sábado, 29 de outubro de 2011

Lula é diagnosticado com câncer

FotoO ex-presidente Lula realizou neste sábado (29) exames no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e foi diagnosticado com um tumor de laringe.

Segundo informações do hospital, o ex-presidente começa o tratamento com quimioterapia já na proxima segunda-feira (31).

"O paciente encontra-se bem", diz nota do Sírio-Libanês. O tratamento deverá ser executado em caráter ambulatorial.

Informações da Folha de São Paulo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

RN:TSE mantém governadora no cargo

O Tribunal Superior Eleitoral decidiu ontem (27) que a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini Rosado (DEM), e seu vice, Robinson Mesquita de Faria, permanecem nos respectivos cargos.

O plenário negou um recurso da coligação "Vitória do Povo", do candidato derrotado ao governo do estado nas eleições de 2010 Iberê Ferreira de Souza (PSB).

Souza questionava a expedição do diploma da governadora e do vice por supostos abusos de poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação social e gastos ilícitos de campanha nas eleições de 2010.

Com exceção do ministro Marco Aurélio, os demais membros da Corte seguiram o voto da relatora, ministra Nancy Andrighi. (Coluna Claudio Humberto, de hoje).

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Herança maldita

Pronto, agora já são seis os ministros degolados (que perderam seus cargos) num período curtíssimo de menos de dez meses do governo Dilma Rousseff. Orlando Silva, não o cantor das multidões, capitulou na tarde de ontem.

Dos seis, apenas um não carrega sobre o cocuruto a pecha da corrupção: o grandalhão Nelson Jobim. Ele ridicularizou as duas ministras que, com a presidenta, formam as Irmãs Cajazeiras: Ideli Salvati e Gleice Hoffman.

O mais impressionante é que, dos cinco enredados com o butim nacional, apenas um - Pedro Novais, do Turismo - não é herança de Lula da Silva.

Ou seja, a roubalheira não é coisa nova nas pastas espoliadas. E, assim serpenteia a carruagem ladeira abaixo, esperando uma parede no meio do caminho.

Se cutucar, descobre-se rato podre em outros ministérios. Principalmente naqueles em que a presidenta não teve cacife suficiente para empossar sangue novo.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A matemática do perdão

Isaltino Gomes Coelho Filho

Publicado originalmente na revista “Você". Publicada no site com a autorização da revista.

“Então Pedro chegou perto de Jesus e perguntou: – Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes? – Não! – respondeu Jesus. – Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta vezes sete” (Mateus 18.21-22, NTLH).

Jesus havia acabado de falar, há pouco, aos seus discípulos, sobre a maneira deles se relacionarem. Se um irmão errasse contra o outro, este deveria procurá-lo e acertar os ponteiros com ele (v. 15). Se o errado ouvisse, a pessoa certa teria ganhado o irmão. Que bom! É melhor ganhar alguém que perder a amizade da pessoa! Mas se o errado não quisesse ouvi-lo, ele deveria levar duas ou três outras pessoas, agora já como testemunhas (v. 16). Se ela não ouvisse os irmãos, uma espécie de comissão, então que o assunto fosse à igreja (v. 17). Isto é importante. Precisamos resgatar a autoridade da igreja. Ela não é apenas um lugar aonde vamos nem uma instituição que deve fazer nossa vontade e atender aos nossos caprichos. Ela é a manifestação da presença de Jesus neste mundo, e tem autoridade sobre seus membros. Se a pessoa errada não quisesse ouvir a igreja, então esta o deveria considerar como um não irmão. Como se fosse “um pagão ou cobrador de impostos” (LH). Estas eram duas classes de pessoas que não tinham boa imagem espiritual. Quem recusa se corrigir acaba criando uma imagem espiritual ruim para si.

Jesus ensinou que irmãos que entrassem em desavenças deveriam procurar logo a reconciliação. As pessoas devem se entender e viver em paz, umas com as outras. O princípio do entendimento é bem simples. Basta as pessoas não se colocarem como mais importantes que as outras, entendendo que o maior é quem serve (18.1-5). O problema é que a vaidade humana é muito grande, e a igreja é contaminada pelo jeito de ser do mundo. Segundo o ensino de Jesus, o maior é quem serve. Ele mesmo serviu (Mc 10.45). Para o mundo, o maior é quem tem muitos serviçais. São visões completamente diferentes, e muitas vezes nós copiamos o modelo do mundo.

Parece que Pedro se sentiu um pouco incomodado. O maior é quem serve? Deve tratar bem quem erra comigo? Então fez uma pergunta a Jesus: “Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes?”. Por que, exatamente sete? Por que não dez, por exemplo?

Os mestres judaicos (os rabinos) ensinavam a perdoar até três vezes. Eles usavam a história de Israel, lembrando que Deus perdoara as nações inimigas apenas três vezes (veja isso em Amós 1.3, 6, 9, 11 e 13). Ora, se o próprio Deus perdoara apenas três vezes, diziam os mestres, por que ser mais justo que ele e perdoar mais vezes que ele? Perdoar três vezes estava de bom tamanho. Pedro resolveu “arrasar”: dobrou o número que os mestres rabinos recomendavam e deu mais um de quebra: “até sete?”. Além disso, sete é um número simbólico, na cultura do Oriente antigo, pois era o número de dias na semana. Era o número que contava o tempo. Seu valor era mais que matemático, era simbólico. Na mística judaica dava a idéia de algo completo, bem extenso. Pedro não apenas excedeu o ensino dos mestres como mostrou que estava cheio de disposição para perdoar.

Mas Jesus sempre foi desconcertante. Deu uma resposta a Pedro que, por certo, ele não esperava. Talvez Pedro pensasse que Jesus lhe diria: “Puxa, Pedro, você está crescendo espiritualmente, rapaz! Estou orgulhoso de você!”, mas não foi esta a palavra que Jesus deu. “Setenta vezes sete” ou, como pode ser, em uma variante de tradução, “setenta e sete vezes”. A primeira possibilidade é a mais aceita. Bem, setenta vezes sete dá quatrocentos e noventa. É este o número de vezes que temos que perdoar?

A expressão de Jesus é mais que matemática. É teológica: Na cultura lingüística da época sugere um número infinito de vezes. Nos escritos apócrifos, como no livro de Eclesiástico (não confunda com o livro de Eclesiastes, que está em nossa Bíblia), tinha este sentido, de um número ilimitado de vezes. Não há limites para o perdão que devemos exercer. Porque nosso padrão não é o trato de Deus com as nações no Antigo Testamento, mas é o ensino de Jesus, no Novo Testamento. Nós somos cristãos, e não judeus.

Consideremos que não há limites para o perdão que Deus manifestou em Jesus. Quem foi perdoado deve perdoar. Tanto é assim que logo a seguir ele conta a parábola do credor sem compaixão (18.23-35). Quem provou o amor e perdão de Deus deve amar e perdoar os irmãos. João disse isso de maneira bem clara: “Queridas amigas e amigos, se foi assim que Deus nos amou, então nós devemos nos amar uns aos outros” (1Jo 4.11).

Mas Jesus sabia o que estava dizendo. Perdoar faz bem. Faz bem a quem é perdoado, porque esta pessoa fica sabendo que a outra parte não tem mais nada contra ela. Faz bem à igreja, porque quando seus membros estão brigados, o testemunho da nossa fé ao mundo fica mais difícil. E faz bem a quem perdoa, porque o perdoador tira um fardo do seu coração. Por isso não deve haver limite para o perdão. Devemos perdoar sempre.

Saber estas coisas é importante, mas praticá-las é mais importante ainda. Se você tem mágoa ou ressentimento contra alguém, se está bronqueado com alguma pessoa, procure acertar-se com ela. Será uma libertação para ela e para você. E se ela for da igreja, será uma bênção para a igreja. Perdoe, e no ensino de Jesus, até “setenta vezes sete”.

Tudo como dantes...

Era muito bom pra ser verdade. O Exame Nacional do Ensino Médio, realizado no último fim de semana, quase passa ileso de atos corruptos. Mas, se isso tivesse acontecido, não seria ministro o avoado Fernando Haddad.

As barberagens do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), do MEC, durante a plicação do exame, são conhecidas. Não seria agora que tudo sairia como um som de Tim Maia. Veja a matéria publicada no Correio Braziliense de hoje:     

Procurador do Ceará pede anulação nacional do Enem após vazamento de questões


O procurador da República Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal do Ceará (MPF/CE), pediu nesta quarta-feira (26/10) que o Ministério da Educação (MEC) anule as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicadas no último fim de semana. O motivo é o suposto vazamento de 13 questões presentes nos dois dias de exame, publicadas anteriormente no simulado preparatório de uma escola do Ceará.

A recomendação foi enviada no começo da tarde pelo MPF, mas até as 16h, a assessoria de imprensa do MEC disse não ter recebido o documento. No texto, o procurador propõe duas alternativas. “O melhor seria anular a prova inteira a nível nacional. Como os custos são desproporcionais, outra opção seria anular somente as questões vazadas”, enumera. Segundo Costa Filho, o que não pode ser feito é reaplicar o exame apenas para um grupo de estudantes. “Não temos como saber quem teve ou não acesso. De sábado para domingo, quando as primeiras questões repetidas foram verificadas, não sabemos o quanto a notícia e o simulado se espalharam por aí”.

