Por Francisco Espiridião
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O Código de Defesa do Consumidor completa 26 anos |
Márcio Amorim, responsável pelo atendimento ao
consumidor do Procon Boa Vista, destaca que hoje o cliente conta com normas
de defesa e proteção que garantem mais segurança na hora e depois da compra,
mas que é importante seguir algumas dicas para evitar futuros transtornos.
“O consumidor sempre deve desconfiar de ofertas
mirabolantes, com vantagens que muitas vezes não condizem com a realidade.
Antes de efetuar a compra é necessário cercar-se de alguns cuidados”, disse.
Para que o consumidor não seja prejudicado, outros
pontos básicos precisam ser observados, como exigir sempre a nota fiscal,
desconfiar de vantagens muito exorbitantes, buscar o mínimo de informações,
verificar se o produto possui termo de garantia, condições de troca e se a loja
oferece essa possibilidade.
Amorim lembra que antes do advento do Código de
Defesa do Consumidor as regras não eram claras. “A defesa do consumidor era
muito frágil. Na maioria dos casos, o consumidor precisava representar
judicialmente contra a empresa que deixava de cumprir suas obrigações,
protelava, enfim, criava-se uma demanda judicial com resolução muito tardia”,
explicou.
O Código tornou-se um importante instrumento
jurídico, estabelecendo regras, limites e padrões para a relação de consumo,
deixando de ser “aquela defesa frágil” para se tornar de fato uma lei que
atendesse aos anseios dos consumidores ou clientes.
Compras pela internet
Outro ponto frisado pelo responsável pelo
atendimento ao consumidor do Procon Boa Vista é a questão da compra via
internet. Citou como exemplo que, antes do Código, podia-se comprar um telefone
pela internet e receber um tijolo. “Com o Código, essa possibilidade foi
extinta, já que o cliente tem até sete dias para desistir da compra”, frisou.
Amorim disse ainda que o prazo de sete dias é
válido apenas para as compras em que o consumidor não tenha a possibilidade de
conferir o produto, é o caso das compras por telefone ou internet. Já para as
transações realizadas diretamente entre consumidor e fornecedor, as condições
são negociadas presencialmente.
PROCON - O responsável pelo atendimento ao consumidor do Procon Boa Vista destaca
que o órgão recebe uma média diária de 50 reclamações. O campeão de queixas é o
setor de telefonia celular e internet banda larga.
Segundo Amorim, o nível de resolução dos casos
acolhidos pelo Procon Boa Vista gira em torno de 90%. Antes de uma medida
contundente, o órgão emprega o que chama de ‘tratamento preliminar’, onde são
resolvidos cerca de 80% dos casos.
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