ser desencorajado por um de seus discípulos, Jesus chegou a dizer que era para aquele tipo de morte que Ele tinha vindo a este mundo.

Cristo não veio à Terra para se dar bem, como a gente vê tantos pastores - bispos, apóstolos e coisa que o valha - pregando hoje. Tem até aqueles que dizem abertamente que se a igreja quiser pastor tem que pagar, "porque pastor é caro".

Mas hoje é um dia para comemorar. Comemorar o fato de que, mesmo não merecendo coisa nenhuma, o Senhor nosso Deus enviou o seu Filho amado para morrer em nosso lugar.

Oh, quão grande amor Deus tem pela humanidade!

"Porque Deus amou o mundo (a humanidade) de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nEle crê, não pereça mas tenha a vida eterna" (João 3.16).

A salvação em Cristo é algo gratuito. Basta crer. O apóstolo Paulo diz em Efésios 2.8-9: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé. E isso não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie."

É, pois, com o coração bastante agradecido por esse tão grande amor que nós, hoje, comemoramos o Natal, o nascimento de Cristo, o Rei, o Redentor.

Sem estresse, sem bebedeiras, sem motivos para arrependimentos futuros. Nossa comemoração é tão somente um ato de agradecimento ao Senhor por nos ter enviado o Salvador.

Que ele seja louvado em todo o tempo. Tudo o que tem vida, louve o Senhor! Amém.

ARTIGO - O paradigma do ministério pastoral

O ministério pastoral pressupõe chamamento, vocação, preparo – é
preciso que o obreiro seja provado e aprovado para Cristo e por meio dele

Um pastor de uma importante denominação evangélica fora “demitido” de sua igreja, sob a alegação de que não conseguira atingir a meta financeira anual. Ele pensava em ingressar na Justiça do Trabalho exigindo seus direitos, porque julgava-se prejudicado pela denominação. Casos assim se repetem em todos os cantos. Que caminhos conduziram parte da comunidade evangélica a uma vivência ministerial mercantilista da fé cristã? Existe um suporte ideológico que possa legitimar essas práticas? A resposta não é fácil, mas podemos conjecturar alguns pressuspostos.

O pragmatismo surgiu nos Estados Unidos através de seu maior divulgador e um de seus maiores mentores, Wiliam James. A princípio, o movimento influenciou o comercio e a indústria; passou depois às instituições de ensino, e por fim atingiu a teologia. Sociologicamente, ele aparece em meio a transformações culturais e industriais. Em princípio do século 19 e no início do 20, a sociedade americana encontrava-se num crescente êxodo rural. O processo de urbanização transformou uma economia agrária em industrial. O pragmatismo caiu como uma luva neste novo ambiente, que exigia uma nova forma de ver e fazer as coisas. O resultado é que passou a ditar a nova ótica de uma sociedade ávida por realização.

Até então, a vida, a natureza e a práxis teológica estavam centradas nos fundamentos ortodoxos doutrinários. A preocupação básica era com a filosofia teológica: seus fundamentos, sua hermêneutica, seus dilemas, seus paradoxos, sua base – se era bíblica ou não – etc. No Brasil, as instituições teológicas receberam a influência de missionários e pensadores europeus e americanos. Eles trouxeram a sua bagagem cultural e pregaram-na como um “absoluto teológico”, sem o discernimento e a devida compreensão do que estava a ser ministrado às igrejas e instituições teológicas, que, por sua vez, adotaram-na como uma verdade inquestionável. Afinal, questionar não faz parte da maioria do vocabulário evangélico brasileiro; o pensamento crítico soa como um subversão, rebeldia ou coisa do gênero.

Sou de certa forma nostálgico com a vivência pastoral dos pioneiros evangélicos que desbravaram esse imenso país: eram homens de caráter sério, de vida de oração constante, de piedade exemplar, de modéstia e simplicidade evidentes. Quando lemos as histórias dos pioneiros das várias denominações, é impossível não nos sentirmos desafiados a uma vida mais santa. Contudo, a tônica da liderança atual está centrada no que se pode denominar de teologia de mercado, ou seja, seus resultados. Não importam os meios; o que é fundamental é o número de pessoas que enchem os templos. Nesse frenesi por resultados, pouco importa a moral dos fiéis; é por essa razão que ser evangélico já não causa mais impacto na sociedade: pastores divorciam-se e continuam no ministério, escândalos financeiros já não escandalizam ninguém, evangélicas já posam em revistas masculinas.

Igrejas há que não questionam seus candidatos a cargos eletivos acerca de sua prática devocional, integridade pessoal e familiar, idoneidade como cidadão e outros aspectos que eram valorizados noutros tempos. O talento suplantou a obediência e a santidade; já não se avalia um clérigo pelo que ele é, e sim pelo que realiza. O fruto disso está aí: líderes bem sucedidos numericamente, porém derrotados em sua vivência pessoal, cheios de síndromes megalomaníacas.
A América Latina é pródiga em suscitar líderes com caráter feudal. E esta cultura se reflete em muitas denominações evangélicas. O autoritarismo é reproduzido nos sistemas eclesiásticos, surgindo figuras os “ungidos”, os “apóstolos” ou os homens “da visão de Deus”. Some-se a isso a pobreza teológica de muitos segmentos e teremos lideranças pífias, pastores que não sabem fazer uma exegese do texto sagrado, são incapazes de ministrar mensagens expositivas – geralmente, pregam-se mensagens tópicas, que são mais fáceis de elaborar e não exigem trabalho metódico de estudo, pesquisa, análise e reflexão.

Um povo evangélico sem cultura teológica é um povo facilmente influenciado, manipulado e dominado. E quais são as evidências de um líder evangélico feudal? Há alguns indícios exteriores que ajudam a perceber o comportamento da maioria deles. Liderança absoluta, por exemplo – este tipo de dirigente não abre mão de possuir todo o controle. Ele também age como detentor do poder absoluto, não permitindo questionamento. Além disso, o líder feudal vê nos membros da igreja pessoas que devem servi-lo, e não o contrário; por fim, há um sinal muito evidente que demonstra o clímax desse feudalismo religioso: a liderança da igreja é exercida num sistema de sucessão familiar, com perpetuação de uma dinastia personificada na família do líder. É interessante observar que até mesmo denominações históricas têm se vergado a esse tipo de liderança, geralmente exercido por pessoas muito carismáticas.

Por outro lado, hoje em dia, o pastor já não é avaliado pela natureza do seu chamado, pelo que ele é como cristão e servo de Deus. Pouco importa para algumas igrejas o que as Escrituras têm a dizer sobre o ministério pastoral. Importa o que ele pode produzir em termos de crescimento numérico. Mas em nenhum lugar da Palavra de Deus encontramos textos associando o crescimento da igreja em termos de números ao caráter do obreiro. Paulo disse que o crescimento da obra vem do Senhor. Afinal, o novo nascimento é uma experiência transcendente, puramente espiritual, que não pode ser mensurada por avaliação humana; somente o Pai Celeste sabe os que são seus e que o servem de coração.

A centralidade da mensagem cristã precisa voltar-se para Cristo. Em alguns círculos evangélicos, a mensagem é antropocêntrica, voltada para os desejos da natureza humana; em outras comunidades, destacam-se os paradigmas de natureza filosófica. Isaltino Coelho diz que há pastores que conhecem mais a respeito de Nietzsche e Platão do que a respeito de Jesus Cristo. A mensagem que pregamos é esta: “Jesus Cristo crucificado”, conforme disse Paulo. O ministério pastoral pressupõe chamamento, vocação, preparo – é preciso que o obreiro seja provado e aprovado para Cristo e por meio dele.

Um ministro tem uma ferramenta de trabalho, a Bíblia; o que o bisturi é para o médico, são as Escrituras para o pastor. E ele deve fazer conforme a recomendação do apóstolo: “Pregar a Palavra”, e somente a Palavra.

Pr. Josenaldo Silva - Lisboa, Portugal (Extraído do site www.eclesia.com.br)

Desconfiado?

Desconfiado mesmo ficou o empresário e produtor rural Abel Galinha, na reunião em que o governador Anchieta recebeu os produtores da Serra da Lua, na quarta-feira, no Senador Hélio Campos.

O governador descobriu o homem escondido, lá atrás dos outros, e não se fez de rogado:

- Ô, Abel, por que você tá se escondendo aí, rapaz?


Galinha ficou com cara de paisagem, para não dizer outra coisa.

É que durante os dias em que Anchieta vivia seu inferno astral, em Brasília, à espera do julgamento no STF, Abel promovera uma reunião com os demais proprietários de terras da região, em sua fazenda.

Até aí nada de mais. Mas, advinha quem era o principal convidado? Ele mesmo, o deputado federal Neudo Campos. Aí já viu, né?

E o pior é que o que falaram lá chegou aos ouvidos do governador. Tintim por tintim.

Tô nem aí. Quem for podre que se quebre...

E a caravana passa...

O presidente Lula está com a corda toda. Beirando os 100% de aprovação popular, acha que pode tudo. E pode mesmo.

Ao arrepio da Lei, quer porque quer demarcar uma extensa área no Município de Bonfim para, dentro, instituir o tal PNL (Parque Nacional do Lavrado).

Se não bastasse, já há estudos bastante adiantados na “Corte” para a expansão da Reserva Yanomami. Estudos financiados pelo capital transnacional, diga-se.

- Ah, isso não pode! Vai inviabilizar Roraima!

E daí? A idéia é essa mesmo.

Com os representantes políticos que Roraima tem, que só pensam no próprio estômago (honrosas exceções), não será surpresa para ninguém se um dia acordarmos e descobrirmos que voltamos a ser território federal.

