Ao desistir da Presidência de Honduras, o fazendeiro Manuel Zelaya renuncia de fato ao Governo. Daí, a Embaixada Brasileira passou a servir-lhe de asilo.
Zelaya assinou o acordo com o governo de fato, que tem à frente Roberto Micheletti, imaginando que a Câmara de Deputados decidiria em três dias sobre seu retorno à presidência. Mas o STF e o MP teriam que ser consultados.
Em qualquer lugar do mundo, isso não poderia ocorrer em três dias. Com isso, a decisão da Câmara de Deputados pode ocorrer após as eleições. Mas o acordo estava assinado e os EUA, Panamá, Colômbia e outros países, já afirmaram que valem as eleições do dia 29 de novembro.
Zelaya descontrolou-se e disse que não vale mais o que está escrito. E enviou carta de cinco páginas a Obama, no sábado,(14).
Quer uma “rápida resposta”; que sem seu retorno “o documento fica sem efeito”, e que “reafirmo minha decisão de que a partir desta data, qualquer que sejam os fatos, eu não aceito nenhum acordo de retorno à presidência para encobrir este golpe de Estado". " Procedermos a impugnar as eleições em nome dos hondurenhos". "Os EUA se debilitaram após quatro meses. Deixaram-nos na metade do rio". "(Os EUA),deixaram hoje de ser o futuro para ser o passado novamente, o dos golpes de Estado, das eleições impostas, das fraudes eleitorais".
E o governo brasileiro agora: fica com Zelaya na embaixada, em que condição, já que -de fato- renunciou a presidência em carta assinada?
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