Do Ex-Blog de Cesar Maia (29/7/13)
1. O Papa Francisco, em seu discurso conceitual no Theatro
Municipal, construiu uma dialética pouco usual: violência e
indiferença. Sublinhou que o outro lado da violência
não pode ser a Indiferença –que adjetivou de
egoísta. E como construtor de pontes (pontífice), ofereceu a
alternativa do diálogo, a ‘cultura do encontro’, nas
palavras dele.
2. Essa ênfase na crítica à Indiferença
como um sentimento não cristão (anticristão),
já havia sido destacada pelo Papa Bento XVI em sua trilogia sobre a
vida de Jesus Cristo. Papa Francisco reforça-a, colando-a à
política e à conjuntura.
3. O ex-presidente francês François Mitterand, em seu
segundo governo (já com um câncer em progresso), aceitou a
proposta de um documentário onde 3 vezes por semana gravaria
respostas a quaisquer perguntas sobre a conjuntura, sobre ele e sobre a
França. O compromisso era que só depois de sua morte, seria
editado para a TV. Assim foi e se tornou um importante documento
politico.
4. Numa reflexão, Mitterrand afirma com sua voz escandida:
“A política desenvolveu em mim o sentimento da
Indiferença”. Para quem viu e reviu o documentário, leu
Bento XVI e ouviu Francisco, é inevitável correlacionar os
três conceitos como um só. A política nos tempos de
hoje desenvolve em seus atores o sentimento da
Indiferença.
5. E esse é o maior de todos os pecados na
política dos últimos anos. O que é o comportamento de
Berlusconi senão a Indiferença? Ou de Dominique Strauss-Kahn?
O que são esses fatos mostrados na política brasileira, em
restaurantes luxuosos de Paris, em programas cercados de luxo e companhias
endinheiradas, em jatinhos públicos ou privados, etc.?
Corrupção? Pode ser. Mas pode não ser, quando se a
entende como enriquecimento pessoal.
6. Mas é inevitável concluir, depois de
ouvir Mitterand e Francisco e ler Bento XVI, que a cultura da
Indiferença –indiferença com a vida das pessoas, com a
opinião pública- que o ponto fulcral do comportamento
político nos dias de hoje, que provoca tanta revolta, é a
certeza da Indiferença dos políticos com a realidade que os
cerca.
7. Indiferença com amplitude e alcance bem maiores que a
corrupção (que pode não atingir pessoalmente a alguns
atores), pois atinge a quase todos, quase generalizadamente. Mesmo que sem
a experiência de Mitterand ou a sabedoria de Bento e Francisco,
é o que passa na cabeça de todos e o que os faz rejeitar a
política e os políticos e leva tantos à
indignação nas ruas ou não, pelo mundo todo.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Quem pagará a dívida de Eike Batista com o BNDES de R$ 1.2 bi?
Comentário interessante postado por Lourinaldo T. Bezerra, de Osasco - SP, no site de Claudio Humberto. Vai como veio:
A dívida
de Eike Batista (laranja de Lula e do PT), contraída do BNDES com o
beneplácito do Marquês de Caetés e Dilma ultrapassa R$ 1.2 bilhão.
Acontece que o seu patrimônio atual se restringe a R$ 450 milhões de uma
fortuna estimada em R$ 77 bilhões. A pergunta que eu faço aos
governantes da quadrilha da estrela vermelha é: quem vai pagar a dívida
descomunal desse escroque fabricado por Lula e sua quadrilha? Em apenas
15 meses a montanha de dinheiro que dava a Batista o 7º lugar entre as
maiores fortunas do mundo, segundo a revista Forbes, se desfez como um
castelo de cartas mal arrumadas e o deixou a lamber os beiços com
monstruosa dívida e insuficientes fundos bancários e patrimônio físico
para saldá-las. Todas as pessoa medianamente informadas sabem que essa
imensa montanha de dinheiro foi montada graças ao acumpliciamento de
Lula e sua gang de assaltantes do Erário com o “empresário” do petróleo,
que se beneficiou da desonestidade do salafrário de Caetés,
concedendo-lhe concessões em poços de petróleo na Bacia de Campos e e do
pré-sal, além de outras benesses aviltadamente ilícitas, mas
acobertadas pelos poderosos do governo federal petista, origem de todas
as maracutaias existentes no Brasil desde a subida ao trono de Dom Ratão
I de Caetés. O gatuno de 9 dedos patrocina, a partir do dia 30 próximo,
a reunião do Foro de São Paulo, aqui em Sampa, laboratório bolivariano
do mal que visa transformar o Brasil num chiqueiro igual ou pior que
Cuba e Venezuela. Quero ver quem irá resolver o “X” da questão Eike
Batista e sua dívida para com o BNDES.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
A Própria Sem-Vergonhice
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Milton Simon Pires é Médico.
Por Milton Pires
Hoje tive uma ideia - a de importar vergonha. Sim! Por que não? Importamos tanta coisa: bugigangas chinesas, música pop americana de quinta categoria, roupas que não fariam sucesso nem usadas por Salvador Dali..médicos..Qual o problema em importar vergonha?
A vergonha poderia ser enviada de países como a Alemanha ou Japão - que depois de destruídos tornaram-se potências mundiais..poderia vir da Escandinávia, região do mundo que transformou um freezer num paraíso de bem estar social ou de Israel, que fez um deserto infernal parecer um jardim...
