quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Chega de incertezas!

A política é bonita porque dinâmica. Todas as cabeças pensantes, pelo menos do Estado, acreditavam que o governo José de Anchieta (PSDB-RR) havia chegado ao ocaso nesta quarta-feira (16). Todas as análises, sob qualquer ponto de vista, levavam a isso.

Primeiro, a começar pelos motivos invocados pela Procuradoria-geral Eleitoral (PGE), que tomou para si as razões arguidas pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), derrotado - e, por isso, inconformado - por Ottomar Pinto nas eleições de 2006.

Segundo, pelo histórico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que até então não havia contemporizado com acusações similares.

Começou lá atrás, quando os ministros defenestraram do cargo o então governador do Piauí, o hoje senador Mão Santa (PSC). Depois, veio a degola do governador Flamarion Portela (na época, PT-RR).

Em 2008, o governador e o vice da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB) e José Lacerda Neto (DEM), respectivamente, foram enxotados do cargo. Só neste ano foram dois os apeados do poder: Jackson Lago (PDT), do Maranhão, e Marcelo Miranda (PMDB), do Tocantins.

Mas, como dizem por aí, que de cabeça de juiz e de bumbum de nenê não se sabe o que sai, para surpresa de todos, o entendimento geral na Corte máxima da política brasileira (unanimidade), ontem, foi o de que não haviam motivos contundentes para a cassação de Anchieta.

Agora, cabe ao governador, com toda a tranqüilidade que a promulgação lhe proporciona, tocar o barco, visando o bem-estar da comunidade de Roraima.

É certo que sua manutenção no cargo não é garantia de que tudo caminhará agora em estrada reta e de pavimento novo. Mas é corolário de um novo tempo. Há muito o povo roraimense aspirava por isso.

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