O resumo da ópera é esse: qualquer país da Latino-América que não se enquadrar na régua do bolivariano Hugo Chávez é digno de retaliação.
Após reunião na OEA, ontem (22) à tarde, o líder da Venezuela anunciou a ruptura de relações diplomáticas entre Caracas e Bogotá, e afirmou que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, é "mentiroso" e "mafioso".
A encrenca de Chávez com a Colômbia não é de hoje e tem como estopim a permissão colombiana para a montagem de bases americanas em seu território.
É duro admitir, mas o presidente Lula, amigo de unha e carne de Chávez, também quer que os Estados Unidos mantenham distância do caso.
Uribe acusa Chávez de permitir acampamentos de guerrilheiros das Farc em território venezuelano. Haveria em território venezuelano cerca de 1.500 guerrilheiros colombianos em 87 campos de treinamento.
O embaixador da Venezuela na OEA (Organização dos Estados Americanos), Roy Chaderton, reconheceu nesta sexta-feira (23) a presença de guerrilheiros colombianos no país.
Negou, no entanto, que a Venezuela dê apoio aos rebeldes. Chanderton afirmou que as Forças Armadas venezuelanas não apenas combatem a guerrilha, como já entregaram membros capturados à Colômbia.
A situação, que hoje é totalmente beligerante, tende a se amenizar com a posse do novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, marcada para o dia 7 de agosto próximo.
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