Está cada vez mais difícil ser brasileiro e manter a dignidade.
É de irritar qualquer um a balela pregada essa semana que passou, sobre o País ter recursos capazes de pagar toda a dívida externa.
Se isso fosse verdade, por que então não se faz o pagamento?
Se não é compensatório fazer o pagamento, então, por que não se investe esse dinheiro em infra-estrutura, saúde, ou outras necessidades mais urgentes que o País está a reclamar?
Neste sábado (23) estive conversando com um pastor batista que vive da aposentadoria do INSS. Ele e a mulher, que não tem salário. Ele ganha R$ 380,00, mas só recebe 210, porque embarcou na canoa furada do empréstimo consignado.
Está no “estaleiro” por conta de um atropelamento sofrido havia cerca de 60 dias. Uma moto lhe pegou pelo flanco direito, na avenida Mário Homem de Melo, jogando-o a uma distância de dez metros. No dia do acidente, o médico não conseguiu ver nada. Receitou-lhe um analgésico e mandou-lhe para casa.
Dias depois, um filho mais curioso examinou a chapa de Raio-X e descobriu uma fissura (cisão) do osso mais fino da canela (sei lá como é o nome do bicho). Só o médico não viu aquilo, que estava a olho nu.
Estava com nova consulta marcada para uns quinze dias atrás. Não ocorreu, porque o médico, no dia D, estava viajando. Nova consulta foi marcada para o dia 14 de março. Enquanto isso, o “veinho” está lá com a perna que mais parece um balão (bexiga), de tanto inchada e amarela.
Se fosse coisa de morrer estava morto.
O que quero dizer com isso é que o País, tão rico, não dá conta de pôr médicos para atender as pessoas necessitadas. Gente morre a três por quatro a cada dia nos hospitais Brasil afora enquanto uma montanha de dinheiro dormita no exterior.
É mole?
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