Na visão do procurador, não há mais dúvidas sobre a falha. “É claro que houve um vazamento, falta identificar onde e de que forma”, acusa. Uma das hipóteses é de que as questões viriam do pré-teste – exame prévio que avalia a dificuldade das questões, feito sob rígido esquema de segurança. Após o pré-teste, as questões ficariam em um banco à disposição do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela elaboração das provas – e é daí que as questões idênticas poderiam ter saído.

Costa Filho afirma, ainda, que não é preciso esperar o inquérito oficial da Polícia Federal para buscar uma solução que atenda aos estudantes. “A investigação demora, precisamos de uma resposta ainda esta semana.” Após recebido, o prazo para que o governo responda à recomendação do Ministério Público é de 48 horas. Por meio de suas assessorias, Inep e MEC reafirmaram que não houve qualquer falha na aplicação do exame. Segundo os órgãos, a ordem inicial é investigar em que etapa pode ter havido fraude – elaboração ou distribuição, por exemplo.

Capachismo tem limite

Isso é que é bajulação oficial (veja a foto abaixo). O resto é besteira. Ministro Carlos Lupi, do Trabalho, beija a mão da presidente Dilma Rousseff, que, pela cara, não ficou nada satisfeita.

O ato de genuflexão do ministro pedetista tem tudo a ver com sua incompetência frente à Pasta. A função dele hoje está reduzida, pasmem, a dar notícia do nível de desemprego no País.

A inutilidade de Lupi na Esplanada dos Ministérios transforma-o num candidato em potencial a ter a cabeça degolada num futuro não muito distante.

Orlando Brito (CH)Foto

Brasília disputa com Sucupira

A nota abaixo, publicada no Blog do Noblat, nesta quarta-feira (26), mostra a quantas anda a ilibada classe política brasileira. Depois, deputados não querem virar chacota.

Enquanto o mundo pega fogo com uma crise à la 1929, o dinheiro público é gasto com picuinhas. Dá até título de novela global: "Quem roubou o vaso de arruda?". Veja a nota:

Política



Despacho roubado


Ilimar Franco, O Globo

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), determinou a abertura de investigação, pela Polícia Legislativa, para averiguar o roubo de um pé de arruda do hall do apartamento do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA).

“Esta Casa está obrigada a adotar um posicionamento firme para apurar o desaparecimento desse vaso de arruda, que nós colocamos com o objetivo de nos proteger dos maus-olhados e trazer alguns benefícios”, disse Magalhães, na tribuna.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Estudo associa refrigerantes a comportamento violento em jovens

WASHINGTON - O alto consumo de refrigerantes entre os adolescentes pode estar ligado a um comportamento mais agressivo, diz um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista Injury Prevention.


A pesquisa observa que os adolescentes que bebem mais de cinco latas de refrigerantes não-dietéticos são significativamente mais propensos a ter atitudes violentas, como portar armas e cometer agressões.

O estudo baseou-se em entrevistas com 1.878 adolescentes de 14 a 18 anos de 22 escolas públicas da cidade americana de Boston. Os jovens foram classificados em duas categorias: "baixo consumo", até quatro latas por semana; e "alto consumo", mais de cinco latas por semana.

Um terço dos entrevistados ficou na categoria de "alto consumo". Eles foram perguntados sobre recentes comportamentos ou atitudes violentas com companheiros ou familiares e se portavam faca ou arma de fogo.

Essas atitudes foram avaliadas junto a outros fatores que poderiam influir nos resultados, como o gênero, consumo de álcool, de tabaco e as horas de sono.

O estudo constatou que 23% dos que bebiam uma ou nenhuma lata de refrigerante por semana responderam que tinham o hábito de portar armas. Já entre aqueles que bebiam mais de 14 latas por semana o número chegava a 43%.

A proporção daqueles que tiveram condutas violentas com os companheiros se elevava de 15% naqueles que quase não bebiam refrigerantes para 27% entre os que bebiam 14 ou mais por semana.
Como conclusão, os pesquisadores afirmam que os adolescentes que são altos consumidores deste tipo de bebida têm entre 9% e 15% mais propensão a apresentar condutas violentas.

"Pode haver uma relação direta causa-efeito, talvez devido ao conteúdo de açúcar ou cafeína nessas bebidas, ou pode haver outros fatores, não analisados ainda, que relacionem alto consumo de refrigerantes a agressão", indica o estudo.

(Transcrito do Estadão Online)

Casados há 72 anos, americanos morrem de mãos dadas

Casal acreditava em casamento 'até que a morte os separasse', disse filho - Reprodução/KCCICasal acreditava em casamento 'até que a morte os separasse', disse filho (Reprodução/KCCI)
DES MOINES - Um casal de idosos casados há 72 anos morreu de mãos dadas nesta quarta-feira, 19, em Des Moines, cidade do Estado americano de Iowa, informa o site do grupo MSNBC. Os dois americanos haviam sofrido um acidente de carro no último dia 12.

Casal acreditava em casamento 'até que a morte os separasse', disse filhoNorma Stock, 90, e Gordon Yeager, 94, morreram de mãos dadas na unidade de tratamento intensivo do hospital, disse um dos quatro filhos do casal. O intervalo de morte entre os dois foi de apenas 70 minutos. "Eles acreditavam no casamento 'até que a morte os separasse'", disse Dennis Yeagar.

O filho do casal afirmou à televisão local que seus pais nunca gostaram de ficar separados desde o casamento - em 26 de maio de 1939. A família, porém, ficou feliz em saber que os dois passaram seus últimos momentos juntos. "Eles foram colocados no mesmo quarto de tratamento intensivo e estavam de mãos dadas", disse Dennis.
Gordon morreu às 15h38 locais, cercado pelos parentes. Ele havia parado de respirar, mas o monitor mostrava batimentos cardíacos. A enfermeira responsável pelo casal, porém, explicou aos filhos que a pulsação do coração de Norma refletia no corpo do marido, justamente pelo fato de estarem de mãos dadas. Pouco mais de uma hora depois, a americana não resistiu.

"Nenhum dos dois ia querer ter ficado sem o outro. Não consigo pensar se isso aconteceria", disse Donna, outra filha do casal. "Honestamente, fomos abençoados que eles puderam partir desta forma", completou.

(Transcrito do Estadão Online)

Raposas depravadas

Por Francisco Espiridião

Sou policial militar da reserva remunerada. Feito no filme tropa de Elite (1), pedi para sair – deixar a farda – antes do tempo. Houve momentos em que me julguei arrependido de haver arregado. Perdi promoções importantes em razão desse ato. Mas hoje, diante das acontecências (obrigado, Shirley), acredito que saí a tempo. A tempo de não ter de compactuar com novidades que, para mim, soam como contorcionismos morais.

O escândalo da vez na República envolve um policial militar (soldado de primeira classe) do Distrito Federal. O fato de este PM, João Dias, aparecer na grande imprensa como sendo o dono de duas ONGs (organização não governamental) – a Federação Brasiliense de Kung Fu e a Associação João Dias de Kung Fu –, mostra que, a essa altura do campeonato, o Estatuto que rege a organização policial militar tomou rumo incerto e não sabido.

O artigo 30 da Lei federal 7.289, de 18 de dezembro de 1984 (Estatuto dos Policiais Militares da Polícia Militar do Distrito Federal), recepcionado pela Constituição Federal de 1988, cita, textualmente:

“Ao policial-militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada”.

As duas ONGs existem há tempo suficiente para que os superiores hierárquicos do soldado PM João Dias o investigassem, à luz da legislação que rege a vida funcional dos militares do DF. E mais: o imbróglio mostra que, há cerca de três anos, a PM solicitou esclarecimentos sobre a atividade do soldado junto ao Ministério do Esporte. Mesmo confirmada a irregularidade, nenhuma providência foi tomada pelos seus comandantes.

A hierarquia, um dos sagrados pilares do militarismo (ao lado da disciplina), também parece não significar muita coisa na caserna dos dias atuais. Antes, o soldado recebia ordem e agia como se tivesse recebido uma “Mensagem a Garcia”, aquela que tinha de ser cumprida a qualquer custo. Hoje, ao receber uma ordem, o subordinado pergunta por que deve cumpri-la.

Um doce para quem descobrir em que buraco se meteu a hierarquia no caso da greve dos PMs e bombeiros de Roraima, em 2009, quando superiores hierárquicos chegaram a ser agredidos fisicamente por subordinados, num flagrante desrespeito ao artigo 298 do Código Penal Militar:

“Desacatar superior, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, ou procurando deprimir-lhe a autoridade: Parágrafo único. A pena é agravada, se o superior é oficial general ou comandante da unidade a que pertence o agente”.

