O fracassado golpe militar ocorrido nesta quinta-feira em Quito criou em mim certo desconforto. Policial militar da reserva, vejo com bastante tensão o que está acontecendo naquele país andino.
O motor do barulho foi a decisão unilateral do governo de decretar o corte de auxílios e gratificações dos salários de militares e policiais. Com certeza, se algo idêntico acontecesse por aqui, seria o caos.
Isso, porque o salário de policiais militares e militares federais é composto mais de gratificações e auxílios que mesmo do fixo, denominado soldo.
Cortando o que o presidente Rafael Correa chama de gorduras nos salários das duas classes, o que fica seria insuficiente para os apenados pagarem o aluguel e comer.
Uma das cláusulas feitas pelo Governo de Roraima aos policiais militares amotinados em abril deste ano, para que parassem o movimento, foi que os vencimentos seriam reformulados de soldo e gratificações para subsídios, promessa até agora não cumprida pelo Palácio Senador Hélio Campos.
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