Não faltariam exportadores de vergonha pra gente, né? Chegando aqui, grandes carregamentos de vergonha bruta poderiam ser usados de cara na saúde, educação e segurança..Vergonha "refinada" e de alta qualidade poderia ser aplicada nas artes e na Universidade Brasileira e por aí vai..nossa demanda é alta!
Depois de ter tido essa ideia, me dei conta de uma coisa. Quem está "sem vergonha" há muito tempo pode acabar esquecendo como usá-la. Imagino que alguns técnicos estrangeiros teriam que chegar juntos com os primeiros carregamentos.
Outra coisa que é fato, e que também ocorre com quem está sem comida cronicamente, é que a vergonha deve ser administrada aos poucos para não provocar intoxicações como as que ocorreram com pessoas dos campos de concentração depois que começaram a comer novamente. Sem dúvida nenhuma, deve-se administrar vergonha de maneira endovenosa principalmente na Justiça do país importador.
Não se pode fazer um país ficar "impregnado" de vergonha sem primeiro lidar com essa área da sociedade. Um país com uma justiça míope, paraplégica e demencial (quando lhe convém) precisa repor seu nível de vergonha no sangue de forma urgente! Deixo aqui um exemplo - quando o supremo tribunal de uma nação condena por corrupção, e em instância máxima, um grupo de seus mais poderosos mandatários, níveis adequados de vergonha garantem que a sentença seja cumprida imediatamente.
Casos em que presidentes desse país sustentam amantes dinheiro público também podem evoluir melhor caso a concentração corporal de "vergonha na cara" seja normal.
Embora não existam muitos casos de importação de vergonha relatados na literatura, uma coisa a ciência já estabeleceu: não esperem que sobreviva e alcance a longevidade um país sem vergonha nenhuma.
Toda história da humanidade é rica em mostrar que quando uma nação não respeita a si mesma, ela vês seus médicos como "ricos com nojo pobre", seus policiais "como corruptos" e seus professores como "eternos grevistas"..Sabe-se também que sentir vergonha é, do ponto de vista psicológico, em certo aspecto muito parecido com deprimir-se pois tanto da vergonha quanto da tristeza brotam, para quem não se considera "abençoado por Deus e bonito por natureza”, a vontade de redimir-se..a capacidade de reerguer-se e o dom de novamente impor-se como tem direito os homens e os países de bem.
Duvido muito que um país que é sinônimo de "alegria"..de homens que são lembrados como "bons de bola" e de mulheres que se apresentam ao mundo como "fáceis" tenha um dia vergonha na cara e explico o porquê: outros povos do mundo também podem ser assim, mas só nós nos "orgulhamos" disso..só nós celebramos a nossa falta de vergonha..só nós rimos da nossa própria ignorância e aplaudimos nossa falta de educação características do "parabéns a você" cantado aos berros dentro de qualquer churrascaria carioca.
Os “intelectuais do CNPQ do B” - vão chamar esse meu texto de “complexo de vira-latas”..Adoro essa expressão! Ela é própria da “marxinálise” - ciência brasileira que mistura marxismo + psicanálise numa fórmula em que não existe vergonha no mundo inteiro que sirva como antídoto..rss..rss
Termino esse artigo meio triste... Achei que faltava aos brasileiros vergonha na cara e me enganei; nossa falta é de humildade... Humildade necessária para perceber a própria sem-vergonhice!
Porto Alegre, 24 de julho de 2013 AVC (antes da vinda dos cubanos)
Milton Simon Pires é Médico.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Baderna não é democracia
Por Merval Pereira, O Globo
Se o governador do Rio, Sérgio Cabral, leva até seu cachorrinho de helicóptero para o fim de semana em Mangaratiba e pretende continuar agindo assim, sem noção de que sua ostentação é ofensiva aos cidadãos do estado que governa, merece ser duramente criticado.
Os protestos podem até mesmo sitiá-lo no palácio onde despacha, e é discutível se sua residência privada deve ser ponto de protestos, perturbando a paz da vizinhança. O melhor mesmo talvez fosse que se mudasse para o Palácio das Laranjeiras, mas essa é outra discussão.
Mesmo que infiltrados nas manifestações existam agentes de seus concorrentes oposicionistas, como ele acusa, os protestos só encontram eco porque o governador tornou-se, por seus hábitos e gestos, um mau exemplo de homem público, mesmo que seja um bom administrador.
Os inegáveis avanços na política de segurança pública, a melhoria econômica do estado, tudo é louvável, mas nada disso dá permissão ao governador de abusar de seus poderes transitórios.
Mas o que aconteceu ontem nas ruas do Leblon e de Ipanema é inaceitável em uma democracia, e não porque sejam os bairros mais ricos da cidade, mas porque vandalismo e depredação não são métodos de quem luta pela melhoria de vida das populações, mas de bandidos que devem ser repudiados pela sociedade e presos.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, revelou que fizera um acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil e algumas instituições ligadas aos direitos humanos, como a Anistia Internacional, para não usar gás lacrimogêneo nem bombas de efeito moral, e o que se viu foram horas e horas de vandalismo nas principais ruas do bairro, mostradas tanto pela Globo News quanto pela Mídia Ninja, sem que nenhum policial aparecesse.