Respeito pelo Estado é o que menos se vê. Né não?

Homem de palavra

Leva mal não, mas hoje eu tirei para pegar no pé do senador Romero Jucá.

Dizem que ele está de férias. Mas, quando retornar, acho mesmo que vai pedir exoneração da função de líder do Governo no Senado.

Afinal, ele declarou alto e bom tom, em entrevista, que se Lula mandasse homologar ou demarcar qualquer área em Roraima, ele faria isso. Em caráter definitivo.

- Eu não tenho condições de continuar líder do Governo se for feita mais uma barbaridade com Roraima - frisou Jucá, em entrevista à Rádio Folha, no dia 13 deste mês de dezembro.


Pois não é que Lula fez, e logo duas? De uma só tacada homologou Mapuera, na divisa com o Pará, e Anaro, na faixa de fronteira com a Venezuela.

De quebra, quer criar o Parque Nacional do Lavrado, no Município de Bonfim. Justificativa para tudo isso? Preservar o lavrado, ora! De quê, não se sabe.

É mole?

Estranho, muito estranho



Já repararam que o senador Romero Jucá (à esquerda) está na encolha?

O homem, que era para cima e para baixo coladinho com o governador, não dá o ar da graça já faz algum tempo.

Nem na comemoração da vitória por unanimidade ele apareceu.

Dizem as más línguas que o casamento anda um tanto friinho. Eu não sei nada, não. Só ouvi dizerem.

Mas que tá um tantinho assim estranho, lá isso tá!

Aliás, alguém notou que naquela comemoração, em frente ao Palácio, emergiram muitos peixes que estavam mergulhados havia tempo?

Isso pode ser tudo. Mas também pode ser nada. Sei lá...

EDITORIAL do Fontebrasil

Se Papai Noel existisse

Papai Noel não existe, é claro. Mas se existisse, nós, do Fontebrasil, teríamos miríades de pedidos a lhe fazer. Sim, porque já não dá mais para aguentar as coisas como estão, embaladas pela mentalidade dominante no Brasil, que valoriza a esperteza e o sucesso a qualquer custo.

Se Papai Noel existisse, pediríamos a ele que jogasse no aterro sanitário parte dos políticos que se estriba no voto comprado para usurpar o Erário e, assim, tornarem-se ricos e poderosos a ponto de decidir quem vive e quem “abotoa o paletó”, à míngua, nos gélidos corredores dos hospitais brasileiros.

Se Papai Noel não fosse apenas um ser virtual que acalenta o sonho de inocentes infantes, se ele fosse um ser palpável, de carne e osso, nós, do Fontebrasil, escreveríamos a ele uma cartinha pedindo que os políticos roraimenses tomassem boa dose de vergonha na cara.

Vergonha que lhes constrangessem a mudar de atitude a ponto de se esquecerem de se aproveitar da “Viúva”, abandonando o lado pessoal, e pensassem mais nas questões maiores, como a perenidade da energia elétrica, as ruas sem buracos, a segurança digna para os cidadãos, tanto os que moram no Centro como aqueles que habitam nas esquecidas periferias de Boa Vista, entre outras.

Se o “bom velhinho” não fosse “história da carochinha”, nós arguiríamos bons ventos para Roraima. Pediríamos, por exemplo, que a Justiça fizesse tão-somente a justiça. Que os órgãos públicos fossem povoados por pessoas que tivessem o compromisso único de servir o público.

Que os políticos esquecessem o nepotismo e beneficiassem, de um modo geral, aqueles que maior capacidade mostrassem para ocupar tais cargos; que não transformassem o serviço público em cabide de emprego para parentes e agregados.

Se o homem de barbas brancas, barriga de nós todos e largo sorriso no rosto – Ho, ho, ho! – fosse verdadeiro, pediríamos que, com sua varinha de condão, fizesse os políticos acordar para a necessidade de ganhar eleição não à custa da compra das consciências, mas expondo suas plataformas de trabalho, de maneira que o eleitor pudesse votar com a razão e não com a barriga.

Se Papai Noel existisse, rogaríamos a ele que incutisse na classe política o sentimento de equidade, a ponto de fazê-la entender que está errado uns ostentarem tanto, enquanto tantos são obrigados a sobreviver com tão pouco; que os políticos entendessem que cestas básicas e bolsas-miséria não resolvem o problema de ninguém e sim emprego digno.

Enfim, se Papai Noel existisse...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Hora certa

Ô coisa difícil é ajeitar esse negócio da hora nesse blogspot...

Racismo

Haverá um dia em que a cor da pele será vista com o mesmo interesse com que se vê a dos olhos.

Coisas de Brasil

Agora vejam se esse país tem juízo:

O ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, é o preferido nas pesquisas para voltar ao cargo ao fim do mandato do corrupto José Roberto Arruda, em 2011.

Alguém aí pode me dizer, por favor, quem é Joaquim Roriz? Não lembram? Eu me lembro. Trata-se de um corrupto da mesma marca ou maior que José Roberto Arruda.

Roriz, que hoje tem 73 anos, já governou o DF quatro vezes (1988-1990; 1991-1994; 1999-2002; 2003-2006). Em 2007, assumiu uma vaga no Senado e foi obrigado a renunciar em seguida, para não ser cassado.

Deixou o mandato acuado pelas acusações de que teria recebido propina de empresários.

É mole? Coisas que só acontecem no Brasil. Infelizmente.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Em época de PL-122, é interessante dar uma olhada neste artigo

Antes de ler o artigo, veja aqui o que é o PL-122.

O dia em que o sexo entre homens e meninos não vai mais chocar

Por Julio Severo

Dois homens se abraçando e se beijando. Que tipo de cenário é esse? É um cenário que, para o público, é condenável, mas para a mídia, com seu número desproporcionalmente elevado de gays, é lindo.

Apesar de toda a doutrinação sistemática do governo e da mídia, esse cenário ainda choca o público. A propaganda estatal onipresente do programa federal Brasil Sem Homofobia ainda não alcançou o nível de mudança da mentalidade total do povo. O choque ainda persiste.

Para evitar o choque, os ativistas gays são obrigados a enfeitar ao máximo esse cenário, utilizando tudo o que traga a memória inocência e pureza: crianças, anjos, Jesus, etc. Nada é isento de exploração quando o assunto é avançar a agenda gay.

Essa foi exatamente a estratégia dos produtores do filme brasileiro “Do Começo Ao Fim”, que começa usando o cenário de dois meninos para alcançar seu objetivo maior de quebrar toda barreira e resistência ao incesto e ao sexo homossexual. Os produtores avisam: “Se a intenção for quebrar um grande tabu ou causar impacto, certamente este filme vai alcançar seu objetivo”.

“Do Começo Ao Fim” procura passar a mensagem de que são os próprios meninos de 6, 7 ou 8 anos que buscam experiências homossexuais. Grupos homossexuais como a NAMBLA há muitos anos pregam que os meninos têm interesse no sexo homossexual. “Do Começo Ao Fim” vem para confirmar essa pretensão.

Mais cedo ou mais tarde virá um cineasta, abusando igualmente do direito de livre expressão, para promover um filme do “amor entre um homem e um menino”. Na verdade, o campo já está aberto para quebrar esse “tabu”. O maior líder homossexual do Brasil, Luiz Mott, tem sido acusado de defender a pedofilia. Mas ele não é o único homossexual brasileiro a fazer isso. Anos atrás, Denilson Lopes, um professor universitário homossexual, escreveu e publicou o artigo ”Amando Garotos: Pedofilia e a Intolerância Contemporânea”. Ele é autor do livro “O Homem que Amava Rapazes e Outros Ensaios” (RJ, Aeroplano, 2002).

Eu denunciei publicamente essa defesa à pedofilia, mas o Ministério Público Federal — que a um estalar de dedos dos ativistas gays vem sempre correndo contra meu blog — nunca tomou nenhum tipo de medida contra o artigo ”Amando Garotos: Pedofilia e a Intolerância Contemporânea”, demonstrando que um “tabu” já está sendo quebrado. A pedofilia homossexual está vindo, provando sua inseparabilidade das entranhas do movimento homossexual.

O Brasil, na fase em que está de elevada doutrinação homossexual, não ficará por muito tempo só no “Do Começo Ao Fim” de sexo homossexual entre menino e menino. Esse filme é apenas uma preparação para a fase mais avançada, onde outro cineasta oportunista lançará outro “quebrador de tabus”. Esse será o “O Começo do Fim”. Nesse futuro mais sombrio, a apresentação do sexo homossexual entre menino e menino será coisa do passado. A moda então será apresentar a normalidade do sexo homossexual entre homens e meninos.

Contudo, você acha que os ativistas homossexuais são bobos de mostrar o Fim logo no Começo? Eventualmente, eles falarão abertamente, porém só no Fim. Mas, até lá, com todos os tabus quebrados, ninguém mais se importará se a moda então for pensar que são os próprios meninos de 6, 7 ou 8 anos que buscam “amor sexual” de homossexuais adultos.

“Do Começo Ao Fim” é uma das primeiras sementes para a construção dessa nova maneira de pensar.

Fonte: www.juliosevero.com

Evangélicos escrevem a Bíblia a mão

Reescrevendo a Bíblia: imagens Google

Roraima está fazendo parte do projeto internacional “Os povos do mundo escrevem a Bíblia”, que tem o objetivo de fazer um volume manuscrito com todas as línguas do mundo. As participações das pessoas consistiram em copiar, em seu idioma, um versículo. Os volumes completos de todo o mundo serão depositados na Casa da Bíblia, no Vale da Bíblia, no caminho de acesso a Jerusalém. (Leia mais)

Perigo à vista - Energia de Guri em Roraima poderá sofrer racionamento

Represa de Guri: Imagem Google

A Venezuela reduzirá em 20%, a partir do dia 10 de janeiro, o fornecimento de eletricidade a Roraima. No final do mesmo mês, mais 20% será reduzido. O racionamento ocorrerá em virtude da grave crise energética pela qual passa o país vizinho. (Leia mais)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Previsão do tempo

Está na Folha Online de hoje: Roraima mantém temperatura alta no fim de semana.

