Devo confessar que não gosto de tecer comentários sobre política local. É um tanto perigoso. Gera muitas vezes prejuízos ao blogueiro. Deixo esse ofício para quem tem lastro, como Wirismar Ramos, Edersen Lima e outros com o mesmo cacife. Mas essa foi forte. Ainda está mexendo com meus miolos. Não consegui ficar calado. Então, lá vai...
Ontem à noite, na casa de um amigo, enquanto conversávamos sobre amenidades, vi, por acaso, o horário eleitoral. Essa foi, acredito, a segunda ou terceira vez que tive a oportunidade de ver e ouvir pela TV as propostas dos candidatos que disputam o meu voto.
Confesso que fiquei um tanto aparvalhado quando surgiu na telinha o chinês Chhai Kwo Chheng, com toda desenvoltura, pedindo meu voto. Pedir meu voto até que não significa muita coisa. Todos têm o direito de pedir. Aliás, pedir voto é a obrigação de quem se candidata.
Meu aparvalhamento maior ficou mesmo por conta de quem está apoiando tão impoluta personalidade: o governador Anchieta. Pelo que me consta, aquele velho deitado que cita: "Dize-me com quem andas que eu te direi quem és" ainda não morreu.
Apoiar o chinês é no mínimo uma atitude um tanto estranha. Quem é tal personalidade? Respondo: é aquele mesmo que enrolou gregos e troianos nas eleições de 1998, com a promessa de montagem de fábricas para dar empregos, lembram? Um picareta de marca maior.
E agora volta, sob o patrocínio de nada menos que o governador do estado. Quero aqui ouvir outro velho deitado: “Debaixo desse pirão tem carne!” Esperar para ver.
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