A falta de seriedade toma de assalto grande parte das instituições do País. Dias atrás a corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon, denunciou a existência de “bandidos escondidos atrás da toga”.

Para confirmar as palavras da corregedora, o juiz de direito da comarca de Campo Maior (PI), José William do Vale Veloso, foi pilhado, quarta-feira (19), pela Polícia Federal e Ministério Público, logo após haver recebido dinheiro de extorsão. Não ficou preso porque o crime é afiançável.

O ministério da presidente Dilma Rousseff parece estar corroído de A a Z pela falta de ética e malversação do erário. No carnaval da sem-vergonhice, do oba-oba que perdura havia anos, gestores misturam o público com o privado, jogando tudo num liquidificador. Depois, por não saberem discernir a sua parte da da Viúva, embolsam tudo.

Desde o início do governo, há quase dez meses, quatro ministros já tiveram a cabeça decepada: Antônio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo). Tombaram negando as traquinagens, apesar de todas públicas e notórias. Outros peregrinam na fila do cadafalso.

Acusado de oferecer um “mensalinho” de 30 mil reais a deputados de seu partido, o PP, o ministro das Cidades, Mário Negromonte, passou por tempestade avassaladora. Mas a auréola negra, parece, se desfez. A bola da vez é o do Esporte, Orlando Silva, enredado com as denúncias do soldado PM João Dias (DF). Não se sabe até quando resistirá.

Com tantos exemplos nefastos assim, como se exigir dos jovens um comportamento exemplar? Parafraseando o poeta baiano Gustavo Dourado, como exigir do homem do povo uma vida ilibada quando as autoridades não passam de “raposas depravadas na porta do galinheiro”?

FGV: País tem queda de 7,26% no número de católicos em 6 anos

                                           Cidade de Aparecida, em SP, ainda é símbolo do catolicismo no País - Luciano Coca/AE                                   A cidade de Aparecida, em SP, ainda é símbolo do catolicismo no País. (Foto: Luciano Coca/AE)

Queda também é expressiva entre jovens de 15 a 19 anos, público alvo da Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio em 2013.

Pouco depois do anúncio oficial do papa da realização da Jornada Mundial da Juventude de 2013 no Rio de Janeiro, uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra uma expressiva queda no número de católicos no País.

O mapa das religiões no Brasil mostra uma queda de 7,26% no número de pessoas que se declararam católicas em 6 anos (passando de 73,79%, em 2003, para 68,43%, em 2009).

A pesquisa da FGV também apresenta um significativo aumento no número de brasileiros que se declararam "sem religião": 1,59 ponto percentual, chegando a 6,72% em 2009.

Queda também é expressiva entre jovens de 15 a 19 anos, público alvo do evento que será realizado no ano que vem. Católicos nessa faixa etária passaram de 75,22% em 2003 para 67,49% em 2009.

O levantamento também aponta a evolução recente de outras crenças para os grupos sócio-demográficos e geográficos brasileiros. A pesquisa realizou 200 mil entrevistas sobre composição religiosa no final da década passada.

(Transcrito do Estadao Online)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O QUE NOS ACONTECE QUANDO MORREMOS?

8 Oct 2011 01:15 PM PDT

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, estudo preparado para a Igreja Batista Central de Macapá

INTRODUÇÃO

O que nos acontece quando morremos? O materialista dirá que não acontece nada. Tudo se acabou. Para alguns, voltamos em uma segunda oportunidade, uma terceira, quantas forem necessárias. Este mundo é uma espécie de penitenciária, um IAPEN espiritual, onde pagamos os erros de vidas passadas, embora não nos lembremos deles. Para outros mais, ficamos em uma espera, dormindo, até que um dia acordaremos, no juízo final. E outros, ainda, pensam que ficamos num lugar de onde orações e cerimônias religiosas do lado de cá, feitas por outras pessoas, nos tirarão. Mais recentemente, começou a se veicular a idéia de que continuamos vagando por aí, até cumprimos nossa missão. Isto foi mostrado em dois filmes, Ghost e Sexto sentido. Neste, um psicanalista é morto, mas não sabe que morreu. Contracena com ele um garoto que lhe diz: “I see dead people all the time” (“Eu vejo gente morta, sempre”). Só depois que ajuda o menino a se firmar, desempenhando um papel numa peça de Shakespeare, é que o psicanalista entende que morreu, e pode ir embora, de vez. Esta é uma tendência de romantizar a morte e enaltecer a vida humana mostrando seu sentido como sendo o cumprimento de uma missão. Quem cumpre sua missão aqui na terra pode morrer em paz. É uma afirmação do existencialismo, que afirma que o sentido da vida é aquele que lhe damos. No entanto, Eclesiastes 12.13 define bem o sentido da vida: “De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos porque foi para isso que fomos criados.”. Há um sentido na vida: viver com Deus. Não nascemos para vencer nem para sermos felizes. Nascemos para viver com Deus. Quando vivemos com ele, vencemos e somos felizes. Vitória e felicidade são subprodutos da vida partilhada com Deus. As circunstâncias se tornam pouco relevantes. O problema é que a humanidade quer viver sem Deus. E também quer explicar a morte sem ele.

Há quem diga que a morte não existe e tudo é ilusão. Tudo é maya. Mas todas as pessoas, em todas as épocas, foram iludidas? A morte é real. Há um grande esforço da cultura secular em banir o sofrimento e a morte de nossas preocupações, negando-a ou romantizando-a. No fundo, é o medo da morte que nos faz revesti-la de aspecto romântico. Mas a morte é feia e triste.

Querer saber o que nos acontece após a morte é algo natural para quem crê na sobrevivência da alma. O materialista nada tem a especular aqui. Sua vida é pobre e se limita à sobrevivência física. Morrendo ele, tudo se acabou. Mas os que pensam em vida após a vida têm esta curiosidade. O que nos sucede, quando morremos?

A Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira é clara neste tópico (ela é em todos eles). Diz o item 16, intitulado “A Morte”, na sua quarta afirmação: “Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam ‘dormir no Senhor’”. Os adventistas do sétimo dia interpretam literalmente a expressão “dormir no Senhor”, com sua doutrina do sono da alma. Mas deixemo-los de lado e sigamos com a DD, que alista aqui as seguintes passagens bíblicas: Romanos 5.6-11 e 14.7-9, 1Coríntios 15.18-20, 2Coríntios 5.14-15, Filipenses 1.21-23, 1Tessalonicenses 4.13-17 e 5.10, 2Timóteo 2.11, 1Pedro 3.18, Apocalipse 14.13. Este é nosso ponto de partida.

1. A MORTE COMO EVENTO UNIVERSAL

A primeira referência a morrer, na Bíblia, vem do próprio Deus. O autor da Vida falou da Morte: “… menos da árvore que dá o conhecimento do bem e do mal. Não coma a fruta dessa árvore; pois, no dia em que você a comer, certamente morrerá” (Gn 2.17). O “certamente” é enfático, como podemos ver numa tradução literal do texto hebraico: “Mas da árvore da entrada do bem e do mal, não comerás, sim, no dia em que dela comeres, morrerás, morrerás”. Mas o homem comeu, e permaneceu vivo. Depois veremos o que Deus queria dizer com “morrerás”, neste texto.

A primeira morte, na Bíblia, parece ter sido de animais: “E o Deus Eterno fez roupas de peles de animais para Adão e a sua mulher se vestirem” (Gn 3.21). Ou Deus tirou as peles dos animais escapelando-os e deixando-os vivos, ou havia um zíper para tirar as peles deles, ou, ainda, eles morreram (ou foram mortos). Simbolicamente, é a primeira declaração bíblica de que o homem não consegue resolver o problema das conseqüências do pecado. Apenas Deus pode. A separação de Deus é vista como nudez. Só Deus pode cobri-la.

A morte é universal. “Aos homens está ordenado morrerem uma só vez” (Hb 9.27). Todas as pessoas que existem morrerão. Esta é a única certeza da vida, a morte. Como disse o filósofo dinamarquês Kierkegaard: “O homem nasce para morrer, e começa a morrer quando nasce”. Com ele concorda Heidegger: “A morte é a maneira de ser que a realidade humana assume desde que passa a existir. Tão logo um homem começa a viver, já é suficientemente velho para morrer” [1]. A sabedoria popular cunhou isto da seguinte maneira: para morrer, basta estar vivo.

A morte aguarda cada pessoa no fim da jornada. Disse Benjamin Franklin: “Há duas coisas inevitáveis na vida: a morte e os impostos”. Índios não pagam impostos, mas morrem. Na realidade, a morte é a única certeza que se tem na vida. Não sabemos que futuro os bebês que nasceram hoje, mundo afora, terão. Mas sabemos que todos eles morrerão. A morte é o mais temido adversário da humanidade. Aguarda cada um de nós no fim de nossa experiência para uma batalha que nunca perde. Enfrentá-la tem sido motivo de muitas cogitações. Epicuro, filósofo grego materialista, disse: “A morte não nos concerne, pois enquanto vivemos, a morte não está aqui. E quando ela chega, nós não estamos mais vivos” [2]. Esta questão foi posta em outras palavras: “Enquanto somos, a morte não é. Quando ela é, nós não somos”. O grande problema para nós é que só sabemos o que ser e não o que é não ser. Em outras palavras, sabemos o que estar vivos, mas não o que é estar mortos. E o desconhecido nos atemoriza.