A previsão é de sol na Região Norte neste fim de semana, com tempo firme no norte e na capital de Roraima.

Comento:

Desnecessário dizer que o técnico em meteorologia se enganou redondamente quando traçou o perfil do tempo para hoje, domingo.

Longe de tempo firme, com sol, o dia amanheceu debaixo de um pé-d’água de matar sapo afogado. A chuva só passou por volta das 10h. E agora, à tarde, continua um mormaço que só convida a todos a tirar uma boa soneca.

Aí eu fiquei pensando: se os meteorologistas não são capazes de acertar a previsão do tempo em um período de 24 horas, como acertarão o que vai acontecer daqui a 50, cem anos?

É por essas coisas que eu não acredito nessa de que o clima estará assim ou assado daqui a 20, 30 anos.

Ecologistas e meteorologistas, travestidos de técnicos-que-tudo-sabem, não passam de charlatões da pior espécie. Que não querem deixar o povo ser feliz.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Lula oferece US$ 100 bi para o clima

Está na Coluna Cláudio Humberto, de hoje:

"LULA SE DIZ FRUSTRADO COM FALTA DE ACORDO NA COP 15

"O presidente Lula anunciou nesta sexta (18), em Copenhague, que o Brasil está disposto a oferecer US$ 100 bilhões ao fundo climático global para ajudar os países pobres.

"Lula afirmou que está frustrado com a falta de um acordo pela redução de emissão de gases do efeito estufa e criticou o desempenho dos países ricos. O presidente alertou ainda que, apesar dos benefícios do fundo global, “o dinheiro não resolve o problema, não resolveu no passado, no presente e muito menos resolverá no futuro”.

"O líder brasileiro falou ainda das metas brasileiras para combater o aquecimento global e reiterou que, até 2020, o Brasil vai reduzir as emissões de gases do efeito estufa entre 36,1% e 38,9%."

Comento:

Tudo bem. Mas, quanto foi mesmo que o Presidente liberou para minimizar as agruras dos brasileiros vítimas de alagamentos na cidade de São Paulo e arredores?

Quanto liberou para os hospitais brasileiros que testemunham diariamente a morte de pacientes nas filas?

Quanto Lula liberou para... Bom, deixa prá lá!

VITÓRIA NO TSE - Governador Anchieta é recebido com manifestações de apoio


Por: Francisco Espiridião/Secom

O governador José de Anchieta desembarcou de Brasília às 16h30 desta quinta-feira, após o julgamento da Ação de Impugação de Mandato Eleitoral (AIME) a que se submeteu, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tendo se saído vencedor por unanimidade entre os ministros daquela Corte.

Anchieta, que chegou acompanhado de familiares, foi recebido no hangar do Governo com manifestações de apoio da parte de correligionários, servidores do primeiro escalão, políticos, empresários e demais simpatizantes.

Ainda no hangar, o governador concedeu entrevista coletiva à imprensa. Disse que o resultado do julgamento expressou o resgate da legitimidade do seu governo. “Resgatamos a dignidade, e a Suprema Corte Eleitoral provou a Roraima e ao Brasil que a eleição foi justa”.

CARREATA – Do hangar, o governador seguiu em carreata para o Palácio Senador Hélio Campos. Cerca de mil veículos seguiram o chefe do Executivo, que desfilava em carro aberto, na companhia da primeira-dama e secretária extraordinária da Promoção Humana e Desenvolvimento, Shéridan de Anchieta, e demais secretários, entre eles, a de Trabalho e Bem-estar Social (Setrabes), Marluce Pinto, e correligionários como o deputado Chico Rodrigues (DEM).

No Palácio Hélio Campos, sob salva de fogos de artifício e ovação, o governador fez o esperado pronunciamento, enfatizando mais uma vez a legitimidade do seu governo. Ele disse que foi feita justiça a todo o povo de Roraima, que deu vitória esmagadora ao governador Ottomar Pinto, em 2006.

“Quem votou em Ottomar naquela ocasião, sabia, pela fragilidade do governador, que estava votando também em mim por se tratar de chapa fechada”, destacou Anchieta, ressaltando que a legalidade de seu governo foi reconhecida por unanimidade pelos ministros do Tribunal Superior de Justiça.

Anchieta encerrou o discurso dizendo que aqueles que não acreditavam “não perdem por esperar”. Prometeu muito trabalho em prol de Roraima e do seu povo. “Vamos continuar trabalhando e seguir juntos para transformar Roraima em um grande Estado”.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Copom acena para o não reajuste da gasolina e gás de cozinha


O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) prevê reajuste zero para a gasolina e o gás de bujão no ano que vem, segundo registra a ata da última reunião do ano, realizada nos dias 8 e 9 de dezembro, quando o comitê decidiu manter a taxa básica de juros, em 8,75%, sem viés. (Leia mais)

Preferes acreditar no que eu digo ou nos teus próprios olhos?


Então tá... sem Palavras

Bote vergonha nisso!

É uma vergonha o que está acontecendo com São Paulo, a maior cidade brasileira, a capital do maior Estado brasileiro (economicamente falando).

A chuva tem castigado aquele povo como nunca, provocando mortes sobre mortes. O Governo federal faz de conta que não é com ele.

Famílias inteiras sofrem com os alagamentos, enquanto o presidente Lula da Silva viaja, viaja, viaja... Já ultrapassou a marca de um ano (dias corridos) fora do País .

O povo, bem.... O povo, que coma brioche!

Chega de incertezas!

A política é bonita porque dinâmica. Todas as cabeças pensantes, pelo menos do Estado, acreditavam que o governo José de Anchieta (PSDB-RR) havia chegado ao ocaso nesta quarta-feira (16). Todas as análises, sob qualquer ponto de vista, levavam a isso.

Primeiro, a começar pelos motivos invocados pela Procuradoria-geral Eleitoral (PGE), que tomou para si as razões arguidas pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), derrotado - e, por isso, inconformado - por Ottomar Pinto nas eleições de 2006.

Segundo, pelo histórico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que até então não havia contemporizado com acusações similares.

Começou lá atrás, quando os ministros defenestraram do cargo o então governador do Piauí, o hoje senador Mão Santa (PSC). Depois, veio a degola do governador Flamarion Portela (na época, PT-RR).

Em 2008, o governador e o vice da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB) e José Lacerda Neto (DEM), respectivamente, foram enxotados do cargo. Só neste ano foram dois os apeados do poder: Jackson Lago (PDT), do Maranhão, e Marcelo Miranda (PMDB), do Tocantins.

Mas, como dizem por aí, que de cabeça de juiz e de bumbum de nenê não se sabe o que sai, para surpresa de todos, o entendimento geral na Corte máxima da política brasileira (unanimidade), ontem, foi o de que não haviam motivos contundentes para a cassação de Anchieta.

Agora, cabe ao governador, com toda a tranqüilidade que a promulgação lhe proporciona, tocar o barco, visando o bem-estar da comunidade de Roraima.

É certo que sua manutenção no cargo não é garantia de que tudo caminhará agora em estrada reta e de pavimento novo. Mas é corolário de um novo tempo. Há muito o povo roraimense aspirava por isso.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Supremo pequeno

FERNANDO RODRIGUES

BRASÍLIA - É da maior relevância a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o caso de censura prévia imposta a "O Estado de S. Paulo". O jornal está proibido de publicar reportagens relacionadas a uma operação policial envolvendo um filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Ao julgar uma reclamação do jornal censurado, o STF decidiu enviar o assunto ao arquivo. Por 6 votos a 3, alegou erro processual. Na prática, manteve-se a censura.
A decisão está tomada. É ocioso interpretar tecnicamente a forma como os magistrados se manifestaram. Mas é útil refletir sobre os efeitos desse caminho adotado.

Também convém registrar o poder discricionário do Supremo diante de erros processuais quando se trata de garantir a prevalência do direito. Mesmo havendo um equívoco procedimental, um juiz zeloso pode corretamente conceder habeas corpus a um banqueiro preso se a detenção foi ilegal -não importando se esse banqueiro bate à porta da instância errada.

O ponto, portanto, é bem diferente de erro processual. O Brasil assistiu nesta semana à formação de um conceito perigoso para a democracia. Escorado em filigranas jurídicas, o STF decidiu manter um jornal sob censura prévia.

A partir de agora, milhares de políticos e filhos de políticos se sentirão à vontade para entrar na Justiça requerendo a suspensão prévia de publicação de reportagens. Juízes de primeira instância poderão confortavelmente decidir a favor desse tipo de censura.

Algo parece estar fora do lugar. O nanismo político do STF foi quase kafkiano. Optou por maximizar erros processuais. Minimizou a determinação constitucional sobre ser "livre a expressão da atividade intelectual (...) e de comunicação, independentemente de censura ou licença". Como é uma decisão da Justiça, cumpra-se.

A nós, resta torcer para que seja breve esse apagão de valores no Supremo.

Chega de indefinição

EDITORIAL DO FONTEBRASIL, DE HOJE:

O estado de Roraima vive hoje um dia de expectativa. O julgamento do governador Anchieta Júnior entra em sua – possível – reta final na noite desta quinta-feira – tarde ainda no horário local. A expectativa tem todas as razões do mundo. Enquanto perdurar a indefinição, nada se faz. Nada se resolve.

