terça-feira, 6 de maio de 2008

Intenção de influenciar o STF

Alexandre Garcia

O que o ministro Marco Aurélio critica, com a ironia, são os exageros da política indianista, que vai a reboque de ONGs e de opiniões estrangeiras. A reserva tem quase o tamanho de Sergipe, onde vivem mais de 1,7 milhão de pessoas. A reserva seria para 17 mil índios, que há quase um século deixaram de ser nômades. Quer dizer, cem hectares por índio e um hectare por brasileiro de Sergipe.

O último incidente, segundo observadores oficiais, teria sido provocado com a intenção de influenciar o Supremo. O Conselho Indígena de Roraima teria induzido um grupo de índios a entrar de madrugada na fazenda e começar a erguer casas, no que foram surpreendidos pelos vigias da fazenda. Com os índios, havia gente do Conselho Indianista e da Fundação Nacional do Índio (Funai), segundo o mesmo relato. A intenção do Conselho, uma Ong, seria mostrar ao Supremo que se decidir por outra demarcação, vai haver confronto.

Na verdade, se não houvesse a reação dos arrozeiros, o Brasil iria perder sem saber, mais um grande pedaço de terra na fronteira norte, como já perdeu, com área semelhante, para a Guiana, então britânica, no início do século passado. Os ingleses alegaram os mesmos argumentos de autonomia e proteção para nações indígenas. E lá se vai a soberania e a integridade territorial que estão na constituição, o que faz do Supremo, como guardião da constituição, o lugar próprio para decidir a questão. Tem sentido a ironia do ministro Marco Aurélio, sobre devolver o Rio de Janeiro aos tamoios.

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