Summers, de forma poética, descreve a figura da Morte: “Com rosto lúgubre e garras de hárpia, a Morte anda no encalço de sua presa desde o início do registro da história do homem. Este aspecto da experiência humana entrou no mundo com uma nota trágica, em que um homem enraivecido contra seu irmão levantou-se para matá-lo. Desde aquela introdução, a Morte tem mantido os homens no temor do seu poder” [3].

Até agora o cenário parece sombrio. Comecei o raciocínio mostrando o que temos que enfrentar. Agora cito o Novo Testamento: “Deus nos salvou e nos chamou para sermos o seu povo. Não foi por causa do que temos feito, mas porque este era o seu plano e por causa da sua graça. Ele nos deu essa graça por meio de Cristo Jesus, antes da criação do mundo. Mas agora ela foi revelada a nós por meio do glorioso aparecimento de Cristo Jesus, o nosso Salvador. Ele acabou com o poder da morte e, por meio do evangelho, revelou a vida que dura para sempre” (2Tm 1.9-10). Por causa de Jesus temos a imortalidade, a vida eterna. Não somos filósofos ou pensadores sem esperança. Somos cristãos, e temos a bendita esperança trazida por Jesus. Esta esperança se baseia na obra de Jesus: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

Por este motivo, o cristão não teme a morte e reflete tranqüilo sobre ela. Não a varre para baixo do tapete. O verdadeiro cristão pode usar as palavras de uma composição de Bach: “Vem, ó doce morte!”. Porque que a morte não é o ponto final, mas como disse Diétrich Bonhoffer: “A morte é o supremo festival no caminho da libertação”. E como o pastor batista Martin Luther King Jr. pediu que fosse colocado em sua sepultura: “Livre, verdadeiramente livre; graças ao Deus Todo-Poderoso, verdadeiramente livre, afinal!”.

2. OS TRÊS TIPOS DE MORTE

Quando a Bíblia fala de “morte”, usa a palavra com três sentidos: a morte física, a espiritual e a eterna.

(1) Física – Refere-se à separação entre o espírito humano e o corpo, quando cessam as atividades físicas e cerebrais: Eclesiastes 12.7. Todos passam por ela: Hebreus 9.27. Todos nós passaremos por ela. Dentro de cem anos, nenhum de nós estará aqui. Teremos morrido.

(2) Espiritual - É a situação da pessoa sem Cristo: Efésios 2.1. Por isso a pessoa precisa nascer de novo: João 3.3. Sem Cristo o homem está espiritualmente morto. Desde o Éden que o homem ele perdeu a comunhão com a Vida. É por isso que mundo não melhora. Morto não pode dar-se vida a si mesmo. E morto se decompõe.

(3) Eterna - É a situação da pessoa sem Cristo após a morte física: Apocalipse 20.15. Podemos dizer que quem só nasce uma vez (no físico), passa por três tipos de morte e morre eternamente. Quem nasce duas vezes (no sentido de João 3.3) só morre uma vez (Jo 11.25-26) e ressuscita duas (espiritual e corporalmente).

3. E AO MORRERMOS, O QUE SUCEDE CONOSCO?

Voltemos a Hebreus 9.27. Ele nos permite compreender o esquema de nossas vidas: nascimentoè vida na terraè julgamento e vida no além. Todos nascemos, vivemos e todos morreremos. Isto é óbvio. Mas surge a questão: para onde vamos após a morte?

Segundo Eclesiastes 3.20, todos os mortos vão para um mesmo lugar, o pó: “Todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó tornarão”. “Pó”, aqui, é tomado como destino final, porque afinal, alguns morrem afogados e outros, em incêndios. Todos vão para outro lugar, após a morte. O termo hebraico para o lugar pós-morte é sheol. O termo grego que lhe é correspondente é hades, que significa “o invisível”, de des, “ver”, e o prefixo privativo a. É o termo que designa o mundo dos mortos. Sheol ou hades é o estado dos mortos entre a cessação de sua vida e o juízo final, quando da segunda vinda de Cristo. Chamamos de estado intermediário. Esta expressão nada tem a ver com o purgatório. É “estado” e não “lugar” intermediário. A idéia de purgatório surgiu no século V de nossa era, com Agostinho, foi defendida por Gregório e definitivamente incorporada à teologia católica na 25ª sessão do Concílio de Trento, que aconteceu de 1545 a 1563, em reação à Reforma. O estado intermediário não intermedeia purgatório e céu, mas sim o estado desincorporado (em que existiremos fora do corpo) e o estado glorificado (quando seremos transformados, como diz 1Coríntios 15). Repito: é estado e não lugar intermediário. Todos os mortos estão em estado desincorporado, existindo fora do corpo. No sheol/hades/além há um lugar para os salvos e outro para os perdidos. Céu e inferno estão no além. Não estão aqui. Outra ressalva que deve ser feita é que o lugar onde os mortos estão, sheol/hades/além, é definitivo, não sendo possível passar de um lugar para outro, conforme lemos em Lucas 16.26. Sei que temos aqui uma parábola e que firmar um ponto doutrinário nela não é prudente. Mas dificilmente Jesus contaria uma história que contivesse um ponto equivocado, principalmente quando seu tema central é a suficiência da Palavra de Deus em matéria de orientação para a vida eterna. Neste caso, teria havido imprudência da parte dele, o que não se pode presumir. Mas uma observação de Summers sobre o estado intermediário nos ajudará mais a compreender a questão:

O Novo Testamento ensina que na morte o corpo volta à terra e o espírito entra num estado de existência consciente, na bem-aventurança ou no sofrimento. O Novo Testamento também ensina que o corpo será levantado e transformado, na ocasião da ressurreição, quando Cristo voltar à terra. Se essas duas proposições são ensinadas no Novo Testamento, segue-se que há um estado desincorporado de existência cônscia do espírito entre os dois eventos – a morte e a ressurreição. À luz da teologia é certo haver algum tipo de vida ou de existência nesse interregno [4].

Para entender bem o conceito de morte no Antigo Testamento, precisamos entender o conceito de homem. Ele se compõe de dois elementos: o basar (carne ou corpo, a parte material) e nephesh (alma). Embora alguns queiram ver o ruah (espírito) como um terceiro elemento, estudiosos como Knudson, Davidson, Delitzsch, entre outros, entendem que ruah é usado como sinônimo de nephesh, tendo ambos os termos o significado de princípio vital que resulta na vida psíquica do ser humano. O que sobrevive à morte passa para o sheol. Este é visto como um lugar de esquecimento (Sl 88.12) e de silêncio (Sl 94.17, 115.17), onde há certo grau de autoconsciência e possibilidade de movimento e comunicação (Is 14.19-20). Os seus moradores podiam ter certo conhecimento do futuro (1Sm 28.13-20), embora sejam denominados de “sombras” ou de rephains, termo hebraico que designa sombras da vida terrestre. A idéia é de sobrevivência e não de aniquilamento. Os hebreus não tinham uma concepção bem definida de vida no além, por isso que o Antigo Testamento pouco fala sobre o assunto. Mas embora não houvesse uma teologia elaborada sobre a morte e a vida no além, os hebreus criam que havia algo do lado de lá. Assim diz Thurman Bryant, em artigo sobre “O Corpo Celestial”:

Há várias expressões da idéia de sobrevivência no Velho Testamento. Gênesis 35.18 relata que Raquel morreu no nascimento de Benjamin e saiu dela a alma ou nephesh. Eclesiastes 12.7 diz que ao morrer o corpo volta para a terra, como o era, e o espírito ou ruach volta para Deus. Também, a ocasião da visita da pitonisa de En-Dor a Saul reflete o conceito de sobrevivência após a morte. Outras passagens que afirmam a existência deste conceito são Jó 13.14-15, 19.25-27, Salmos 16, 17, 49 e 73. Há uma tradição hebraica antiga que quando o homem morre, sua alma parte do corpo, mas permanece perto dele durante três dias para partir de uma vez quando começa a decomposição. Dr. Summers acha esta tradição interessante em vista da declaração de Marta a Jesus que Lázaro jazia no túmulo já quatro dias (João 11.39). [5]

Segundo a tradição judaica, três dias era o tempo de viagem do ruah ao sair do corpo até o sheol [6]. No caso de Lázaro, pode significar também que Maria estava dizendo que o seu ruah já estava no sheol, de onde não se regressa. Mas, independente da interpretação que se dê a esta passagem, o certo é que parece haver um desenvolvimento da idéia da vida após a vida terrena no Antigo Testamento, quando ele (o AT) está se encerrando. Quando o hebreu tomou ciência de seu valor como indivíduo e não apenas como participante da nação, começou a refletir também sobre seu destino eterno como indivíduo. Numa segunda etapa, começou a refletir sobre a idéia de retribuição não apenas nesta vida, mas na vida além túmulo. Por fim, a noção de comunhão com Deus aqui na terra se espiritualizou também para o âmbito da vida após a morte. Mas o certo é que a teologia judaica, antes do fim do Antigo Testamento já cria numa vida além e até mesmo numa ressurreição dos mortos para receberem seu castigo ou sua recompensa, como lemos em Daniel 12.2-3. É com o cristianismo, no entanto, graças à obra de Cristo, que a vida no além assumirá um aspecto grandioso. A morte deixou de ser assustadora e foi até zombada por Paulo: “Assim, quando este corpo mortal se vestir com o que é imortal, quando este corpo que morre se vestir com o que não pode morrer, então acontecerá o que as Escrituras Sagradas dizem: ‘A morte está destruída! A vitória é completa! Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir?’”. A morte morrerá: “Então a morte e o mundo dos mortos foram jogados no lago de fogo. Esse lago de fogo é a segunda morte”. (Ap 20.14). Desde a ressurreição de Cristo a morte é paciente terminal.

