Por Francisco Espiridião
Visando o bom atendimento da população, a Prefeitura de Boa
Vista tem até a próxima semana para decidir se reabrirá os laboratórios de
análises clínicas do município. Hoje todos os exames da rede de saúde são
realizados por dois laboratórios conveniados, o Santa Rosa e o Santa Maria.
Essa informação foi dada pelo secretário municipal de Saúde, Rodrigo Jucá, que
esteve reunido na manhã desta quarta-feira, 2, na sede do Ministério Público do
Estado de Roraima (MPRR), com a promotora de Justiça de Defesa da Saúde, Jeanne
Sampaio.
Na ocasião, foram esclarecidos dois pontos: a utilização de
convênios para atender as demandas de
exames e a suspensão das cirurgias de lábios leporinos. A prefeitura dispõe de
cinco laboratórios instalados em postos de saúde distribuídos pelos bairros. Os
cinco têm capacidade de processar um total de 5 mil exames mensais, enquanto
que a demanda do atendimento básico de saúde da capital para o mesmo período é
de 50 mil exames. Daí a necessidade do convênio.
Rodrigo Jucá explicou para a promotora Jeanne Sampaio que o
único fator a gerar reclamação da população usuária não é quanto à
operacionalidade do sistema, mas sim quanto à distância entre os locais de atendimento
médico e os laboratórios conveniados, ambos localizados no Centro de Boa Vista.
“A prefeita Teresa Surita determinou que seja feita uma
análise da situação para adotar a melhor solução possível”, disse Rodrigo,
explicando que as medidas a serem tomadas devem levar em conta o melhor serviço
prestado para a população com o menor custo empregado.
O secretário disse ainda que, segundo orientação da prefeita
Teresa, o objetivo da prefeitura é diminuir os custos administrativos para
investir mais na assistência prestada aos usuários. Os servidores que atuavam nos laboratórios
foram distribuídos para o Centro de Referência e Especialidades Médicas/Unidade
Básica de Saúde do Mecejana e Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA).
Para reativar os laboratórios das Unidades Básicas de Saúde
é necessário investimento alto na aquisição de novos equipamentos. A maioria
dos aparelhos existentes está obsoleta. “Para alguns, nem peça de reposição
existe mais”, disse Rodrigo. “Por enquanto, essa providência requer tempo para
se resolver”.
Quanto à suspensão das cirurgias de lábio leporino no HCSA,
o secretário Rodrigo Jucá explicou que foi uma decisão própria da prefeitura,
em razão de o material que vinha sendo empregado ter provocado rejeição em
algumas crianças.
Segundo ele, outros materiais – especialmente o fio – já
estão sendo adquiridos e as intervenções cirúrgicas voltarão a ser feitas,
desta vez em ritmo de mutirão. “Não são muitas as crianças que estão esperando,
por isso, acreditamos que logo estaremos com todos os casos resolvidos",
disse, ressaltando a qualidade técnico-profissional da equipe médica do HCSA.
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