quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Flamarion vai à lona

E a luta de Flamarion Portela (PTC) para se segurar no cargo de deputado estadual continua.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou ontem, quarta-feira (3), o registro de sua candidatura.

Não se respeitou nem mesmo a vontade popular, que lhe concedeu 2.295 votos na última eleição, em 3 de outubro.

O plenário do TSE manteve a decisão do ministro relator do caso, Marcelo Ribeiro.

A luta, no entanto,ainda não chegou ao fim. Flamarion pode jogar suas fichas junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Dupla penalização

Flamarion Portela foi vice no segundo mandato de Neudo Campos . Assumiu o governo em maio de 2002 e conseguiu se reeleger naquele mesmo ano.

Perdeu o governo em dezembro de 2004 para o governador Ottomar Pinto, num processo de  compra de votos e uso da máquina pública nas eleições de 2002.

Essa mesma cassação agora lhe tira o direito de assumir a cadeira de deputado na Assembléia Legislativa, em 2011.

Desfecho que, sob o meu olhar vesgo -- de quem não entende coisa nenhuma do fumus boni juris --, parece penalizar o suplicante duas vezes pelo mesmo pecado.

Homem de peito

Marido da senadora eleita Angela Portela (PT), Flamarion entrou para a história como o governador que deu início à institucionalização do Poder Executivo.

Teve peito para fazer concurso público para preenchimento de cargos nos diversos setores da administração.

Até o seu governo, a praxe no estado era a da mendicância de cargos comissionados. As pessoas disputavam o emprego na base do QI -- Quem Indica.

Concursado, o servidor tem todas as garantias para dar curso à vida sem grandes sobressaltos.

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