4. O LUGAR DO SALVO NO SHEOL/HADES/ALÉM

Ao morrer, o crente em Jesus vai para o sheol/hades/além, num lugar que lhe é próprio. É chamado de “seio de Abraão” (Lc 16.22-23), de “paraíso” (Lc 23.43) e “campos Elíseos” (literatura grega). São as moradas das quais Jesus disse que há muitas no céu, como lemos em João 14.2. É um lugar de glória, como lemos em Romanos 8.18. Vive-se com o Senhor para sempre, como lemos em Apocalipse 22.3-5. A palavra de Paulo em Filipenses 1.21-23 revela que a compreensão da vida após a morte é uma vida de qualidade bem superior à presentemente vivida. Deve ficar bem claro que o lugar do salvo, no sheol/hades/além é já de salvação. Na palavra de Paulo em 2Coríntios 5.7-8, morrer é estar ausente do corpo, mas presente com o Senhor. Paulo deixa transparecer que a morte do salvo é o abandono do corpo material e uma entrada imediata na presença do Senhor. Este estado não é de inconsciência ou de sono. Pensemos nas palavras de Summers:

Em Lucas 23.43 Jesus assegurou ao salteador arrependido: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. E em Lucas 16.22, a expressão “foi levado… para o seio de Abraão” é claramente um termo descritivo que se refere ao estado de bem-aventurança na presença de Deus. Nenhum gozo maior poderia ser contemplado por um bom hebreu do que ser recebido com um abraço no seio de Abraão, o pai da raça.[7]

A promessa de Jesus ao ladrão, de estar no paraíso, merece mais observação de nossa parte. “Paraíso” é a transliteração do grego paradeisos. No grego clássico designava um jardim ou parque, lugar de beleza e de recreação. Um lugar de delícias. Os tradutores da LXX o usaram para designar o jardim do Éden, em Gênesis 2.8. Flávio Josefo usou o termo para os jardins de Salomão, em Etã, bem como para os jardins suspensos da Babilônia. Associou-se ä figura de um lugar aprazível. O termo aparece no Novo Testamento na história do ladrão na cruz, na experiência de Paulo em ter sido arrebatado (2Co 12.4) e no Apocalipse 2.7, ao se falar da árvore da vida que está no paraíso. Tem a idéia de uma restauração à posição original de antes da queda. Esta impressão é corroborada pela figura de Apocalipse 22.1-2, onde o termo não aparece, mas a árvore da vida, sim. Mais do que lugar geográfico, o termo parece indicar o lugar onde Deus habita.

A este lugar chamamos, costumeiramente, de céu. No judaísmo posterior se desenvolveu a idéia de dividir o céu em sete regiões diferentes, mas havia muita fantasia e nenhum registro bíblico nos ficou ·. O maior escritor judeu contemporâneo, Prêmio Nobel de Literatura, é Isaac Bashevis Singer. Suas obras, mesmo sendo ficção, revelam muito do mundo religioso dos hebreus. Em Shosha, seu romance favorito, há esta observação feita por um de seus personagens: “Posso facilmente visualizar o Todo-Poderoso sentado no Trono da Glória no sétimo céu, Metraton à Sua direita, Sandafon à Sua esquerda…” [8]. Não estou conferindo a uma obra de ficção o caráter de obra teológica, mas reconhecendo que Singer, em seus escritos, expressa a crença popular dos hebreus, na sua religiosidade popular.

Temos um possível resquício desta idéia de sete céus na palavra de Paulo, em Efésios 4.10, ao dizer que Jesus subiu acima de todos os céus, e de uma palavra sua ao dizer que foi arrebatado ao terceiro céu (2Co 12.1-4). Mas pouco aproveita para nosso raciocínio neste contexto.

O estado do salvo no hades/sheol/além é um estado de consciência e fixo (no sentido de que o destino final da pessoa é definido aqui, como lemos em Hebreus 12.7), definitivo (no sentido de que não se alterará) e um estado incompleto. Incompleto porque seremos revestidos do corpo celestial (2Co 5.2-4). Paulo desejava a ressurreição (Fp 3.10-11). O estado desincorporado é incompleto no sentido de que o homem, em sua inteireza, não foi devolvido ao estado original. Falta-lhe o corpo. Que ele receberá de volta, mas agora, glorificado.

Por isso, o cristão não teme nem lastima a morte. Para quem crê em Jesus, ela “simplesmente fornece a entrada para a nova ordem de vida incorruptível que Cristo agora tem, assegurando-a por nós na sua morte e ressurreição literais (1Co 15.49-50)”[9] . É bom lembrar as palavras de Jesus, em João 20.25-26. Elas foram dirigidas a uma enlutada, que perdera um parente. Jesus a consolou dizendo que Lázaro, seu irmão que falecera, viveria para sempre. Nós cremos nisto, que um crente quando parte vai viver com Jesus para sempre?

5. O LUGAR DO PERDIDO NO SHEOL/HADES/ALÉM

Há, também, um lugar de perdição, como lemos em Lucas 16.23-25. Algumas vezes é chamado de “inferno” (tradução de hades, como em Lucas 10.15). Outros nomes que este lugar recebe:

(1) “Abadom” (“destruição”), em Jó 26.6, onde é diferenciado do sheol e em Apocalipse 9.11 é o nome do anjo Apoliom, em grego;

(2) “Abismo” (a morada de demônios, em Lucas 8.31 e Apocalipse 9.11);

(3) “Geena” (inferno de fogo, em Mateus 18.9). Este último vem de Gê-Hinnom, vale de Hinom, onde se ofereciam crianças a Moloque, como lemos em 2Crônicas 28.3 e 33.6. Depois, este lugar se tornou um crematório. Animais mortos e lixo eram ali queimados. Tornou-se um símbolo de julgamento, como lemos em Jeremias 7.31-32. Em 2Pedro 2.4, o “inferno” em que os anjos foram lançados é o “Tártaro”, que no pensamento grego era o lugar mais baixo para os perdidos. Outro nome dado é “castigo eterno” (Mt 25.46). A situação do perdido é esta: ele vive agora sob o domínio do Maligno (2Co 4.4 e 1Jo 5.19). E viverá com ele na eternidade: Mateus 25.41.

O perdido está separado eternamente de Deus. Vemos isto em Lucas 16.23. Há um “grande abismo” separando o perdido do lugar onde Deus se encontra e há uma impossibilidade de se passar de um lado para outro. Este estado do perdido é de consciência, também. Não é um estado de sono ou de aniquilação. O episódio do rico perdido nos ensina isto. O texto de 2Pedro 2.9 permite entender que os injustos, reservados para o dia do juízo, já estão sendo castigados.

6. A RESSURREIÇÃO DO CORPO

A idéia de ressurreição corporal não é uma novidade neotestamentária. No texto citado de Daniel 12.2-3 se vê que o conceito já estava presente, mesmo que não muito elaborado, no judaísmo posterior. O autor de Hebreus declara que Abraão, quando decidiu que deveria oferecer Isaque em sacrifício, esperava por sua ressurreição (Hb 11.19). Pode-se alegar que esta é a exegese do autor de Hebreus e não, necessariamente, o pensamento de Abraão. Em resposta pode-se dizer que o autor é profundo conhecedor do Antigo Testamento e, que se não está autorizado a falar por Abraão, por certo sabia o que dizia.

