Por Osmar José de Barros Ribeiro (em 16 Mai 2010)
Às vésperas de uma eleição que por um bom tempo decidirá dos destinos do País, está difícil entender, em toda a sua extensão, o somatório de problemas com os quais se debate a sociedade brasileira. São questões /de toda ordem, seja qual for a Expressão do Poder que se considere. A pequena parcela preocupada com o futuro assiste, atarantada, o afirmado pelos principais candidatos que, tendo tomado caminhos ligeiramente distintos, apenas divergem na forma de enfrentar os desafios. Tudo faz crer que nada mudará num futuro próximo.
A verdade inconteste é que desde a “constituição-cidadã”, trazendo para os brasileiros mais direitos que deveres, assistimos, sobretudo nos últimos oito anos, ao crescimento exponencial das idéias “politicamente corretas”, importadas diretamente dos centros de poder mundial. Por conta delas são promovidas medidas que vão, a pouco e pouco, destruindo a coesão nacional. Algumas, apenas como exemplo: a luta de classes, o racismo disfarçado de “justiça social” (seja lá o que for que implique tal expressão), o não cumprimento da lei por parte de movimentos ditos sociais, a segregação dos índios em imensas reservas, a criação de colcoses destinados aos que se dizem descendentes dos escravos; a pregação não tão velada do homossexualismo e outras barbaridades que são motivo de vergonha e desânimo.
Enquanto a infraestrutura brasileira carece de recursos para fazer com que a economia cresça, perdoamos dívidas, investimos na recuperação de portos em Cuba e na implantação do metrô em Caracas, doamos linhas de transmissão de energia ao Paraguai, cedemos às exigências comerciais argentinas no âmbito do Mercosul e, docilmente, aceitamos que expropriem nossos bens no exterior, tudo em nome de ajudarmos países mais pobres que o nosso, esquecidos de que, dentro das fronteiras nacionais, tais recursos seriam muito melhor empregados. Por conta dos favores prodigalizados pelo governo federal, a inflação, a custo dominada em anos passados, ameaça voltar.
Em busca de projeção internacional, além de ideologicamente motivado, nosso governo apóia o que de mais retrógrado existe na face da terra: ditaduras como as existentes na Venezuela, em Cuba, na Líbia, no Irã e na Coréia do Norte, enquanto afronta, desnecessária e inutilmente, os Estados Unidos na questão hondurenha e propõe a substituição da OEA por outro órgão que os exclua e ao Canadá. Paralelamente, na busca de afirmar uma liderança que muito em breve será contestada pelos vizinhos e dentro do melhor espírito do Foro de São Paulo, avançou na criação da UNASUL e, cúmulo dos cúmulos, heresia que ninguém contestou, deu à bandeira comercial do Mercosul direito às honras reservadas à Bandeira Nacional.
Procura-se, ainda que por vias transversas, apequenar as Forças Armadas, transformá-las em instrumento de governos transitórios em lugar de instrumentos do Estado. Com os vencimentos achatados e ultrapassados por outras carreiras, vem sendo constante a tentativa de fazer com que elas, até hoje respeitadas e admiradas pela sociedade, sejam vistas como ineficientes, despreparadas, e, razão de indignação e revolta, envolvidas em corrupção.
Porém, de tudo o mais assustador, é a verdadeira lavagem cerebral que, de há muitos anos, vem sendo promovida na juventude brasileira, dos cursos de alfabetização à universidade. Nossa História é reescrita de forma mentirosa, ao arrepio de uma vasta documentação e, num passe de mágica, bandidos são transformados em heróis, nossa expansão territorial é mostrada como colonialista, a conquista da Amazônia é quase razão de vergonha. Os fatos são destorcidos ao bel-prazer de professores que foram envenenados pelas teorias marxistas e, dessa forma, apresentados aos estudantes.
Tudo faz crer que caminhamos para um regime totalitário. Estaremos vivendo o fim do começo ou o começo do fim? Só o futuro dirá.
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