Por Francisco Espiridião
Poderia iniciar esta crônica de exaltação à mulher, falando coisas que calam fundo ao coração. Afinal, ela, a mulher, é o instrumento de Deus para a procriação, para a germinação de tudo aquilo que há de mais sublime no ser humano. Isso, no entanto, vou deixar para quem tem competência: os poetas.
Poderia ainda começar, falando daquilo que é lugar-comum em todo o março que antecede o dia 8. Afinal, o consumismo viu na efeméride uma maneira de sugar ainda mais aqueles que podem e os que não podem abrir a mão para oferecer um presente como expressão do amor. Nem que seja uma simples flor.
Apesar de o Eterno Criador não ter forjado em mim o dom da inspiração poética, creio mesmo que a mulher merece bem mais que uma simples lembrança em um único e determinado dia do ano.
Sua importância é bem maior que isso. Uma delas foi agraciada por Deus com o dom de trazer à Terra o Salvador da humanidade. A Bíblia fala dela (de todas elas) como de um ser virtuoso. “O seu valor excede em muito ao de rubis”.
Mulher, este ser dotado de dons tão extraordinários e paradoxais! Como a capacidade de ser guerreira (se necessário passa um mês inteiro, sem reclamar, sentada ao pé do leito do filho agonizante, no hospital), ser severa, até mesmo dura quando preciso, mas que, ao mesmo tempo, mostra-se uma manteiga-derretida diante de um balbuciar de seu rebento em tenra idade, tentando articular “ma-mãe”.
Disso não se tem dúvida, ao contemplar a foto de uma sargento da Polícia Militar, no dado momento em que se permite desfazer-se do garbo da imponente farda azul-petróleo, e escancara seu lado mulher, seu lado mãe.
Não se furta em abrir a gandola (camisa no jargão militar), só o necessário para que o pequeno ser possa sugar o néctar que lhe garantirá não só a sobrevivência do hoje, mas a certeza de que estará imunizado contra uma série de doenças futuras. A verdadeira expressão da pluma que despedaça a penha.
Minha homenagem a elas, não só hoje, o Dia Internacional da Mulher, mas todos os dias, tem um quê de perpétua justificativa. Conheço um pouquinho delas. Convivo com quatro. De uma, Eliana, sou totalmente dependente, devo admitir.
Portanto, resta-me apenas agradecer a Deus por suas existências, e dizer-lhes, a todas, um sonoro
- Parabéns pelo seu dia!
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