Fico a pensar como são as coisas. Ou melhor, como são as coisas quando envolvem nobres (sim, os senadores se tratam por nobres, como se ainda estivéssemos todos numa monarquia) e plebeus. E nem sempre tão plebeus assim.
Há aproximadamente cinco meses o nobre senador Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado e do Congresso Nacional, bate o pé e diz que não larga o osso, sob o pretexto chulo de que é inocente. (Essa cadeira eu não largo nem para fazer necessidades fisiológicas, hehehe...)
Espera o nobre senador provar essa santidade sem arredar pé da Presidência da Casa. Afinal, ele se considera inocente.
O curioso é que o nobre senador não deu a mesma chance ao seu assessor-mor, Francisco Escórcio, acusado pela revista Veja desta semana, de ter sido o homem de Renan responsável por viabilizar a arapongagem fajuta sobre dois colegas (de Renan) senadores.
Renan demitiu o homem sumariamente, sem dar-lhe o direito de se defender no cargo que ocupa, de assessor do Senado.
Dois pesos e duas medidas. Algo só cogitável na República da Banânia.
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