O povo já não aguenta mais esse “status quo”. A ideia da possibilidade de um quarto candidato em cinco anos a instalar-se na cadeira mais importante do Palácio Senador Hélio Campos é prejudicial para o estado. Em todos os sentidos.

Primeiro, porque a execução de projetos e programas sofre interrupções indesejadas. Os primeiros a se escafeder são os investimentos. Sem eles, nada se faz. Segundo, porque não se tem qualquer segurança, seja jurídica ou institucional, para se implantar novas ações em benefício da comunidade.

O que se quer, na verdade, é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aja com eficiência e responsabilidade. Os senhores ministros não podem esquecer que o que está em jogo é um povo sofrido, trabalhador e que almeja por manter vida digna, como qualquer brasileiro.

Algo muito diferente do que esperam aqueles a quem o falecido governador Ottomar Pinto classificava de “pescadores de águas turvas”. Além de não produzir nada, tais “pescadores” ainda põem terra no caminho de quem busca o desenvolvimento do estado. E de forma escancarada.

O momento é de união pela governabilidade. União pelo desenvolvimento. Toda essa falta de compromisso político é que tem sido o combustível a propulsionar o desandar da carruagem.

O resultado não é outro que não a queda na produção de grãos, a fuga de investimentos externos, a perpetuação da economia do contracheque. O mundo está em constante evolução enquanto Roraima permanece com idéias retrógradas. O povo macuxi não merece isso.

Tudo fora da ordem

ESTÁ NA PARABÓLICA DA FOLHA DE HOJE:

RESPOSTA I
A assessoria de comunicação da CERR (Companhia Energética de Roraima) enviou resposta com relação às reclamações de vereadores de Caracaraí, publicadas em notas na Coluna de ontem, e classificou como errônea a informação prestada ao jornal. O engenheiro eletricista Mário Delgaron afirmou que a Usina Termelétrica de Caracaraí possui motores com capacidade para geração de energia suficiente para atender o município e ainda Iracema.

RESPOSTA II
O engenheiro reforçou a justificativa de que o racionamento se deve à quebra de quatro motores. Ainda conforme a nota, a turbina levada para Rorainópolis foi retirada de um motor parado por problemas mecânicos, portanto, sem funcionamento. “Nossa intenção é melhorar o fornecimento de energia nas 141 localidades em que a CERR atua”, concluiu o engenheiro responsável pelas informações.

Comento:

CONCLUSÃO: Qualquer um pode tirar suas conclusões a respeito das duas notas acima. Mas a minha, em particular, é que a CERR está brincando com a inteligência do consumidor.

Como se explica o fato de Caracaraí e Iracema viverem constantemente às escuras se "a Usina Termelétrica de Caracaraí possui motores com capacidade para geração de energia suficiente para atender o município e ainda Iracema"?

A verdade é que a região sul do Estado vive dias de apagões constantes. E nada se faz para resolver o grande incômodo que é dormir no calor, enquanto alimentos perecem nos congeladores que, antes de congelar, mantêm temperaturas superiores a 50ºC em seus interiores.

Se há geradores capazes de suprir a demanda, então por que não suprem? Por que tantos apagões?

Sem dúvida, alguma coisa está fora da ordem.

República Bolivariana no Mercosul, bola fora

Agora só falta um estágio para a Venezuela integrar o grupo dos Países do Cone Sul, o Mercosul. A etapa brasileira foi vencida esta semana, no Congresso. O próximo passo será o Paraguai do bispapão Lugo.

Pensando bem, não custa a gente desconfiar desse casamento promíscuo da democracia com o empedernido e ultrapassado autoritarismo, tão bem representado por Hugo "Mandão" Chávez na América Latina.

Seu modo unilateral de governar está levando os venezuelanos à bancarrota. Seu único produto, o petróleo, está em baixa no mercado. Esse fato, aliado à falta de investimentos no setor, põe a Venezuela na rabeira do continente, ganhando apenas do Haiti.

É mesmo muito preocupante ter companheiros de viagem dessa estirpe. Não deixa de ter sido uma bola fora o que o Congresso Brasileiro acabou de decretar.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Bomba na Escola

A coisa está feia lá para as bandas do Instituto Federal de Roraima (ex-Cefet, ex-Escola Técnica Federal de Roraima).

Ontem de manhã, um aluno do Curso Técnico em Eletrônica Integrado ao Ensino Médio deixou uma bomba caseira explodir em frente ao instituto.

Trazia o artefato na mochila. Por pouco, ninguém ficou ferido. A Polícia Civil está investigando o caso.

Tarso defende piso de R$ 3.200 para policiais

O ministro Tarso Genro (Justiça) defendeu ontem a adoção de um piso salarial nacional de R$ 3.200 para policiais. Ele afirmou que sua pasta pretende investir R$ 900 milhões no ano que vem para complementar o salário de agentes do Estado do Rio e atingir o valor proposto. De acordo com o ministro, o adicional será oferecido a todos os Estados onde o piso salarial é mais baixo. (Leia mais...)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Frase do Dia


"Só uma radical reforma será capaz de conter a corrupção."

(José Aníbal, líder do PSDB na Câmara dos Deputados, criticando a classe política, na coluna Cláudio Humberto, de hoje).

Comento:

Discordo do nobilíssimo deputado. A conivência com a corrupção é endêmica, e está entranhada nas instituições. De forma histórica. Para contê-la, basta aplicar a Lei.

Aliás, o que abunda no país são Leis. Para barrar qualquer processo de dilapidação do Erário - ou mesmo punir aqueles já cometidos - existem Leis aos montões.

O que falta mesmo é a vontade de acabar com a bandalheira generalizada. O problema é que quem deveria tomar essa providência está envolvido até a tampa com o butim.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Felicidade em dobro

As pombas - como os sonhos de Raimundo Corrêa - voando do pombal para não mais voltar:

Marcela e Diego casaram-se na primeira sexta-feira de dezembro; Karen e Eduardo, na segunda.

Felicidade em dobro para os veinhos, que agora ficam sós em casa.

O consolo é o Francisco, que de vez em quando está por perto.

Foto: France Telles
AS POMBAS

Raimundo Corrêa

Vai-se a primeira pomba despertada . . .
Vai-se outra mais . . . mais outra . . . enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada . . .

E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada . . .

Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais ;

No azul da adolescencia as asas soltam,
Fogem . . . Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Haja fila! Haja padecimento!

Sem dúvida, o imbróglio da transferência dos salários pagos aos servidores pelo Governo do Estado para o Banco do Brasil vai abrir um rombo na popularidade do governador Anchieta Júnior, que já não é tão boa assim. O saldo negativo será sem precedentes.

Desde o dia do pagamento (fim de novembro) até agora, muitos servidores não puderam pôr no bolso o resultado de seu trabalho.

É humilhante o atendimento que o Banco dispensa aos neo-correntistas. Poucos funcionários para atender a massa de servidores. As filas crescem em proporção geométrica à medida que se aproxima o fim do expediente bancário.

Isso, sem falar que é uma fila para cada coisa: para assinar o contrato de abertura da conta, uma; para receber o cartão, outra; para conseguir registrar a senha eletrônica para uso do cartão nos caixas eletrônicos, mais fila.

Para completar o ranking de padecimentos - tudo isso na agência central, imaginem -, eis que para cada fila, antes, o indigitado servidor estadual precisa morrer em uma fila só para pegar a senha no papel para ser atendido. Nessa fila ele entra pelo menos três vezes.

Para fornecer a senha no papel, não sei por que, o funcionário só falta pedir o número do sapato do pretendente. Tudo orquestrado para atrasar o expediente e deixar o "correntista" ainda mais enfezado.

Com todo respeito, assim, não tem marqueteiro que dê jeito na popularidade do homem.

Charge do Dia

Frase do Dia

Tá na coluna do Noblat, de hoje:

"O eleitorado sabe distinguir o que é um erro do partido, o que é caixa dois, e o que é corrupção(...)O eleitorado sabe que nenhum petista enriqueceu. O PT não desviou recurso público.

José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil

Comento:

E o dinheiro da Net (Banco do Brasil) que jorrou durante o regime do Mensalão Petista? E o dinheiro pego com os "aloprados" de Lula, que até hoje não se sabe (ou fingue-se) de onde veio?

O eleitorado sabe de tudo isso, sim, seu Dirceu. O problema é que na hora do voto, o que fala mais alto é mesmo a migalha do Bolsa Família.

Afinal, para quem não tem nada, 1 real é 100%.

Emoções Futuras

Sol Pereira

Hoje, como de costume, levantei cedo
Mas com um gostinho amargo
Vindo do meu âmago
Vivo momentos de tristeza e medo

Será que foi pelas decisões que tomei?
Ou será que é mesmo a tristeza que não me abandona?
Já não sei, são tantas emoções que passei
E das quais agora me sinto totalmente dona

Dos meus pensamentos, da minha razão
Não quero mais sofrer outra desilusão
Ontem, flutuava apenas com uma declaração

Hoje, pondero e penso e consulto o meu coração
Foram tantos sofrimentos, tantas amarguras
Que prefiro investir nas emoções futuras

domingo, 6 de dezembro de 2009

É Campeão!

Foto: Diulgação (Folha/Uol)

Agora é vero. Para tristeza dos vascaínos e afins, o Flamengo é o Campeão Brasileiro de 2009. Depois de 17 anos de espera.

Para você ver a importância do título, até o governador Anchieta, sabendo da ressaca que será amanhã, decretou ponto facultativo.

Valeu, Ronaldo Angelin! Valeu Petkovic! Valeu Leo Moura! Valeu Andrade!

