terça-feira, 31 de maio de 2016

O réu que fez Moro dar gargalhada, entrega Lula de bandeja

Ele é carioca, mas construiu sua carreira política no Pernambuco, onde também se formou em Medicina, pela UFPE. Foi deputado federal por seis mandatos, entre os anos de 1979 até 2006, quando foi cassado por envolvimento no ‘Escândalo do Mensalão, onde amargou uma condenação de 9 anos e 5 meses de prisão.
Em abril de 2015, Pedro Corrêa caiu nas mãos do juiz Sérgio Moro, por seu envolvimento no ‘Petrolão’, onde já recebeu uma severa condenação: 20 anos e sete meses.
Diante da situação, o ex-deputado partiu para um acordo de ‘delação premiada’, com vistas à diminuição de sua pena.
Tido como um homem bonachão, Corrêa é um corrupto extremamente simpático.
Certa feita, durante o seu depoimento, com o seu jeito simples, confessou a Moro que era um ‘especialista na arte de comprar voto’. A espontaneidade de sua fala, levou todos a gargalhada, inclusive Sérgio Moro.
Este cidadão é, sem dúvida, o autor da mais detalhada acusação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com a mesma simplicidade que confessou a compra de votos, contou detalhes de como eram as tratativas diretamente com Lula, a discussão sobre a partilha de cargos e as conversas e combinações sobre a distribuição de propina, com a participação direta de Lula.
Segundo Pedro Corrêa, Lula gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras - da indicação dos diretores corruptos da estatal à divisão do dinheiro desviado entre os políticos e os partidos.
Diante de tantas delações que incriminam Lula, diante do já robusto material probante, agora é só questão de tempo...

Odebrecht entrega Dilma. ‘Presidenta’ agiu para melar a Lava Jato. O caso dela é mais grave que o de Delcídio

dilma folha
Marcelo Odebrecht, CEO of Brazilian construction group Odebrecht, speaks during an interview with Reuters in Lima May 1, 2013. REUTERS/Enrique Castro-Mendivil (PERU - Tags: BUSINESS CONSTRUCTION)


Dilma Rousseff agiu para melar a Lava Jato. Foi o que disse Marcelo Odebrecht em sua delação, revela o blog O Antagonista. O blog soube que o empreiteiro confirmou os relatos de Delcídio Amaral de que Dilma Rousseff nomeou Navarro Dantas ao STJ com o propósito de tirá-lo da cadeia. O caso é, infinitamente, mais grave que o do ex-senador petista Delcídio do Amaral, que foi preso no exercício do mandato.
Dilma Rousseff está morta politicamente, diz O Antagonista. O TSE já tem uma montanha de provas para cassar seu mandato. A questão, agora, é saber se ela será presa ou não.
Esse é o ponto mais curioso da entrevista de Dilma Rousseff com a repórter da Folha de S. Paulo:
Há rumores de que o empreiteiro Marcelo Odebrecht acusará a senhora, em delação premiada, de ter pedido dinheiro a ele na campanha em 2014, o que teria resultado em pagamentos ao marqueteiro João Santana por meio de caixa dois.
Eu jamais tive conversa com o Marcelo Odebrecht sobre isso.
Nem com o João Santana?
Eu paguei R$ 70 milhões para o João Santana, tudo declarado para o TSE. Onde é que está o caixa dois?
A senhora já teve quantos encontros com Odebrecht?
Muito poucos. Eu não recebi nunca o Marcelo no [Palácio da] Alvorada. No Planalto, eu não me lembro. Recordo que encontrei o Marcelo Odebrecht no México, o maior investimento privado do país é da Odebrecht com um sócio de lá. Conversamos a respeito do negócio, ele queria que déssemos um apoio maior. Uma conversa absolutamente padrão do Marcelo.
Dilma Rousseff mentiu em sua entrevista à Folha de S. Paulo.
E a mentira foi desmascarada por Josias de Souza, no UOL:
“Dilma Rousseff foi inquirida sobre a quantidade de encontros que manteve com Marcelo Odebrecht, presidente da maior construtora do país, preso em Curitiba desde 19 de junho de 2015. ‘Eu não recebi nunca o Marcelo no [Palácio da] Alvorada’, afirmou Dilma. ‘No Planalto, eu não me lembro’.
De acordo com os arquivos eletrônicos do Planalto, consultados pelo blog, Dilma recepcionou o mandachuva da Odebrecht pelo menos quatro vezes desde que virou presidente, duas das quais no Palácio da Alvorada —ambas em 2014, ano da campanha à reeleição”.

