Viva! O bom-senso prevaleceu. A direção da Universidade Bandeirantes (Uniban), em São Bernardo do Campo (SP), decidiu revogar a decisão do Conselho Universitário e voltar atrás na expulsão de Geisy Arruda de seu quadro de alunos.
O ato de revogação foi anunciado em nota oficial da universidade, divulgada no início da noite desta segunda-feira (9).
A menina de 20 anos, estudante de Turismo, foi expulsa depois de sofrer uma série de agressões e ameaças - até de estupro - da parte de uma turba de alunos, no último dia 22 de outubro.
Quem viu as cenas, de péssima qualidade, gravadas por telefone celular, teve a impressão de que aquilo não se passava no Brasil, mas sim, no Afeganistão dos talebãs. Selvageria da "braba".
A decisão de revogar a expulsão nos devolve o sentimento de que, definitivamente, não voltamos ao tempo das cavernas, onde os trogloditas conquistavam as mulheres arrastando-as pelo cabelo com a mão esquerda enquanto mantinham um tacape na direita.
O motivo para tamanha selvageria foi algo irrelevante. Teria sido o fato da garota desfilar pelos corredores do campus envergando um modelito que inspirava - em quem gosta - muita imaginação e delírios. Para quem não é chegado, indignação.
Nada, no entanto, que não seja visto no cotidiano de qualquer universidade por este Brasilzão de 190 milhões de habitantes.
Nunca é demais lembrar àqueles que não são "chegados" que, mesmo não gostando, o fato da menina usar um microvestido - que nem era tão micro assim - não justifica qualquer ato que arranhe a louça conhecida pelos nomes de lei e ordem, coisa que, aliás, eles não só arranharam, mas deixaram em caquinhos.
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