Por falta de um grito...
O candidato a deputado federal Júlio Martins (PTB) teceu nesta quinta-feira (5) ácidas críticas aos parlamentares roraimenses com assento no Congresso Nacional. Para ele, quem tem condições morais para falar, não tem vez. Quem tem vez (líder ou vice-líder de alguma coisa), não tem credibilidade para tal. Ou por não ter vida ilibada (um montão de processos nas costas) ou por ser atrelado de alguma forma ao sistema, contrário ao Estado.
Se perde uma boiada
E, assim, de desilusão em desilusão, o Estado tem atravessado essas duas décadas. Ao deus-dará. Para Júlio Martins, Roraima perdeu muito nesses últimos anos. Um exemplo está na pecuária, que viu o plantel minguar de 780 mil cabeças de gado bovino em 1974, quando era prefeito de Boa Vista, para as quase 500 mil hoje.
Quintal de Brasília?
O pior é que esse número já chegou a ser ínfimo. Das 780 mil cabeças na década de 70, o rebanho chegou a registrar meros 80 mil no início dos anos 90. O candidato tem razão quando diz que Roraima não tem voz no Parlamento federal. Dizem que não somos mais quintal de Brasília. Será? Qualquer um de lá chega aqui, canta de galo, vai embora e fica tudo por isso mesmo.
Dormindo no ponto
Quem leu a entrevista do deputad o Aldo Rabelo (PC do B) nas Páginas Amarelas da Revista Veja desta semana, viu bem o quanto nossos representantes foram coniventes com a arrogância das forças externas que levou à demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol (RSS) em área contínua.
O império das ONGs
Com exceção das terras Yanomami e Wai-Wai, todas as demais reservas existentes em Roraima foram demarcadas em ilhas. Por que a RSS teria de ser área contínua, à revelia de toda a sociedade, inclusive dos indígenas? Rebelo disse - e registrou em livro - que só as organizações não-governamentais (ONGs) estrangeiras é que queriam em área contínua. E conseguiram. Onde estavam nossos representantes?
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