É o Novo Testamento que ensina claramente a ressurreição do corpo. Pensemos nestas palavras de Erb, comentando o pensamento de Kantonen em The christian hope:

A questão da vida depois da morte tem sido argumentada como uma questão de demonstrar a imortalidade, a capacidade da alma para resistir à morte. O corpo tem recebido pouca importância [...] Mas o credo cristão não diz “creio na imortalidade da alma”. Diz “creio na ressurreição do corpo”. O corpo não é a antítese da alma [...] É difícil conceber um contraste mais completo que o entre Platão e Paulo a respeito deste ponto. O Novo Testamento reconhece o corpo e a alma como dois aspectos diferentes, mas não antitéticos da existência humana [...] A alma não é uma parte separada do homem com substância própria. [10]

Isto é o fundamental: a razão da esperança cristã não é a sobrevivência da alma, mas sim a questão da ressurreição do corpo. O homem não é uma alma aprisionada num corpo, como pensava Platão. O homem é uma unidade, como ensina a Bíblia e como o ensino paulino sobre a ressurreição deixa claro. Na seqüência de seu argumento, Erb começa citando Niles em Preaching the gospel of the ressurrection, e segue depois com suas observações:

O homem não é uma alma imortal em um corpo mortal. O homem é corpo e alma – uma pessoa completa – em uma imortal relação com Deus. A morte quebra, então, uma unidade e uma integridade que devem ser restauradas com a ressurreição do corpo. O cristão não quer desfazer-se do seu corpo como se fosse algo mal. Quer tê-lo redimido e glorificado pelo mesmo poder que produziu o corpo de Cristo após a ressurreição. Como Paulo, quer que o poder da ressurreição, que agora atua por ele por meio do Espírito de Cristo, continue e complete o processo de última e final salvação: corpo e alma, o homem completo à imagem de Cristo [11]

A ressurreição é a devolução do homem ao seu estado antes do pecado. É a vida ideal, antes da entrada do pecado no mundo e, assim, antes da entrada da morte no mundo.

CONCLUSÃO

Voltemos à Declaração Doutrinária da CBB. Eis todo o item XVI, sobre “A morte”.

Todos os homens são marcados pela finitude, de vez, que em conseqüência do pecado, a morte se estende a todos (1). A Palavra de Deus assegura a continuidade da consciência e da identidade pessoais após a morte, bem como a necessidade de todos os homens aceitarem a graça de Deus enquanto estão neste mundo (2). Com a morte está definido o destino eterno de cada homem (3). Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam “dormir no Senhor” (4). Os incrédulos e impenitentes entram, a partir da morte, num estado de separação definitiva de Deus (5). Na Palavra de Deus encontramos claramente expressa a proibição divina da busca de contato com os mortos, bem como e negação da eficácia de atos religiosos com relação aos que já morreram.

(1) Romanos 5.12, 6.1; 1Coríntios 15.21, 26, Hebreus 9.27; Tiago 4.14

(2) Lucas 16.19-31 e Hebreus 9.27

(3) Lucas 16.19-31; 23.39-46, Hebreus 9.27

(4) Romanos 5.6-11 e 14.7-9; 1Coríntios 15.18-20; 2Coríntios 5.14-15; Filipenses 1.21-23; 1Tessalonicenses 4.13-17, 5.10; 2Timóteo 2.11; 1Pedro 3.18; Apocalipse 14.13

(5) Lucas 16.19-31; João 5.28-29

(6) Êxodo 22.18; Levítico 19.31, 20.6, 27; Deuteronômio 18.10; 1Crônicas 10.13; Isaías 8.19 e 38.18; João 3.18 e 3.36 e Hebreus 3.13.

Estudando-se as passagens mencionadas e refletindo com o coração aberto, podemos render graças a Deus por Jesus Cristo. Por causa de Jesus temos esperança. Como disse um teólogo escocês: “Se vivo agora, Cristo está comigo; se morro, estarei com ele. Que bênção inaudita!”. Isto é o mais importante. Não nos esqueçamos disto.
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[1] AUBERT, Jean-Marie. E depois…vida ou nada? S. Paulo: Paulus, 1995, p. 11.

[2] GAARDER, Jostein. Vita Brevis. S. Paulo: Cia. das Letras, 1998, p. 143

[3] SUMMERS, Ray. A Vida no Além. Juerp: Rio de Janeiro, 1971, p. 19.

[4] Ib. ibidem, p. 31.

[5] BRYANT, Thurmon. “O Corpo Celestial”. Revista TEOLÓGICA, da Faculdade Teológica Batista de S. Paulo, ano 1, número 1, janeiro de 1966, p. 4.

[6] KELLEY, Page. Mensagens do Antigo Testamento Para Nossos Dias. Rio de Janeiro: JUERP, 1980, p. 90.

[7] SUMMERS, op. cit. p, 32

[8] SINGER, Isaac Bashevis. Shosha. S. Paulo: Francis, 2005, p.158.

[9] SHEDD, Russel: “Diversos sentidos de ‘morte’ nas epístolas de Paulo”. Revista TEOLÓGICA, da Faculdade Teológica Batista de S. Paulo, ano 1, número 1, janeiro de 1966, p. 20.

[10] ERB, Paul. El Alfa y la Omega. Buenos Aires: Editorial La Aurora, 1968, p. 135.

[11] Ib. ibidem, p. 136.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA DE 31 DE MARÇO DE 1964

(Ordem do dia proferida pelo comandante interino da 3a. Bda de Cavalaria Mecanizada (RS)

Soldados da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada !

Há 46 anos atrás, o presidente da República, João Goulart, era deposto.

Uns chamam esse acontecimento de golpe militar, outros, de tomada do poder. Para nós, brasileiros, ocorreu a Revolução Democrática de 1964, que afastou nosso querido país de uma ditadura comunista, cruel e sanguinária, que só os irresponsáveis, por opção ou por descuido, não querem enxergar.

A grande maioria de vocês, principalmente os mais jovens, foram cansativamente expostos à idéia transmitida pela propaganda política, inserida nas salas de aula, nos ditos livros didáticos, nos jornais, programas de rádio e de TV, que os militares tomaram o poder dos civis para impedir que reformas moralizantes fossem feitas; que para combater os "generais que usurparam o poder" os jovens da época uniram-se e lutaram contra a ditadura militar e que muitos deles morreram, foram mutilados, presos e torturados na luta pela redemocratização do país; que jovens estudantes, idealistas, embrenharam-se nas matas do Araguaia para lutar contra a ditadura.

Mas qual é a verdade sobre o Movimento de 31 de março ?

Para responder a esta pergunta, basta tão simplesmente voltarmos nossas vistas para aquela conturbada época da vida nacional. O país vivia no caos. Greves políticas paralisavam os transportes, as escolas, os bancos etc. Filas eram feitas para comprar alimentos. A indisciplina nas Forças Armadas era incentivada pelo governo. João Goulart queria implantar suas reformas de base à revelia do Congresso Nacional. Os principais jornais da época exigiam a saída do presidente, em nome da manutenção da democracia. Pediam para que os militares entrassem em ação, a fim de evitar que o Brasil se tornasse mais uma país dominado pelos comunistas. O povo foi às ruas pedindo o fim daquele desgoverno, antes que fosse tarde demais.

E, assim, aconteceu o 31 de março! Naqueles dias seguintes, editoriais e mais editoriais exaltando a atitude patriótica dos militares eram publicados, nos mesmos jornais que, hoje, caluniam a Revolução...Os comunistas que pleiteavam a tomada do poder não desanimaram e passaram a insuflar os jovens, para que entrassem numa luta contra seus irmãos, pensando que estariam lutando contra a ditadura. E mentiram tão bem que muitos acreditam nisso até hoje.

E foi com essa propaganda mentirosa que eles iludiram muitos jovens e os cooptaram para as suas organizações terroristas. A luta armada havia começado. Foram vários atos terroristas: atentados a bomba no aeroporto de Recife, em quartéis do Exército, em instalações diplomáticas de outros países; seqüestros e assassinatos de civis, militares e autoridades estrangeiras em solo brasileiro. A violência revolucionária havia se instalado. Naquela época, os terroristas introduziram no Brasil a maneira de roubar dinheiro com assaltos a bancos, a carros fortes e a estabelecimentos comerciais.

Foram eles os mestres que ensinaram tais táticas aos bandidos de hoje. Tudo treinado nos cursos de guerrilha em Cuba e na China. As polícias civil e militar sofriam pesadas baixas e não conseguiam, sozinhas, impor a lei e a ordem. Para não perder o controle da situação, o governo decretou medidas de exceção, pelas quais várias liberdades individuais foram suspensas. Foi um ato arbitrário, mas necessário.

A frágil democracia que vivíamos não se podia deixar destruir. Graças ao Bom Deus e Senhor dos Exércitos, vencemos a besta-fera! Os senhores sabiam disso? Com quantas inverdades fizeram "a cabeça de vocês"! Foi a maneira que os comunistas encontraram para tentar justificar a sua luta para implantar um regime do modelo soviético, cubano ou chinês no Brasil. Por intermédio da mentira, eles deturparam a História e conseguiram o seu intento. Alguns de vocês que não nasceram naquela época, chegam mesmo a acreditar no que eles dizem... E por que essas mentiras são repetidas até hoje? Por que passado quase meio século, ainda continuam a nos caluniar? Qual será o motivo desse medo e dessa inveja?