domingo, 22 de maio de 2016

O curral eleitoral de Dilma na miséria

Brasil  11:25


O Nordeste teve aumento de 33,7% no número de desempregados no primeiro trimestre de 2016.
A Bahia se tornou o estado com a maior taxa de desemprego do país: passou de 12,2% no ano passado para 15,5% deste ano.
Diz o Valor:
“A situação fiscal do governo, que obrigou a cortes de investimentos, repasses e transferências, que contribuíam para impulsionar o crescimento econômico do Nordeste, pode ter sido a principal causa para a alta recorde no número de desocupados na região”.
Dilma Rousseff pedalou em 2014 para bancar seu curral eleitoral. Depois de eleita, cortou o dinheiro e deixou os nordestinos na miséria. (O Antagonista)

O PT queria um golpe militar

Brasil  09:11


Só há um grupo verdadeiramente golpista no Brasil: o PT.
O partido queria que o Exército pusesse tanques nas ruas para defender o mandato de Dilma Rousseff.
Na última semana, os dirigentes petistas publicaram a seguinte safadeza:
"Fomos descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação".
O general Rômulo Bini disse ao Estadão que o documento expõe "total desconhecimento de como funcionam as Forças Armadas. Eles queriam militares que abaixassem a cabeça para eles, como se tivéssemos Forças Armadas bolivarianas como na Venezuela? Isso é um absurdo".
Um general quatro estrelas do Alto Comando do Exército, que pediu anonimato, disse à reportagem:
"Isso é uma confissão de tentativa de aparelhamento em vão das Forças Armadas. Estão todos furiosos e incrédulos. Isso é quase uma declaração de guerra a nós. Os petistas queriam que nós fôssemos Forças Armadas bolivarianas, como a da Venezuela ou da Bolívia". (O Antagonista).

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Denúncia contra Lula tem o peso de uma lápide

Por Josias de Souza

O cronista Nelson Rodrigues ensinou que a morte é anterior a si mesma. Começa antes, muito antes. É todo um lento, suave, maravilhoso processo. O sujeito já começou a morrer e não sabe. Tome-se o caso de Lula. Fenece politicamente desde 2005, quando explodiu o mensalão. Mas demorou dez anos para que a Procuradoria-Geral da Repúlica providenciasse a lápide.

Veio na forma de uma denúncia e de uma petição ao STF. Na denúncia, o procurador-geral pede a conversão de Lula em réu por ter tentado comprar o silêncio do delator Nestor Cerveró. Na petição, requisita a inclusão de Lula e outras 29 pessoas no “quadrilhão”, como é conhecido o principal inquérito da Lava Jato. Nesse texto, Janot esculpiu um epitáfio com cara de óbvio:

“Essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse.''

A conclusão do procurador-geral elimina uma excentricidade dos governos do PT. Está chegando ao fim a era da corrupção acéfala. Janot fez, finalmente, justiça a Lula, protegendo-o de si mesmo. A pose de Lula diante da roubalheira não fazia jus à sua fama.


O mal dos partidos políticos, como se sabe, é que eles têm excesso de cabeças e carência de miolos. O PT sofre da mesma carência, mas com uma cabeça só. Desde que empinou a tese do “não sabia”, Lula vinha renegando sua condição de cérebro solitário do PT. Reivindicava o papel de cego atoleimado.

Se aceitar a denúncia da Procuradoria, o STF não irá apenas transformar Lula em réu. Restabelecerá a lógica, acomodando o personagem no topo da hierarquia da quadrilha.

Mirando para baixo, Janot disparou várias balas que muitos davam como perdidas. Requereu a inclusão no inquérito do “quadrilhão” de vários nomões do PT, do PMDB e da vizinhança de Dilma.

Gente como os ministros palacianos Jaques Wagner, Ricardo Berzoini e Edinho Silva; os ex-ministros Erenice Guerra, Antonio Palocci e Henrique Alves; os senadores Jader Barbalho e Delcídio Amaral; o deputado Eduardo Cunha… De quebra, foi alvejado o principal assessor de Dilma, Giles Azevedo.

Como se fosse pouco, Janot requereu a abertura de inquérito contra a própria Dilma, o advogado-geral do impeachment, José Eduardo Cardozo e, de novo, Lula. Acusa-os de tentar obstruir as investigações.