Só os arredores da residência do governador estavam fortemente policiados. Isso não acontece em parte alguma do mundo civilizado. O que a OAB tem a dizer, ela que se propôs a intermediar uma trégua?
A impressão é que não se tem nem governo nem polícia nem lideranças capazes de combater a ação dos grupos de vândalos, perfeitamente identificáveis pelo Facebook.
Se os policiais não têm treinamento suficiente para enfrentar essas turbas sem cometer excessos, estamos mal parados. Se, por outro lado, ficam paralisados diante das acusações de abuso de força, estamos, nós os cidadãos, também em maus lençóis.
Se, como adeptos de teorias da conspiração divulgam pela internet, a polícia do Rio de Janeiro deixou de atuar para justificar atitudes mais violentas em futuras manifestações, contando com a rejeição da população à baderna que tomou conta das ruas, estamos no pior dos mundos.
O desolamento que causava ontem ver o asfalto queimado, as lojas arrebentadas, bancas de jornal depredadas pelas ruas do Leblon só é comparável à revolta que dá ler as trocas de mensagens de pessoas que defendem abertamente no Facebook a depredação de bancos e prédios públicos como método de ação política.
Houve até quem tentasse pateticamente justificar os saques à loja da Toulon no Leblon dizendo que se tratava de uma loja para ricos, que tinha lucros com o trabalho escravo. Outro garantia que o produto dos saques foi distribuído entre moradores de rua das redondezas, querendo dar uma pátina de justiça social ao ato de puro banditismo.
O que aconteceu no Rio ontem já havia acontecido, em menor escala, na semana anterior e nas manifestações de junho em diversas cidades do país.
O ataque ao prédio do Itamaraty em Brasília, com coquetéis molotov provocando incêndios em seu interior, deveria ter representado uma linha simbólica da transgressão, a partir da qual as manifestações deixam de ser legítimas expressões de uma democracia vigorosa para passarem a ser sintomas de um país desgovernado, sem capacidade de distinguir a diferença entre Estado de Direito e baderna.
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Os sete pecados capitais
Por Isaltino Gomes Coelho Filho
1 – SOBERBA
Os sete pecados capitais são tão antigos como a humanidade. Foram formalizados com este título no século VI, pelo Papa Gregório Magno, que se baseou nas cartas paulinas. Ele os definiu como sendo sete: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja. Mas foi a Suma Teológica de Tomás de Aquino que os estabeleceu definitivamente na teologia católica. Ninguém precisa me acusar de católico ou de ecumenista por abordar este assunto. Não estou defendendo a teologia católica e não me interesso por Gregório. É triste ter que fazer defesa prévia, mas há gente que caça heresia em tudo, e assim já me defendo. Comento os pecados. Porque não são pecados católicos. São universais, encontradiços em nosso ambiente, também. Receberam o rótulo de “capitais” por causa do latim caput, “cabeça”. A ideia é que eles encabeçam os demais, que derivam deles. Para Aquino, o principal deles era a soberba, ou o orgulho. Afinal, a gênese do primeiro pecado foi a soberba: “sereis como Deus”.
A Igreja, para contrabalançar os pecados capitais, elaborou uma lista de sete virtudes capitais, que a eles se oporiam: humildade, disciplina, caridade (amor), castidade, paciência, generosidade e temperança. Estas virtudes derivam do poema Psychomachia, escrito por Prudêncio. Ele descreveu uma batalha entre as boas virtudes e os vícios malignos. A popularidade deste trabalho no período medieval divulgou este conceito pela Europa. A ideia é que a prática dessas virtudes protegeria o fiel contra as tentações dos sete pecados capitais. Cada virtude corresponderia a um pecado: humildade x soberba; paciência x ira; castidade x luxúria; generosidade x avareza; caridade (amor) x inveja; disciplina x preguiça; temperança x gula. Mas os pecados se tornaram mais conhecidos. A Ordem DeMolay, uma organização maçônica para jovens de 12 a 21 anos, também elaborou uma lista de sete virtudes, que são essenciais no cumprimento de seu primeiro grau. Mas seu teor se assemelha mais ao escotismo que a questão teológica. Por isso, deixemo-los de lado.
A soberba é tão antiga quanto o homem. O teólogo Manson (e com ele outros mais) definiu a essência do pecado como sendo o egoísmo. Numa frase de Billy Graham: “Cunhamos em nossas moedas In God we trust (Confiamos em Deus), mas nos nossos corações escrevemos Me, first (Eu primeiro)”. Foi o desejo do coração humano: “Sereis como Deus” (Gn 3.5). Foi o pecado da arrogante Nínive: “A soberba do teu coração de enganou…” (Na, v. 3). Foi a soberba de Babilônia que a derrubou (Is 14.11). E, se entendermos (o que não está em discussão aqui) que Isaías 14 alude à queda de Satanás, foi sua soberba que o derrubou.
A soberba de Saul foi ferida quando as mulheres deram mais valor a Davi que a ele (1Sm 18.6-9). É significativo que o redator de 1Samuel, imediatamente após a crise de soberba de saul, insira a nota que no dia seguinte um espírito mau se apoderou dele (1Sm 18.10). A soberba está bem perto do Maligno.
