Estou com um livro praticamente pronto. Trata-se de minhas andanças pelas redações dos impressos de Boa Vista. Só pela Folha de Boa Vista passei três vezes. Em todas, saí porque quis. Por conveniência própria. Não fui demitido nenhuma vez.
Já do BrasilNorte, fui funcionário também o mesmo número de vezes. E por mais tempo. Em todas, sai escorraçado. Demitido. Minha relação foi quase sempre conflitante. Contraste entre as duas casas? Pode ser.
Mas fiquem tranqüilos. As duas experiências, para mim (Folha e BN), foram extremamente gratificantes. Não sou esse mau profissional que parece à primeira vista, pelo menos por 50% do que aqui está em questão. É aquela história do copo d’água. Meio cheio ou meio vazio, sabe como é? Depende do ponto de vista.
Ambas as experiências têm lá suas razões. Conto-as com bastante clareza nesse livro. Além de outras não menos interessantes. Afinal, desde 1985 até agora, foram mais que duas redações de impressos a registrar a história de Boa Vista. E de Roraima.
A publicação desse trabalho, no entanto, esbarra num pequeno detalhe. Números! Não disponho dos recursos exigidos. O único livro que lancei até agora – “Até Quando? – Estripulias de um governo equivocado” – deu-me uma canseira imensurável.
Fi-lo (diga lá se sou boçal...) com recursos próprios e uma ajuda do BN (leia-se Eudiene Martins) e do empresário Victor Perin, a quem sou eternamente grato. Desta vez, quedo-me aqui, feito jacaré, de boca escancarada, esperando algo passar em frente para abocanhar.
Quem sabe, um trem benevolente passa, de portas abertas, e eu embarco nele, não é mesmo? Publicá-lo por uma editora é muita grana. Na Editora Valer, de Manaus, o responsável, Tenório Teles, disse-me pessoalmente que a impressão custaria em torno de 12 mil reais.
Se eu tivesse doze mil reais, embarcava hoje mesmo para Paris. Tenho uma esperança meio pedante de antes de morrer ainda visitar a terra de “Os Miseráveis”, de Victor Hugo. Li enquanto adolescente, mas a história continua vibrando em minha memória.
Montparnasse, Champs Élysées etc. e tal. A “cidade luz” me fascina. Ir a Paris é, como se dizia antigamente, tomar um banho de civilização. Sei que hoje deve estar tudo diferente. Mas, tudo bem. Deixa para lá. A história aqui é outra.
“Histórias de Redação” está quase pronto para entrar no prelo. É acender luz verde, e tudo estará concluído em no máximo 20 dias.
Vi uma matéria interessante na Folha BV Online neste fim-de-semana: “Quadrilhas querem ganhar do Governo o mesmo que escolas de samba”. As escolas de samba levaram nada menos que 100 mil reais cada uma, para descer a avenida neste fevereiro que passou.
Para que o público se delicie (como sou pedante!) com “Histórias de Redação”, bastam 12 mil reais. Quase nada. Vou consultar meu assistente, o Arquibaldo, para saber se eu não tenho o direito de, a exemplo das “quadrilhas” (no bom sentido, é claro), também exigir a parte que me cabe nesse latifúndio.
Afinal, tudo é possível ao que crê.
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