Ah, ia esquecendo. Não teve marmelada, não. O Grêmio lutou feito gigante, até o fim. Mas teve de se curvar diante da força do dono da maior torcida do Brasil. Melhor assim.

Tá chegando a hora


Daqui a pouco o bicho vai pegar. O Flamengo tem tudo para sair-se o vencedor do Brasileirão.

Tem sede do título e o Grêmio, desfalcadíssimo, sem qualquer vontade de ver o Inter se dar bem.

Então tá...

Governos perpétuos

Ontem, dia 5 de dezembro, completou 11 anos que o coronel Hugo Chávez Frias governa com mão de ferro a Venezuela. Ele foi eleito em 1998 e nunca mais deixou o poder.

É essa tendência que a América Latina quer impor aos seus patrícios. Só que em alguns países a filosofia implantada em Cuba por Fidel Castro não cola.

O exemplo maior e mais recente é o de Honduras, onde o Mané Zalaya foi apeado do poder por insistir na patascuada.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Senado aprova plebiscito sobre criação do estado de Carajás

O Senado aprovou nessa terça-feira (2), em votação simbólica, um projeto de decreto legislativo que autoriza o Tribunal Regional Eleitoral a realizar plebiscito sobre a criação de um novo estado brasileiro chamado Carajás.

O projeto, que foi encaminhado à Câmara dos Deputados, prevê que o novo estado da região norte seja formado por 38 municípios do sul e sudeste do Pará, cuja população é de 1,4 milhão de habitantes. A votação será realizada seis meses após a publicação do decreto.

Segundo o senador Valter Pereira (PMDB-MS), relator do projeto de autoria de Leomar Quintanilha (PMDB-TO), as grandes distâncias do Pará tornam mais difíceis ações administrativas estaduais, impossibilitando a implantação e o gerenciamento de programas de interiorização e desenvolvimento.

Caso o projeto seja aprovado em plebiscito, Carajás terá Marabá como seu principal centro urbano e sua economia será baseada na agropecuária, extração de madeira e exploração de minério de ferro. O estado também deverá abrigar a represa de Tucuruí e a Serra de Carajás.

(Com Agência Estado)

CCJ do Senado aprova parecer sobre obrigatoriedade do diploma de jornalista

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou no começo da tarde desta quarta-feira (2) o parecer do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) à Proposta de Emenda à Constituição 33/2009 ,que restaura a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão.

Com apenas dois votos contrários –de Demóstenes Torres (DEM-GO) e de ACM Jr. (DEM-BA)–, a proposta, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), vai ao plenário do Senado.

Candidatura presidencial de FHC é tentativa de “fato novo” para afastar PSDB da implosão do DEM com Arruda

Edição do Alerta Total - www.alertatotal.net, de 1 de dezembro de 2009

Por Jorge Serrão
Fernando Henrique Cardoso candidato à sucessão presidencial de Lula. O que parecia uma mera especulação - discutida apenas no alto ninho tucano ou entre os amigos e intelectuais muito chegados a FHC – agora ganha ares de possibilidade concreta. Ainda mais com o estouro do mega-escândalo envolvendo o mensalão de José Roberto Arruda (DEM) – que detonou uma das estratégias de campanha do PSDB. Arruda seria o candidato a vice na chapa presidencial dos tucanos em 2010.

O retorno de FHC ganha força por vários motivos. José Serra não decola do Espírito Santo para cima. Pesquisas reais feitas para consumo interno do PSDB indicam que ele não tem força no Norte-Nordeste – a exemplo do que ocorreu com Geraldo Alckmin. O nome de Aécio Neves seria mais bem recebido pelos nortistas e nordestinos, mas sua candidatura também não mostra tanta empolgação e força fora de Minas Gerais.

Apesar de uma suposta rejeição de mais de 50%, FHC é um nome conhecido e seria capaz de forçar a união interna dos tucanos. Além disso, um dos carros chefes da campanha petista, o Bolsa Família, foi criado no governo tucano. E tal “realização” já começa a ser martelada pelo marketing tucano na mídia nordestina, na tentativa de neutralizar a campanha petista.

Além disso, os tucanos avaliam que o nome de Dilma Rouseff não peso para encarar uma comparação com FHC – considerado um “estadista” no exterior. O fator externo pesa demais a favor do retorno de FHC. A Oligarquia Financeira Transnacional - que decide o jogo eleitoral por aqui previamente – vê com ressalvas o radicalismo intempestivo de Dilma. Também não confia nas teses econômicas de José Serra. FHC já passou no teste dos controladores. Tem aval para retornar.

$talinácio aprova

O próprio Lula veria uma candidatura FHC com bons olhos.

Se o “amigo” ganhar, mesmo contra sua vontade, o prejuízo político não seria tão grande.

Valeria o mesmo pacto de não agressão-perseguição da primeira vitória eleitoral de Lula.

Além disso, com idade avançada, FHC dificilmente seria candidato à sucessão de si mesmo – o que abriria uma possibilidade para o retorno de Lula, em 2014 – conforme os planos em andamento do “Filho do Brazil”.

Batom na cueca

Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentar pôr panos quentes sobre o mensalão do Distrito Federal, afirmando que "as imagens não falam por si", o que se vê ali é um típico caso de batom na cueca.

Resta esbravejar aos quatro ventos que o que todos vimos não foi o que todos vimos. O pior é que, pelo andar da carruagem, o axioma vai terminar prevalecendo.

Outra coisa, é o engajamento de Lula em defender o DEM, partido que vive lhe espetando a coluna vertebral.

Lula não é burro, não. Quer ver o DEM sangrando até a entrada do ano eleitoral. Lá, espera dar o golpe de misericórdia e seguir lépido e fagueiro rumo à eleição de sua sucessora.

Só que esse filme já vimos, com o próprio Lula como a pretensa vítima. Não colou!

Mozarildo defende criação de novos estados

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) pediu à Mesa do Senado que coloque em votação o projeto de decreto legislativo (PDS 52/07) que propõe a realização de um plebiscito sobre a criação do estado de Carajás. Ele defendeu o desmembramento dos estados do Norte do país, o que favoreceria seu desenvolvimento.

O parlamentar lamentou que o projeto sobre a realização de plebiscito para a criação do estado de Tapajós, já aprovado pelo Senado Federal, esteja parado na Câmara dos Deputados há vários anos. Afirmou que a criação de novos estados trará maior representação política para aquelas regiões.

Mozarildo lembrou que Amazonas, Pará e Mato Grosso representam 51% território nacional. Apenas o Amazonas é maior que todos os estados das Regiões Sul e Sudeste juntos. Mas apenas o estado de São Paulo tem mais deputados que toda a região Norte.

- O desmembramento de estados da Amazônia não interessa aos grandes estados brasileiros, que têm uma visão atrasada, de que o Brasil não deve se desenvolver por igual - afirmou o senador.

Mozarildo afirmou que os países ricos não querem o desenvolvimento da Amazônia para que ela permaneça com suas riquezas intactas para que estes países as utilizem no futuro. Ele defendeu que as instituições de pesquisa e desenvolvimento sediadas na Amazônia façam os diagnósticos necessários para o desenvolvimento da região, em vez de esses diagnósticos serem apresentados por pessoas e instituições de outros lugares.

O senador comunicou ainda ter proferido a palestra de abertura do 1º Encontro de Maçons e Damas da Maçonaria do Sul e do Sudeste do Pará, ocorrido em Marabá.

Da Redação / Agência Senado

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Gobineau tinha razão

(*) FRANCISCO ESPIRIDIÃO

O diplomata francês Arthur Gobineau serviu a seu país no Brasil por um período inferior a um ano, entre 1869 e 1870. Essa estadia foi, para ele, um suplício. Um dos fundadores do conhecido “racismo científico”, o diplomata não se conformava com o caldeirão de “raças” que formava o povo brasileiro já naquela época.

Três anos depois de deixar o posto no Rio de Janeiro, já na Suécia, escreveu um ensaio sobre a imigração do Brasil. Nele, consta algo que é, em síntese, a cara e jeito do Brasil: “Gente forte, laboriosa e que em absoluto não tem ideias revolucionárias” (Demétrio Magnoli, Uma Gota de Sangue, Contexto, 2009, p. 147).

O Brasil é mesmo feito de uma gente “forte, laboriosa”. Mesmo diante de todas as adversidades, continua firme. Nos grandes centros, acorda às 3h da madrugada para pegar um trem e mais dois ônibus para chegar ao trabalho às 8h. E o salário, ó! Nos finais de semana, ainda tem ânimo para bater uma pelada com os amigos, que ninguém é de ferro.

Apesar de tanta gana, “em absoluto (o brasileiro) não tem ideias revolucionárias”. O governo do PT fez do que fez, e ninguém fez nada. E o povo ainda é obrigado a ouvir do principal responsável pelos aloprados, pelos mensaleiros, pelos destrambelhados do Planalto que nada daquilo que se viu aconteceu de verdade. Era tudo ilusão de ótica.

Dinheiro na cueca, dólares em malas, cheques confirmadíssimos sacados na boca do caixa, tudo documentado pela Polícia Federal, vídeos de pessoas recebendo propina em diversas condições. Tudo isso não passou de mera miragem (tem cacofonia aí?).

Eis que estoura mais um do gênero “mensalão”, o terceiro. Agora no próprio Distrito Federal. Mas Lula já determinou: muita calma nessa hora! Afinal, “os fatos não falam por si”. Todos viram que o homem recebeu a propina, tudo bem. Mas precisa-se apurar se ele recebeu mesmo. Tudo pode também não ter passado de ilusão visual.