A soberba é muito encontrada em nosso meio. O orgulho de ter uma função denominacional de relevo, que torna o obreiro importante. Ou de pastorear uma igreja com muitos membros e orçamento elevado, não sendo um pastor de igreja pobre, sem expressão. De descender de família dona de igreja ou importante na denominação. Minha esposa se lembra até hoje de quando trabalhou na Casa Publicadora Batista e uma líder feminina lhe ter perguntado, com certo desdém: “Mocinha, você é filha de quem?”. Era o orgulho de ter um sobrenome de família nobre na denominação. Meacir respondeu: “De meu pai e de minha mãe!”. Quanto líder se julga a quarta pessoa da Trindade, gente tão importante, sem a qual a denominação morreria! Que é isso, senão soberba?
A virtude que se lhe antepõe é a humildade. Se a soberba mencionada em Isaías 14 alude à de Satanás é questão que pode ser discutida. Mas a humildade com que Jesus se conduzia não pode: “Eu, porém, estou entre vós como quem serve” (Lc 22.27). A empáfia de presumir-se grande personagem é a atitude de feiticeiro falsamente convertido, como Simão, que “afirmava ser de grande importância” (At 8.9). Mas o servir é próprio de Jesus. “Se eu, Senhor e Mestre, lavei os vossos pés, também deveis lavar os pés uns dos outros. Pois eu vos dei exemplo, para que façais também o mesmo” (Jo 13.14-15). Ele é o exemplo, e não Saul. Nem o personagem de Isaías 14.
Evitemos a soberba. De ser um pastorzão de primeira linha. De ser um crente que é o sustentáculo da igreja. De ser um teólogo genial. E a soberba coletiva, da igreja que presume ser a melhor igreja do mundo, a mais certa, a única que é digna de ser igreja! Como há igreja arrogante! A igreja de Laodicéia pensou assim a seu respeito, mas Jesus estava do lado de fora dela (Ap 3.20).
Não estou teologizando, mas sendo devocional. Evitemos a vaidade. Principalmente a espiritual, que é um dos maiores non sense possíveis. O caráter de Jesus deve ser o nosso: “… sou manso e humilde de coração” (Mt 11.28) e “Bem-aventurados os humildes…” (Mt 5.5).
1 – SOBERBA
Os sete pecados capitais são tão antigos como a humanidade. Foram formalizados com este título no século VI, pelo Papa Gregório Magno, que se baseou nas cartas paulinas. Ele os definiu como sendo sete: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja. Mas foi a Suma Teológica de Tomás de Aquino que os estabeleceu definitivamente na teologia católica. Ninguém precisa me acusar de católico ou de ecumenista por abordar este assunto. Não estou defendendo a teologia católica e não me interesso por Gregório. É triste ter que fazer defesa prévia, mas há gente que caça heresia em tudo, e assim já me defendo. Comento os pecados. Porque não são pecados católicos. São universais, encontradiços em nosso ambiente, também. Receberam o rótulo de “capitais” por causa do latim caput, “cabeça”. A ideia é que eles encabeçam os demais, que derivam deles. Para Aquino, o principal deles era a soberba, ou o orgulho. Afinal, a gênese do primeiro pecado foi a soberba: “sereis como Deus”.
A Igreja, para contrabalançar os pecados capitais, elaborou uma lista de sete virtudes capitais, que a eles se oporiam: humildade, disciplina, caridade (amor), castidade, paciência, generosidade e temperança. Estas virtudes derivam do poema Psychomachia, escrito por Prudêncio. Ele descreveu uma batalha entre as boas virtudes e os vícios malignos. A popularidade deste trabalho no período medieval divulgou este conceito pela Europa. A ideia é que a prática dessas virtudes protegeria o fiel contra as tentações dos sete pecados capitais. Cada virtude corresponderia a um pecado: humildade x soberba; paciência x ira; castidade x luxúria; generosidade x avareza; caridade (amor) x inveja; disciplina x preguiça; temperança x gula. Mas os pecados se tornaram mais conhecidos. A Ordem DeMolay, uma organização maçônica para jovens de 12 a 21 anos, também elaborou uma lista de sete virtudes, que são essenciais no cumprimento de seu primeiro grau. Mas seu teor se assemelha mais ao escotismo que a questão teológica. Por isso, deixemo-los de lado.
A soberba é tão antiga quanto o homem. O teólogo Manson (e com ele outros mais) definiu a essência do pecado como sendo o egoísmo. Numa frase de Billy Graham: “Cunhamos em nossas moedas In God we trust (Confiamos em Deus), mas nos nossos corações escrevemos Me, first (Eu primeiro)”. Foi o desejo do coração humano: “Sereis como Deus” (Gn 3.5). Foi o pecado da arrogante Nínive: “A soberba do teu coração de enganou…” (Na, v. 3). Foi a soberba de Babilônia que a derrubou (Is 14.11). E, se entendermos (o que não está em discussão aqui) que Isaías 14 alude à queda de Satanás, foi sua soberba que o derrubou.
A soberba de Saul foi ferida quando as mulheres deram mais valor a Davi que a ele (1Sm 18.6-9). É significativo que o redator de 1Samuel, imediatamente após a crise de soberba de saul, insira a nota que no dia seguinte um espírito mau se apoderou dele (1Sm 18.10). A soberba está bem perto do Maligno.