Esta resposta também é simples: é porque eles sabem que nós, militares, não nos deixamos abater pelas acusações contra as Forças Armadas, porque, na verdade, apenas cumprimos o dever, atendendo ao apelo popular para impedir a transformação do Brasil em uma ditadura comunista, perigo esse que já anda ao derredor do nosso Brasil, só que com outra maquiagem. É porque eles sabem que nós, militares, levamos uma vida austera e cultivamos valores completamente apartados dos prazeres contidos nas grandes grifes, nas mansões de luxo ou nas contas bancárias no exterior, pois temos consciência de que é mais importante viver dignamente com o próprio salário do que realizar orgias com o dinheiro público.

É porque eles sabem que nós, militares, temos como norma a grandeza do patriotismo e o respeito sincero aos símbolos nacionais, principalmente a nossa bandeira, invicta nos campos de batalha, e o nosso hino, jamais imaginando acrescentar-lhes cores ideológico-partidárias ou adulterar-lhes a forma e o conteúdo. É porque eles sabem que nós, militares, temos orgulho dos heróis nacionais que, com a própria vida, mantiveram íntegra e respeitada a terra brasileira e que esses heróis não foram fabricados a partir de interesses ideológicos. É porque eles sabem que se alguma corrupção existiu nos governos militares, ela foi pontual e episódica, mas jamais uma estratégia política para a manutenção do poder ou o reflexo de um desvio de caráter a contaminar por inteiro um ideal. É porque eles sabem que nós, militares, somos disciplinados e respeitamos a hierarquia, ainda que tenhamos divergências com nossos chefes, pois entendemos que eles são responsáveis e dignos de nossa confiança e que não se movem por motivos torpes ou por razões mesquinhas. É porque eles sabem que nós, militares, não nos dobramos à mesquinha ação da distorção de fatos que há mais de 40 anos os maus brasileiros vem impondo à sociedade, com a clara intenção de impor-lhe a idéia de que os guerrilheiros de ontem (hoje corruptos e ladrões do dinheiro público) lutaram pela democracia, quando agora já está mais do que evidente que o desejo por eles perseguido há anos, 'sempre foi - e continua sendo` o de implantar no país um regime totalitário, uma ditadura mil vezes pior do que aquela que eles afirmam ter combatido. É porque eles sabem, enfim, que todo o mal que se atribui a nós, militares, e às Forças Armadas - por maiores que sejam os nossos defeitos e limitações - não tem respaldo na Verdade histórica que um dia há de aflorar.

Soldados da Brigada Patrício Corrêa da Câmara! Pertencemos ao Exército Brasileiro, brasileiro igual a todos nós e com muito orgulho no coração. Exército invicto nos campos de batalha, onde derrotamos comunistas, nazi-fascistas, baderneiros, guerrilheiros, sabotadores, traidores da Pátria, conspiradores, predadores do patrimônio público, bandidos e terroristas. Mas retornemos agora nossas vistas para o presente... O momento é decisivo para o Brasil, e por conseguinte, para todos nós, brasileiros.

Mas será que estamos realmente conscientes disso? Parece que não! O País vive em um clima de oba-oba, tipo "deixa a vida me levar, vida leva eu"... O dinheiro público é distribuído em alguns tipos de bolsas, umas de indisfarçável cunho ideológico revanchista e, outras, voltadas ao assistencialismo, nunca na história desse País visto em tão larga escala... A mídia satura a grande massa, "coincidentemente" o grande colégio eleitoral, com programas televisivos de baixíssima qualidade cultural, de cunho nitidamente apelativo, fabricando falsos heróis, que corroem os valores cristãos do nosso povo... como que distraindo-o, a fim de impedi-lo de enxergar o que anda acontecendo por aqui e ao nosso redor: situações idênticas ocorridas no Brasil e em outros países são tratadas de formas diferenciadas, conforme a simpatia ideológica; a palavra empenhada, as posições firmadas e documentos estratégicos são trocados ou modificados conforme a intensidade da reação da opinião pública, tornando transparente a falta de seriedade no trato dos destinos do Brasil, ou pior, revelando as verdadeiras intenções, ocultas e hediondas. Se não bastasse, serviçais de plantão vem à mídia tentar explicar o inexplicável, isso quando não jogam a culpa na opinião pública, dizendo que foi ela quem entendeu de forma errada ou procuram fazer-se de vítimas face à suposta campanha difamatória, quando na verdade os fatos estão aí, as claras? No entanto, parece que as pessoas encontram-se anestesiadas, apenas "vivendo a vida", discutindo qual a melhor cerveja, ou quem deve ser eliminado da casa, se tal jogador deve ser convocado...

O que vemos hoje já era utilizado nos tempos do antigo Império Romano, a estratégia do "pão e circo: dê ao povo comida e diversão de graça e ele esquecerá seus problemas...". Porém, ao longo da História da civilização, diversas personalidades já apontavam para os perigos desses momentos de desesperança, destacamos:

Martin Luther King - "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons..." ;

Burke - "Para o mal triunfar, basta os homens de bem não fazerem nada..." ;

Mario Quintana - "O que mata um jardim não é o abandono! O que mata um jardim é esse olhar vazio de quem passa indiferente por ele" ; e

Rui Barbosa - "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto" .

Não! Não deixaremos que os inimigos da Pátria venham manchar sua honra ou deturpar seus valores cristãos. Não envergonharemos nossos antecessores, os quais nos legaram esse Brasil-Continente, livre e soberano! Soldados da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, estaremos sempre atentos e, se o Bom Deus e Senhor dos Exércitos assim o desejar, cumpriremos nossa sagrada missão de defender a Pátria. Que seja isso, ou que o sol, sem eflúvio, sem luz e sem calor, nos encontre no chão a morrer do que vivo sem te defender...

Mário Luiz de Oliveira - Cel de Infantaria, Cmt Interino da 3ª Bda CMEC

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sou batista, tenho uma identidade

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Vamos tratar da identidade batista. Mas surge uma questão: “que batista?”. O que este nome nos sugere? Conheci no Amazonas os “Batistas da Fé”. Gente séria, muito trabalhadora, até mesmo bem preparada teologicamente, mas que não admitia liderança feminina nem mesmo estimulava que mulheres orassem em público. Os batistas canadenses tem práticas diferentes das nossas. A recomendação ao Seminário é feita pela Convenção e não pela igreja local. E é a Convenção que consagra ao ministério, também. Em Cuba, as mulheres pastoras são uma realidade há mais de 20 anos. Alguns batistas chineses, até mesmo por sua cultura centrada nos anciãos, são de tendência presbiteriana, sendo a congregação local chamada apenas para decidir casos especiais. Temos vários grupos batistas, cada um com particularidades que não pertencem a outros, e alguns deles, muitas vezes, não considerando os outros como batistas por causas destas particularidades. Por causa do varejo, rejeitam o atacado.


Leia Mais

Leão amansado pela Fifa

A Federação Internacional de Futebol (Fifa), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), além das confederações asiática, africana, europeia, sul-americana e da América do Norte, Central e Caribe poderão se habilitar junto ao Fisco para ter direito a isenções de tributos como Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Cofins-importação, Imposto de Renda e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Ficam isentos do IR os rendimentos pagos pela Fifa ou pelas empresas habilitadas a pessoas físicas não residentes no Brasil que estiverem envolvidas na realização dos eventos.
Válidos apenas para a realização de eventos como partidas de futebol, sessões de treino, atividades culturais, seminários, reuniões e cerimônias de abertura e encerramento das Copas das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014, os incentivos foram regulamentados pelo decreto 7.578, publicado no Diário Oficial da União de ontem.

(Transcrito do Blog Alerta Total desta sexta-feira (14).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Lula, como Brizola, é um grande comunicador. Mas, como Brizola também, é um grande populista.

Por: Ricardo Vélez Rodrígues

A característica fundamental desse tipo de líder é, como escreve o professor Pierre-André Taguieff (A Ilusão Populista - Ensaio sobre as Demagogias da era Democrática, Paris, Flammarion, 2002), que se trata de um demagogo cínico. Demagogo - no sentido aristotélico do termo - porque chefia uma versão de democracia deformada, aquela em que as massas seguem o líder em razão de seu carisma, em que pese o fato de essa liderança conduzir o povo à sua destruição. O cinismo do líder populista já fica por conta da duplicidade que ele vive, entre uma promessa de esperança (e como Lula sabe fazer isso: "Os jovens devem ter esperança porque são o futuro da Nação", "o pré-sal é a salvação do brasileiro", e por aí vai), de um lado, e, de outro, a nua e crua realidade que ele ajudou a construir, ou melhor, a desconstruir, com a falência das instituições que garantiriam a esse povo chegar lá, à utopia prometida...

Lula acelerou o processo de desconstrução das instituições que balizam o Estado brasileiro. Desconstruiu acintosamente a representação, mediante a deslavada compra sistemática de votos, alegando ulteriormente que se tratava de mais uma prática de "caixa 2" exercida por todos os partidos (seguindo, nessa alegação, "parecer" do jurista Márcio Thomas Bastos) e proclamando, em alto e bom som, que o "mensalão nunca existiu". Sob a sua influência, acelerou-se o processo de subserviência do Judiciário aos ditames do Executivo (fator que nos ciclos autoritários da História republicana se acirrou, mas que sob o PT voltou a ter uma periclitante revivescência, haja vista a dificuldade que a Suprema Corte brasileira tem para julgar os responsáveis pelo mensalão ou a censura odiosa que pesa sobre importante jornal há mais de dois anos, para salvar um membro de conhecido clã favorável ao ex-mandatário petista).

