quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Voto nulo neles!

Por Gilberto Hissa

A eleição de 2010 já está batendo na nossa porta. Como somos obrigados a votar, uma aberração legal, precisamos começar, com urgência, o processo de escolha dos nossos candidatos.

Eta trabalho difícil. A lista de candidatos não poderia ser pior, de baixíssima qualidade. Tanto no nível federal como no estadual. Os favoritos, segundo as pesquisas e o saber popular, são os políticos pra lá de manjados, aqueles que sempre lutaram para o engradecimento (enriquecimento) pessoal, social apenas nos discursos na época das eleições. Sendo que só permanecem em evidência porque o judiciário não julga, em tempo hábil, os diversos processos que cada um responde. Se fosse o contrário, a maioria já estaria na cadeia e com patrimônio declarado ou não confiscado, e não teríamos uma lista de candidatos tão poluída. Não precisaríamos nem da Lei da Ficha Limpa.

A piada do ano foi a declaração de bens dos principais candidatos, milionários se passando por classe média baixa. Realmente uma piada. Logicamente, o patrimônio não declarado deles é infinitamente maior do que o declarado. O laranjal está carregado de frutos.

Como resolver este grave problema? Penso que só existe uma maneira, a escolha criteriosa dos nossos candidatos, devemos votar apenas nas pessoas de bem, que realmente pensam e atuam pelo bem do nosso país e do nosso estado. Como esta garimpagem, com certeza, não encontrará nenhuma grande pepita, defendo o voto nulo.

O Partido do Voto Nulo – PVN poderia (deveria) ser a grande novidade desta eleição, o grande vitorioso. Seria a resposta silenciosa da população ao atual cenário de extrema ineficiência e roubalheira da maioria dos permanentemente eleitos.

A Sônia Braga é quem está certa quando diz: “Eu voto nos Estados Unidos e aqui. Faço questão. Mas gostaria de acabar com todos os políticos brasileiros” (Veja, edição 2174, ano 43, nº 29).

A maneira mais rápida e eficiente de acabar com um político é simplesmente não elegê-lo, portanto, devemos usar com maestria a nossa única arma, o voto. Se estamos em dúvida entre o boquinha e o bocão, devemos simplesmente anular o voto, nunca escolher o menos ruim. PVN neles!

Não podemos esquecer que voto nulo e diferente do voto em branco, para anularmos o nosso voto devemos proceder da seguinte maneira: basta digitar um número inexistente que aparecerá a mensagem “número errado voto nulo”, a seguir devemos apertar o botão confirma. Feito, o voto foi anulado.

Se você gostou da ideia passe adiante e divulgue o PVN por todos os meios de comunicação disponíveis.

PVN neles!

Gilberto Hissa é Professor do Departamento de Economia da UFRR. ghissa@bol.com.br

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