A soberba é muito encontrada em nosso meio. O orgulho de ter uma função denominacional de relevo, que torna o obreiro importante. Ou de pastorear uma igreja com muitos membros e orçamento elevado, não sendo um pastor de igreja pobre, sem expressão. De descender de família dona de igreja ou importante na denominação. Minha esposa se lembra até hoje de quando trabalhou na Casa Publicadora Batista e uma líder feminina lhe ter perguntado, com certo desdém: “Mocinha, você é filha de quem?”. Era o orgulho de ter um sobrenome de família nobre na denominação. Meacir respondeu: “De meu pai e de minha mãe!”. Quanto líder se julga a quarta pessoa da Trindade, gente tão importante, sem a qual a denominação morreria! Que é isso, senão soberba?
A virtude que se lhe antepõe é a humildade. Se a soberba mencionada em Isaías 14 alude à de Satanás é questão que pode ser discutida. Mas a humildade com que Jesus se conduzia não pode: “Eu, porém, estou entre vós como quem serve” (Lc 22.27). A empáfia de presumir-se grande personagem é a atitude de feiticeiro falsamente convertido, como Simão, que “afirmava ser de grande importância” (At 8.9). Mas o servir é próprio de Jesus. “Se eu, Senhor e Mestre, lavei os vossos pés, também deveis lavar os pés uns dos outros. Pois eu vos dei exemplo, para que façais também o mesmo” (Jo 13.14-15). Ele é o exemplo, e não Saul. Nem o personagem de Isaías 14.
Evitemos a soberba. De ser um pastorzão de primeira linha. De ser um crente que é o sustentáculo da igreja. De ser um teólogo genial. E a soberba coletiva, da igreja que presume ser a melhor igreja do mundo, a mais certa, a única que é digna de ser igreja! Como há igreja arrogante! A igreja de Laodicéia pensou assim a seu respeito, mas Jesus estava do lado de fora dela (Ap 3.20).
Não estou teologizando, mas sendo devocional. Evitemos a vaidade. Principalmente a espiritual, que é um dos maiores non sense possíveis. O caráter de Jesus deve ser o nosso: “… sou manso e humilde de coração” (Mt 11.28) e “Bem-aventurados os humildes…” (Mt 5.5).
domingo, 14 de julho de 2013
Taxa de homicídios de negros cresce 9% em cinco anos
Ao mesmo tempo em que
negros ficaram mais vulneráveis à violência nesses cinco anos, a taxa de
homicídios da população branca caiu 13%
13 de Julho de 2013
VITOR ABDALA/ AGÊNCIA BRASIL

Denúncia do Ministério Público (MP), no entanto, relata que Juan,
um menino negro, de 11 anos de idade, foi morto por policiais militares,
que faziam uma operação na favela
(Michael Dantas/ Arquivo AC)
Favela
Danon, município de Nova Iguaçu, 20 de junho de 2011, Baixada
Fluminense. O menino Juan Moraes voltava para casa sem imaginar que
aqueles seriam os últimos momentos de sua vida. O que aconteceu no
instante em que foi morto é nebuloso e ainda não foi totalmente
esclarecido, pois o caso ainda será julgado pelo Tribunal do Júri.
Denúncia
do Ministério Público (MP), no entanto, relata que Juan, um menino
negro, de 11 anos de idade, foi morto por policiais militares, que
faziam uma operação na favela. De acordo com o MP, os policiais atiraram
na criança, pensando que ele era um traficante de drogas. Ao perceber
que tinham matado um menino desarmado, os policiais tentaram ocultar o
crime escondendo o corpo.
O crime,
talvez, nunca tivesse a autoria identificada se um irmão de Juan, ferido
na ação, não sobrevivesse. Foi ele quem relatou o desaparecimento do
irmão e a tentativa dos policiais em sumir com o corpo. Juan foi um dos
35.207 cidadãos negros assassinados no país em 2011, segundo
levantamento feito pela Agência Brasil com base em dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
Cruzando
as informações do ministério com dados do censo populacional do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), verifica-se que,
em 2011, a taxa de homicídios dessa população foi de 35,2 por 100 mil
habitantes, taxa 9% acima do que a observada cinco anos antes, quando
foram registrados 29.925 casos, ou seja, 32,4 por 100 mil habitantes.
Ao
mesmo tempo em que negros ficaram mais vulneráveis à violência nesses
cinco anos, a taxa de homicídios da população branca caiu 13%, ao passar
de 17,1 por 100 mil habitantes em 2006 (15.753 em número absoluto) para
14,9 por mil em 2011 (13.895 casos).
O
dado reflete a grande disparidade racial que existe no Brasil, quando
se trata de vítimas de assassinatos. Com o aumento dos homicídios entre a
população negra, a probabilidade de um preto ou pardo ser vítima de
assassinato no país passou a ser 2,4 vezes maior do que a de um branco.
Em 2006, a proporção era de 1,9.
Mãe
de um jovem negro executado em 2006 por um grupo de extermínio, na
Baixada Santista, em São Paulo, Débora Maria da Silva não vê uma melhora
na situação no país. O gari Edson Rogério Silva dos Santos foi morto a
tiros em maio de 2006, durante uma onda de ataques no estado de São
Paulo, quando saía para comprar remédio.
