Intrometido nas coisas como sou, não podia deixar de dar uma resposta à crônica Mesa Branca, do amigo Haroldo Pinheiro, publicada hoje, no FonteBrasil:
Ei, cara,
Devagar com o andor. Quero defender aqui a parte que me toca nesse latifúndio: fui criado queimando camisa – muito choro – com as faíscas das marias-fumaças da Madeira-Mamoré. Ela não ligava o nada a lugar nenhum, não. Ligava Porto Velho a Guajará-Mirim, minha terra natal, apesar de ter sido criado em Porto Velho.
Daquelas viagens, guardo até hoje doces lembranças. Muitas saudades. Viajar de trem, quando a gente era menino, era o maior barato. Mais divertido que dez sessões do Circo Thiany. Eram os 365 quilômetros mais distantes que já vi. Levavam dois dias para ser cobertos, isso quando o trem não caía (sair dos trilhos).
A gente dormia no meio da viagem, em Fortaleza do Abunã. Muitas vezes, em casas abandonadas. Abunã é onde hoje a estrada de terra, a BR-319, segue para o Acre, deixando o estado de Rondônia. Depois de uma noite de sono para nos recompor, a retomada da viagem se dava por volta das 5 da manhã do segundo dia, com chegada às 17h . Bons tempos!
Abs.
Espiridião
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