E o povo não diz nada. Todos assistem a tudo com os ânimos arrefecidos. Nenhum sinal de revolta. Nem um tiquinho de indignação por parte desse povo “ordeiro”. É possível duvidar que seja isso mesmo que “eles” querem?

A grande imprensa divulgou que o governador José Roberto Arruda (o do painel eletrônico do Senado, lembram?) chegou a pedir ao “lobão” do caso, Durval Barbosa, que se este decidisse entregar toda a tramoia (leia-se, os vídeos), que o avisasse antes para que pudesse optar pela decisão a tomar: fugir do país ou se matar.

Balela. Arrudão sabe que tudo o que fez ficará por isso mesmo. Por que se matar ou fugir do país? Daqui a algum tempo todos estarão falando do caso com os espíritos desarmados, dando boas gargalhadas. O Brasil é assim. Gobineau tinha razão.

O sagrado pelo profano

Por FRANCISCO ESPIRIDIÃO - Artigo escrito em abril de 1999 e publicado no Jornal Brasil Norte (Boa Vista) e no Jornal Batista (Rio de Janeiro)

É desnecessário dizer que o mundo está em constante transformação. Seria, como se diz por aí – com perdão do jargão – chover no molhado. Todo mundo (nós, os cristãos, devíamos ser diferentes) concorda que não se pode mais criar filhos como os pais foram criados. É também muito difundida a idéia de que, no limiar do terceiro milênio, não se deve alimentar certos paradigmas de moral e ética. “Isso é coisa do passado”. A ética hoje é outra. O mundo evoluiu e quem não acompanhar as novidades fica para trás. Transforma-se em “museu”. É “quadrado”.

Em meio a tantas evoluções, porém, em meio a tantas mudanças de paradigmas, há de se ter a plena consciência para saber discernir o que é transformação para melhorar a condição de vida da humanidade, haja vista a celeridade do desenvolvimento da ciência, e o que muda para provocar a degeneração - basta ver aí a discussão sobre a criação do clone humano.

A quebra de preconceitos é uma arma bastante eficaz que vem sendo usada com maestria por Satanás para estabelecer seu reino com maior força e eficácia, dia após dia. Querem um exemplo? “O que é isso? Estamos no limiar do terceiro milênio. Em meio a tanta ciência e tecnologia, é descabido discriminar o homossexual. Temos que aceitá-lo como ele é. Afinal, todos têm o direito de escolher suas preferências sexuais”. Certo? Nem tanto.

A Bíblia diz que a homossexualidade, antes de um defeito congênito, é conseqüência do pecado do ser humano (Romanos 1:18-28). Bom lembrar que a Organização Mundial de Saúde a descaracterizou como doença congênita. É compreensível que se deva respeitar o direito de escolha, mesmo que torta, da tendência sexual de cada indivíduo. Mas daí a concordar com ela parece um tanto demais. Afinal, a homossexualidade está inserida nos padrões condenáveis à luz da Palavra de Deus.

A homossexualidade é pecado. E como tal, deve ser combatida e não relativizada, conforme querem nos fazer crer. É preciso ficar claro que Deus ama o pecador, mas abomina o pecado. Portanto, nem tudo está perdido. A pregação clara de Jesus em seu ministério terreno foi: “Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Marcos 1:15).

Relativizar o pecado é entregar-se à dissolução e, como conseqüência, à ruína. Foi assim com o Império Romano. Foi assim com o Egito Antigo. Foi assim com Constantinopla. Tudo leva a crer que o fenômeno da derrocada começa a se repetir nos dias atuais com os Estados Unidos da América.

Verificando a História, facilmente se constata ser ela farta nos exemplos de grandes potências que caíram quando passaram a contemporizar com o pecado. Divididos por volta do ano 933 antes de Cristo, os reinados teocráticos de Israel e Judá tiveram por bem banalizar o pecado no meio do povo. A gente dos dois reinos – do Norte e do Sul - preferiu deixar de servir ao Deus criador e passou a seguir seus próprios desejos e impulsos. Resultado: tiveram que bater de frente com os sanguinários assírios e babilônios.

Israel e Judá eram o povo de Deus. Mesmo assim, ambos os reinados foram terrivelmente abalados. Isso, por conta da falta de compromisso com o Senhor dos senhores. Preferiram entender e agir como se fossem um povo avançado, que não podia mais seguir as claras e edificantes determinações divinas. Elas eram ultrapassadas para o seu tempo.

Vivemos dias parecidos. Disse Rui Barbosa, em sua cátedra, que chegaria o dia em que o homem teria vergonha de ser honesto. Parece ser esse o contexto em que vivemos. Todos se queixam dos poderosos de Brasília que roubam o erário público. Mas os mesmos que fazem tais reclamações dão um “jeitinho” para não pagar tudo aquilo que devem ao Imposto de Renda. Todos falam da falta de cidadania, ao mesmo tempo em que não têm paciência de esperar o sinal vermelho tornar-se verde no cruzamento. Avançam-no sem escrúpulo nem culpa.

A família é algo que está se tornando supérfluo. Os casamentos de hoje já nascem fadados ao fracasso. “Vou-me casar. Se não der certo a gente separa”. A idéia preconcebida de desagregação matrimonial está intrínseca nos preparativos das núpcias. Aliás, ela é uma componente muito importante em todo o contexto, tal como o vestido de noiva. Não pode faltar.

Mas será que é isso que diz a palavra de Deus? Por certo que não. “Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19:4-6).

É ledo engano pensar que a Lei 9.278, de maio de 1996, a conhecida Lei do Concumbinato, veio para eliminar de vez o casamento. Na verdade, longe disso, ela trata de união estável para efeito de partilha de bens no caso de separação, seja por contencioso, seja por morte.

É lamentável a constatação de que essa malfadada lei – que contraria preceitos bíblicos, posto que legisla sobre situação pecaminosa – esteja levando ao engano tantas pessoas de boa-fé. Até mesmo pastores ligados às Convenções Batistas Estaduais e Brasileira. Há casos em que a igreja, interpretando errada e açodadamente a Lei do Concumbinato, aceitou batizar casais que vivem maritalmente, sem que, para isso, tivessem passado pelo preceito sagrado do matrimônio (Hebreus 13:4).

Não é demais, pois, recomendar a todos nós que, antes de interpretarmos ao nosso modo preceitos legais, quaisquer que sejam, busquemos os preceitos bíblicos. Sempre embalados pela oração, pois o Espírito Santo se encarregará de nos mostrar o melhor caminho a seguir. E assim, jamais trocaremos o sagrado pelo profano, apesar deste último ser mais prazeroso.

Álcool é prejudicial ao bolso

Não é economicamente favorável abastecer o carro flex ou totalflex com álcool em Boa Vista. O mesmo acontece em mais 17 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia,Santa Catarina e Sergipe.

Além de cirrose hepática, o álcool pode causar outra doença no motorista, conhecida como "blefo", ou seja, "liseira", ou ainda, falta de dinheiro, mesmo!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Posteridade


O blogueiro, posando com o presidente da República Cooperativista da Guiana, Bharrat Jagdeo, quando de sua rápida passagem pelo Aeroporto Internacional de Boa Vista.

domingo, 29 de novembro de 2009

Flamengo, o novo líder do Campeonato Brasileiro

Com gols de Zé Roberto (26 minutos do primeiro tempo) e Leonardo Moura (aos 48 do segundo), o Flamengo acaba de bater o Corínthians pelo Brasileirão. Chega agora aos 64 pontos no Campeonato Brasileiro.

Na liderança pela primeira vez em 2009, só depende de si mesmo para levar a taça para a Gávea. O jogo de hoje foi no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas (SP).

Se ganhar do Grêmio na última rodada, domingo que vem, no Maracanã, o time rubro-negro põe a mão na taça que faturou pela última e quinta vez em 1992.

Se tropeçar diante do Grêmio, o Fla ainda poderá ser campeão. basta que o Inter, Palmeiras e São Paulo também tropecem.

Ao final do jogo de hoje, a torcida do Flamengo provou que sabe fazer festa. Bonito de se ver!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Liderança às avessas

Dos nove países amazônicos convidados para o teretetê de pé de orelha (leia-se Cúpula dos Países Amazônicos), tendo o Lula à frente, em Manaus, ontem, apenas três compareceram.

Isso mostra a grande influência que o "estadista" brasileiro exerce sobre os demais chefes de Estado do Continente.

O simpósio era para debater propostas do bloco amazônico a ser levadas à Conferência sobre o Clima, que acontece no mês que vem, em Copenhague.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Grande novidade!

Matematicamente eleito novo presidente do PT, o ex-senador Luis Eduardo Dutra acaba de dizer que o PT agora - veja que só agora - tem um projeto de governo.

Isso significa que nestes quase oito anos de gestão Lula, o partido não tinha qualquer projeto para o país.

Em outras palavras, o Governo andou à deriva. Grandes novidades, né?

Que o digam a precária sitaução da malha viária e pessoas morrendo em macas nos corredores de hospitais, só para ficar em dois setores importantes da sociedade.

Joana Prado: um exemplo de transformação


Convertida ao Evangelho de Cristo, a ex-dançarina da TV chora por causa de Feiticeira: “Me sinto constrangida” “Hoje vivo outra história”

Joana Prado não ficou nada feliz ao perceber que o apresentador João Inácio Jr iria exibir imagens da Feiticeira, na “Playboy” e dançando no palco de Luciano Huck, em seu programa, que vai ao ar no Ceará. A modelo, que estava na atração acompanhada do marido Vítor Belfort, fez um apelo, com a voz embargada, para que seu passado não fosse explorado no programa. (Saiba mais aqui).

