Por Reinaldo Azevedo
O Globo informa que
Rodrigo Janot encaminhou ao ministro Teori Zavascki, do Supremo, os
respectivos pedidos de prisão dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e do ex-presidente e
ex-senador José Sarney (PMDB –AP).
Acusação:
tentativa de obstruir a investigação da Lava-Jato. O pedido estaria com
Zavascki há uma semana. Ele pode simplesmente recusá-lo ou, então,
submeter ao plenário. Janot também teria pedido o afastamento de Renan
do cargo, a exemplo do que se fez com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje
presidente afastado da Câmara.
Vocês querem torcida ou análise? Vamos lá.
Na base
desses pedidos, estariam a delação de Sérgio Machado e as gravações que
fez. O ex-presidente da Transpetro assinou acordo de delação premiada.
Aliás, o fofo está se comprometendo a devolver a bagatela de R$ 100
milhões. Que gente imodesta!
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Bem, meus
caros, não sei se a Ministério Público Federal e a Polícia Federal
dispõe de material que ainda não conhecemos, inclusive sonoro. O que
veio a público até agora não justifica um pedido de prisão — ATENÇÃO,
ESTOU ME REFERINDO APENAS ÀS GRAVAÇÕES. Nas falas que conhecemos de
Renan, Jucá e Sarney, não há nem mesmo indício de crime. Se há outras,
aí a coisa pode mudar de figura.
O
comportamento de Janot em relação a Renan não deixa de ser um tanto
exótico. O senador é investigado em 11 inquéritos. E nada de se oferecer
uma denúncia para que o STF decida se ele se torna réu ou não. E se
parte logo para o pedido de prisão?
Insisto:
as gravações não justificam pedido de prisão de nenhum dos três. Mas é
óbvio que não se pode descartar a existência de eventos que até agora
desconhecemos.
E não
custa lembrar: seria, de fato, um mimo destes tempos que Sarney, Jucá e
Renan fossem presos por causa da Lava Janto, e Lula ficasse… solto!
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