A culpa pelo preço elevado às alturas do megawatt/hora importado do complexo de Macágua (Guri-Venezuela) é dos parlamentares roraimenses que atuavam em Brasília na época da implantação do Linhão (2001).
A acusação é do ex-governador e atual deputado federal Neudo Campos (PP), feita ao jornal Folha de Boa Vista, edição de hoje.
Tendo a moeda norte-americana como indexador, o preço do MWh era de R$ 28,00 (US$ 26,00) em 1997. Em novembro de 2001, um dólar valia R$ 3,47, significando que já alcançara o preço de R$ 90,19. Em março/2003, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) rejeitou o dólar e o indexador passou a ser o IGPM. Atualmente, o MWh importado vale R$ 126,72.
Neudo disse à Folha de Boa Vista que a Eletronorte compra o megawatt/h da Edelca [estatal venezuelana] ao preço de U$ 26,00 (hoje R$ 48,10), vende para a BV Energia – e esta cobra pela tarifa residencial R$ 384,70 e na comercial R$ 410,32 pelo mesmo megawatt/h. Verdadeiro absurdo.
Para o deputado roraimense, a Bovesa é uma “atravessadora”. Do grupo estatal Eletronorte, repassa com ágio estratosférico energia adquira a preço baixo. Mais de 100%. Em qualquer ramo da atividade privada isso tem nome. Chama-se espoliação.
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