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Tiro no pé

A despeito do post abaixo, esqueci de colocar a mais nova, quentinha, do governo Lula:

Receber o porralouca iraniano Mahmoud Ahmadinejad, por quem o mundo nutre verdadeira ojeriza, foi na verdade um tiro no pé.

Todo o respeito que Lula angariou mundo afora como um "estadista", talvez, agora se esvaia pelo ralo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Nenhuma novidade no "front"

O Brazil de Lula não quer destoar.

Lembram quem foi mandado de Portugal para povoar a Colônia, na gênese de tudo? Isso mesmo! A ralé portuguesa, ora pois!

Daí em diante, tudo o que é de ruim tem boa acolhida cá pela Terra de Santa Cruz.

Lembram que na década de 70 era uma briga doida para não deportar para a Inglaterra Ronald Biggs? Repetia-se na época o jargão: "O ladrão é nosso!" Algo parecido com "O Petróleo é nosso!".

Biggs foi um dos ladrões que roubaram um trem pagador que ia de Glasgow para Londres em 1963, levando 2,6 milhões de libras (3,7 milhões de dólares). Dinheiro pra chuchu!

Depois de viver por mais de 30 anos no Brasil, Biggs decidiu se entregar às autoridades britânicas em maio de 2001, onde ficou preso, apesar da idade avançada. Sim, lá não é como aqui. Fez, pagou!

Mas isso é coisa do passado. Vamos para os fatos novos, do Brazil de Lula:

O homem que quis dar um golpe em seu país - o Mané Zelaya, sabe? - depois de ser deportado de Honduras por mau comportamento, voltou e se instalou como hóspede da Embaixada brasileira, lá em Tegucigalpa.

Sem qualquer convite, ocupou território tupiniquim e se fez de dono. O Governo Lula achou tão bonitinho que concordou com a presepada.

Mané Zelaya está lá há mais de 60 dias. E nada! Ninguém sequer tem coragem de cobrar-lhe o aluguel.

Tacitamente, nós, brasileiros, dizemos com muita honra: "Ninguém tasca! O homem é nosso. Deixa ele lá!".

Afinal, o que Mané quis fazer para ser defenestrado de seu país? Coisinha pouca. Só dar uma rasteira à la Chávez na democracia de seu país...

E agora, a última: Cesare Battisti foi julgado e condenado em seu país, a Itália. Por que tanto ranço? Quase nada. Meros atos terroristas e o frio e sanguinário assassinato de quatro pessoas.

Tudo isso por tão pouca coisa? Só quatro assassinatos! O que é isso diante de tantas atrocidades que se cometem por aí?

Ora, deixa o homem aqui. Afinal, o terrorista é nosso chegado. Por que devolvê-lo para seu país, onde, no minimo, terá que cumprir sua pena? Ora, se nós aqui não cumprimos as nossas, por que temos de obrigar os outros a fazê-lo?

Para mascarar todo o processo, o STF entrou no circuito e decidiu, primeiro, que ele devia mesmo ser extraditado.

Mas... aí veio o mas... Decidiu que não podia decidir. A última palavra deve ficar mesmo com o Poderoso Chefão, que acaba de abocanhar novas vitórias nas pesquisas.

Ainda não chegou aos 100%, é verdade. Mas pelo andar da carruagem, sua aprovação popular baterá logo-logo nos 110%.

É ele quem dará a palavra final se o homem fica ou vai cumprir sua pena como determina o bom-senso de justiça.

Alguém aí duvida qual será o desfecho desse folhetim de terceira categoria?

É... É o Brasil - esse com "s" mesmo - seguindo o seu curso. Nenhuma novidade no "front".

Simbiose


A aquarela que dá o genuíno caldo de cultura brasileiro. Foto da amiga France Telles

Argh, estou estressado!

Pela primeira vez desde que esse blog foi criado, em julho de 2007, que não escrevia tanto durante um único mês.

Já estamos beirando a casa dos 50 posts, e hoje ainda é dia 23 do mês. Será que vou conseguir romper a barreira da meia centena?

E o melhor de tudo isso é que ninguém se incomoda com as besteiras que são ditas por aqui. Ninguém dá bola. Nem ao menos um único comentário. Menos mal.

Afinal, não escrevo em busca de fama ou reconhecimentos tolos. Isso às vezes dá dor de cabeça. Bom mesmo é ter tranquilidade e paz.

E isso eu tenho. Em Cristo, meu Saldavor e Senhor!

Tudo igual

Durante a solenidade de posse dos 29 novos policiais civis, no fim de tarde desta segunda-feira, na Segad, um fato me chamou à atenção.

O deputado Zé-Reinaldo é do mesmo tamanho tanto sentado, à mesa de autoridades, como em pé, para aplaudir o governador.

Ato falho

O governador José de Anchieta cometeu hoje, durante ajuntamento para distribuição do Vale Solidário, no mínimo, uma indiscrição na presença de milhares de eleitores.

Aquilo que os psicólogos chamam de "ato falho". Sei lá, posso até estar falando besteira, pois de psicologia não entendo bulhufas.

Na presença de deputados "gafanhotos" que hoje fazem parte do grupo governista como Jalser Ranier, atual líder do Governo na Assembléia, Anchieta desceu o malho no "gafanhoto" Neudo Campos.

O que mais se viu nesses momentos (sim, não foi só uma vez, não)foi neguinho (olha o preconceito...) torcendo o nariz.

Eu, hein!!!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

E eu com a língua?

Não dá para entender o título da matéria que aborda a geração de energia no sul do Estado, no jornal necessário.

O título diz: "População cresce e demanda (de energia, creio) não acompanha". Ô, editor! Que samba do crioulo doido é esse?

Se a população cresce, o normal é a demanda de energia também crescer junto. O que pode ter acontecido - e parece que é isso mesmo - é que a população da região cresceu e a oferta de energia permaneceu a mesma. Ou encolheu, sei lá...

Acredito que essa seja a principal reclamação da população da região e que o seu jornal, Sr. Editor, quis explicitar. Mas o que conseguiu foi mesmo enrolar mais o meio de campo.

Esse tipo de raciocínio já não dá mais para se engolir. Que tal colocar na edição de jornal pessoas que entendam pelo menos um pouquinho da tão maltratada língua-pátria?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Balança o braço, meu filho!

Está chegando ao fim a arbitrariedade do pedestre no trânsito. O gesto de acenar com o braço para pedir passagem nas faixas, agora, será obrigatório.

O Projeto de Lei 7233/06, da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), da Câmara, hoje. Segue agora para o Senado.

Não raro os pedestres se aventuram na faixa sem sequer procurar saber se o motorista está lhe vendo ou não. Muitos pensam que, por estarem na faixa, estão totalmente protegidos. É quando acontecem os acidentes.

Audiência discutirá ameaças à liberdade de imprensa


A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional vai realizar audiência pública para discutir as ameaças à liberdade de imprensa na América do Sul. A audiência foi proposta hoje pelo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) e ainda não tem data marcada.

Para participar da reunião será convidado o integrante do Comitê Executivo da Sociedade Interamericana de Imprensa, Jayme Sirotsky.

Em relatório recente, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou que os países da América Latina perderam posições no ranking mundial da liberdade de imprensa.

Já a Sociedade Interamericana de Imprensa denunciou ameaças à liberdade de expressão e a existência de leis que dificultam o trabalho da imprensa no continente.

Fora da ordem

Plagiando Caetano, sem trocadilho, algo parece estar fora da ordem. Dos 150 bacharéis em Direito que se submeteram ao Exame de Ordem/2009.2, só 14 obtiveram êxito. Esse número representa meros 9,33% de aprovação.

É hora de se repensar o conteúdo ministrado aos alunos. Com exceção da Cathedral, as demais entidades de ensino da Capital precisam urgentemente rever os conhecimentos básicos inerentes ao advogado em formação.

Essa "catástrofe" ocorreu num segmento onde o ensino, desde os primeiros dias na faculdade, é direcionado para a comprovação dos resultados. Imagine, então, como será no segmento que não tem essa preocupação (Jornalismo, Biologia, Pedagogia etc.)?

Caso Battisti

O STF se reuniu ontem para decidir que não decide nada. É triste!

Mozarildo Cavalcanti: Lula "não quer que o TCU descubra falcatruas nas obras do seu governo"

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos ataques que fez ao Tribunal de Contas da União (TCU) e por permitir que seus ministros apresentem um projeto determinando que o tribunal só fiscalize obras depois de prontas. Para ele, o presidente "não quer que o TCU descubra falcatruas nas obras do seu governo" e que a fiscalização de obras concluídas "fará a festa dos maus empreiteiros", pois aqueles que forem apanhados vão recorrer "anos seguidos na Justiça" para não devolver dinheiro desviado.

Depois de lembrar que Lula também afirmou que imprensa não deve investigar e apenas noticiar, Mozarildo Cavalcanti observou que o presidente "tenta passar a imagem de que estão atrapalhando o trabalho dele". Na verdade, continuou, o presidente deveria ficar grato aos órgãos de fiscalização, por descobrirem quem "está roubando" o dinheiro que saiu do bolso da população.

- O dinheiro não sai de uma máquina do presidente Lula. É dinheiro dos impostos pagos pelo povo. Ele fala mal do Judiciário, fala mal do Poder Legislativo, depois elogia, num morde e assopra. Ele não quer imprensa livre, mas quer um Congresso dependente de emendas que os parlamentares fazem ao orçamento, que ele controla. Ele acha que é um imperador - opinou o senador.

Mozarildo advertiu que o governo tentará aprovar nos próximos dias, no Senado, o projeto de lei (PLC 32/07 ), o qual recebeu uma emenda dos governistas abrindo uma brecha para que as empreiteiras descobertas com superfaturamento nas obras do governo possam tocar os serviços "independente do Tribunal de Contas da União".

