quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Candidatura presidencial de FHC é tentativa de “fato novo” para afastar PSDB da implosão do DEM com Arruda

Edição do Alerta Total - www.alertatotal.net, de 1 de dezembro de 2009

Por Jorge Serrão
Fernando Henrique Cardoso candidato à sucessão presidencial de Lula. O que parecia uma mera especulação - discutida apenas no alto ninho tucano ou entre os amigos e intelectuais muito chegados a FHC – agora ganha ares de possibilidade concreta. Ainda mais com o estouro do mega-escândalo envolvendo o mensalão de José Roberto Arruda (DEM) – que detonou uma das estratégias de campanha do PSDB. Arruda seria o candidato a vice na chapa presidencial dos tucanos em 2010.

O retorno de FHC ganha força por vários motivos. José Serra não decola do Espírito Santo para cima. Pesquisas reais feitas para consumo interno do PSDB indicam que ele não tem força no Norte-Nordeste – a exemplo do que ocorreu com Geraldo Alckmin. O nome de Aécio Neves seria mais bem recebido pelos nortistas e nordestinos, mas sua candidatura também não mostra tanta empolgação e força fora de Minas Gerais.

Apesar de uma suposta rejeição de mais de 50%, FHC é um nome conhecido e seria capaz de forçar a união interna dos tucanos. Além disso, um dos carros chefes da campanha petista, o Bolsa Família, foi criado no governo tucano. E tal “realização” já começa a ser martelada pelo marketing tucano na mídia nordestina, na tentativa de neutralizar a campanha petista.

Além disso, os tucanos avaliam que o nome de Dilma Rouseff não peso para encarar uma comparação com FHC – considerado um “estadista” no exterior. O fator externo pesa demais a favor do retorno de FHC. A Oligarquia Financeira Transnacional - que decide o jogo eleitoral por aqui previamente – vê com ressalvas o radicalismo intempestivo de Dilma. Também não confia nas teses econômicas de José Serra. FHC já passou no teste dos controladores. Tem aval para retornar.

$talinácio aprova

O próprio Lula veria uma candidatura FHC com bons olhos.

Se o “amigo” ganhar, mesmo contra sua vontade, o prejuízo político não seria tão grande.

Valeria o mesmo pacto de não agressão-perseguição da primeira vitória eleitoral de Lula.

Além disso, com idade avançada, FHC dificilmente seria candidato à sucessão de si mesmo – o que abriria uma possibilidade para o retorno de Lula, em 2014 – conforme os planos em andamento do “Filho do Brazil”.

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