Lula desconstruiu, de forma sistemática, a tradição de seriedade da diplomacia brasileira, aliando-se a tudo quanto é ditador e patife pelo mundo afora, com a finalidade de mostrar novidades nessa empreitada, brandindo a consigna de um "Brasil grande" que é independente dos odiados norte-americanos, mas, certamente, está nos causando mais prejuízos do que benefícios no complicado xadrez global: o País não conseguiu emplacar, com essa maluca diplomacia de palanque, nem a direção da Unesco, nem a presidência da Organização Mundial do Comércio (OMC), nem a entrada permanente do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

Lula, com a desfaçatez em que é mestre, conseguiu derrubar a Lei de Responsabilidade Fiscal, abrindo as torneiras do Orçamento da União para municípios governados por aliados que não fizeram o dever de casa, fenômeno que se repete no governo Dilma. De outro lado, isentou da vigilância dos órgãos competentes (Tribunal de Contas da União, notadamente) as organizações sindicais, que passaram a chafurdar nas águas do Orçamento sem fiscalização de ninguém. Esse mesmo "liberou geral" valeu também para os ditos "movimentos sociais" (MST e quejandos), que receberam luz verde para continuar pleiteando de forma truculenta mais recursos da Nação para suas finalidades políticas de clã. Os desmandos do seu governo foram, para o ex-líder sindical, invenções da imprensa marrom a serviço dos poderosos.

A política social do programa Bolsa-Família converteu-se numa faca de dois gumes, que, se bem distribuiu renda entre os mais pobres, levou à dependência do favor estatal milhões de brasileiros, que largaram os seus empregos para ganhar os benefícios concedidos sem contrapartida nem fiscalização. Enquanto ocorria isso, o Fisco, sob o consulado lulista, tornou-se mais rigoroso com os produtores de riqueza, os empresários. "Nunca antes na História deste país" se tributou tanto como sob os mandatos petistas, impedindo, assim, que a livre-iniciativa fizesse crescer o mercado de trabalho em bases firmes, não inflacionárias.

Isso sem falar nas trapalhadas educacionais, com universidades abertas do norte ao sul do País, sem provisão de mestres e sem contar com os recursos suficientes para funcionarem. Nem lembrar as inépcias do Inep, que frustraram milhões de jovens em concursos vestibulares que não funcionaram a contento. Nem trazer à tona as desgraças da saúde, com uma administração estupidamente centralizada em Brasília, que ignora o que se passa nos municípios onde os cidadãos morrem na fila do SUS.

Diante de tudo isso, e levando em consideração que o Brasil cresceu na última década menos que seus vizinhos latino-americanos, o título de doutor honoris causa concedido a Lula, recentemente, pela prestigiosa casa de estudos Sciences Po, em Paris, é ou uma boa piada ou fruto de tremenda ignorância do que se passa no nosso país. Os doutores franceses deveriam olhar para a nossa inflação crescente, para a corrupção desenfreada, fruto da era lulista, para o desmonte das instituições republicanas promovido pelo líder carismático e para as nuvens que, ameaçadoras, se desenham no horizonte de um agravamento da crise financeira mundial, que certamente nos encontrará com menos recursos do que outrora. Ao que tudo indica, os docentes da Sciences Po ficaram encantados com essa flor de "la pensée sauvage", o filho de dona Lindu que conseguiu fazer tamanho estrago sem perder a pose. Sempre o mito do "bon sauvage" a encantar os franceses!
O líder prestigiado pelo centro de estudos falou, no final do seu discurso, uma verdade: a homenagem ele entendia ter sido feita ao povo brasileiro - que paga agora, com acréscimos, a conta da festança demagógica de Lula e enfrenta com minguada esperança a luta de cada dia.

(*) Ricardo Vélez Rodrígues, coordenador do Centro de Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora; e-mail: rive2011@gmail.com - O Estado de S.Paulo

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tomada de posição

Parece que o povo está acordando. O clima lembra o período que antecedeu a revolução francesa. O terceiro estado clama por justiça.

http://www.webluxo.com.br/noticias/2009/av-paulista--6.jpg
Um milhão de pessoas na Avenida Paulista (ainda sem data marcada).

Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm acontecido, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar a comida dos próprios filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer tudo o que for preciso, para mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' do Brasil até aqui, falam em cortes de despesas - mas não dizem quais despesas - mas, querem o aumento de impostos como se não fôssemos o campeão mundial em impostos.
Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República;

2. Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo;

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;

4. Acabar com as empresas Municipais, com administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Acabar com o Senado e com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares. O que é que faz mesmo uma Assembleia Legislativa (Câmara Estadual)?

6. E por falar em membros (assim se autodenominam Procuradores e Promotores, Desembargadores e Juizes). Sempre se comentam que a Justiça não anda, e como pode andar, se a grande maioria dos Promotores e Juizes das Comarcas do interior dos Estados residem nas capitais, alguns retornam para suas Comarcas na segunda-feira, então expediente só na terça, e retornam para a capital na quinta, poucos na sexta-feira. Seus auxiliares e acessores só trabalham com eles presentes, então segunda, quintas e sextas, nada de trabalho. De 5 em 5 anos eles tem direito a 90 dias de férias a título de Licença Especial (quinquênio), todo final de ano entram em recesso, são mais 18 ou 20 dias de folga, e as férias propriamente ditas são de 60 dias, acrescidas de 2/3 de abono constitucional, os demais servidores públicos só tem direito a 30 dias, acrescidas de 1/3 constitucional, mais os demais benefícios, todos pagos por nós contribuintes. Nós trabalhadores normais (mortais) só temos direito a 30 dias de férias acrescido de 1/3, pago pelos lucros das empresas em que trabalhamos. Os políticos não ficam atraz, possuem mais mordomias ainda. E os Srs. Membros, quando aprontam alguma e passam a ser investigados, pasmem, são afastados de suas atividades, ficam em casa recebendo seus gordos salários.

7. E as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? E como não são verificados como podem ser auditados?

8. Redução drástica das Câmaras Municipais e das Assembléias Legislativas Estaduais, se não for possível acabar com elas.

9. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 2 partidos apenas como os EUA e outros países adiantados, seria mais que suficiente.

10. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc.., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

11. Acabar com os motoristas particulares em regime de 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias...

12. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;

13. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviços particulares tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir a supermercados, a compras, etc.;

14. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em hotéis cinco estrelas, pagos pelos contribuintes;

15. Controlar o pessoal das Funções Públicas (todos os funcionários pagos por nós que nunca estão no local de trabalho). HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM A MAIOR PARTE DO TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE CONSULTORIAS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES...;

16. Acabar com o excessivo quadro de administradores de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder - há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal administrativo... pertencentes às oligarquias locais do partido no poder...

17. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios de advocacia que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;

18. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo LEGISLATIVO.

19. Pedir a devolução dos milhões dos empréstimos compulsórios confiscados dos contribuintes, e o pagamento IMEDIATO DOS PRECATÓRIOS judiciais daqueles que efetivamente trabalham;

20. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiro segundo esquemas pretensamente "legais", sem controle, e vivendo à tripa forra à custa do dinheiro que deveria servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;

21. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida para proteger seus pares;

22. Impedir os que foram ministros de serem gestores de empresas que tenham sido beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

23. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois.

24. Cobrar dos Bancos o imposto devido e determinar que todos atendam nos horários do comércio e da indústria, de modo a atender as necessidades do cidadão.

25. Proibir repasses de verbas para todas e quaisquer ONGs.

26. Fazer uma devassa nas contas do MST e similares, bem como no PT (Partido dos Trambiqueiros) e demais partidos políticos.

27. REVER imediatamente a situação dos Aposentados Federais, Estaduais e Municipais, que precisam muito mais que estes que vivem às custas dos brasileiros trabalhadores e, dos Próprios Aposentados.

28. REVER as indenizações milionárias pagas indevidamente aos "perseguidos políticos" (guerrilheiros).

29.Realizar AUDITORIA sobre o perdão de dívidas que o Brasil concedeu a outros países.

30. Acabar com as mordomias (que são abusivas) da aposentadoria do Presidente da República, após um mandato, nós temos que trabalhar 35 anos e não temos direito a carro, combustível, segurança ,etc.

31. Acabar com o direito do prisioneiro receber mais do que o salário mínimo por filho menor, e, se ele morrer, ainda fica esse beneficio para a família. O prisioneiro deve trabalhar para receber algum benefício, e deveria indenizar a família que ele prejudicou.

“O QUE ME INCOMODA NÃO É O GRITO DOS MAUS, E SIM, O SILÊNCIO DOS BONS” (Martin Luther King)

(Recebido por e-mail)