Essa eu ouvi na caserna, quando ainda era aluno-sargento PM, em Fortaleza (CE), nos idos de 1978:
A história aconteceu (se é que aconteceu...) em um tempo dos mais ferrenhos de todo o período do regime militar. O general-presidente de plantão deveria ser Ernesto Geisel, aquele que fechou o Congresso no famoso “Pacote de Abril” (1977).
O navio de guerra da Marinha Brasileira aporta em uma cidadezinha litorânea do Ceará. A tripulação, havia muito tempo embarcada, aproveita para tomar ares em terra firme.
Oficiais e praças passeando pelas ruas em pequenos grupos. Sempre mantendo a hierarquia, é claro, afinal, ela não pode ser quebrada. Dois oficiais, impecavelmente vestidos de branco, resolvem cortar o cabelo numa barbearia um tanto derrubada.
O barbeiro, sentindo-se lisonjeado e tentando ser cortês com os ilustres visitantes, puxa conversa, querendo saber tudo:
– Como é o seu nome?
A resposta:
– Sou o contra-almirante Shwartz.
Cheio de empáfia, pondo para fora todos os recalques próprios do momento, o barbeiro responde:
– Eu também sou contra almirante, general, tenente, coronel, sargento, essa raça toda!
Arrumou, sem saber, o chapéu da viagem.
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