Mozarildo lamentou ainda a declaração do presidente Lula de que, no Brasil, Jesus Cristo teria de fazer acordo com Judas para conseguir maioria no Congresso. Observou que "a maioria nem sempre significa a verdade, a razão, o correto".

- A maioria que estava no julgamento de Jesus, quase por unanimidade, o condenou a ser crucificado. Pôncio Pilatos estava doido para absolver Jesus. Mas a população, manobrada pelos sacerdotes da época, estava presente exigindo a crucificação de Jesus. E Pôncio Pilatos perguntou: "Jesus ou Barrabás?" A multidão preferiu ver Jesus crucificado e libertar Barrabás. Por isso, nem sempre a maioria significa a verdade - ensinou o senador de Roraima. Ele conclamou os senadores a defenderem o Tribunal de Contas da União.

Agência Senado

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Nota 10

É de todo elogiosa a decisão do deputado Marcelo Cabral (PPS), de criar um projeto que visa instituir Centro de Formação de Condutores público, para atender pessoas de de baixa renda, aquelas que não têm condições de pagar para se habilitar no âmbito privado.

Ações como essa são sempre bem vindas. Aliás, é para ter esse tipo de procedimento que no dia das eleições saímos todos de casa, pegamos pacientemente a fila, para depositarmos nas urnas aquele voto de esperança nos candidatos.

Diferente de parlamentares que, durante o exercício do mandato, só pensam em gerar mais encargos a onerar o bolso do tão espoliado contribuinte, que já morre com cerca de 40% de tudo o que ganha, canalizados para os cofres públicos em forma de impostos e taxas exorbitantes.

O elefante e a formiguinha


Parece que foi instalada ali de forma provisória. Só enquanto se termina a obra. Mas que é indutora de pensamentos outros, lá isso é.

Estou falando da diminuta caixa d'água postada solitariamente no cocuruto de um dos prédios em construção da Assembleia Legislativa, no Centro Cívico.

Sua capacidade é ínfima para um prédio de tão grandes proporções, né não? Lembra a história da formiguinha e o elefante.

Comissão aprova PEC 300

A comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300/08 aprovou nesta terça-feira relatório que define o piso salarial de R$ 4.500 para policiais militares e bombeiros. Também foi definido um segundo piso para o primeiro posto de oficial - 2º tenente - no valor de R$ 9 mil. (Leia Mais)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Liberdade de imprensa está se deteriorando nas Américas

A liberdade de imprensa está se deteriorando nas Américas, em um ambiente de enfraquecimento da democracia, em consequência da ação de governos e da violência criminal, afirmou nesta terça-feira a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), como conclusão de sua Assembleia em Buenos Aires.

O documento final, após cinco dias de deliberações, aponta “a ação coordenada de governos para controlar o papel da imprensa e o desprestígio ao qual os mais altos funcionários de governo submetem os meios de comunicação”.

“O avanço desmedido da violência contra jornalistas (com 16 jornalistas assassinados no último semestre), a proliferação de mecanismos legislativos e decisões judiciais arbitrárias, em um ambiente de enfraquecimento da democracia, servem para acossar jornalistas e meios”, denunciam os editores.

A SIP expressa seu “desgosto e preocupação” com a morte de oito jornalistas no México, três em Honduras, dois na Guatemala, dois na Colômbia e um em El Salvador.

“Continua sendo condenável a permanência na prisão de 27 jornalistas em Cuba (…), país que também se destaca como um dos maiores controladores e consumidores de internet”.

Em um dos parágrafos mais políticos, a entidade dos editores afirma que “em todo o continente, observa-se que a pobreza que persiste pelo escasso desenvolvimento econômico e a inequidade que impera na maioria dos países da América gerou uma injustificável tendência ao autoritarismo”.

“Não é um acaso que vários governos estejam agora unidos por uma ideologia exportada da Venezuela pelo presidente Hugo Chávez, que até propôs uma ‘lei de crimes na mídia’ e fechou 34 emissoras”, destaca a organização.

A SIP diz que “esta tendência se reflete nas legislações de diversos países, como a nova Lei de Serviços Audiovisuais promovida pelo governo da Argentina na esteira de uma inédita campanha de incitação contra os meios independentes”.

Os editores também mencionam o “Projeto de Lei de Comunicação do presidente Rafael Correa no Equador e suas réplicas, como a proposta de lei de imprensa em El Salvador”.

“Outras leis que buscam o controle de conteúdos foram propostas ou estão sendo discutidas nos parlamentos de Panamá, Colômbia, Chile e Uruguai, enquanto o Brasil está organizando uma conferência nacional sobre a mídia que poderá levar à criação de medidas de controle da imprensa”.

Os editores indicam ainda que “longe de cessar, as práticas discriminatórias na distribuição da publicidade oficial continuam sendo utilizadas como instrumento de coação por vários governos, como os de Argentina, Aruba e Antilhas Holandesas, Equador, Guatemala, Nicarágua, Paraguai e Venezuela”.

“Outra tendência claramente visível dentro deste tipo de restrições é a paralisação de projetos de lei sobre o acesso à informação pública, como em El Salvador e Bolívia, ou que têm aplicação ineficiente, como no Chile, Equador, Panamá e Porto Rico, ou ainda que são inexistentes, em países como Venezuela e Cuba”.

Alguns aspectos positivos foram apontados acerca da “despenalização dos delitos de difamação e injúria no Uruguai e o envio ao Congresso argentino, por parte do Executivo, de um projeto de lei para despenalizar os delitos de injúria e calúnia com base em uma sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos”.

Fonte: AFP/BibliaWordnet

Autoridades querem interromper atividades batistas

UZBEQUISTÃO – Um tribunal uzbeque condenou o presidente da União Batista do Uzbequistão e dois outros líderes por supostamente “sonegar impostos” e envolver crianças em atividades religiosas sem a autorização de seus pais.

Pavel Peychev, que também é presidente da União de Cristãos Evangélicos Batistas da Ásia Central, foi condenado por não pagar os impostos do acampamento de verão que lidera. No entanto, Pavel negou que a igreja lucrava com a área financeira do acampamento e que sonegava impostos.

Os pais das crianças mencionadas no processo disseram que os investigadores inventaram os testemunhos e depoimentos.

Pavel e mais dois líderes batistas – Elena Kurbatova, contadora da UECHB, e Dmitry Pitirimov, diretor do acampamento batista infantil Joy (alegria) – tiveram que pagar uma multa correspondente a 260 vezes a média salarial do país, cerca de US$17.208,00. Eles também pagaram os impostos retroativos.

“A Aliança Batista Mundial vê os últimos acontecimentos no Uzbequistão com muita preocupação”, afirmou Neville Callam, secretário geral da Aliança batista.

Os relatos sugerem que as acusações e o julgamento foram “armados com o objetivo de cortar as atividades religiosas no país”.

O Uzbequistão fazia parte da União Soviética e recebeu sua independência em 1991. O país tem um presidente autoritário com pouco poder fora do ramo executivo.

A nação é conhecida por suas violações dos direitos humanos, inclusive de liberdade religiosa. As autoridades invadem cultos e interrogam os cristãos. Os oficiais também confiscam materiais religiosos, e os presos são agredidos fisicamente.

Durante o julgamento dos líderes batistas, cerca de 80 membros das congregações se reuniram para apoiá-los. O veredicto foi dado no dia 29 de outubro em Tashkent, capital do Uzbequistão.

Ore por esses cristãos, pois as autoridades querem limitar suas atividades.

Fonte: Missão Portas Abertas

Roraima tem 226 mil evangélicos


Em dezembro de 2009 os evangélicos devem somar 49,8 milhões no Brasil, 25,4% de um total de 196,5 milhões de brasileiros e brasileiras. Roraima é o Estado da federação que reúne o maior percentual de evangélicos (46,8%), com 226,3 mil, de um total de 483,6 mil habitantes. A persistir essa curva de crescimento, em 2020 os evangélicos serão 100 milhões no país.

A projeção é do Ministério de Apoio com Informação (Mai), liderada pela matemática Eunice Stutz Zillner, 51 anos, membro da Igreja Presbiteriana Independente do Ipiranga, de São Paulo. O Mai foi criado por Eunice e seu marido, o engenheiro eletrônico Marcos Zillner, em 2003.

Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Mai realiza projeções e análises, proporciona treinamentos e consultoria a igrejas. “Nosso desejo é que os números incomodem e gerem trabalho, evangelização”, declarou Eunice em entrevista para Andréa França, da Revista Graça.

O Mai quer mostrar onde é necessário investir em evangelismo. “Não estou interessada em sensacionalismo, em apresentar dados chocantes, mas, sim, em ‘fotografar a situação’ e ‘revelar a foto’ mais nítida possível”, explicou a matemática.

Segundo o Censo de 2000, o Norte do Brasil, com 19,8%, era a região com maior presença evangélica, e, conforme as projeções do Mai, continuará com essa posição e terá 32% em dezembro de 2009, seguidas das regiões Centro Oeste, com 31%, Sul, com 19,8%, e Nordeste com 19,2%.

Roraima é o Estado da federação que reúne o maior percentual de evangélicos (46,8%), com 226,3 mil, de um total de 483,6 mil habitantes, seguido do Amazonas, com 41,9%, Acre, com 39,9%, Rio de Janeiro, com 36,3%, Distrito Federal, com 35,9%, e Espírito Santo, com 35,2%.

Escrito por http://virtudegospel.com - Colaboração Site www.jornaldoradio.com.br

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A imagem do dia


Os Estados Unidos se curvam diante do Japão, algo inusitado, ou melhor, impensável, havia até bem pouco tempo.