No início de março, quando foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal por ordem do juiz Sérgio Moro, Lula reagiu com uma entrevista de timbre viperino. “Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo, porque a jararaca está viva.'' Pois bem. Janot acertou a cabeça da víbora.

Lula estava zonzo desde o dia em que o doutor Moro atrapalhou sua nomeação para a Casa Civil jogando no ventilador os diálogos vadios captados em grampos legais. Numa conversa com Dilma, a jararaca destilara todo o seu veneno:

“Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, nós temos um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado, um Parlamento totalmente acovardado. […] Nós temos um presidente da Câmara fodido, um presidente do Senado fodido. Não sei quantos parlamentares ameaçados. E fica todo mundo no compasso de que vai acontecer um milagre e vai todo mundo se salvar…”

Depois disso, a Suprema Corte avalizou o rito do impeachment, o presidente da Câmara coordenou a goleada de 376 X 137, o presidente do Senado passou a flertar com o vice-presidente “conspirador”, os parlamentares traem madame gostosamente e Lula revela-se uma cobra sem veneno. Tornando-se réu, talvez chegue a 2018 mai perto da cadeia do que das urnas.

Quanto a Dilma, ninguém estranharia se o noticiário sobre sua Presidência migrasse da editoria de política para o espaço que os jornais reservam aos avisos fúnebres. Os curiosos lêem compulsivamente, à espera de uma surpresa agradável. Jurada de morte, madame tenta se convencer de que ainda está cheia de vida. Mas todos sabem, inclusive seus aliados, que, mais dia menos dia, acaba o seu dia a dia. Tudo passa, exceto o PMDB, que é imortal.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Dilma despede-se das ruas com mentiras e falsidades

Como ela, responsável pela recessão que desempregou 11 milhões de brasileiros, nada teve a ver com nada e quer sair de cena com fama de boazinha
Por Ricardo Noblat
A 10 dias de ser afastada do cargo por decisão a ser tomada pelo Senado, Dilma participou, ontem, em São Paulo daquele que poderá ter sido seu último encontro com uma multidão ainda na condição de presidente da República com plenos poderes.
Foi uma despedida melancólica. Ela repetiu o que vem dizendo desde que o processo de impeachment começou a tramitar na Câmara dos Deputados. Anunciou medidas que dificilmente serão cumpridas por falta de dinheiro. E não pôde posar para fotos ao lado de Lula como queria.
O fotógrafo e dois assessores de Lula o esperaram no ato do 1º de Maio até a chegada de Dilma no palanque montado pela Central Única dos Trabalhadores. Lula justificou sua ausência alegando que estava rouco e cansado. Precisava preservar-se para futuras manifestações.
Então a grande atração do ato, que reuniu cerca de 50 mil pessoas, passou a ser Dilma, uma oradora que não empolga e que costuma se enrolar com as palavras. E o que ela fez, ao longo de quase 28 minutos de discurso, foi tentar reescrever a história e meter medo nos que a escutavam.
Crise econômica? Sim, ela existe segundo Dilma. Mas a culpa é da oposição que a impediu de tomar medidas para detê-la:
- O mais grave de tudo o que fizeram é não permitir que o Brasil combatesse o aumento do desemprego e a crise econômica.
- Eles vão aprofundar a crise e vão rasgar a Constituição. A oposição é responsável pela grave crise econômica.
O que o governo Temer fará depois que assumir? Dilma disse:
- Vão acabar com o Bolsa Família para 36 milhões de brasileiros e brasileiras, que vão ser entregues às livres forças do mercado para se virar.
- A primeira vítima será o pré-sal.
- [A legislação trabalhista] será transformada em letra morta.
- Querem acabar com os movimentos de moradia.
Como ela, responsável pela recessão que desempregou 11 milhões de brasileiros, nada teve a ver com nada e quer sair de cena com fama de boazinha, anunciou um reajuste de 9% no benefício médio do Bolsa Família e a correção de 5% na tabela do imposto de renda.
Para variar, bateu no deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem apontou como o maior responsável por seu impeachment. E retomou o discurso do golpe, empenhada em provocar a reação de uma plateia que a aplaudiu sem entusiasmo:
- Se eles praticam (impeachment) contra mim, o que vão praticar contra o povo trabalhador? Quando você rompe a democracia, rompe para todos. Se permitirmos esse golpe, permitiremos que a democracia seja ferida.
Sim, em tempo: Dilma lembrou sua luta contra a ditadura militar de 64, quando foi presa e torturada.
Pano rápido.