"Mensalão para mim não é corrupção, é financiamento de campanha com caixa 2". A afirmação categórica, recheada de sentido filosofico, é de autoria do homem mais importante do PT hoje, o advogado e administrador José Dirceu.
A se considerar que cada verdade tem sempre dois lados, é possível que Dirceu tenha razão. Roubar pouco, aí sim, é que é crime. Basta ir numa penitenciária para constatar isso. O que mais tem lá é ladrão de galinha e batedor de carteira.
Tá certo seu Dirceu. Mas, como, então, explicar a prisão do laborioso governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, que, coitado, mora há uma semana na sede da PF de Brasília?
Para ser coerente, a Justiça deveria agora dar uma resposa ao todo poderoso petista. Como? Mandando-o fazer par com o injustiçado Arruda na mesma sala (por que não cela?) da PF.
Aliás, não só Dirceu, que, comprovadamente comandou o Mensalão Petista, mas outras figurinhas carimbadas poderiam fazer parte do mesmo time de farda listrada. Entre elas, Renan Calheiros, José Sarney, Jáder Barbalho, José Genoíno, Romero Jucá...
É difícil acreditar que a prisão de Arruda seja prenúncio de depuração da política brasileira, como alguns coleguinhas da grande imprensa vêm alardeando.
Para isso se tornar verdade, é preciso bem mais que um Arruda recolhido aos costumes. Ou não!
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