Para
a mãe de Edson, os negros são as maiores vítimas, porque moram nas
áreas mais pobres da cidade. Segundo ela, o Estado ainda mantém uma
postura racista, mesmo 125 anos após a abolição da escravatura no país.
“Temos
que acabar com isso. Não vivemos mais no tempo da escravatura, que se
tem coronéis, capitães-do-mato e sinhozinhos. Apesar de permanecerem as
senzalas, que são as periferias, e os porões dos navios negreiros, que
são os presídios”, disse Débora, que lidera um movimento por justiça
para os assassinatos de maio de 2006.
Para
o coordenador da organização não governamental (ONG) Observatório das
Favelas, Jaílson de Souza, o aumento da taxa de homicídios de negros tem
relação com a mudança geográfica dos assassinatos no país. Nos últimos
anos, enquanto o Sul e o Sudeste têm vivenciado a redução das taxas de
homicídios, o Norte e Nordeste têm visto um aumento da violência.
Esses
estados, segundo Souza, são os que concentram as maiores populações de
pretos e pardos. “Quando essa geografia da morte muda, e há mais
violência no Norte e Nordeste, essa mudança acaba por gerar mais morte
de negros, sejam pardos ou pretos. Em Alagoas, por exemplo, há um branco
para cada 20 negros”, disse.
Dos
cinco estados onde o assassinato de negros mais cresceu, quatro são do
Nordeste e um no Norte. O Rio Grande do Norte teve um crescimento de 2,7
vezes na taxa de homicídios, ao passar de 16,1 por 100 mil habitantes,
em 2006, para 43,6 por 100 mil, em 2011. Na Paraíba, a taxa dobrou, de
30,1 para 60,3 por 100 mil.
Entre os
outros estados onde o crescimento foi grande entre 2006 e 2011, estão
Alagoas (de 53,9 para 90,5 por 100 mil habitantes), o Amazonas (de 22,3
para 42 por 100 mil) e Ceará (de 17,8 para 29 por 100 mil).
Para
Jaílson de Souza, o crescimento econômico do país, sem uma mudança da
estrutura social, também contribui para o incremento da violência entre
as populações mais vulneráveis. “Nosso desafio é reconhecer que não
basta o crescimento econômico, tem que ter uma política que leve em
conta o racismo, que é um elemento estrutural da desigualdade
brasileira.”
Pesquisa relaciona obesidade infantil a tempo permanecido na frente da TV
O estudo mostra que,
apesar de Portugal ter sistema integral de ensino, com as crianças
passando a manhã e a tarde na escola, 28% de meninos e 26% de meninas
assistem a mais de duas horas de televisão por dia
Manaus, AM, 14 de Julho de 2013
GILBERTO COSTA/AGÊNCIA BRASIL

A obesidade infantil pode favorecer o aparecimento futuro de doenças como diabetes e hipertensão
(Reprodução/Internet)
Pesquisa
divulgada nesta semana pela Universidade de Coimbra indica que pode
haver relação entre a obesidade infantil e o tempo em que as crianças
assistem à televisão ou usam o aparelho de TV para brincar com jogos
eletrônicos. Feita na década passada, a pesquisa ouviu 17.424 crianças
de 3 a 11 anos e seus parentes em todas as regiões de Portugal.
O estudo mostra que, apesar de Portugal ter sistema integral de ensino, com as crianças passando a manhã e a tarde na escola, 28% de meninos e 26% de meninas assistem a mais de duas horas de televisão por dia. Nos fins de semana, a proporção sobe significativamente: 75% meninos e 74% meninas. O parâmetro de duas horas é sugerido pela Academia Americana de Pediatria.
Em Portugal, três de cada dez crianças (6 a 10 anos) são consideradas acima do peso e 14% são classificadas como obesas. De acordo com a coordenadora do Centro de Investigação em Antropologia da Saúde, da Universidade de Coimbra, Cristina Padez, o problema do alto consumo da TV está relacionado ao comportamento sedentário. “Não é só a TV, é preciso observar a alimentação, o estilo de vida e a organização dos pais”, disse à Agência Brasil.
Dados divulgados pela Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil (Apcoi), assinalam que 57% das crianças que vivem no país não caminham para ir à escola; 90% comem lanches tipo fast food quatro vezes por semana e apenas 2% consomem frutas todos os dias.
Segundo Cristina Padez, os indicadores de Portugal são semelhantes aos de outros países do Sul da Europa, como a Espanha, a Itália e a Grécia, e guardam semelhança com o que acontece no Brasil. "O mundo é globalizado. Há um conjunto de maneiras de viver semelhantes. Todos esses problemas são consequência do desenvolvimento econômico e social”, enfatizou Cristina.
A cientista social ressaltou ainda que a vida em grandes cidades, com poucos lugares para atividades de crianças ao ar livre, ou sob risco de violência, faz com que muito meninos e meninas passem horas vendo TV. As emissoras de televisão, com o avanço tecnológico e o interesse no consumo infantil, “tornaram-se mais apelativas” para as crianças, com programas e canais dirigidos ou acopladas ao jogo eletrônico.
“A indústria aproveita a situação. O problema é que nosso corpo não está adaptado e precisa ser mais ativo”, destaca Cristina Padez. Apesar das restrições, ela não recomenda que os pais proíbam os filhos de ver televisão, nem de fazer lanches rápidos. “Os pais devem cuidar da alimentação sem proibir; é importante haver regras.”
