Depois de hibernar por alguns dias, voltamos hoje à atividade, falando de um assunto que não traz prazer nenhum. Muito pelo contrário, só tristeza, por ver o que está acontecendo com a Cidade Maravilhosa.
A Defesa Civil anunciava na noite de ontem (7), depois de mais um deslizamento de terras, que 153 pessoas perderam a vida desde a segunda-feira, além de milhares que se encontram desabrigadas e desalojadas.
Não é novidade que dinheiro existe a rodo no Tesouro brasileiro. Dinheiro que poderia ser usado em programas sociais para impedir que as encostas de morros sejam habitadas precariamente pelos sem-nada.
Eu conheço aqui mesmo em Boa Vista um cidadão que comprou uma fazenda de milhões de reais com dinheiro adquirido a fundo perdido. Dizia ele, abertamente, que para pôr a mão nessa grana, basta conhecer o caminho.
Se tem dinheiro a fundo perdido para bacana comprar fazenda e não ficar devendo nada a ninguém, por que, então, não se usa esse dinheiro para fazer casas para pobres?
Ninguém mora pendurado em morro porque acha bonitinho. Se mora é por necessidade. Por falta de oportunidade em um país que prefere dar seu patrimônio (refinarias de petróleo) a bolivianos que ajudar seus próprios filhos.
Que tem dinheiro, e muito, todos sabem. Agora há pouco o governo distribuiu uma montanha para ajudar os atingidos pelos tremores de terra no Haiti. Repito: o dinheiro existe. O que falta é amor pelo país.
Quando os aloprados surrupiam dinheiro do Erário demonstram essa falta de amor. Estão dizendo que é mais importante abarrotar seus bolsos que dar condições de boa habitação à população necessitada .
Nenhum comentário:
Postar um comentário