A obesidade infantil pode favorecer o aparecimento futuro de doenças como diabetes e hipertensão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,6 milhões de pessoas morrem todos os anos por causa da obesidade ou do sobrepeso. A OMS calcula que, em todo o mundo, mais de 1 bilhão de adultos estão acima do peso. Destes, 300 milhões (o equivalente à população dos Estados Unidos) são obesos.
O estudo mostra que, apesar de Portugal ter sistema integral de ensino, com as crianças passando a manhã e a tarde na escola, 28% de meninos e 26% de meninas assistem a mais de duas horas de televisão por dia. Nos fins de semana, a proporção sobe significativamente: 75% meninos e 74% meninas. O parâmetro de duas horas é sugerido pela Academia Americana de Pediatria.
Em Portugal, três de cada dez crianças (6 a 10 anos) são consideradas acima do peso e 14% são classificadas como obesas. De acordo com a coordenadora do Centro de Investigação em Antropologia da Saúde, da Universidade de Coimbra, Cristina Padez, o problema do alto consumo da TV está relacionado ao comportamento sedentário. “Não é só a TV, é preciso observar a alimentação, o estilo de vida e a organização dos pais”, disse à Agência Brasil.
Dados divulgados pela Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil (Apcoi), assinalam que 57% das crianças que vivem no país não caminham para ir à escola; 90% comem lanches tipo fast food quatro vezes por semana e apenas 2% consomem frutas todos os dias.
Segundo Cristina Padez, os indicadores de Portugal são semelhantes aos de outros países do Sul da Europa, como a Espanha, a Itália e a Grécia, e guardam semelhança com o que acontece no Brasil. "O mundo é globalizado. Há um conjunto de maneiras de viver semelhantes. Todos esses problemas são consequência do desenvolvimento econômico e social”, enfatizou Cristina.
A cientista social ressaltou ainda que a vida em grandes cidades, com poucos lugares para atividades de crianças ao ar livre, ou sob risco de violência, faz com que muito meninos e meninas passem horas vendo TV. As emissoras de televisão, com o avanço tecnológico e o interesse no consumo infantil, “tornaram-se mais apelativas” para as crianças, com programas e canais dirigidos ou acopladas ao jogo eletrônico.
“A indústria aproveita a situação. O problema é que nosso corpo não está adaptado e precisa ser mais ativo”, destaca Cristina Padez. Apesar das restrições, ela não recomenda que os pais proíbam os filhos de ver televisão, nem de fazer lanches rápidos. “Os pais devem cuidar da alimentação sem proibir; é importante haver regras.”
A obesidade infantil pode favorecer o aparecimento futuro de doenças como diabetes e hipertensão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,6 milhões de pessoas morrem todos os anos por causa da obesidade ou do sobrepeso. A OMS calcula que, em todo o mundo, mais de 1 bilhão de adultos estão acima do peso. Destes, 300 milhões (o equivalente à população dos Estados Unidos) são obesos.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
AS MISERICÓRDIAS DO SENHOR!
Transcrito do site http://ministeriodapalavradevida.blogspot.com.br
As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos
consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã.
Grande é a sua fidelidade. Segundo esta palavra de Jeremias, em lamentações 3.22-23,
somos dependentes do amor de Deus em cada momento de nossa vida.
Sem as misericórdias do nosso Deus, nada seríamos, nada
poderíamos fazer, nada conseguiríamos realizar. Mas o grande amor do Senhor por
nós faz a diferença daqueles que amam a sua Palavra e o buscam a cada manhã.
Imagine se não fosse a misericórdia do Senhor, como venceríamos
o pecado que nos rodeia, dia e noite? Como conseguiríamos vencer as batalhas
que travamos diariamente contra as hoste do mal? Pois o nosso inimigo está ao
nosso derredor, bramando como um leão, pronto para nos atacar. (I Pe. 5.8).
A misericórdia do Senhor, através do Espirito Santo, capacita-nos,
nos enche com o seu poder maravilhoso para suportarmos tão grandes ataques do
nosso inimigo. A palavra do Senhor diz que os anjos do Senhor acampam-se ao
redor dos que o temem e o buscam.
Queridos, ao olharmos como as pessoas estão vivendo nos dias
de hoje vemos a ação do destruidor em algumas famílias, usando as drogas, o
assassinato, a prostituição, a pedofilia, os casamentos destruídos, traição, infidelidade
entre os cônjuges.
E, agora a maior e pior noticia: Roma, através do papa, está
propondo um governo único. O que estamos esperando para buscar ao Senhor? O que
mais precisamos para ver a palavra de Deus se cumprindo nos dias atuais?
Apocalipse está às portas. Quando a porta se fechar não vai
adiantar bater, implorar, pois será tarde demais. O dia da salvação é hoje, é
agora. Jeremias diz que esta misericórdia é a causa de não sermos destruídos
pelo nosso inimigo.
Então, o que você está esperando? Levante-se, tome uma
posição antes que seja tarde. Jesus mesmo disse: Ninguém vem ao Pai senão por
mim. Você está esperando o que para aceitá-lo como seu salvador?
Diz a palavra que quando o livro da vida for aberto e seu
nome não estiver registrado lá, você receberá uma triste sentença, a saber, a
segunda morte. Já imaginou? Se aqui já está ruim, imagine, então, passar a
eternidade sofrendo nas garras do nosso inimigo.
Amigo, amiga, quero lhe fazer um convite: aceite hoje a
Cristo como seu SALVADOR, seu único Deus e Senhor, e se assim você fizer,
mande-me um e-mail com seu nome para eu orar por você e por sua família, para
que você tenha uma vida vitoriosa, no nome de Jesus.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
De que se queixa o STF?
Por
Francisco Espiridião
A
pergunta do título é bastante pertinente. Tem a ver com a decisão do Parlamento
em aprovar, a toque de caixa – de forma simbólica, sem qualquer debate –, a
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 33.
A
aprovação ocorrera na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O
texto original é de autoria do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI). Está,
portanto, em ponto de bala. Pronto para ser votado em plenário. Basta uma
decisão do presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
A
PEC 33 é uma estrovenga que não veio para brincadeira, não. Bota para quebrar.
Chuta mesmo o pau da barraca. Desmoraliza de vez o Judiciário – em sua mais
alta Corte. Condiciona o efeito vinculante de súmulas aprovadas pelo STF ao
aval do Poder Legislativo e submete ao Congresso Nacional a decisão sobre a
inconstitucionalidade de leis.
O
objetivo de tudo isso não precisa ninguém dizer. Claro como água. Aprovada como
está, cria uma nova ordem institucional que abre uma estrada bem planejada e
melhor sedimentada ainda para a modificação das decisões tomadas pelo STF.
Especialmente com relação aos mensaleiros. Seria um "liberou geral!".
"Tá dominado, tá tudo dominado!".
Ora,
com que ânimo a PEC 33 poderia ser recebida intramuros, no Supremo? A grita,
óbvio, é ampla e geral. Pulando feito pipoca na panela, o ministro Gilmar
Mendes disse que, se a estrovenga for mesmo aprovada, não resta outra saída
senão fechar as portas do Supremo. Diz que o Parlamento terá rasgado a
Constituição. Será?
Em
momentos outros, quando ainda não havia o tal do "politicamente
correto" (uma praga que ganhou o mudo moderno), no tempo em que um preto como
eu era só um preto e não um afrodescendente, seria inconcebível se pensar numa
proposta desse gênero.
Seria
um anátema o simples cogitar-se submeter a Corte maior de Justiça do País aos
caprichos de um emburrado Congresso. Hoje, nem tanto. Afinal, tá tudo liberado.
Tudo pode.
Porém...
Sempre há um porém. Falar em rasgar a Constituição, não teria sido o próprio
STF quem, antes, o fizera? A meu ver, o artigo 226, § 3º foi mandado pras
cucuias pelos impolutos senhores ministros quando, sem qualquer cerimônia,
determinaram o casamento de homem com homem e mulher com mulher.
O
artigo citado da Constituição é taxativo: "Para efeito da proteção do
Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e
a mulher como entidade familiar, devendo a lei
facilitar sua conversão em casamento".
O
Código Civil, em seu artigo 1.723 repete, quase ipsis litteris, o que diz a Carta
Magna: "É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na
convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
constituição de família".
Muito
bem. Se o Judiciário pode agir como Legislativo, mudando de forma tácita, porém
incisiva, a letra da Constituição, por que o Congresso não pode também agir
como última palavra do Judiciário? Como diria o Jô, nos anos 80 do século
passado: "O macaco é quem tá certo".
De
que, pois, se queixa o STF? Queixe-se de sua própria soberba.
Depois do March, Nissan anuncia que sedã Versa será feito no Brasil
Fábrica em Resende (RJ) deve começar a funcionar no ano que vem.
Meta da montadora é atingir 5% de participação de mercado até 2016.
Do G1, em São Paulo
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Primeiro será produzido o March; a fabricação do sedã está prevista para começar no segundo semestre de 2014. Os dois modelos dividem a plataforma V da Nissan.
A planta terá capacidade anual de 200 mil veículos ou 40 por hora. Será a segunda da montadora no Brasil: atualmente são produzidos aqui a picape Frontier, o Grand Livina e o Livina, em um anexo à fábrica da Renault, em São José dos Pinhais (PR). O March e o Versa, por enquanto, são importados do México, assim como o Sentra e o Tiida.
A produção de mais modelos no Brasil faz parte dos planos da Nissan de alcançar 5% de participação de mercado até 2016. A montadora fechou 2012 com 1,89%, considerando automóveis e comerciais leves.
Mais '8 lançamentos'
Segundo comunicado, a marca pretende lançar "oito modelos inéditos e inovadores", alinhados também com produtos que a marca oferece em outros países, além da ampliação da rede de concessionárias dos atuais 165 para 240 pontos até 2016.
De acordo com a Nissan, entre novembro de 2011, quando foi lançado no país, e junho deste ano, o Versa totalizou 32.811 unidades vendidas no Brasil, consolidando-se como o segundo modelo mais vendido da marca neste mercado.
O sedã é oferecido em três versões - S, SV e SL, todas equipadas com o moderno motor flex 1.6 16V em alumínio, de 111 cavalos a 5.600 rpm e entrega 15,1 kgfm a 4.000 rpm de torque. Os preços começam em R$ 37.390.
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